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ALM ste Nacional — U.E.B...em Luanda, Caixa Postal 42+ stro Asstt Assembleia Nacional Lein /02: De Daina de Scie da Actividad Bonnie, — toda to dion na presen ll desgaaceoe snr So de’ SeSecnbee Cia uma cominsto coordenade pelo Minlsyo da Pangas. Consetho de Ministros Rectificaso: ‘Aa Decteto n* 302, de 22 de Peveriro publcado no Diario de bow 1S. 1 nile — sabre as normas de exccugte do ‘Orgamento Geral do Estado para 2002. ee ASSEMBLEIA NACIONAL Let n? 502, de 16 de Abril © amplo debate polttico ¢ académico desenvolvido a meados da década de 80 do século XX, no Ambito da implementago do Programa de Saneamento Econémico e Financeiro (SEF) constituiu um primeiro Passo no sentido da elaboragto de um conjunto de medidas estruturais que, dentre outras questdes, conduzissem ao redimensionamento ddo papel do Estado na economia. * Tendo em conta que a experiéncia dos dltimos anos ‘no dom{nio da intervengSo privada na actividade economica ‘mostrou que apesar da Lei n.* 13/94, de 2 de Setembro — Lei de Delimitagio da Actividade Eeondmica, ter consti- tuldo um grande avango no processo de abertura econdmica, ela esté, em certos preceitos, desajustada da realidade 16 de Abril de 2002 DIARIO ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA iSérie 30 DAREPUBLICA Prego deste nimero — Kz: 8,00 (© pecge de cada lich pablicade nox Didrios ‘ame | de Reptca |" € 2" stres de Kz: 27.50 e para a Ke 95 600.00) 3+ série Kz: 32.50, acrescido do respectivo Kz: $5 300,00) imposto 60 seio, depeadendo a publicacio da Kx: 325000 | 3° sts de deptceo potvi a clectur na Tesouraria econémica moderna, caracterizada por uma intervengio cada vez maior do sector privado em Areas até aqui consi- deradas de intervencto exclusiva do Estado. Convindo adaptar a lei is actuais exigéncias da econo- mia € criar condigbes para que 0 sector privado intervenha de forma mais alargada na actividade econsmica nacional, contribuindo deste modo para um mais répido desenvol- ‘vVimento © crescimemwo da economia; Nestes termos, ao abrigo da alfnea m) do artigo 89° da Lei Constitucional, a Assembleia Nacional aprova o seguinte: LEI DE DELIMITACAO DE SECTORES DA ACTIVIDADE ECONOMICA ARTIC 1° (Conecte) Para efeitos da preseme lei, € considerada actividade econémica a que se destina & produgio de distribuigéo de beas © 9 prestaslo de servigos, a t{tulo oneroso ¢ com finalidade lucrativa, mediante propriedade, concessio, Sesto ou outra forma juridica de titularidade dos respec- ‘vos meios. ARTIGO 2° Gectoves de setividede sconémica) A actividade econdmica € desenvolvida no Ambito dos sectores piblico, privado, cooperative e comunitério. ‘Agnioo 37 (Cocstotincia de sectoves) (O Estado garanie a coexisitncia dos diferentes sectore de actividade econdmica e das respectivas formas de propriedade ¢ de gestio em que as mesmas se realizem. 398 conferindo a todos igual protecgao, oportunidade € promogio. “aRTIGO 4° (Sector patblico) © sector piblico da economia abrange as activi- dades econdmicas prosseguidas pelo Estado ou por outras entidades publicas, independentemente da forma empre- sarial ou societéria que apresentem. ARTIGO 5° (Formas de exerelclo no sector publico) No sector pablico as actividades econémicas podem ser exercidas: 4) pelo Estado, directamente; 1) por empresas piblicas; ©) por institutos pablicos e outras entidades pablicas equiparadas; ) por sociedades comerciais de capitais pablicos; @) por sociedades comerciais e outras formas socie~ tdrias de direito privado em que o Estado participe no capital social com quotas ou acgdes privilegiadas ou posiglo dominante. ARTIGO 6° (Sector privado) 1. 0 Bstado garante 0 exereicio da iniciativa econé- mica privada, a qual pode exercer-se livremente nos termos definidos na Lei Constitucional, com as limitagées constantes da legislagio em vigor. 2, O Governo pode conceder incemtivos e facilidades as iniciativas privadas que se insiram no Ambito dos programas de desenvolvimento. 3. O sector privado abrange as:actividades econémicas prosseguidas por pessoas singulares ou colectivas de direito privado, ARTIGO 7° (Porgnas de exerefclo no sector privado) No sector privado as actividades econdmicas podem ser exercidas: 42) por pessoas singulares; ) por sociedades comerciais e outras formas associa- tivas, cujo capital seja detido exclusivamente por pessoas singulares ou colectivas de direito arivado, DIARIO DA REPUBLICA ARTICO 8° Geetorcooperativo) © secfor cooperative abrange as actividades econémicas proséeguidas por'cooperativas constituldas, nos termos da lei aplicdvel. ARTIGO 9° ‘Sector comunitérto) sector comunitério abrange as actividades econdmicas prosseguidas por comunidades locais ou por comunidades familiares, nos termos que legalmente vierem a ser definidos para esse sector. ARTIGO 10° (Reserva do Estado) 1. Entende-se por reserva do Estado 0 conjunto de éreas ‘em que as actividades econémicas s6 podem ser exercidas, a tftulo de propriedade ou de gestio dos respectivos meios, desde que haja intervengio ou participagdo do Estado ou de outras entidades que, nos termos da presente lei, integram 0 sector publico. 2. A reserva do Estado pode ser absoluta, de controlo ou relativa, ABTIGO 312 (Reserva absoluta) 1. Constituem reserva absoluta do Estado 0 conjunto de reas em que as actividades econémicas s6 podem ser exercidas por entidades em que o Estado detenha a totalidade do capital social, 2. So reas de reserva absoluta do Estado, as seguintes: 2) produgio, distribuigdo ¢ comercializagao de material de guerra; +b) actividade bancéria, no que respeita as fungbes de banco central e emissor; c) a propriedade das infra-estruturas relativas as actividades portudria ¢ aeroportuétia; ) a propriedade das infra-estruturas que integram a rede bésica de telecomunicagdes. 3, Relativamente & alfnea a) do ndmero anterior, 0 Governd pode, contudo, autorizar, em casos excepcionais & por razes imperativas, 0 exerc{cio de actividade a empresas ‘que resultem da associagdo do sector piblico, ém posigo obrigatoriamente maioritéria no capital social, com outras entidades, designadamente estrangeiras, desde que dispo- nham de exclusivos de natureza tecnol6gica ou detenham posigdo dominante em mercados internacionais de estrutura oligopolista em que o sector pablico nao tenha, por si 86, capacidade de penetragio. I SERIE—N2 30—DE 16 DE ABRIL DE 2002 399 ARTIGO 125 (Reserva de controlo) J, Constituem reserva de controlo do Estado as activi- dades econémicas compreendidas nas dreas a seguir discri- minadas, as quais podem ser desenvolvidas por empresas piiblicas ou por sociedades de capitais em que o Estado detenha posigao privilegiada ou dominante. 2. Sio freas de reserva de controlo do Estado as seguintes: 4a) servigos bisicos postais; b) as infra-estruturas de dimensao local, quando ‘constituem extensiio da rede bésica de telecomu- nicagbes. ARTIGO 13° (Reserva relativa) 1. Constituem reserva relativa do Estado as actividades ‘econdmicas compreendidas nas reas discriminadas no n.° 2 do presente artigo, as quais podem ser exercidas por ‘empresas ou entidades nio integradas no sector pablico, ‘mediante contratos de concessio. 2, So freas de reserva relativa do Estado as seguintes: a) saneamento bisico; b) produgdo, transporte ¢ distribuigao de energia eléctrica para consumo piblico; ) captagéo, tratamento e distribuigao de gua para consumo piiblico através de redes fixas;

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