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CREDITSUISSECS Economia 2008 09
CREDITSUISSECS Economia 2008 09
ANALYST CERTIFICATIONS AND IMPORTANT DISCLOSURES ARE IN THE DISCLOSURE APPENDIX. FOR OTHER IMPORTANT DISCLOSURES, PLEASE REFER TO https://firesearchdisclosure.credit-suisse.com.
Índice
Sumário 3
Cenário Global 6
Cenário Brasil 30
Ö Setor Externo 31
Ö Atividade Econômica 53
Ö Inflação 77
Ö Política 136
Riscos 141
Estados Unidos 0,3 0,6 0,9 0,7 0,6 0,4 0,3 19,3
Ásia exceto Japão 1,7 2,0 2,1 2,1 2,6 2,8 2,7 29,2
América Latina 0,0 0,1 0,4 0,3 0,4 0,4 0,3 6,9
Crescimento global ponderado pelo PIB (PPC) Crescimento global ponderado pelo PIB nominal
(T/T-4, %) (T/T-4, %)
5,5
5,4 5,4 5,4 4,2
5,3 5,3 5,3 4,1
4,0 4,0
5,2 5,2 3,9 3,9
5,1
3,7 3,7
3,6 3,6
4,9 4,9 Média 3,5 3,5
Média (2003/2007)
4,8 4,8 3,4
(2003/2007) 3,3 3,4 3,4
4,8
3,2
4,7 4,7 3,1 3,1 3,1
4,6 4,6
4,5 4,5
2,9
2T04 1T05 4T05 3T06 2T07 1T08e 4T08e 2T04 1T05 4T05 3T06 2T07 1T08e 4T08e
Fonte: Datastream, Credit Suisse
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e
Crescimento do PIB real (%) 4,4 3,7 0,8 1,6 2,7 3,9 3,2 2,9 2,2 1,8
Consumo das famílias (%) 4,9 4,1 2,8 1,9 3,8 3,8 3,5 3,1 2,8 1,6
Investimento residencial (%) 6,0 0,8 0,4 4,8 8,4 10,3 8,6 -4,6 -16,8 -19,6
Inflação ao consumidor * (%) 2,6 3,4 1,8 2,2 1,9 3,4 3,4 3,2 2,8 3,0
Núcleo da inflação ao consumidor * (% a.a.) 2,0 2,5 2,7 2,2 1,3 1,8 2,2 2,5 2,3 2,1
Fed funds (% a.a.) 5,50 6,50 1,75 1,25 1,00 2,25 4,25 5,25 4,25 3,50
Saldo em transações correntes (% PIB) -3,2 -4,2 -3,8 -4,5 -4,7 -5,7 -6,6 -6,5 -6,5 -6,3
Resultado fiscal (% PIB) 1,4 2,4 1,3 -1,5 -3,5 -3,6 -2,6 -1,9 -1,5 -1,7
* Média anual
Spreads dos títulos lastreados em recebíveis Spread da taxa de juros – média mensal anualizada
(spread dos títulos AAA de 2 anos sobre libor, pontos base) (spread dos títulos do Tesouro sobre títulos corporativos de
310 3 meses do setor não-financeiro, pontos base)
300
105 103
230
Mercado imobiliário 73
150 62
46
Automóveis 40 40
70 85 34
30 33
25 27 26
18 19 23
30 19
8 7 15
Cartões de crédito
0 0 0
Mar-07 Mai-07 Set-07 Nov-07 Jul-06 Out-06 Jan-07 Abr-07 Jul-07 Out-07
Jan-07 Jul-07
Fonte: Bloomberg, Tesouro dos EUA, Fed, Credit Suisse
15 14,3
Construção
11 11,0
6950 8,5
1260 9,5
6550 7,5
1120 8,0
Variação anual dos preços das casas nos EUA Extração líquida de renda do setor imobiliário
(índice Case-Shiller – composto por 20 cidades, %) (% da renda disponível e média móvel de quatro
trimestres, US$ bilhões)
18 800 9
% da renda disponível 8
14 700 (eixo dir.)
7
10 600 6
5
6 500
4
2 400 3
2
-2 300 Média Móvel – 4 trimestres
1
(eixo esq.)
-6 200 0
Jan-01 Nov-01 Set-02 Jul-03 Mai-04 Mar-05 Jan-06 Nov-06 Set-07 Mar-99 Mai-00 Jul-01 Set-02 Nov-03 Jan-05 Mar-06 Mai-07
Fonte: Case-Shiller, National Association of Realtors, U.S. Census Bureau, Credit Suisse
12 3,5 0,59
Subprime
(eixo esq.) 4,0 0,50
11,5 0,46 Prime
0,41
Prime (eixo dir.)
11 (eixo dir.) 2,7 2,8 3,5 3,49 3,56 0,25
10,6
10,3 3,29
2,3
10 2,2 2,2 3,0 0,00
Jun-05 Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Jun-05 Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07
5,25 5,25 56
Em 30 de novembro, a curva 3 meses
de juros apreçava corte da
5,00 taxa dos fed funds de 125 p.b. 6 meses 46
nos 12 meses seguintes 12 meses
4,50 4,50 35
30
22
4,00
100 p.b. 15
8
3,50 3,50 3,50 5 5
3,25
1T07 2T07 3T07 4T07e 1T08e 2T08e 3T08e 4T08e 25-Out 15-Nov 29-Nov
Fonte: Fed, Credit Suisse Fonte: Credit Suisse
Destino das exportações dos EUA Origem das importações dos EUA
(12 meses até setembro, US$ bilhões) (12 meses até setembro, US$ bilhões)
México
136
Canadá
307
Canadá China
241 316
Fonte: BEA, Credit Suisse
-450 -4
Títulos corporativos
Possível início da reversão -5 400
-650 do déficit, com aceleração das
exportações e desaceleração Ações
das importações -6
-850 -7 -100
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007
Fonte: BEA, Credit Suisse
Crescimento do PIB real (% a.a.) 0,8 1,8 1,4 2,9 2,6 1,5 1,5
Consumo das famílias (% a.a.) 1,2 1,4 1,4 1,8 1,5 1,7 1,4
Inflação ao consumidor * (%) 2,1 2,1 2,2 2,2 2,1 2,8 1,8
Núcleo da Inflação ao consumidor * (% a.a.) 1,8 1,8 1,4 1,4 1,9 1,8 1,8
Taxa de juro básica (% a.a.) 2,00 2,00 2,25 3,50 4,00 3,50 3,50
Saldo em transações correntes (% PIB) 0,4 0,6 -0,3 -0,3 -0,3 -0,5 -0,5
Resultado fiscal (% PIB) -3,0 -2,7 -2,4 -1,6 -0,8 -0,5 n.d.
* Média anual
Fonte: Banco Central Europeu, Datastream, Credit Suisse
-900
1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004 2007
(acum.12m)
Fonte: FMI, Credit Suisse
25,1 27,3
Brasil
Sensibilidade do crescimento do PIB de vários 17,6 21,2
países à redução de 10% nas importações dos EUA 40,2 7,2
oriundas da Ásia (%) China
28,4 7,0
Hong 25,3 7,2
Índia China Indonésia Coréia Kong Tailândia Malásia Filipinas Cingapura Índia
17,7 6,0
32,1 18,5
Japão
23,2 11,0
-0,2
14,0 13,1
-0,3 -0,3 -0,3 Cingapura
6,6 10,5
27,6 17,0
Taiwan 11,6
16,6
-0,6 -0,6
23,4 16,9
Coréia do Sul 13,6 9,8
-0,8 -0,8
-0,9 2000 2007 (acum. em 12 meses até junho)
Fonte: CEIC, Credit Suisse Fonte: BEA, Departamento de Comércio dos países, Credit Suisse
10 400 374
Crescimento do PIB
9 300
273
8 200
136
Fonte: National Bureau of Statistics - China, Credit Suisse Fonte: Banco Central da China, Credit Suisse
Carnes
8
Trigo
Arroz
6
0 5 10 15 20 25 30 35 40 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte: National Bureau of Statistics - China, Credit Suisse
0 105
Remuneração real dos
depósitos de 1 ano
(após tributação de 5%) 103
Renmimbi se depreciou
-2 frente a outras moedas
US$/RMB
101 apesar da apreciação
frente ao dólar
-4 99
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Jan-05 Jun-05 Nov-05 Abr-06 Set-06 Fev-07 Jul-07
Fonte: Banco Central da China, Credit Suisse Fonte: Banco Central da China, Credit Suisse
100
High Yield
600
Dedicados EMEA
Filipinas
50
300
Turquia
México América Latina
0 0
Jan-03 Jan-04 Jan-05 Jan-06 Jan-07 Jan-03 Abr-04 Jun-05 Ago-06 Out-07
Fonte: Credit Suisse Fonte: Emerging Portfolio, Credit Suisse
270,0 80,0
240,0
180,0
50,0
34,3
85,8
21,5 20,0
49,3 52,9 53,8
5,3
1,6
2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
-15,4 -15,4
-30,5
-33,5
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
2 2
1 1
0 0
-1 -1
-2 -2
-3 -3
-10 -5 0 5 10 15 -3 -2 -1 0 1 2 3
Aumento dos investimentos Variação da produtividade
(1)
Glick, R. e K. Rogoff, 1995, “Global versus Country-Specific Productivity Shocks and the Current Account”, Journal of Monetary Economics, 35. Fonte: Funcex, MDIC, Credit Suisse
-7 -7 -15 -15
1997 1999 2001 2003 2005 2007e 2009e 1997 1999 2001 2003 2005 2007e 2009e
20
-3
Efeito-preço
Total Bens de Bens Bens de Bens de Petróleo e
Capital Intermediários consumo consumo derivados 0
duráveis não-duráveis Dez-03 Set-04 Jun-05 Mar-06 Dez-06 Set-07
Fonte: Funcex, Credit Suisse
Total Bens de Bens Bens de Bens de Petróleo e 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009e
Capital Intermediários consumo consumo derivados
duráveis não-duráveis
Fonte: Banco Central, Funcex, Credit Suisse
Taxa de câmbio do dólar contra cesta de moedas (1) Variação do índice de preços de importados
(Jan-06 = 1,00) (acumulado em 12 meses, %)
1,20 6
Bens de consumo duráveis
1,15 1,15 5
1,10 4
1,05 1,05 3
Bens de Capital
1,00 2
0,95 1
0,90 0
0,85 -1
0,80 -2
Mar-03 Nov-03 Jul-04 Mar-05 Nov-05 Jul-06 Mar-07 Nov-07 Jan-06 Abr-06 Jul-06 Out-06 Jan-07 Abr-07 Jul-07 Out-07
(1)
Moedas utilizadas: euro, iene (Japão), libra esterlina (Reino Unido) e renmimbi (China),
utilizando como ponderação a participação nas importações brasileiras.
Fonte: Funcex, Bloomberg, Credit Suisse
permanecerão estáveis em 2008/09. 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Estoque da dívida pública mobiliária externa Perfil de vencimento da dívida pública mobiliária
(US$ bilhões) externa (% do total)
Até 2 anos 58 58
61,6
60,4 De 3 a 5 anos
59,4 De 6 a 10 anos 48
Acima de 10 anos
34 33
52,8
22 21
19 20
17
48,8 13 14
11 11 12
8
-22,2
7,7 341
6,0 6,5 230
2,5 3,0 3,2 2,1
2,0
0,6 0,4 0,9
2001 2002 2003 2004 2005 2006 Até 2008e 2009e 2003 2004 2005 2006 2007e
Out-07
Fonte: Banco Central, Bovespa, Credit Suisse Fonte: Bovespa, Credit Suisse
20 3,5
Mensal
15 3,0
10 2,5
Crédito comercial de curto prazo
5 2,0 1,92
0 1,5
Exportações contratadas 1,24
-5 1,15 Média anual
1,0
menos embarcadas
-10 0,5
Jan-02 Abr-03 Jul-04 Out-05 Jan-07 Out-07 Jan-05 Ago-05 Mar-06 Out-06 Mai-07 Out-07
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
2. Serviços e rendas -37,1 -38,2 -38,5 -41,0 Ações 7,7 21,8 18,3 17,2
Juros líquidos -11,3 -7,7 -3,4 -1,9 Renda fixa 7,0 13,3 14,9 12,4
Setor público -4,2 -0,2 3,3 6,0
Desembolsos médio e longo prazos 43,7 33,3 30,3 27,7
Setor privado -7,1 -7,5 -6,7 -7,9
Lucros e dividendos -16,4 -19,0 -22,3 -25,3 Setor público (inclui trocas e agências) 7,0 3,8 3,9 3,9
Viagens internacionais -1,4 -2,7 -4,0 -4,0 Setor privado 36,7 29,5 26,4 23,8
Demais -8,0 -8,8 -8,8 -9,8
Empréstimos do FMI 0,0 0,0 0,0 0,0
3. Transferências unilaterais 4,3 4,6 4,8 4,8
-19,9 Ativos brasileiros no exterior -36,1 -25,9 -27,3 -30,1
B. Amortizações médio e longo prazos (4+5) -44,1 -36,0 -26,6
4. Setor público -22,4 -11,3 -5,3 -2,5 Curto prazo e demais (inclui "erros/omissões") 19,1 39,0 28,0 19,1
5. Setor privado -21,7 -24,6 -21,3 -17,4 Reservas internacionais brutas 86 180 240 270
300
250
200
150
100
50
Jan-05 Abr-05 Jul-05 Out-05 Jan-06 Abr-06 Jul-06 Out-06 Jan-07 Abr-07 Jul-07 Out-07 Nov-07
(1) Medido pelo Credit Default Swap (CDS) com prazo de 5 anos. Fonte: Agências de classificação, Credit Suisse
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e
PIB 4,3 1,3 2,7 1,1 5,7 3,2 3,7 5,0 4,5 5,0
Agropecuária 2,7 6,1 6,6 5,8 2,3 0,3 4,1 2,9 3,8 4,5
Oferta
Indústria 4,8 -0,6 2,1 1,3 7,9 2,1 2,8 5,2 4,9 5,4
Serviços 3,6 1,9 3,2 0,8 5,0 3,7 3,7 4,6 4,2 4,4
Consumo das famílias 3,9 0,7 1,8 -0,7 3,8 4,5 4,3 6,1 6,4 6,9
Consumo do governo -0,2 2,7 4,7 1,2 4,1 2,3 3,6 3,6 3,5 3,5
Demanda
Formação bruta de capital fixo 5,0 0,4 -5,2 -4,6 9,1 3,6 8,7 11,8 10,0 10,5
Exportações (+) 12,9 10,0 7,4 10,4 15,3 9,3 4,6 7,0 1,5 -1,0
Importações (-) 10,8 1,5 -11,8 -1,6 13,3 8,5 18,1 20,5 16,0 12,0
7,5 14
8,6 12,9
7,0 6,8 6,9 12
14,3 11,8
6,9 6,5
11,8 6,4 6,5 10,5 10
10,5 9,4 6,1 10,0 9,4
7,4 9,1 6,1 10,0 8,7
7,3
8,7 4,7 8,7 6,0
6,3 8
5,0 4,3 5,5
3,0 3,6
3,8 6
1,5 5,0
-0,3 0,4 1,9 4,7
4,5
3,2 4
0,4 4,0 0,7 -4,6 4,5 4,4 3,6 4,3
-6,6 -5,2
4,0 2
-0,6 -0,7 -8,2 -0,8
1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007e 2009e 3,5 0
1T05 1T06 1T07 1T08e 1T09e 4T09e
79,0
78,8
78,4
78,2
25
Crédito total do sistema financeiro
20
15
10
5
Crédito livre para pessoa jurídica
0
Jan-04 Jun-04 Nov-04 Abr-05 Set-05 Fev-06 Jul-06 Dez-06 Mai-07 Out-07
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Demanda Oferta
Crescimento das importações
(%) (%) (Jan/Out-07, %)
Exportações (X)* Estoques, 0,0 Prod. Doméstica Bens de consumo
13,1 17,8
89,5 não duráveis
Petróleo 19,0
Formação bruta
de capital fixo (I) Bens
15,0 Importados 20,5
Intermediários
10,5
Bens de Capital 35,3
Consumo Consumo das Bens de consumo
do governo (G) famílias (C) 54,4
duráveis
17,8 54,0
Total 23,3
* Exportações incluídas por demandarem produtos elaborados no Brasil e no exterior para consecução de suas atividades. Fonte: IBGE, Funcex, Credit Suisse
4
3,3
2 3,9
3,5
0
2,6
-0,7 2,3
-2 1,8
1,5 1,5 1,7
-4 0,8
0,5
Variação do Custo Unitário do Trabalho (CUT)
-6
Set-03 Set-04 Set-05 Set-06 Set-07 2002 2003 2004 2005 2006 Até
Set-07
Fonte: IBGE, Credit Suisse
45,2 45,1 4
43,9
2
0
2001 2002 2003 2004 2005 Mar-05 Jun-05 Set-05 Dez-05 Mar-06 Jun-06 Set-06 Dez-06 Mar-07 Jun-07
Fonte: IBGE, Credit Suisse
Crescimento real da despesa financeira das pessoas físicas com empréstimos a cada 30 dias
(M/M-12, %)
30
25
Principal Redução da Selic
20 e do spread bancário permitem
menor despesa com juros
15
10
5
Total
0
-5 Ampliação do prazo
médio reduz despesa com
Juros pagamento do principal
-10
-15
Jan-04 Abr-04 Out-04 Abr-05 Out-05 Abr-06 Out-06 Abr-07 Out-07
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Habitação
Consumo residencial Com o expressivo crescimento das importações, o varejo tende a ter desempenho melhor do que o da
de energia elétrica indústria de transformação.
Risco positivo para a venda de eletrodomésticos, a alimentação em aeroportos e ao longo de rodovias,
banda larga e TV a cabo.
8
PIB – preços
de mercado
4
-4
Fim dos ciclos de crescimento acompanhados de contração no consumo
-8
Mar-92 Out-93 Mai-95 Dez-96 Jul-98 Fev-00 Set-01 Abr-03 Nov-04 Jun-06 Jan-08e Ago-09e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
Fonte nuclear
Hidroelétricas 15
74 Outras 2
Hidroelétricas 16
Fonte: Boletim Energético Nacional - BEN (2007), Credit Suisse
18,0
Variável chave a monitorar é a oferta de gás natural
14,0
13,5
11,0
9,0 9,5
8,0 8,0
9,3
9
8,9
8,5
8,0
7,7 7,6
7
6,0
Banda superior
6,0 5,5 5,7
5 5,1
4,5 4,5 4,5 4,5
4,0 4,0 4,0
4,1 3,7
Centro da meta 3,1
3
Banda inferior
1
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
RISCO RISCO
Inflação de alimentos
Inflação nos produtos Baixos reajustes nos Forte crescimento da demanda
industriais não apresenta preços administrados doméstica acelera inflação
forte aumento e serviços de serviços e bens duráveis
20 4,0
14 Produção de etanol
Índia 3,4
10 2,8 (bilhões de galões)
0 12 11
1961 1967 1973 1979 1985 1991 1997 2003 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09
Fonte: FAO, Credit Suisse Fonte: USDA, Credit Suisse
-14 15,3
15 -24 -20 14,2
10 -40
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2007* 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e
*Considerando o preço da soja em 21-nov-07. Nos demais casos, foi utilizado o preço médio
entre março e outubro de cada ano, período em que se concentram as vendas de soja.
Fonte: Conab, Credit Suisse Fonte: Consultoria Safras e Mercado, Credit Suisse
16 80
8 Intenções
de reajustes longe 79
0
do pico
-8 78
3T00 3T01 3T02 3T03 3T04 3T05 3T06 4T07
Fonte: CNI, FGV, Credit Suisse
Há uma relação negativa entre o grau de abertura comercial, medido pela relação importações/PIB,
e a inflação. Análise com dados em painel sugerem que maior penetração das importações na
economia implica inflação mais baixa e menos volátil.
Relação importações/PIB e inflação Desvio padrão da inflação ao consumidor
(média 2000 a 2006, %) e importações/PIB (média 2000 a 2006, %)
200 200
Cingapura Cingapura
Importações/PIB
120 120
Malásia Malásia
80 80
Hungria Tailândia Hungria
Tailândia
Filipinas Filipinas
Israel
Israel Coréia México Indonésia
40 40 Coréia A. do Sul
China Chile A. do Sul Indonésia Chile Polônia México
Polônia Uruguai Índia Egito
Peru Egito China
Índia Colômbia Argentina Brasil Colômbia Uruguai Argentina
Brasil Peru
0 0
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
Inflação ao consumidor Volatilidade da inflação ao consumidor
Fonte: IBGE, Bloomberg, Credit Suisse
Aumento da abertura da economia em 2008/09 contribuirá para manter a inflação baixa, mesmo se a
expansão da economia for ligeiramente superior ao seu potencial. Literatura destaca a queda da
importância do hiato do produto para a determinação da inflação em países desenvolvidos, com a
Curva de Phillips (trade-off entre hiato do produto e inflação) mantendo-se relativamente horizontal.
3,5
3,0
Redução da relação entre a
expansão da atividade doméstica
acima do potencial e inflação
2,5
1996 a 2007
2,0
1,5
-1,2 -0,8 -0,4 0 0,4 0,8 1,2 1,6
Hiato do produto (%)
(1)
Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos Fonte: FMI, Credit Suisse
Maior previsibilidade na economia contribuiu para o recuo da inflação IPCA, que convergiu para a
taxa de inflação e volatilidade médias dos países emergentes e dos desenvolvidos.
Inflação IPCA permanecerá abaixo da inflação da maior parte dos emergentes.
8,5 IPCA
Brasil 0,8
7,5
6,5
0,6
Países emergentes
5,5 Países OCDE
4,5 0,4
3,5
0,2
2,5
Países OCDE Países emergentes
1,5 0,0
Jan-05 Dez-05 Dez-06 Dez-07e Dez-08e Abr-05 Out-05 Abr-06 Out-06 Abr-07 Out-07
OCDE: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Emergentes: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai, Venezuela,
Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Coréia do Sul, Luxemburgo, México, Egito, Hungria, Israel, Cazaquistão, Polônia, Romênia, África do Sul, Turquia, China, Hong
Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça, Kong, Indonésia, Coréia do Sul, Malásia, Filipinas, Cingapura, Formosa, Tailândia e Índia.
Turquia, Reino Unido e EUA.
Fonte: FMI, Credit Suisse
Inflação acumulada em 12 meses nos serviços recuou de 5,5% em dezembro de 2006 para 4,7%
em outubro de 2007, mesmo em um cenário de forte expansão da demanda doméstica. Isso nos
sugere que outros fatores, tais como, expectativas de inflação ancoradas e menor inércia estão
contribuindo para manter baixa a inflação de serviços.
Inflação de serviços recuará ligeiramente de 4,8% em 2007 para 4,5% em 2008 e 4,4% em 2009.
Modelo de determinação da inflação de serviços Parcela dos itens de serviços com inflação inferior ao
centro da meta de inflação de 4,5% (%)
60
Expectativas 50
Hiato do produto de Inflação
(+) (+) Mensal
40
Inflação de Média móvel
de 12 meses
Serviços 30
Inflação Sazonalidade
defasada no 1T 20
(+) (+)
10
Jan-03 Set-03 Mai-04 Jan-05 Set-05 Mai-06 Jan-07 Set-07
Nossos modelos sugerem fraca relação entre Simulações para a inflação IPCA Serviços considerando
atividade econômica e inflação de serviços e diferentes cenários para o hiato do produto (%)
grande instabilidade do coeficiente do hiato do
produto na projeção desses preços. Crescimento do PIB
Inflação projetada de serviços
Instabilidade econômica contribuiu para que a Limite superior
6,0
Inflação de serviços acima do centro da meta de inflação deveu-se aos elevados reajustes dos itens
associados ao custo da mão-de-obra, em especial serviços pessoais.
Como reflexo da menor elevação dos salários de empregados domésticos, a inflação de serviços
pessoais, que tem recuado desde meados de 2007, provavelmente manterá essa tendência em
2008/09.
Inflação IPCA Serviços Aumento médio anual do salário mínimo
(acumulado em 12 meses, %) (%)
12
Serviços Pessoais 17,8
(peso de 23%)
10
13,2
6 5,5
Ex-serviços pessoais
(peso de 77%) 4,9 4,7
4 3,9
Em linha com o que ocorre em outros países, a inflação de serviços provavelmente permanecerá
acima da de bens livres (ex-alimentação e combustíveis), por conta dos impactos da elevação da
produtividade e da abertura comercial serem mais concentrados no setor de bens; e do aumento da
renda per capita que tende a elevar a parcela do consumo de serviços.
Inflação de serviços permanecerá próxima ao centro da meta, ancorada principalmente nas
expectativas. Inflação dos bens, mais sensível à competição externa, será ainda menor.
Inflação Países industrializados(1) Inflação IPCA
(acumulado em 12 meses, %) (%)
3,0 Serviços (eixo esq.) 100 6,8
Bens ex-alimentos 80
-0,8
e combustíveis
(eixo esq.) 2005 2006 2007e 2008e 2009e
-1,5 75
Jan-97 Set-99 Mai-02 Jan-05 Set-07 IPCA Bens Livres ex-alimentação IPCA Serviços IPCA
(1)
EUA, Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Japão. Fonte: Bloomberg, IBGE, Credit Suisse Fonte: IBGE, Credit Suisse
0 25
Abr-03 Jan-04 Out-04 Jul-05 Abr-06 Jan-07 Out-07
-13,1 -12,7
Goiânia Belém Fortaleza São Curitiba Salvador Belo Rio de
Paulo Horizonte Janeiro
Fonte: ANP, Bloomberg, Credit Suisse Fonte: ANP, Bloomberg, Credit Suisse
Preços Livres 11,8 7,2 6,9 4,2 2,5 5,2 3,8 4,0
Alimentação e Bebidas 19,5 7,5 3,9 2,0 1,2 9,5 5,0 4,5
Produtos industriais 9,6 8,5 9,0 4,5 1,4 2,0 2,3 3,2
Preços administrados 14,2 14,0 9,2 8,7 4,2 1,6 3,4 4,2
*Svensson, L.E.O., 2000. “Open-Economy inflation targeting”, National Bureau of Economic Research, wp6545. Fonte: Credit Suisse
Afrouxamento monetário
será retomado no 3T 2008 e
interrompido no 2T 2009
4,7% no 1T 2008. Nesse cenário, seria Mar-08 1,75 4,0 1,68 3,5 2,10 4,4 2,30 4,7
provável um aumento de juros no 1T 2008. Jun-08 1,77 3,9 1,66 3,0 2,10 4,2 2,30 4,8
Assumindo câmbio de R$ 2,10/US$ no início Set-08 1,79 3,9 1,63 2,7 2,10 4,3 2,30 5,0
de 2008 e estabilidade a partir de então, a Dez-08 1,80 3,9 1,61 2,7 2,10 4,3 2,30 5,3
inflação IPCA em 12 meses alcançaria 4,4%
Mar-09 1,82 3,8 1,60 3,0 2,10 4,3 2,30 4,7
no 1S 2008. Nesse caso, provavelmente, não
haveria elevação de juros em 2008 e os cortes Jun-09 1,85 4,0 1,60 3,3 2,10 4,2 2,30 4,5
só seriam possíveis em 2009. Set-09 1,89 4,1 1,60 3,5 2,10 4,2 2,30 4,4
Nos demais cenários apresentados, a inflação Dez-09 1,92 4,0 1,60 3,8 2,10 4,3 2,30 4,5
IPCA seria significativamente inferior à meta
em 2008 e 2009. Provavelmente, não haveria
aumento de juros em 2008, mas Provável aumento de
cortes seriam improváveis juros no 1S 2008
*Cenário positivo considera nossa trajetória de Selic. Cenários negativos consideram Selic
constante a 11,25%. Cenário de mercado (mediana das expectativas de mercado em 23 de
novembro) considera Selic a 10,25% no fim de 2008 (corte de juros de 25 p.b. em Abr-08,
Jun-08, Set-08 e Dez-08) e 9,50% no fim de 2009 .
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
1,2
-0,70
2002 2003 2004 2005 2006 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: IBGE, Credit Suisse
0,8
1997 1999 2001 2003 2005 2007e 1997 1999 2001 2003 2005 2007e
Fonte: IBGE, Credit Suisse Fonte: Ipeadata, IBGE, Credit Suisse
* Reis, E. e L. Morandi, 2004. “Estoque de capital fixo no Brasil”, XXXII Encontro Nacional de Economia.
02 00
05 2,6
2,5 2,5
2,4
1,6 99 2,2
2,0
07
04 1,7
1,2 03
1,3 1,4
01
0,8
0,8 06
97
98
0,4
0 1 2 3 4 5 6 1997 1999 2001 2003 2005 2007e 2009e
Crescimento do PIB * Estatística da PNAD. Para a Pesquisa Mensal do Emprego, prevemos
Fonte: IBGE, Credit Suisse aumento do emprego de 2,9% em 2008 e 3,1% em 2009.
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e 2008e 2009e
10,1 2,3
Imposto de renda
9,0 2,1 Pessoa Física
0,6
7,9
7,1 4,8
6,9
5,4
exceções.
Contribuição de estados e municípios para o 0,99
superávit primário do setor público 0,90
permanecerá elevada, sobretudo por: 0,85
0,80 0,81
Ö Perspectiva de maiores receitas com repasses 0,72
constitucionais do imposto de renda.
Ö Maior arrecadação estadual, principalmente com
IPVA, devido à expansão da frota de veículos. 0,51
0,34
6,8
Despesa média com servidores federais da União (1) Composição dos servidores públicos federais
(R$ mil, preços de Out-07) ativos por poder (% do total)
+23%
Média 95-98 Judiciário Total de servidores ativos (2)
+5%
Média 99-02 +17% +18% Legislativo 8,3 1.115.709
Média 03-06 2,2
-4%
2007 +30%
12,7
Executivo Civil
10,5 11,0 10,3 51,5
9,3 9,0 8,8
+18%
Executivo Militar
+10% 6,7
+12% 38,1
4,3
3,3 3,6
3,0
Executivo Legislativo Judiciário
(1) Vencimentos, (2) Ago-07.
gratificações, anuênios, décimos, hora extra, obrigações patronais e demais Exclui funcionários de outras esferas sob supervisão do Ministério da Fazenda.
encargos.
4,0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007e
3,22 1,54
1,52 1,52
3,15
1,49
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: Tesouro, Credit Suisse *amostra de 2601 municípios
13,6
28,1
24,8 24,2
10,8
10,0 21,8
9,0 18,9
13,0
2004 2005 2006 Até 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Até
Out-07 Ago-07
Fonte: Senado, Tesouro, Credit Suisse
-20
Necessidade de financiamento (Primário + Juros) 1,1
-30
Jan-04 Jul-04 Jan-05 Jul-05 Jan-06 Jul-06 Jan-07 Jul-07
Prefixados Selic Índice de preços Câmbio & Outros Ago/Out-06 Nov-06/Jan-07 Fev/Abr-07 Mai/Jul-07 Ago/Out-07
Fonte: Tesouro, Andima, Credit Suisse * Média da taxa indicativa da Andima em cada período.
20 21,1
Mais de 4 anos 19,4 19,9
15
10,7
9,2
10
2,9
5 Até 1 De 1 a 2 De 2 a 3 De 3 a 4 De 4 a 5 Acima de 5
Jan-03 Set-03 Mai-04 Jan-05 Set-05 Mai-06 Jan-07 Set-07 ano anos anos anos anos anos
Fonte: Tesouro, Credit Suisse * posição em Jun-07
*12 meses encerrados em Set-07 Fonte: Tesouro, Credit Suisse **Composição estimada com base nos gastos de Jan/Out-07
Política
Crescimento manterá popularidade do presidente Lula elevada
Nossos modelos sugerem que o emprego, a renda e o custo de vida explicam a avaliação do
governo. No nosso cenário favorável para 2008/09, a avaliação do governo tende a permanecer alta.
Foco do governo é o de preservar o atual ciclo de crescimento, capitalizando os efeitos favoráveis do
aumento da renda e do emprego nas eleições de 2008 e 2010. Governo se empenhará para remover
alguns entraves ao crescimento, sobretudo em infra-estrutura, como energia e transportes.
Modelo para estimar a avaliação do governo Avaliação positiva do governo
a partir de variáveis econômicas (% dos entrevistados)
50 49
Observada
40 40
38
Média no período
30
20 21
Estimada
Avaliação do governo 10
(% de ótimo / bom) Jun-97 Fev-99 Out-00 Jun-02 Fev-04 Out-05 Jun-07
Governo aprova renovação da CPMF no Diante de uma grande chance de derrota, Governo vota a medida e é derrotado no
Senado em 2007. As concessões o governo não vota a medida em 2007, Senado. Governo não aprova a convocação
negociadas com os partidos da base (e.g., adiando a discussão para o 1T 2008. O extraordinária e apresenta nova proposta
redução da alíquota de 0,38% para 0,30% governo aprova pedido de convocação para ser discutida depois do recesso
em 2011) são implementadas por Medidas extraordinária, evitando o recesso parlamentar. Perda de arrecadação da
Provisórias para evitar que o projeto da parlamentar (previsto para se encerrar em CPMF é mais significativa.
CPMF seja apreciado novamente na 13 de fevereiro) e acena com um conjunto
Câmara dos Deputados. mais amplo de concessões. Governo
perde, pelo menos, seis meses de
arrecadação da CPMF.
Bancos centrais do G3 reduzem suas taxas de juros no curto prazo, restabelecendo a confiança
na recuperação do crescimento e, provavelmente, elevando a liquidez e o apetite ao risco em um
prazo mais curto.
Crescimento global permanece próximo a 5,0% em 2008, com reduzido contágio da
desaceleração do mercado imobiliário sobre os demais setores da economia dos EUA e sobre o
crescimento dos outros países. A redução do saldo comercial do Brasil não é significativa e fluxo
de divisas alcança patamar similar ao de 2007, contribuindo para a apreciação do Real.
Estabilização ou leve recuo dos preços das principais commodities agrícolas reduz a inflação ao
consumidor no Brasil de forma significativa, sem ameaçar o desempenho das exportações. Ciclo
de afrouxamento monetário seria retomado no fim do 1T 2008 ou no início do 2T 2008.
Mesmo com forte crescimento da demanda agregada no Brasil, a expansão da oferta, por conta
do aumento dos investimentos e das importações, evita desequilíbrios que pressionem a inflação.
Com inflação estável e ausência de sinais de desequilíbrio entre a expansão da demanda e da
oferta, a redução dos juros é retomada no 1T 2008 ou no início do 2T 2008.
Manutenção da trajetória de apreciação cambial contribui para a redução da inflação e não resulta
em deterioração significativa do saldo em transações correntes.
Aprofundamento da crise imobiliária nos EUA é acompanhado por forte restrição da oferta de
crédito no G3. Esse quadro causa significativo aumento da aversão ao risco dos investidores
internacionais, redução da liquidez global e expressiva queda dos preços de ativos financeiros nos
mercados emergentes. Reversão no influxo de divisas para o Brasil resulta em depreciação
cambial e elevação da inflação. Em resposta, a taxa básica de juros Selic é elevada,
desacelerando o crescimento da demanda doméstica.
Consumo das famílias nos EUA recua de forma significativa, resultando em recessão no País,
forte desaceleração da economia global e queda dos preços de commodities. A taxa dos fed
funds é reduzida de forma expressiva, mas o crédito bancário não se recupera rapidamente. O
superávit comercial do Brasil recua muito, com exportações em queda e importações mantendo o
ritmo elevado. Como resultado, o superávit em conta corrente se transforma em elevado déficit,
em um ambiente de retração do influxo financeiro. O Real se deprecia e causa aceleração
inflacionária. Como reação, os juros são elevados com risco de ruptura do ciclo de crescimento.
Aceleração muito forte do consumo doméstico no Brasil gera pressão inflacionária significativa e
reduz saldo comercial rapidamente. Juros são elevados para evitar maior desequilíbrio entre
expansão da demanda e da oferta agregadas. Ritmo de crescimento do crédito bancário e a
confiança dos consumidores e dos empresários se reduzem significativamente.