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"... nenhum mortal pode guardar segredo ...

"
Relendo o caso Dora, de Freud:

"Quando me propus a tarefa de trazer à luz o que os seres humanos mantém


oculto dentro de sí, não pela força compulsiva da hipnose, mas
observando o que dizem e o que mostram, julguei que a tarefa era mais
árdua do que é na realidade. O que tem olhos para ver e ouvidos para
ouvir pode convencer-se de que nenhum mortal pode guardar um segredo. Se
os seus lábios permanecem silenciosos, ele conversa com as pontas dos
dedos; a revelação transpira dele por todos os poros. E assim a tarefa
de tornar consciente os processos mais ocultos da mente é desse modo
inteiramente possível de realizar."

(Freud, 1905[1901])

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