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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

Centro de Ciências Tecnológicas - CCT


Departamento de Engenharia Elétrica - DEE

RELATÓRIO

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO


DOS PROJETOS

Autor:
Prof. Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.

Disciplinas:
Eletrônica I
Eletrônica II
Eletrônica III

Blumenau-SC, December/2021.
Sumário

ii
Sumário

SUMÁRIO
Introdução......................................................................................................................................3

CAPÍTULO 1..................................................................................................................................4

Tópicos para realização de um projeto com implementação em laboratório...............................4

1.1 Especificação...............................................................................................................................4

1.2 Topologia e circuitos propostos..................................................................................................5

1.3 Análise qualitativa.......................................................................................................................5

1.4 Análise quantitativa - dimensionamento...................................................................................5

1.5 Simulações com componentes ideais..........................................................................................5

1.6 Escolha dos componentes reais...................................................................................................5

1.7 Simulações com componentes reais............................................................................................5

1.8 Definição do Layout e montagem dos componentes..................................................................6

1.9 Testes em laboratório..................................................................................................................6

1.10 Documentação..........................................................................................................................6

1.11 Apresentação............................................................................................................................7

Conclusão.......................................................................................................................................8

Referências.....................................................................................................................................9
Introdução 2

INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo principal a elaboração de um conversor CA – CC,


que nada mais é do que um retificador de ponte mista semicontrolado, para efetuar o
acionamento de um motor de corrente contínua. Onde será montado um comando totalmente
analógico para os tiristores. Serão mostrados os cálculos reais ao longo do circuito e
comprovados na prática.

http://www.bc.furb.br/mambo/index.php?
option=content&task=view&id=61&Itemid=92

Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.


Tópicos para realização de um projeto com implementação em laboratório 3

CAPÍTULO 1

TÓPICOS PARA REALIZAÇÃO DE UM PROJETO COM


IMPLEMENTAÇÃO EM LABORATÓRIO

11Equation Section (Next)São definidos alguns tópicos que norteiam a execução


lógica de um projeto técnico. Estes tópicos passam pela descrição do projeto chegando até a
avaliação dos resultados experimentais obtidos. A lista a seguir descreve os tópicos a serem
desenvolvidos, como segue:

 Especificação;

 Topologia e circuitos propostos;

 Análise qualitativa;

 Análise quantitativa - dimensionamento

 Simulações com componentes ideais;

 Escolha dos componentes reais;

 Simulações com componentes reais;

 Definição do Layout e montagem dos componentes;

 Testes em laboratório;

 Documentação,

 Apresentação.

1.1 Especificação

Esse circuito tem o objetivo de acionar de forma suave um motor monofásico e controlar a
velocidade do mesmo. Cada tiristor controlado será alimentado por uma rede de 220V em
corrente alternada, que também alimentará um circuito de controle e comando analógico,
com o objetivo de controlar o disparo dos tiristores que estão em contato com a carga. Será
usado uma ponte mista com tiristores e diodos, o ângulo de disparo dos tiristores serão
controlados pela ângulo (α).

Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.


Tópicos para realização de um projeto com implementação em laboratório 4

Topologia e circuitos propostos

O transformador Tr, é usado para isolar o circuito da rede e reduzir a tensão de entrada e
entregue a ponte retificadora.

Fig 1 – Circuito detector de passagem zero.

Nessa etapa o circuito acima retifica a forma de onda VA fig.1.1 em uma forma de onda
completa positiva pulsante VB fig.1.2.
VA Vb

10 10

8
5
6
0
4

-5
2

-10 0

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
T ime (s) Time (s)

Fig. 1.1 Sinal de VA Fig. 1.2 Sinal VB

Então VB entra na porta inversora do comparador A1 o mesmo compara com o sinal positivo
continuo VC na porta não inversora. Conforme fig. 1.3 logo abaixo.

Fig. 1.3 Sinais de VB e VC

Calculo de VC

1K
Vc= 15=1,36V
10 K

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Tópicos para realização de um projeto com implementação em laboratório 5

Fig. 1.4 Sinal VD detector de zero.

Como resultado temos o sinal da fig. 1.4, ou seja quando VB que está na porta inversora for
maior que VC da porta não inversora o comparador satura negativamente e mantém a saída do
comparador em -15V, até que o pulso do sinal positivo de VB se torna menor que VC fazendo
com que a saída do comparador sature positivamente em 15V, logo após o pulso de VB volta a
ser maior que VC e a saída sature negativamente, sendo assim é o valor de VC que determinará
a largura do pulso na saída, quando mais próximo do zero menor a largura do pulso.

Logo após o sinal VD passa pelo diodo que só permite a passagem do sinal positivo, ou seja, o
sinal depois do diodo varia num pulso rápido de +15V e 0V, conforme fig. 1.5 abaixo.

Fig. 1.5 , VD após diodo

Esse sinal passa pelo integrador A2, quando VD é negativo, o integrador integra a tensão –Vcc ,
produzindo uma rampa na a sua saída. Quando VD torna-se positiva por um intervalo de
tempo muito curto, o capacitor do integrador é descarregado e o sistema pode reiniciar uma
nova rampa, conforme fig 2.1

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Fig. 2 – Integrador gerador de rampa

Fig. 2.1 Sinal VE dente de serra.


VE VF

10

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1


Time (s)

Fig. 2.2 Sinais de VE comparado com VF.

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Agora ao compararmos o sinal de VE com um sinal continuo VF, ou seja o tiristor fica
bloqueado até que VE se torne maior de VF só então o tiristor dispara

Fig. 3.0 Circuito comparador de VE e VF.

Acima está o circuito comparador entre VE e VF, note que é o valor de VF que determinará em
que tempo ou ângulo de disparo do tiristor irá disparar, ou seja, quando menor VF menor o
angulo de disparo.
Vg

0.8

0.6

0.4

0.2

VL

400

300

200

100

-100

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06


Time (s)

Fig. 3.1 Sinal VG gate, sinal VL de carga.

1.2 Análise quantitativa - dimensionamento

Durante a análise quantitativa são apresentadas todas as equações e planilhas de


projeto. Bem como, devem ser apresentados e analisados os critérios de projeto para cada
circuito em desenvolvimento. A descrição do projeto dos circuitos deve ser a mais completa e
elucidativa possível.

Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.


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1.3 Simulações com componentes ideais

Executados os tópicos anteriores, nesta seção o projetista inicia o teste, via simulação,
do sistema a ser implementado em laboratório. É através das simulações que o projeto recebe os
primeiros refinamentos. Através delas são verificados o princípio de operação, esforços de
tensão e corrente nos componentes. Ao final desta, verificado o correto funcionamento dos
circuitos, o projetista está apto a especificar os componentes reais.

1.4 Escolha dos componentes reais

A escolha dos componentes deve ser feita analisando os resultados obtidos nas
simulações, que devem corroborar com os cálculos obtidos na etapa de dimensionamento dos
circuitos e seus componentes. Nesta etapa o projetista é muito exigido no sentido de atribuir
algumas condições de contorno, definição de critérios de segurança e tolerâncias para escolha
dos componentes do sistema. O sucesso da escolha dos componentes passa pelo perfeito
entendimento do funcionamento do circuito, bem como, do conhecimento das informações
técnicas e especificações dos componentes, fornecidas pelos fabricantes dos mesmos.

1.5 Simulações com componentes reais

Alguns fabricantes fornecem -além das especificações técnicas, condições dos testes e
tolerâncias dos componentes- modelos para simulação desses componentes. Especialmente
aqueles destinados a simulações em softwares como PSPICE/ORCAD® [1], entre outros. A
realização de novas simulações contemplando características dos componentes é o último passo
de refinamento do projeto. Não se deve deixar iludir com os resultados do simulador. Embora a
simulação seja realizada abordando modelos com características próximas à dos componentes
reais e ofereça um maior domínio sobre eventuais surpresas durante o desenvolvimento
laboratorial, esta sempre será uma simulação. O projetista deve estar preparado para saber
analisar algumas características particulares de cada sistema, que somente serão observadas
durante os experimentos em laboratório.

1.6 Definição do Layout e montagem dos componentes

De posse dos componentes especificados e testados via simulação, deve ser feita
definição do layout dos circuitos do sistema. Atualmente existe uma infinidade de softwares
específicos para a concepção de layouts de circuitos eletrônicos. Na vanguarda desses softwares
destaca-se o Tango PCB. Outros mais contemporâneos são o Layout Plus [2], o Pcad e o Microsim
PCB entre outros. Todos os fabricantes de componentes eletrônicos fornecem informações

Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.


Tópicos para realização de um projeto com implementação em laboratório 9

relativas às dimensões desses componentes. Estas informações são fundamentais para o


dimensionamento do layout.

1.7 Testes em laboratório

É na etapa de testes que tudo se revela e podem ser verificados um a um os tópicos


anteriores. Quando tudo foi pensado e analisado com perícia, paciência e dedicação o sucesso
do projeto está garantido. O que não significa que eventuais surpresas deixem de ocorrer.

A assertiva diz respeito ao tempo de testes despendido. Se este se prolongar e o


circuito começar a tomar forma de “aranha”, é hora de começar uma etapa de reavaliação das
etapas anteriores. Essa reavaliação passa pela verificação da montagem, do layout elaborado,
prosseguindo até a observação do princípio de funcionamento do circuito. Reavaliações são
realizadas com freqüência. O que difere um bom projeto de um mal, é o tempo despendido
nessas reavaliações.

1.8 Documentação

Atingido o sucesso! É chegada a hora de elaborar a descrição detalhada do projeto.


Não que isso só deva ser feito nesta fase do projeto. Ao contrário, uma boa descrição do projeto
é feita passo a passo com a evolução do mesmo. De modo que, o ideal é que a cada etapa
finalizada, seja gerado um relatório descrevendo-a. Seguindo essa filosofia, ao final do projeto
restarão somente as conclusões a cerca dos resultados obtidos e sugestões de melhoria desses
resultados. Sim, porque sempre existe um outro jeito, uma outra forma ou um outro circuito ou
componente que pode aumentar o desempenho do sistema desenvolvido.

1.9 Apresentação

A apresentação dos resultados é de extrema importância, seja para promover a


divulgação do trabalho realizado e dos resultados obtidos, seja pela oportunidade de discussão
a cerca do desenvolvimento realizado. Constitui-se numa oportunidade rara de troca de
informações e conhecimentos adquiridos. Uma boa apresentação não deixa de abordar os
seguintes tópicos:

 Objetivos da realização;

 Contextualização da proposta;

 Metodologia de trabalho;

 Resultados obtidos;

 Conclusão,

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Tópicos para realização de um projeto com implementação em laboratório 10

 Sugestões para trabalhos futuros.

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Conclusão 11

CONCLUSÃO

As sugestões aqui apresentadas são baseadas na releitura e acompanhamento de


vários trabalhos acadêmicos que essencialmente abordavam a experimentação em laboratório.
No entanto, não são regras e deixam espaço para a criatividade e autonomia dos interessados.
O objetivo destas sugestões é o de fornecer uma rotina de elaboração, execução e análise de
projetos eletrônicos realizados em laboratório. Especial enfoque foi dado na utilização das
simulações como ferramenta de auxílio ao projetista.

Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.


Referências 12

REFERÊNCIAS

[1] ORCAD®. Disponível em: http://www.orcad.com/downloads/default.asp

[2] LAYOUT PLUS. Disponível em: www.orcadpcb.com/layout/product_downloads.asp?bc=F

[3] UFSC. Normas para referências bibliográficas. Disponível em:


http://bu.ufsc.br/framerefer.html.

Sérgio Vidal Garcia Oliveira, M.Eng.

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