Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORTALEZA - CE
2018
2
Sumário
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS............................................................................................................. 3
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
Definir a vazão de projeto para períodos de retorno de 1.000 (mil) e 10.000 (dez mil) anos
pelo método Chuva-Deflúvio, obtendo assim as dimensões do vertedouro.
4. MÉTODO CHUVA-DEFLÚVIO
4.1 Características pluviométricas da bacia
A características pluviométricas foram obtidas no estudo anterior, com os dados das
estações pluviométricas da ANA. A Tabela 1 a seguir apresenta os resultados anteriormente
obtidos dos estudos realizados quanto às precipitações da bacia.
Tabela 1: Precipitações para o centro de gravidade da bacia
Ano - 1000 10000
Tempo de retorno Tr 0,001 0,0001
Precipitação máxima de 1 dia -
P01d 161,4 192,4
mm/mês
A partir disso, para traçar a curva IDF (Intensidade – Duração – Frequência), ajustou-se
a Equação 1 a seguir, de acordo com o Método de Taborga-Torrico para as precipitações
máximas, encontrando o valor de 1,33 ajustado para a bacia em questão.
Equação 1: Ajuste para a precipitação média sobre a bacia
Pa 𝐴
= 1 − 𝑊 ∗ log ( ) = 1,33
P0 𝐴0
Uma vez com esses valores, pode-se obter a Curva IDF para a bacia. O resultado da curva
está apresentado na Figura 1 a seguir.
Curva IDF
300
250
Altura de chuva - mm
200
1000
150
10000
100
50
0
0,1 1 10 100
Tempo de duração - horas
4.2 Hietograma de Projeto
O Hietograma é a representação da precipitação na bacia em função do tempo. Para o
presente trabalho usou-se no software HEC-HMS e para obtenção do hidrograma unitário o
hiteograma com precipitação constante, para fins de simplificação.Entretanto, para melhor
representar a distribuição das precipitações na bacia, obteve-se o Hietograma de Projeto pelo
Método dos Blocos Alternados, um dos mais referenciados pela literatura. Obteve-se o
Hietograma para as precipitações máximas milenar e decamilenar.
Os principais parâmetros necessários para se obter o Hietograma são: O tempo de
concentração da bacia e as equações da curva IDF para as precipitações a que se deseja obter o
gráfico. A Figura 2 apresenta o Hietograma para a precipitação de projeto do tempo de retorno
de 1000 anos e a Figura 3 apresenta o Hietograma para a precipitação de projeto do tempo de
retorno de 10000 anos.
Todos os dados necessários para obter os Hietogramas para o tempo de retorno de 1000
e de 10000 anos estão apresentados na Tabela A.1 do Apêndice A.
120,00
100,00
80,00
Precipitação (mm)
60,00
40,00
20,00
0,00
1,22 2,43 3,65 4,87 6,08 7,30 8,52 9,73 10,95 12,17
Tempo (h)
100,00
80,00
Pluviosidade (mm)
60,00
40,00
20,00
0,00
1,22 2,44 3,66 4,88 6,10 7,32 8,54 9,76 10,98 12,20
Tempo (h)
7
Onde tp= tempo de pico, tr = tempo de duração da chuva (h) adotado como 20% do tempo de
concentração e tc = tempo de concentração da bacia (h).
𝟎, 𝟐𝟎𝟖 ∗ 𝟕𝟔𝟏, 𝟎𝟐
𝐪𝐩 = = 𝟏𝟖, 𝟓𝟗 𝐦𝟑 /𝐬
𝟏, 𝟐𝟑𝟑𝟒
70
60
50
Vazão - m³/s
40
30
20
10
0
0 4 8 12 16 20 24 28 32
Tempo - horas
9
do açude Itaúna, comparados com os encontrados pela auditoria técnica e resumidos na Tabela
6 a seguir.
Como observado, os métodos utilizados neste estudo mostram que a barragem construída
tem um vertedouro cerca de 4 vezes menor que o calculado, com uma lâmina máxima menor
que apenas 8% em relação a calculada. Supõe-se que há uma discordância dos dados utilizado
neste estudo com os utilizados na época da construção, levando a uma subestimação da
quantidade que precisaria ser escoada em uma chuva extrema. Além disso, o método utilizado
no dimensionamento original provavelmente não considerou as grandes variações
pluviométricas da região, levando a uma subestimação do volume real.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos estudos realizados, conclui-se que a região em questão tem grande potencial
hídrico, com precipitações acima da média da região. Com isso, esperava-se através do
dimensionamento apresentado que a barragem tivesse um vertedouro cerca de quatro vezes
maior que o existente. Esse fato é preocupante, pois há risco de rompimento caso ocorram
precipitações próximas das intensidades consideradas neste estudo. Dessa forma, recomenda-
se aos órgãos responsáveis uma revisão das condições da barragem.
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE A: Hidrograma unitário Sintético (SCS)
Tabela A.1: Base de dados para o hidrograma Unitário
Tempo -h HU1 HU2 HU3 HU4 HU5 Soma Soma/5 Q1000 Q10000
1 0,00 0,0 0,0 0,0 0 0
2 2,43 5,3 0,0 5,3 1,1 141,582 172,237
3 4,87 10,6 5,3 0,0 15,9 3,2 424,746 516,712
4 7,30 15,9 10,6 5,3 0,0 31,9 6,4 849,491 1033,42
5 9,73 17,0 15,9 10,6 5,3 0,0 48,9 9,8 1302,64 1584,69
6 12,17 13,8 17,0 15,9 10,6 5,3 62,7 12,5 1671,01 2032,81
7 14,60 10,6 13,8 17,0 15,9 10,6 68,0 13,6 1813,01 2205,57
8 17,03 7,5 10,6 13,8 17,0 15,9 64,8 13,0 1728,66 2102,95
9 19,47 4,3 7,5 10,6 13,8 17,0 53,2 10,6 1417,94 1724,95
10 21,90 1,1 4,3 7,5 10,6 13,8 37,3 7,5 994,041 1209,27
11 24,33 1,1 4,3 7,5 10,6 23,5 4,7 625,673 761,145
12 26,76 1,1 4,3 7,5 12,8 2,6 342,086 416,154
13 29,20 1,1 4,3 5,4 1,1 143,277 174,3
14 31,63 1,1 1,1 0,2 29,249 35,582
Tabela C.2: Valores simulados no software HEC-HMS® para tempo de retorno de 1000 anos