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Diante dos ensinamentos de Bechara, o certo e o errado se relativizam.

Além
de regras, a língua portuguesa têm variações: a escrita, a falada, a exemplar, a
culta, a formal, a informal, etc. O certo, no caso, é ser 'poliglota na própria
língua'. 'Hoje existe a ideia errônea de que a pessoa não deve estudar
gramática, a preocupação é apenas com a expressão', ele diz. Não basta só a
comunicação, a manifestação linguística deve estar amparada em outros
conhecimentos. Aí entra o poliglota na própria língua, que deve ter desde o
domínio da escrita de um texto formal até a consciência a respeito de uma
conversa com um analfabeto. 'Muita gente pensa que a língua é unitária,
homogênea, sem variedades.' A ocasião faz o falante. Essa coisa que parece
óbvia não é simples: a língua deve ser usada de acordo com a vontade efetiva
de fazer entender-se. 'O uso reflexivo da língua é um exigência da boa
transmissão de ideia. 'E o estudo do idioma é uma obrigação de todos. Quando
falamos em variedade, estamos nos referindo às diferentes formas de
manifestação da fala em uma língua. Por exemplo, quando uma pessoa mora
em uma região do Brasil, vai falar de forma diferente do que outra que reside
em região diferente. Essas formas podem envolver os traços que as
condicionam, sendo sociais, regionais, históricos e culturais. Dentro desse
termo, existe as suas classificações, que são dialeto, socioleto, idioleto e
cronoleto. O dialeto é uma forma particular característica de uma determinada
localidade de usar a língua. Socioleto é decorrente de experiências
socioculturais que são comuns em determinado grupo de falantes que
compartilham dessas experiências. Idioleto, por sua vez, é o modo como cada
indivíduo, independentemente do outro, se expressa por meio da fala.
Cronoleto, por fim, é a variedade que é determinada pela faixa etária do
falante, podendo ser definida também como o modo próprio da geração de que
se trata falar.

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