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Ministério da Educação

Universidade Federal da Integração Latino-Americana


Instituto de Tecnologia, Infraestrutura e Território
Centro Interdisciplinar de Tecnologia e Infraestrutura

TROCADOR DE CALOR DE TUBO CONCÊNTRICO

FELIPE SOUZA DAVIES

JIMMY ERNESTO MEJIA

PEDRO VITOR IDELFONSO

Foz do Iguaçu, PR

Junho de 2018
Ministério da Educação
Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Instituto de Tecnologia, Infraestrutura e Território
Centro Interdisciplinar de Tecnologia e Infraestrutura

TROCADOR DE CALOR DE TUBO CONCÊNTRICO

FELIPE SOUZA DAVIES

JIMMY ERNESTO MEJIA

PEDRO VITOR IDELFONSO

Plano de Trabalho apresentado à Disciplina de


Laboratório de Transferência de Calor do Curso de
Engenharia de Energia da UNILA, como parte dos
requisitos para aprovação na respectiva matéria.

Profº.: Drº. Luís Evelio Garcia Acevedo

Foz do Iguaçu, PR

Junho de 2018

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

RESUMO
A busca por eficiência energética em processos industriais tem sido cada vez
mais importante, e avaliar o funcionamento e eficiência dos trocadores de calor é um
dos fatores que auxiliam no aumento de eficiência. No presente trabalho busca-se
avaliar os trocadores de calor utilizando conceitos de transferência de calor, como
coeficiente de transferência de calor, calor absorvido e emitido, além do coeficiente
de equilíbrio e eficiência. Utiliza-se um módulo experimental de trocador de casco e
tubo TD360® ajustando-se inicialmente as temperaturas e vazões desejadas, além da
conferência das conexões dos termopares. O primeiro experimento consiste na
avaliação referente ao aumento de temperatura em 30, 40, 50 e 60 °C à uma vazão
de 3L/min para o fluido quente e 2 L/min para o fluido frio. Para o segundo experimento
fixa-se a temperatura em 60°C para o fluido quente e varia-se a vazão em 3, 2, 1 e
0,5 L/min. No primeiro experimento verificou-se um aumento de eficiência com o
aumento da temperatura, sendo o contra fluxo mais eficiente que o fluxo paralelo. Já
para a variação de vazão com temperatura fixa, o coeficiente de transferência de calor
diminui com a variação da vazão. Percebe-se então a importância do conhecimento
do funcionamento de um trocador de calor, bem como sua avaliação perante
mudanças de operação como vazão e temperatura.Trabalho este que tem como
finalidade avaliar o funcionamento e eficiência do trocador de calor de tubo
concêntrico, afim de compreender os fatores que auxiliam no aumento de sua
eficiência. Busca-se entender os conceitos de transferência de calor, como coeficiente
de transferência de calor, calor absorvido e emitido, além do coeficiente de equilíbrio
(CEB) e eficiência. Para isso foi utilizado um módulo experimental de trocador de tubo
concêntrico TD360®, inicialmente configurando as temperaturas e vazões desejadas,
além da conferência das conexões dos termopares.
Foram realizados experimentos que consistem na avaliação referente ao
aumento de temperatura em 30, 40, 50 e 60 °C à uma vazão de 3L/min para o fluido
quente e 2 L/min para o fluido frio e também para o caso onde fixa-se a temperatura
em 60°C para o fluido quente e varia-se a vazão em 3, 2, 1 e 0,5 L/min.
PALAVRAS CHAVE: Trocador de calor de tubo concêntrico, Eficiência, CEB.

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados do experimento variação de temperatura fluxo
paralelo
..................................................................................................................................
17
Tabela 2: Dados do experimento variação de temperatura fluxo (continuação
Tabela
1)
..................................................................................................................................
17
Tabela 3: Dados do experimento variação de temperatura com sentido contra
fluxo.
..................................................................................................................................
18
Tabela 4: Dados do experimento variação de temperatura com sentido contra
fluxo (continuação Tabela
3).
...........................................................................................................................
18
Tabela 5: Dados do experimento variação da vazão com sentido
paralelo.
..................................................................................................................................
22
Tabela 6: Dados do experimento variação da vazão com sentido paralelo
(continuação tabela
5)
..................................................................................................................................
22
Tabela 7: Dados do experimento variação da vazão em contra
fluxo
..................................................................................................................................
23
Tabela 8 Dados do experimento variação da vazão em contra fluxo (continuação
tabela
7)
..................................................................................................................................
23

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Escoamento em um trocador de
placas
..................................................................................................................................
9
Figura 2: Placa de
troca
..................................................................................................................................
9
Figura 3: Módulo de serviço da bancada de trocadores de calor
(TD360).
..................................................................................................................................
12
Figura 4: Trocador de calor do tipo
placas
..................................................................................................................................
13

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

Figura 5: Gráficos de variação de temperatura para fluxo


paralelo.
..................................................................................................................................
18
Figura 6: Gráficos de variação de temperatura para contra
fluxo.
..................................................................................................................................
19
Figura 7: Gráfico de coeficiente de equilíbrio de energia para variação de
temperatura
..................................................................................................................................
20
Figura 8: Gráficos de variação de temperatura fluxo paralelo com mudança de
vazão do fluido
frio.
..................................................................................................................................
23
Figura 9: Gráficos de variação de temperatura contra fluxo com mudança de vazão
do fluido
frio.
..................................................................................................................................
24
Figura 10: Gráfico de coeficiente de equilíbrio de energia para variação de
vazão.
..................................................................................................................................
25

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 8
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 9
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................ 9
3.1. TROCADOR DE PLACAS ........................................................................................................ 9
3.2. EQUACIONAMENTO DOS PARÂMETROS DE UM TROCADOR DE CALOR DE PLACAS ....... 10
4. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................................. 12
4.1. MATERIAIS ......................................................................................................................... 12
4.2. MÉTODOS .......................................................................................................................... 13
4.2.1. PRIMEIRO ENSAIO: TEMPERATURA VARIAVEL PARA FLUXO PARALELO................... 14
4.2.2. SEGUNDO ENSAIO: TEMPERATURA VARIAVEL PARA CONTRAFLUXO ...................... 14
4.2.3. TERCEIRO ENSAIO: VAZÃO VARIAVEL PARA FLUXO PARALELO ................................ 14
4.2.4. QUARTO ENSAIO: VAZÃO VARIAVEL PARA CONTRAFLUXO ...................................... 14
5. RESULTADOS E DISCUÇÕES ..................................................................................................... 15
5.1. VARIAÇÃO DA TEMPERATURA – FLUXO PARALELO E CONTRAFLUXO .............................. 15
5.2. VARIAÇÃO DA VAZÃO – FLUXO PARALELO E CONTRAFLUXO ........................................... 18
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 21

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

1. INTRODUÇÃO
Trocadores de calor são equipamentos termicos utilizados amplamente no
setor industrial, onde seu funcionamento e basicamente trocar calor entre dois ou
mais fluidos que esteja a diferentes temperaturas. O uso destes equipamentos
estende-se desde acondicionamneto de ar, refrigeração de motores estendendo-
se às torres de resfriamento de caldeiras. Para que esta troca termica ocorra, os
mecanismos de transferencia de calor envolvidos são: condução e convecçãoentre
as paredes do trocador (ÇENGEL, 2012).
Os trocadores de calor são classificados pelo tipo de aplicação, geometria,
trajetória do fluido, etc. Já que a eficiência é uma variável importante e deseja-se
conhece-la, realizam-se estudos para diferentes trajetórias dos fluídos no trocador,
podendo ser em fluxos contracorrentes e paralelos, no qual o fluxo paralelo
caracteriza- se pela entrada dos dois fluídos serem do mesmo lado e o contrário
ocorre com o fluxo em contracorrente, obtivendo assim uma melhor eficiência no
fluxo em contracorrente (GORTARI, 1999).
Uma das grandes vantagens da implementação desses dispositivos na
indústria é a economia de energia nos processos de produção, o que diminui os

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

custos, assim como, facilita o gerenciamento termico em determinados processos.


Os diferentes tipos de trocador de calor usados nas indústrias são: Tubo duplo,
trocador de calor compacto, casco e tubo, placa e quadro (ÇENGEL, 2012).

2. OBJETIVOS
O objetivo deste experimento é verificar a funcionalidade de um trocador de
calor casco e tubo. Afim de analisar, observar e tentar justificar as diferenças
presentes no fluxo paralelo e no contra fluxo de um trocador de calor de casco e
tubo. Sendo possível avaliar a eficiência deste, bem como as propriedades dos
fluidos com as respectivas variações propostas.

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Para o desenvolvimento do presente experimento, será necessário cumprir
os seguintes objetivos específicos:
 Realizar estudo dirigido especificamente voltado ao trocador de calor casco
e tubo;
 Trazer os resultados propostos por meio de tabelas sucintas e claras;
 Buscar por meio gráfico, compreender o quão eficientes são estes
dispositivos de troca térmica.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. TROCADOR DE CALOR DE TUBO CONCÊNTRICO


O trocador mais usado em processo industriais tem sido o tipo casco e tubos.
O qual é constituido de um casco cilíndrico que contém vario tubos menores no seu
interior. Um dos fluidos de trabalho escoa pelo casco e o outro fluido, pelos tubos
do internos. Desse modo a troca de calor se dá pelas paredes dos tubos (SOUZA,
2013).
Os tubos antes mencionados, são presos nos espelhos (placas perfuradas)
e atravessam várias placas perfuradas denominadas chicanas. As chicanas tem o
papel de direcionar o fluxo e suportar os tubos, além de aumentar o coeficiente

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

convectivo induzindo a turbulência e aumentando a velocidade é uma direção


(INCROPERA, et al. 2014). A figura 1 apresenta um esquema das direções de
entrada , saída e os fluxos termicos em um trocador de calor de casco e tubo.
Figura 1 – Esquema de um trocador de calor casco e tubos.

Fonte: https://goo.gl/Exa2mC.

Neste caso os fluidos entram no trocador em partes opostas do trocador, ou


seja, contra fluxo. Essa configuração possui uma transferência de calor mais
eficiente, quando comparada à configuração em paralelo, pelo qual os fluxos
entram pelo mesmo ladoO resíduo flui pelo casco e a água de resfriamento flui
pelos tubos (SOUZA, 2013).

3.2. EQUACIONAMENTO DOS PARÂMETROS DE UM TROCADOR DE CALOR DE PLACAS


Para a análises do experimento se considera o sistema em regime
permanente assim a pressão também se mantém constante ao longo da prática.
Para a coleta de dados se espero a estabilização térmica do sistema, para evitar
erros com as medições. Se registro a temperatura ambiente e se mantem
constantes as vazões, mudando somente as temperaturas, se considera que as
velocidades do fluido no mudam na entrada e saída do sistema após a
estabilização.
Durante a realização do experimento pode-se observar que as contribuições
da energia potencial são desprezíveis, considerando a diferença de altura do
sistema sendo pequena. Também se considera que a condução de calor axial é

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

desprezível e a superfície externa do trocador de calor é isolada, ou seja, não perda


de calor com a vizinhança, assim a troca de calor ocorre somente entre os fluidos,
sim existir uma mistura entre eles.
Para a análise do experimento se recorreu a uma serie de equações que
descrevem o comportamento das temperaturas, vazões, eficiências etc. As
unidades utilizadas neste experimento estão baseadas no sistema internacional SI.
Para a obtenção das temperaturas médias do circuito tanto para quente e
frio se utilizam as equações (1) e (2), donde a temperatura média quente se
representa por e a fria por :

(Eq.1)

(Eq.2)

Para calcular o calor específico a pressão constante nas


temperaturas altas e frias se utiliza a equação (3), onde
):

(Eq.3)

Para o cálculo das massas especificas nas diferentes temperaturas


baixa e alta tem-se a equação (4), que se respresntea a seguir:

(Eq.4)

Para os respectivos cálculos da taxa de transferência de calor para baixa


e alta temperaturas, temos as siguientes equações (5) e (6)
respeticamente:

(Eq.5)

(Eq.6)

Conhecendo os valores das respetivas taxas podemos obter o coefciente de

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

equilibrio de energia CEB ( ), que esta expresado na equacão (7):

(Eq.7)

A correlação entre as mudanças das temperaturas nos circuitos quente e frio


nos proporciona a eficiência do sistema, eficiencia da temperatura do circuito de
alta , equação (8), e para o circuito de baja equação (9):

(Eq.8)

(Eq.9)

A eficiência media ( ) da temperatura nos dois circuitos é apresentada pela


equação (10):

(Eq.10)

A diferença da temperatura média logarítmica (LTDM) é dada pela equação (11),


seguinte:

(Eq.11)

Para obter o coeficiente global de transferencia de calor se utiliza a equação


(12):

(Eq.12)

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. MATERIAIS
Para a realização do presente experimento, foi necessário que os seguintes
equipamentos estivessem à disposição:
 Modulo (TD360): Consiste em uma estrutura compacta com dois circuitos de
água (quente e frio) instrumentada para medir temperatura e vazão da água;
possui alimentação elétrica e conexão a tomada de água e dreno;

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

 Sistema versátil de aquisição de dados (VDAS): Dispositivo com hardware


que possibilita a adquirir, gravar, processar e exportara dados;
 Trocador de calor por casco e tubo (TD360c): Tubo externo de acrílico
transparente com diâmetros externos de 60 mm e interno de 50 mm; 6 tubos
internos de aço inoxidável, cada um com diâmetro externo de 6 mm e interno
de 4 mm, com três defletores e área média de transferência de calor de A =
0,02m²;
 Alimentação de água, dreno para a água utilizada, e energia elétrica.
O módulo (TD360) e o trocador de calor de placas utilizados estão expressos
na Fig.2 abaixo.

FIGURA 2 - Módulo (TD360) à esquerda e trocador de calor de tubo concêntrico


(TD360c).

FONTE: TecQuipment e Nova Didacta.

4.2. MÉTODOS

Primeiramente deve-se fixar o trocador de calor ao módulo que por sua vez
deve estar desligado. Feito isto, deve-se conectar o circuito de água quente e água
fria no trocador de calor. De acordo com os que fora proposto, primeiramente
conecta-se os tubos ao trocador de forma que o fluxo esteja ordenado
paralelamente e a posteriori inverte-se os tubos de , de modo que o fluxo fique
em contracorrente. São conectados termopares nos respectivos soquetes, para a
realização das temperaturas de cada terminal. Libera-se então a vazão controlada

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

para ambos terminais. Inicia-se o fluxo paralelo ligando primeiramente a bomba e


o aquecedor de água no tanque. Aguarda-se então, o sistema entrar em regime
permanente (sem variações).

4.2.1. PRIMEIRO ENSAIO: TEMPERATURA VARIAVEL PARA FLUXO PARALELO


O aquecedor fora configurado inicialmente para estar a uma temperatura de
30°C. Matem-se as vazões de e à 2 e 3 l/min e em seguida toma-se os
valores de Tc1, Tc2, TH1 e TH2. Em seguida varia-se a temperatura do aquecedor
acrescentando-se 10ºC até que tal variação chegue à 60ºC. Os resultados são
expressos nas tabelas 1 e 2 utilizando o tópico 3 como referência para os cálculos.

4.2.2. SEGUNDO ENSAIO: TEMPERATURA VARIAVEL PARA CONTRAFLUXO


Realizam-se os mesmos procedimentos feitos para o primeiro experimento.
Contudo as tubulações que antes eram mantidas no sentido paralelo do fluxo são
trocadas, ou seja, as mangueiras que conectam as vazões foram invertidas
tornando o escoamento dos fluídos quente e frio em contracorrente. Assim, as
temperaturas vão ser variadas para realizar as medições térmicas para o caso
especificado. Os resultados estão expostos nas tabelas 3 e 4 e também tomam
como base os equacionamentos do tópico 3.

4.2.3. TERCEIRO ENSAIO: VAZÃO VARIAVEL PARA FLUXO PARALELO


Para este experimento, a temperatura do aquecedor é mantida à 60°C e a
vazão fora fixada à 3 l/min. Em seguida a vazão das medições a vazão fora
configurada à 3 l/min. A posteriori é realizada variações para esta vazão, passando
à 2 l/min, 1 l/min e chegando à 0,5 l/min. São tomados os dados das temperaturas
do circuito quente e frio. Os resultados estão expressos nas tabelas 5 e 6, com
base nos equacionamentos do tópico 3.

4.2.4. QUARTO ENSAIO: VAZÃO VARIAVEL PARA CONTRAFLUXO


Do mesmo modo antes realizado, a vazão é fixada e a temperatura do
aquecedor se mantém à 60ºC. O ensaio é realizado da mesma maneira, mas com

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

o fluxo inverso, ou seja, contra fluxo. Os resultados foram expostos nas tabelas
7 e 8, utilizando os equacionamentos do tópico 3.

5. RESULTADOS E DISCUÇÕES
Os resultados seguintes apresentados, dão-se por meio de tabelas que
relacionam as variações da temperatura do aquecedor e pelas variações da vazão
, estes foram calculados com o software EXCEL e com tais resultados pode-se
observar como se comportam as propriedades do fluido frio e do fluido quente
conforme a temperatura do aumenta.

5.1. VARIAÇÃO DA TEMPERATURA – FLUXO PARALELO E CONTRA FLUXO


Os resultados aqui apresentados referem-se às variações na temperatura do
aquecedor do tanque de água, tanto para o fluxo paralelo, quanto para o contra
fluxo. Inicia-se a análise dos dados por meio de tabelas que contém as informações
necessárias para a construção dos gráficos que seguem adiante, afim de tratar de
informações importantes para a comparação das configurações do trocador de
calor, sendo o fluxo paralelo e o contra fluxo.

TABELA 1: Resultados experimento-variação da temperatura (FLUXO PARALELO).

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA (FLUXO PARALELO)


T(ºC) (ºC) (ºC) Cpc CpH (kJ/Kg*K) ρc (Kg/m³) ρH (Kg/m³) ɳc ɳH
(kJ/Kg*K)
30 19,3 30,1 4182 4178 998,340 995,608 14,51 11,29 12,90
6 0 3
40 20,6 39,2 4181 4178 998,072 992,508 15,74 12,03 13,88
1 7 9
50 21,85 49,15 4181 4180 997,798 988,404 17,70 12,73 15,21
2 3 7
60 23,3 58,4 4180 4183 997,460 983,997 19,18 12,47 15,82
5 0 7

TABELA 2: Resultados do experimento-variação da temperatura (FLUXO PARALELO).

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA (FLUXO PARALELO)


T(ºC) (W) (W) CEB LTDM U(W/m².ºC)
30 0,291 0,225 0,774 10,721 1,358
40 0,539 0,426 0,790 18,438 1,462
50 0,847 0,713 0,842 27,004 1,568
60 1,070 1,001 0,935 34,682 1,543

A eficiência do trocador de tubo concêntrico está aumentando conforme a


temperatura aumenta. Percebe-se ainda que o coeficiente de transferência de calor
também aumenta com o aumento da temperatura e isso ocorre pois U está
relacionado com o calor cedido e absorvido no escoamento. A tabela 2 traz os
valores restantes que foram introduzidos no equacionamento do tópico 3. As
tabelas 3 e 4 expõem resultados referents à variação da temperature para o
contrafluxo.

TABELA 3: Resultados experimento-variação da temperatura (CONTRA FLUXO).

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA (CONTRA FLUXO)


T(ºC) Tc (ºC) TH (ºC) Cpc (kJ/Kg*K) CpH (kJ/Kg*K) ρc (Kg/m³) ρH (Kg/m³) ɳc ɳH

30 19,4 30,2 4182 4178 998,320 995,578 13,00 11,382 12,195


8
40 20,5 39,85 4181 4178 998,093 992,261 16,07 11,161 13,616
1
50 21,8 49,05 4181 4180 997,809 988,448 16,92 12,226 14,577
8
60 23,35 58,05 4180 4183 997,448 984,173 19,56 12,802 16,184
5

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

TABELA 4: Resultados do experimento-variação da temperatura (CONTRA FLUXO).

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA (CONTRA FLUXO)


T(ºC) (W) (W) CEB LTDM U(W/m².ºC)
30 0,291 0,200 0,688 10,800 1,348
40 0,518 0,451 0,870 19,345 1,339
50 0,806 0,676 0,839 27,243 1,479
60 1,091 1,013 0,929 34,681 1,573

Esta configuração apresenta uma eficiência média menor em comparação à


configuração de fluxo paralelo, exceto 60°C, que houve uma maior eficiência para
o caso do fluxo em contracorrente. Essa variação em relação às demais
temperaturas pode ter ocorrido devido à erros de medidas, ou devido à não
estabilidade termica do modulo.
Os gráficos de variação de entrada e saída, tanto para fluxo paralelo quanto
para contra fluxo demonstram a verificação das diferenças de temperatura. Estes
estão apresentados nas figuras seguintes. A Fig.3 apresenta gráficos do
Coeficiente de equilíbrio de energia CEB e eficiência media (no eixo y) versus as
posições ao longo do trocador indicando a direção do escoamento paralelo para
variação de temperatura 𝑇𝐻1.

FIGURA 3 – Gráficos do CEB e da eficiência média para variações de TH1.

FONTE – Os autores

A Fig.4 apresenta gráficos do Coeficiente de equilíbrio de energia CEB e


eficiência media (no eixo y) versus as posições ao longo do trocador indicando a
direção do escoamento em contracorrente para variação de temperatura 𝑇𝐻1.
FIGURA 4 – Gráficos do CEB e da eficiência média para variações de TH

FONTE – Os autores.

Analisando os gráficos de eficiência média percebe-se que para o fluxo


paralelo há uma ligeira diferença de pequenos acréscimos, já no contra fluxo tem-

17
FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

se uma descaída nas temperaturas entre 40 e 50ºC, este fato pode ter sido causado
por erros de medição envolvidos. Um caso peculiar está no gráfico do fluxo em
contracorrente para o CEB, já que se observa um decaimento entre estas mesmas
temperaturas e após há um acréscimo significativo para 60ºC. Assim, nesta faixa
de temperatura é visto que há algum erro envolvido na hora do experimento. A Fig.5
abaixo traz os gráficos de fluxos paralelos e vazões constantes, contendo as 4
temperaturas do fluido quente e frio no eixo y, versus posição de entrada e de saída
no eixo x.
FIGURA 5 – Gráficos de TC e TH versus posição de entrada e saída do trocador em fluxo
paralelo.

FONTE – Os autores.

A Fig.6 abaixo traz os gráficos de fluxos em contracorrente e vazões


constantes, contendo as 4 temperaturas do fluido quente e frio no eixo y, versus
posição de entrada e de saída no eixo x.
FIGURA 6 - Gráficos de TC e TH versus posição de entrada e saída do trocador em contra
fluxo.

FONTE – Os autores.

Nestes gráficos percebe-se que existe uma certa variação de temperaturas


para o fluído frio em fluxo paralelo que não diverge tanto em relação ao contra fluxo.

5.2. VARIAÇÃO DA VAZÃO – FLUXO PARALELO E CONTRA FLUXO


Abaixo estão expressos em formas de tabelas e gráficos os resultados do
ensaio para a variação de vazão mantendo a temperatura TH fixa. Tem-se a
observação das propriedades dos fluídos via tabelas, onde observa-se um
comportamento um tanto quanto semelhante aos resultados anteriores. Os valores
aqui calculados estão baseados nas equações do tópico 3.

TABELA 5: Resultados experimento-variação da vazão (FLUXO PARALELO).

VARIAÇÃO DA VAZÃO (FLUXO PARALELO)

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

(l/min) (ºC) (ºC) Cpc (kJ/Kg*K) CpH (kJ/Kg*K) ρc (Kg/m³) ρH (Kg/m³) ɳc ɳH

3 22,45 57,4 4180 4183 997,660 984,499 14,39 15,122 14,75


0 6
2 23,45 58,5 4180 4183 997,424 983,946 18,46 13,429 15,94
5 7
1 25,55 59,35 4179 4184 996,895 983,514 27,99 10,287 19,13
0 9
0,5 28,1 60 4179 4184 996,196 983,181 39,42 7,212 23,31
3 7

TABELA 6: Resultados experimento-variação da vazão (FLUXO PARALELO).


VARIAÇÃO DA VAZÃO (FLUXO PARALELO)
(l/min) (W) (W) CEB LTDM U(W/m²ºC)
3 1,277 0,738 0,578 34,598 1,845
2 1,153 0,963 0,836 34,625 1,664
1 0,885 1,462 1,653 33,159 1,334
0,5 0,617 2,048 3,319 30,891 0,999

Com TH fixo, observa-se que a eficiência do trocador de calor de tubo


concêntrico aumenta. Além disso, o coeficiente de transferência de calor diminui
com a variação da vazão, essa ocorrencia dá-se pelo fato de que a LMTD para
menores vazão é menor. Também é visto que o coeficiente de equilíbrio aumenta
com a diminuição da vazão devido o tempo de retenção do fluido frio em contato
com a mesma temperatura do fluido quente.

TABELA 7: Resultados experimento-variação da vazão (CONTRA FLUXO).

VARIAÇÃO DA VAZÃO (CONTRA FLUXO)


(l/min) (ºC) (ºC) Cpc (kJ/Kg*K) CpH (kJ/Kg*K) ρc (Kg/m³) ρH (Kg/m³) ɳc ɳH

3 22,4 57,75 4180 4183 997,672 984,324 13,59 14,80 14,19


2 6 9
2 23,6 58,5 4180 4183 997,387 983,946 19,23 12,98 16,10
1 1 6
1 25,55 59,7 4179 4184 996,895 983,335 27,85 9,524 18,69
7 0
0,5 28,35 60,15 4178 4184 996,125 983,104 40,43 7,416 23,92
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TABELA 8: Resultados experimento-variação da vazão (CONTRA FLUXO).

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

VARIAÇÃO DA VAZÃO (CONTRA FLUXO)


(l/min) (W) (W) CEB LTDM U(W/m².ºC)
3 1,256 0,701 0,558 35,349 1,776
2 1,111 1,001 0,900 34,884 1,593
1 0,823 1,462 1,777 34,005 1,210
0,5 0,638 2,110 3,310 31,295 1,019

Os gráficos de variação de entrada e saída, tanto para fluxo paralelo quanto


para contra fluxo demonstram a verificação das diferenças de temperatura. Estes
estão apresentados nas figuras. A Fig.7 apresenta gráficos do Coeficiente de
Equilíbrio de Energia CEB e eficiência media 𝜂̅ (no eixo y) versus variação de vazão
volumétrica em fluxo paralelo de baixa temperatura 𝑣̇𝑐 no eixo x.
FIGURA 7 – Gráficos do CEB e eficiência média para variação de 𝑣̇𝑐 em fluxo paralelo.

FONTE – Os autores.

A Fig.8 apresenta gráficos do Coeficiente de equilíbrio de energia CEB e


eficiência media (no eixo y) versus as posições ao longo do trocador indicando a
direção do escoamento em contracorrente para variação de vazão 𝑣̇𝑐.

FIGURA 8 – Gráficos do CEB e da eficiência média para variações de 𝑣̇𝑐 em contra fluxo.

FONTE – Os autores.

Analisando os gráficos de eficiência média percebe-se que para o fluxo


paralelo há um decaimento mais ligeiramente mais rápido em relação ao contra
fluxo. Para o CEB, também se bserva um decaimento maior para o fluxo paralelo.
A Fig.9 abaixo traz para fluxo paralelo e temperatura do fluído quente fixa em 60°C,
com as vazões volumétricas máxima e mínima, gráficos da variação de
temperatura do fluido quente e frio no eixo y, versus posição de entrada meio e de
saída no eixo x.
FIGURA 9 – Gráficos da variação de temperatura quente e fria em função da posição de
entrada e saída para o fluxo paralelo.

FONTE – Os autores.

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

A Fig.10 abaixo traz para fluxo em contracorrente e temperatura do fluído


quente fixa em 60°C, com as vazões volumétricas máxima e mínima, gráficos da
variação de temperatura do fluido quente e frio no eixo y, versus posição de entrada
meio e de saída no eixo x.
FIGURA 10 – Gráficos da variação de temperatura quente e fria em função da posição de
entrada e saída para contra fluxo.

FONTE – Os autores.

A Fig.11 apresenta gráficos de vazão volumétrica (no eixo y) versus variação


de temperatura 𝑇𝐻1 (no eixo x) para as duas configurações paralelo ou contra fluxo.
FIGURA 11 – Gráficos de vazão volumétrica em função de TH1 em fluxo paralelo e contra fluxo.

FONTE – Os autores.

Verifica-se que o gráfico da Fig. 11 apresenta que a vazão volumétrica em


função de TH1 sofre um decaimento mais rápido para a configuração de fluxo
paralelo, este fator pode vir a interessar algum setor industrial dependendo da
utilização do trocador de calor de tubo concêntrico.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificou-se que o experimento sofre um aumento de eficiência com o aumento


da temperatura, sendo o contra fluxo mais eficiente que o fluxo paralelo. Já para a
variação de vazão com temperatura fixa, o coeficiente de transferência de calor
diminui com a variação da vazão. Percebe-se então a importância do conhecimento
do funcionamento de um trocador de calor, bem como sua avaliação perante
mudanças de operação como vazão e temperatura.
É visto que tanto a variação de temperatura quanto a variação de vazão afetam
as variáveis de calor emitido, calor absorvido, eficiência média da temperatura,
coeficiente de equilíbrio de energia e coeficiente global de transferência de calor.
As propriedades dos fluidos, dependentes da temperatura, também devem ser
levados em consideração para avaliar de forma efetiva o trocador de calor.
O coeficiente de transferência de calor (U) modifica proporcionalmente ao
coeficiente de equilíbrio de energia, representado por CEB, que quanto maior o

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

CEB, menor o U. Onde para a variação de temperatura, diminui-se o CEB conforme


aumenta a temperatura. Já quanto menor a vazão maior o CEB. Dessa forma
verificou-se a importância da análise correta dos trocadores de calor, onde fora
possível visualizar quais são as variáveis que mais afetam o processo.

REFERÊNCIAS

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FELIPE, JIMMY e PEDRO TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

Çengel, Y.A.. TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA – UMA ABORDAGEM


PRÁTICA, Mc. Graw Hill, São Paulo, 3ª ed., 2009.
GORTARI, J. C.; FUNDAMENTOS DE TRANSFERENCIA DE CALOR. Ciudad
Universitaria: Fondo de Cultura Económica, 1999.

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