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Sumário
1 Introdução/Instrumentos Musicais 3
1.1 Maior Intensidade Sonora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Novos Timbres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Tamanho e Mobilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Novas Interfaces . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.5 Fazer stream de áudio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.6 Programação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2 Dispositivos Móveis 8
3 Viabilidade 11
3.1 Android . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2 iOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.2.1 MoMu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4 Aceitação/Conclusões 14
5 Referências 14
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1 Introdução/Instrumentos Musicais
Neste texto iremos fazer uma análise sobre a utilização de dispositivos móveis
como instrumentos musicais. Para podermos discutir sobre um celular ou um
tablet como um instrumento musical devemos primeiramente fazer uma análise
da evolução dos instrumentos musicais e tentar inserir os dispositivos móveis
nesse contexto.
Sem levar em consideração a ordem cronológica dos fatos, podemos vericar
que o homem, ao longo de diversos anos de desenvolvimento de novos instru-
mentos, estava em busca de algumas características que serão apresentadas nas
subseções abaixo.
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O compositor Claude Debussy, por exemplo, é reconhecido por destacar o
papel do timbre na música com sua composição Prélude à l'après-midi d'un
faune do nal do século 19 [3,4].
Porém, por mais que consigamos obter uma diversidade de timbres com ins-
trumentos acústicos, foi com a criação de instrumentos eletrônicos que tivemos
uma revolução em relação aos possíveis timbres criados pelo homem.
Para exemplicar, os primeiros sintetizadores analógicos, criados no século
20 [5], eram capazes de gerar sons utilizando diversas técnicas de síntese. Te-
mos os sintetizadores modulares [6] que produziam ondas senóidais, quadradas,
triangulares, etc. Esses sinais ainda podiam passar por ltros, moduladores,
osciladores, etc.
As combinações eram diversas e os resultados eram inovadores para a época.
Com a invenção dos instrumentos eletrônicos tínhamos novos sons sendo pro-
duzidos que não eram naturais para o homem e não eram possíveis de serem
gerados anteriormente.
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barato, mais compacto e de fácil transporte [9].
Criado por Robert Moog e Bill Hemsath, ele foi um grande sucesso de venda
e teve uma alta aceitação entre músicos como Chick Corea, Kraftwerk e Bob
Marley [10] e um dos motivos principais disso foi a sua mobilidade.
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Figura 4: Theremin criado por Léon Theremin em 1919. (Imagem de
http://www.theremin.info/)
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Figura 5: Telharmonium criado por Thaddeus Cahill em 1897. (Imagem de
http://cec.sonus.ca/)
1.6 Programação
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Figura 6: Pianola desenvolvida no século 19. (Imagem de
http://www.tifurniinteriors.com.au/)
2 Dispositivos Móveis
Não podemos pensar em dispositivos móveis sem antes mencionar os computa-
dores e a importância que eles tiveram para a música.
Os primeiros instrumentos eletrônicos eram primitivos tanto na construção,
quanto na capacidade de sintetizar sons. Além disso, eles não possuíam uma
forma eciente de armazenar, transformar e combinar sons [17].
Com a invenção de computadores, o homem conseguiu suprir diversas ne-
cessidades desse tipo como, por exemplo, ouvir uma peça multi-instrumental, o
que antes só era possível com uma orquestra à sua disposição [17].
Não precisamos entrar em detalhes (até mesmo por não ser o foco deste
texto) sobre as inúmeras contribuições da Computação para a Música que vão
desde o desenvolvimento de ferramentas mais simples para o auxílio nas tarefas
mais rotineiras de um músico até uma revolução tonal, textural e tímbrica.
Na seção anterior passamos por alguns pontos importantes na evolução dos
instrumentos musicais e, para inserirmos um dispositivo móvel nesse contexto,
podemos tentar classicá-lo como um instrumento musical.
Não vamos nos preocupar em utilizar sistemas tradicionais de classicação
[18]. Não precisamos pensar em dispositivos móveis como instrumentos de teclas
ou de sopro ou de cordas ou de percussão. Vamos apenas levar em consideração
dois fatores: um dispositivo móvel como um instrumento musical é eletrônico e
é digital.
Para tentarmos descobrir quais os pontos de destaque dos dispositivos mó-
veis, podemos fazer comparações com outros intrumentos musicais eletrônicos
digitais. Em primeiro lugar, vamos fazer uma comparação das especicações
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técnicas de celulares e tablets atuais com grandes representantes na história dos
instrumentos eletrônicos digitais: os sintetizadores digitais.
• Processamento:
Fairlight CMI I (1979), sintetizador utilizado por vários artistas como
Peter Gabriel, Herbie Hancock e Stevie Wonder [19], foi construído com
processadores de 8 bits da Motorola (modelo 6800) que possuíam frequên-
cia de 1 MHz na sua versão original e até 2 MHz em versões posteriores
[20].
Já o Milestone, smartphone de um linha relativamente antiga da Motorola,
possui um processador de 550 MHz [21], o que é 275 vezes mais veloz.
• Memória RAM
E-mu Emulator II (1984), sintetizador digital utilizado por artistas como
David Bowie, Dire Straits e Yes [22], possuia 128 KB de RAM [23].
Já o iPad 2, tablet da Apple que é um sucesso de vendas, possui 512 MB
de RAM [24], o que é 4000 vezes mais memória.
Os dois sintetizadores acima foram utilizados em gravações renomadas de
gêneros musicais, como rock ou jazz, e conhecidas até hoje. A sonoridade deles
não deve ser considerada ultrapassada e a comparação foi feita para consta-
tarmos que temos disponível no mercado dispositivos com mais memória, mais
capacidade de processamento e, ainda, mais baratos do que outros instrumentos
digitais amplamente utilizados por músicos.
Além disso, os dispositivos móveis possuem a capacidade de processar tudo
o que um computador pessoal consegue processar e, portanto, podemos im-
plementar qualquer algoritmo de síntese, ltro, modulador, oscilador, etc. As
possibilidades são diversas para a criação de novos timbres. Poderíamos tanto
simular sons de instrumentos já conhecidos, quanto criar sons completamente
novos.
Temos diversas vantagens também em relação à programação para música.
Músicos podem editar partituras e ouvir os resultados, podem utilizar softwares
de acompanhamento musical, técnicas de composição algorítimica, etc. Esses
fatos colocam os dispositivos móveis no mesmo patamar que os computadores
e, de certa forma, em vantagem em relação a outros instrumentos digitais.
Em quarto lugar, os dispositivos móveis, por serem dispositivos eletrônicos
e possuirem saídas de áudio, podem facilmente ser conectados a caixas de som
para obtermos uma maior intensidade sonora. Podemos imaginar, como exem-
plo, um cenário simples no qual um tablet é ligado diretamente numa mesa
de som de uma casa de shows e o som de saída do mesmo é reproduzido para
milhares de pessoas.
Um quinto ponto, um pouco mais óbvio, envolve a mobilidade dos smartpho-
nes e tablets. Todos os leitores devem concordar que um piano não é um instru-
mento muito móvel, mas que um violão já seria. Podemos muito bem colocar
um violão nas costas e andar com ele pelas ruas, pegar um ônibus, etc. Mas
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dependendo da cidade, do horário e do ônibus, um celular dentro do bolso de
uma calça parece ser menos incômodo.
O tamanho reduzido dos dispositivos móveis pode ser encarado como um
ponto negativo se formos pensar em usabilidade. Dependendo de como o novo
instrumento for implementado, a experiência do usuário pode ser muito nega-
tiva, se formos comparar com instrumentos acústicos que foram criados pen-
sando na anatomia do ser humano. Porém, isso depende de como a interface 1
será implementada.
Interfaces sensíveis ao toque não são nenhuma novidade na história dos ins-
trumentos musicais, nem nenhuma exclusividade dos dispositivos móveis.
E.A. Johnson publicou dois artigos, um em 1965 e outro em 1967, descre-
vendo o que é considerado hoje em dia o primeiro trabalho com telas sensíveis ao
toque [25]. O computador HP-150 de 1983 foi um dos primeiros computadores
pessoais com touchscreen [26].
Telas sensíveis ao toque são utilizadas em instrumentos eletrônicos novos
como a Reactable [27] que possui uma mesa sobre a qual podemos dispor alguns
elementos, como cubos e discos, os quais são reconhecidos como componentes
que, por exemplo, geram sons ou são ltros.
Os dispositivos móveis cam em destaque, novamente, por serem mais ba-
ratos. Considerando ainda a Reactable, se o leitor desejar comprar uma deverá
desenbolsar um valor um pouco maior que nove mil euros. No entanto, conse-
guirá comprar um tablet que custa algumas centenas de dólares e o aplicativo
da Reactable por algo em torno de vinte reais [28].
Além dos pontos vistos até agora, os dispositivos móveis possuem conexão
com a rede, o que não é muito comum em outros instrumentos eletrônicos, e
isso nos permite fazer stream de áudio. Podemos facilmente transmitir áudio em
tempo real (dado uma conexão adequada) ou enviar arquivos de áudio gravados
e processados pelo próprio celular.
Por último, devemos lembrar que os dispositivos móveis possuem GPS e di-
versos outros sensores como magnético, de proximidade, acelerômetro, bússola,
etc. Esses sensores são exclusivos de celulares, tablets e são o ponto de destaque
desta seção.
As coordenadas do acelerômetro, por exemplo, podem ser mapeadas para
um outro conjunto de valores e utilizadas como entrada de ltros adaptativos.
Podemos ter um instrumento que varia completamente seu timbre conforme um
músico o movimenta no espaço.
Os sensores magnéticos e de proximidade podem ser utilizados para imple-
mentar uma interface parecida com a do Theremin, na qual a distância das
mãos (segurando uma moeda, por exemplo, no caso do sensor magnético) será
mapeada de forma a modicarmos a altura, a intensidade ou o timbre do som
sintetizado.
As possibilidades são diversas e alguns sensores, como a bússola, ainda não
foram muito explorados em aplicativos de áudio.
1 Estamos considerando a tela multitouch do dispositivo e, não, algum outro equipamento
conectado ao mesmo.
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Veremos na próxima seção qual o estado das aplicações de áudio para os
sistemas operacionais mais famosos de dispositivos móveis.
3 Viabilidade
Vimos na seção anterior algumas considerações sobre o desenvolvimento de
um instrumento musical a partir de um dispositivo móvel. Sabemos que os
smartphones e tablets lançados ultimamente possuem memória e capacidade de
processamento muito superiores aos clássicos sintetizadores digitais utilizados
amplamente na história de gêneros musicais como o rock, jazz, etc.
Porém, a própria história da computação nos mostra que o hardware sozinho
não é suciente para termos um ambiente ideal para o processamento de sinais
digitais em tempo real. Um bom exemplo disso são os sistemas Linux que,
segundo uma pesquisa feita pela VDC em 2004 chamada Linux's future in the
embedded systems market [29], não tinham uma boa aceitação no mercado da
época e o motivo principal disso eram as limitações de processamento em tempo
real. Não adianta termos, então, um celular com especicações técnicas de topo
se não temos suporte nativo para processamento de áudio em tempo real.
Vamos discutir abaixo o estado atual de dois dos principais sistemas opera-
cionais para dispositvos móveis: o Android (desenvolvido pela Google) e o iOS
(desenvolvido pela Apple).
3.1 Android
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Figura 7: Processamento de áudio em tempo real em sistemas Android. (Ima-
gem de http://compmus.ime.usp.br/)
Podemos vericar no gráco acima [32] que, de fato, alguns aparelhos de-
moram um tempo superior ao período de um ciclo mínimo de processamento
de sinais digitais para calcular a FFT (Fast Fourier Transform) de um bloco de
áudio.
A mais nova versão do Android, a 4.1 (Jelly Bean), apresenta melhorias
signicativas nesse aspecto [33], mas o Google Play ainda apresenta poucas
aplicações robustas para áudio.
3.2 iOS
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3.2.1 MoMu
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4 Aceitação/Conclusões
Uma tecnologia por mais inovadora que seja precisa ainda ser aceita por fa-
bricantes ou precisa ter um certo sucesso com seu público alvo. Temos vários
exemplos de tecnologias que resolviam o mesmo problema, mas que uma se des-
tacou em relação a outra como, por exemplo, o VHS em relação ao BetaMax e
o Blu-ray em relação ao HD DVD.
Esse mesmo quesito de aceitação existe no mercado de instrumentos musi-
cais. Ao assistirmos, por exemplo, o documentário sobre a história do Minimoog
[10] percebemos a ênfase que é dada ao fato de vários artistas terem adotado o
seu uso.
Algumas bandas não muito conhecidas pelo público geral, como One Like Son
[37] e The Ultramods [38], gravaram álbuns inteiros com iPhones ou iPads. Já
artistas mais famosos, como os Gorillaz, também utilizaram iPads na gravação
de um álbum [39]. Outro exemplo interessante é o álbum Biophilia da Björk
que teve uma versão interativa para iPad [40].
Também temos o registro de alguns artistas de Jazz (como o Herbie Han-
cock) e de Música Clássica (como o Lang Lang) utilizando dispositivos móveis,
mas ainda de forma lúdica ou para substituir notebooks na utilização de algu-
mas ferramentas musicais e, não, como instrumentos musicais em gravações ou
performances ao vivo.
Os dispositivos móveis possuem, sim, potencial para serem utilizados como
instrumentos musicais. Em algums pontos como especicação técnica, obtenção
de novos timbres e maior intensidade sonora eles se igualam e até superam outros
instrumentos musicais eletrônicos digitais.
O tamanho reduzido é um fator óbvio de destaque que pode ser considerado
positivo, pela mobilidade, ou negativo, pela usabilidade. O principais fatores de
destaque são, com certeza, o baixo preço e os diversos sensores disponíveis.
Concluímos, então, que podemos ter celulares e tablets como novos instru-
mentos musicais e que, dado algumas ressalvas, podem ser utilizados por músicos
prossionais. Dependendo também do suporte nativo dos sistemas operacionais
e da criatividade dos desenvolvedores, as possibilidades são diversas e o futuro
é promissor.
5 Referências
[1] http://en.wikipedia.org/wiki/Electric_guitar
[2] http://en.wikipedia.org/wiki/Pickup_(music_technology)
[3] http://en.wikipedia.org/wiki/Timbre#Timbre_in_music_history
[4] http://en.wikipedia.org/wiki/Debussy#Early_works
[5] http://en.wikipedia.org/wiki/Analog_synthesizer
[6] http://en.wikipedia.org/wiki/Modular_synthesizer
[7] http://en.wikipedia.org/wiki/Violin_family
[8] http://en.wikipedia.org/wiki/Minimoog
[9] http://www.vintagesynth.com/moog/moog.php
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[10] http://www.youtube.com/watch?v=sLx_x5Fuzp4
[11] http://www.theremin.info/-/viewpub/tid/10/pid/37
[12] http://en.wikipedia.org/wiki/Theremin
[13] http://en.wikipedia.org/wiki/Invention_of_the_telephone
[14] http://www.synthmuseum.com/magazine/0102jw.html
[15] http://120years.net/machines/telharmonium/index.html
[16] http://en.wikipedia.org/wiki/Player_piano
[17] http://www.csounds.com/history/index.html
[18] http://en.wikipedia.org/wiki/Musical_instrument_classication
[19] http://en.wikipedia.org/wiki/Fairlight_CMI
[20] http://en.wikipedia.org/wiki/Motorola_6800
[21] http://www.motorola.com/Consumers/IN-EN/Consumer-Products-and-
Services/Mobile-Phones/ci.Motorola-MILESTONE-IN-EN.alt
[22] http://en.wikipedia.org/wiki/E-mu_Emulator
[23] http://www.emulatorarchive.com/Archives/Samplers/E2Overview/e2overview.html
[24] http://en.wikipedia.org/wiki/Ipad_2
[25] http://en.wikipedia.org/wiki/Touchscreen
[26] http://en.wikipedia.org/wiki/HP-150
[27] http://www.reactable.com/
[28] https://play.google.com/store/apps/details?id=com.reactable
[29] http://moss.csc.ncsu.edu/ mueller/seminar/spring06/dietrich.ppt
[30] http://www.rossbencina.com/code/dave-sparks-on-android-audio-latency-
at-google-io-2011
[31] http://audioprograming.wordpress.com/
[32] http://compmus.ime.usp.br/ubimus/pt-br/node/21
[33] http://www.gizmodo.com.au/2012/07/why-music-apps-will-sound-better-
than-ever-in-android-jelly-bean/
[34] http://itunes.apple.com/us/app/animoog/id471638724?mt=8
[35] http://itunes.apple.com/us/app/korg-ims-20/id401142966?mt=8
[36] http://www.nime.org/proceedings/2010/nime2010_174.pdf
[37] http://mashable.com/2012/01/17/rst-iphone-recorded-album/
[38] http://www.wired.com/gadgetlab/2011/04/indie-band-ipad/
[39] http://www.billboard.com/news/gorillaz-release-christmas-ipad-album-
the-1004137181.story
[40] http://itunes.apple.com/us/app/bjork-biophilia/id434122935?mt=8
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