Você está na página 1de 12
Sinais e Espago de Sinsis 31 em que g(0) ¢ xCf) 80 fungées de velores coniplexos de 1. Em geral, tanto 0 coeficiente ¢ como o si- nal de erro: Ht 2 =2@- 2x) (232) slo complexos. Recordemos que a energia H, do sinal complexo x() no interval [yf] € Eee [° wOP ar pam ametior spcorimasso, dverosesolero valor dee que misimia Energia do sal erro e(), dada Por : 4 Ig@ - cx ae 33) Recordemos, também, que ete =e + (ult bP uty ta 034 sends esse resultado, podemos, apés alguns céleulos, expressr a integral ba Eq (2.33) como + 1 eVE- se VE hy ‘que os primeiros dois termos no lado dirsto independem dec, ca claro que B,éminimizada com Fears ha do valor ce ¢ que anula o tercero termo. Iso leva a0 coefciente timo f[ le@Pde sf Cs") a peal © + ( cox" = fle Jef, sor 2O2°(0) | ei hE f axa (2.35) com esse resultado, devemos redefinr ortogonaldade para. 0c3s0 complexo, 0 que é feito da seguine Shree: fangses(sinzis) de valores complexos (0) ¢ x0) so oxtogonais em um intervalo ($1 B) se 2 a f mogod=0 ov f xna=0 036) ‘Na verdade, basta qualquer ums das jgualdades. Essa 6 urna defnigbo geral de ortogoatidade, que se reduz Eq, (2-25) quando as fungbes tém valores reais. ‘De mctano modo, a definigdo de produto intemo para sinas de valores complexos em um dominio temporal © pode ser modificada como: <5), x) >= Ox" (de 020 >= f80F0 e37 Jim consequéncia, a norma do um sinal g(t) fica dada por 2 gol = Uf, os 4] 038) 2.44 Energia da Soma de Sinais Ortogonais Sabemos que 0 quadredo do comprimento georsétrco (ou magnitude) da soma de dois vetores ori” fgonais 6 igual 2 soma dos quadrados das magnitudes dos vetores Portanto, st 0s veores x ¢¥ forem Srlogonais e s°%=X-+Y, entio, Ina = tb? + iy ‘Um resultado semelhante se aplica a sinais, .A energia da soma de dois sinais ortogonais ‘igual Asoma das energias dos dois sinais. Assim, se os sinais x(6) e »(@) forem ortogooais em um intervalo. Lh. the se) =3() +10, entto BE t+Ey 239) A seauir, provaremos esse resultado para sinais de valores complexos, dos quais aqueles com valores reais sio um caso especial. Da Eq, (2.34), temos ‘ 5 ‘ 7 @ Pde = (OVP a orae+ [xmas [er eoyede [xovoran [vor + [v0 [oxy [vor = [vores [vote 40) A stim igueldade resulta da ortogonalidade dos dois sinais, que anula as duasintegrats dos produc {os eruzados x(D9 (0) ©"(2(0). Tal resultado pode ser estendido & soma de um mimero qualauer de sinais mutuamentg ortogonais. =, plamypanadin be. f 2.5 CORRELAQAO DE SINAIS Gom as definiydes do produto interno ¢ da norma de sinais, preparamos o edminho para a compa ‘acto de sinais. Mais ume vez, podemos tirar proveito da analogia com os familiares eaparos veto. riais. Dois vetores g e x sio similares se gtiver uma grande componente ao longo de x. Em outing Palavras, se ena Eq. (2.19) for grande, os vetored|g e x serio similares, Podemos considerar e come ima medida quonttativa da similaidade catee g e x. Contudo, essa medida seria defeituose, pols Varia com as normas (ou comprimentos) de g ¢ x. Para ser adequada, a medida da similaridade ea. (2 fe deveria independer dos comprimentos de ge x. Se, por exemplo, dobrarmos o compuinen {6 de # medida da similaridade entre ge x aio deveria se alteer. A Eq. (2.19) nos mostra que, Fe fobrarmos go valor dec também dobra (se dobrarmos x, o valor de ¢ seri dividido por dois) Fica claro que a medida de similaridade com base na correlaglo de sinais falba. A sindlaviante entre dois vetores € indicade pelo angulo @ entre eles. Quanto menor o valor de 8, maior a simile, ‘dade e vice-versa. A similaridade pode, entio, ser adequadamente medida por os 8. Mator o na. lo: de cos 6, maior a simitridade entre os dois vetoes. Assim, uma medida apropriada seria p= os @, dade por Tigtl iat ean) Podemos verificar prontamente que esta medida independe dos comprimentos de g e x. Essa me- ‘ide de similaridade,p, & conhecida como coeficiente de eorrelagao. Vale observar gue -I OF Sx 2.502) (2.500) 2.6.2, Espago Ortogonal de Sinais Dando prosseguimento 20 problema de eproxiiaglo de sins, usaremos conceitos e resultados de aproxdmagto de vetores. Como antes, definimos ortogonalidade de wm conjunto de sinas =(, GO. 2d en. dominio temporal © (pode serum interval [4 2) como est) [nonoe=[ 2 Se todos os sinaistiverem encrgia unitiria £,~ 1, dizemos que o conjunto & normatizado ¢ 0 denorai- senos conjunto ortonormal. Um conjunto ortogonal sempre pode ser normalizado, bastando dividir 36 Capitulo 2 x) por VE,, para todo n. Consideremos, agora, 0 problema de aproximar um sinal g(2) em © por N sinais mutuamente ortogonais.x1(),24(0,.-, xy(0 . 50 =erm1(0) bem) +--+ evel) : @52a) te 2.526) Pode ser mostrado que #2 enerpia do sina de ero o() nessa aproximapi, é minimizada quando escolhemos £ totod [wore N 53) 1 : FE £ sOx@de n=1,2, OS) es 9 soniunto ortogonal for completo, a energie do emo E,» 0 © a aproximasio em 2.52) deixa de ser una aproximasio, tomando-se uma igualdade. Mais precisamente, defircaes ero da aproximaeao de WV termos por ‘| x HO= 80 ~ en) Fem +--evev@)=30)~ rei) 1€0 (2.54) Se base otogona or completa, a engi do sina ero converge a ze ou sea "ae: lew (ide = (2.55) ap, [_glwoPa =o ¢ Em temmos estitamente matemiticos, no entanto,um sinal pode no conver a zero mesmo que sua shersia convirja a zero, Isso ocomre porque um sil pode ser nfo nulo em alguns pontos soladen & Entretanto, na prétcs, sinas sio continues para todo fea igualdade (235) aftma que o sual de ong ‘em energia zero quando N —» co. Assim, para N —» co, a igualdade (2.55) pode ser exit como 8O Far + m+ pega Ho Lem 120 256) En ss os coeficientes , sho dados pela a, (2.53). Como a enerpia do sina de erro se aproximmé de 210, 9 energa de (0) fica igual a soma das energis de suas componentes orlogouais, F2., at qualquer membro de alguma clase particular de sinas,dizemos que 0 conjunto, fr.(0)} fabio em {© 0} para aquea classe de g(9), © 0 conjunto {246} & denomiinado un confata ae {Eustes de base ou sina de base: Bm partiulay, a classe de sinais de eneria (Gini) em Ge dene {ado por I*(@). De aqui em diate, considraremos apenas a classe desinis de energie, a mone, gue especifiquemos de modo diferente. : 2.6.3 Teorema de Parseval pranardemos que a energia da soma do sinas otogonais¢ igual 8 soma das enetgin dos mesmos, Portanto, a enerpia do lado dtcto da Eg (2.56) & a soma das energias das comporentes ortogonais. *Conhecidos como conjunte de medida 2e0. Sinais e Espago de Sinais 37 ‘A-cnergia de w30a componente c,() & &,Ipuslando as energias nos dois lads da Eq. (2.56), ob- temos 2B +E + BBs ++ =e @s1 Esse importante resultado é conhecido como teorema de Parseval. Recordemos que a energia de win sinal (area sob a curva do quatrado do valor do sinal) € anéloga 20 quadrado do comprimento de um Velor, segundo a analogia vetor-sinal. Em um espaco vetorial, sebemos que o quadrado do compri- mento de um vetor é igual & soma dos quadrados dos comprimentos de suas components ortogonais. © teorema de Parseval [Eq, (2.57)] é afirmagio desse fato para o caso de sinais. Ee 2.7 SERIE DE FOURIER EXPONENCIAL Observamos anterionmente que a representaso ortogonal de sinais NAO ¢ tinea, Emboraatadicio- sitserie de Fourier trigonométrica permita uma boa representago de todos os sina periddicos, nes- ta seqdo apresentamos uma representacdo ortogonal de sinais peribdieos equivatente, mas que tem forma mais simples. ‘Primeiro, Observemos que o conjunto de exponenciais e”°4 (n= intervalo de duragdo Ty = 2n/em, ou scja, |, 22,..) 6 oxtogonal ein um [cmon d= Ei elim np = { 7 2.58) “Além disco, esse conjunto & completo.'? Das Eqs. (2.53) ¢ (2.56), um sinal g( pode ser expresso em “aor intervalo de durago Te sogundos por umta série de Fourier exponencisl . ae 3 de = Deel 259) em que (ver £4 2.53)] a 1 a ht . y= i a at 2.60) “A.sésie de Fourier exponencial na Bq (2.59) consiste em componentes 6a forma e”*", com n varian- 40 de 20 a 20, 0 € periédics, com periodo To, Exemplo 2.3 Determinemos a série de Fourier exponent Figura2413 Umsinal pesiateo. para o sinal na Fig. 2.136. oo 38 Capitulo2 Neste cas0, Ty 1 29f=2niTy=2e = DD Dye™ em que 61) ¢ as 3 aw 2.628) 90-0501 YM (2.622) H 1 Eee aso et tae +e ety (2.62b) ‘Vale observar que os coeficientes D, so complexos. Além disso, D,€ D_, sio complexos conju sgados, como esperado. Espectro de Fourier Exponencial ‘No espectro exponencial, representatnos graficamente os valores dos coeficientes D, em fungzo de «. Connudo, como em geral D, & complexo, necessitamos de dois grificos: um para a parte real e outro para « parte imagindria de D,, ow um para a amplitude (magnitude) e outro para a fase de D,, Prefer. ‘mos a iltima ope, devido & covexto com amplitudes e fases das componentes correspondents da série de Fourier trigonométrica. Portanto, deseahamos eréficos de |D,| em fungzo de a e de ZD, em fangio de o. Isso requer que os coeficientes D, sejam expressos na forma polar |D Je, ico, os coefiientes D, © D., sio complexos conjugados, (2.632) (2.636) Logo, IDyle® 2.64) Notemos que |D, presenta a amplituds (magnitude) e 2D, a fase de cada componente. Pela Eq, 2.63), quando o sinal g(0 tiver valores reais, o espectro de amplitude (\D,] versus f) seri uma Fungo Dar da frequéncia e 0 espectro de fase (ou angular, 2D, versus f, uma fangio fmpar def. Sinais e Espago de Sinais 39 Para a série no ‘Bxemplo 2.3, Do= 0,504 sf 0,504 Pa TaiA 508 PAT 0062529257 => [Dz] = 0.0625, 2Ds 0,0625e%28" ==» |D-a| = 0,0625, CD-2 = 82.87" ‘¢ assim por diante, Vale notar que D, ¢ D-a slo complexos conjugados, como esperado [ver Eq, (2.636)]. PEP saosin os expects de requéneta (ample ise) da sie de Fouser exponericial para osinal periodico 9) m8 Fig. 2.136. 0 sina pov Garver algunas caactistcns inteessants nests epost, Prime © “USES ‘existe para valores positives ¢ pegativos de. / (frequéncia). Segunda, 0 espectro de amplitude ¢ uma Suneto pa de fe 0 espetto de fst una func impar de-As "Eqs. (2.63) mostram as caracteristicas de simetria da armplitude ¢ da fase de Dj. © que Significa Frequéncia Negativa? 0 aw encis do especzo em frequeccas negatives é de algums forms Sin itrigante para algumses persons, poir a freqabocia (némere de epetGGes Po segundo) & por definigfo, uma grandeza positi- esas jovemnosinterpretar ma freguéncia negative je? Para expen senoide de uma fte- oencta nopativa fo podemos sta y= afew me ideotidade trigonométrica, como _ cos (wot +6) = £08 (oot = 8) rigura 214 ‘Especto 0,504 ie fa over ‘rperencl foreonal sa, 2.198, 40 Capitulo 2 Z ‘sso mosta claramente que a fequencia angular de ua sencide cos(-oyf + 0)8loyl, que é uma gran- ozs postive. A afrmagto, baseada no bom senso, de que uma frequéncia deve ser positiva adver da tradicional nosko de que fequéncia esti associada a uma senoide de valores reais (como seta ou'con geno), Na verdnde, o conceite de frequénciasssociado a seaoids de valores reais deereve somente n {axa de variago senoidel, sem aterse o sentido da varago. Isso ocome porque sinais senvideis ce valores retis NAO contim informagio a respeito do sentido de sua variagto, O conceito de requéncia negativa faz sentido apenas quando consideraimos senoides de valores complexes, par as quais a taxa eo sentido da varagio tém significado, Devemos observar gue e8O0 = cos ant tjseneyt “ssa rlaso deiva claro que ume frequéncia o positiva ou negativa leva variagbes periSdics com a ‘eesmialaxa, Contudo, os resatantes sinis de valores complexos NAO so iguais. Dado que [a <1, fanto o°/S' como e”/** sto variéveis complexas de comprimento unitiri, que povers ser repre: Sentaias no plano complexo. Na Fig. 2.15, mostramos as das senoides exponeatais como prandence complexes de comprimento unitirio que variam no tempo tA axa de rotagto para ss dias czponest ciais e**¥ log. Fica claro que, para Gequencias positivas, a senoide exponencial gi he enna anti horirio ou trigonométrico; para frequéncias negativas, a sencide exponencial gira no sentido her iro. Isso ilusta o real significado de frequéncias negatives. Exists uma bos anslogia entre frequénciapositiva/negativa e velocidade positivalnegativa, Assim Smo Pessoas relutam em user velocidede negativa para descrever o movimento de unt objela tone Pana Gm aceitar 0 conceito de fequéacia “negative”. Contudo, uma vez que eutendames que Yelocidade negative simplesmente se refere tanto ao sentido negativo do deslocamento como 2 al Fecetiate de um objeto ez movimento, velocidade negativa pase a fazer sent. De modo smile, frequéncia negativa NAO descreve a taxa de variagio periédica de um seno ou. cosseno, mas, sim, 0 sentido ¢ a taxa de rotacio de uma exponencial senoidal de comprimento undtitsg {Outs mancima de ver essa stuagdo & dizer que os espectrasexponenciais 0 wna representasdo aria des cosfientes D, como wna fingio def A existincia do espectro om} nf; smpleeneve {ndica que wna componente expanencial o>" existe na série. Sabemos, pela identidade be Euler o oe 628 (Ot +8) = exp Gat) + exp (jax) SE fing Senoide de frequéncia nay pode ser expressa em termos de um par de expanenciais e/"*! © eM, 0 fato de seno e cosseno consistirem i Figura 248 versvel cxmplxace compere trios tequind pea {(tag30 ro sen snort) ‘comparada com vive ccnp de compinenio unto ofesuinca ogatva tesa0 no sents horeiy, ‘Sinais e Espago de Sinais 44 Fremplo 24 Determinemos a série de Fourier exponencial de onda quadrada perdca mosinda na Fig, 2.16 Figura 216 wo ‘Spal de puso cuadeado 1 pers, - ae a : w=) Duct onde : C po= ff woa= 5 ra Jy 2 = 2 f wine rteat, n#0 Tobey aft : ot aL f EPRI dy 1 T bmn 1 4 q tp eakirass _ ponntes cI saiggleniem een 2 raft} on(™ : aor 4 ) aes) 1 1 So Neste e480, D, 6 weal, Consequentemente, no precisamos do grfico de fase ou angulo e, em ut ‘ver de representarmos espectro de amplitude (\D,_ versus f), podemos tragar apenas © grafico “1 de D, versus f,comona Fig. 2.17. 1 Flgura217 1 especto coro exponeadil Sy dosrat de plo qvacrado a period. 42. Capitulo 2 Exemplo 2.6 Determinemos a série de Fourier exponencial para o trem de pulsos 5,,(2 mostrado na Fig, 2.18a, ¢ Figura 2.18 Tremée Impulsos © correspondent expecta de Fourier ‘expanercial, ‘racemes o gréfico dos eorrespondentes especiros. ‘A série de Fourier exponencial é dada por bno= So Dye pak 2.65) Dam Ff trae Pat To Jr Escoendo 0 interval de integra (Pf) observando que, net interval, Bn) = (0, haemo na dowd [7 scpertone an Thon Nessa integral, o impulso estélocalizado em 1 = 0. Da propriedade de amostragem da fungio impulso, a integral no lado diseito ¢ 0 valor de &~"*J em = 0 Gocalizaco do impulso). Logo, Pima 2.66) bn LOD rants : EY cw pad eon a As Eqs. (2.67) mostram que 0 espectro exponencial é uniforme (D, = 1/T;) para todas 2s fre- ‘quéacias, como ilustrado ma Fig. 2.18b. Como o espectro é real, basta que tracemos o grifico da amplitude. Todas as fases slo iguais a zero. 200 = 8,00 “2% “ o i 2 3m —

Você também pode gostar