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Veio ao mundo um menino. Encarnado em carne, dotado de um espirito.

Uma alma em
ascenção.
Desde suas mais distantes lembranças, sempre observava que ele tinha uma
curiosidade sobre tudo.
Apesar de quando muito pequeno, aparentar ser rebelde e cheio de vigor. Sua
delicadeza e observação sempre estavam presentes.
Heranças de sua mãe. Uma doce mulher que sempre foi muito determinada e educou seu
filho com muito amor.
Ainda criança, seja deitado na grama de seu quintal ou simplesmente em pé.
Contemplava o céu e as estrelas.
Não entendia muito com ideias, não era um ser intelectual, pouco do ego de um ser
adulto residia ali.
Era como se as ideias o ocupassem através de sentimentos.
Talvez, quando criança, ele tivesse o verdadeiro equilibrio de espirito e mente.
Após ver na tv um programa qualquer falando sobre os misterios da mente humana.
Descobriu que o homem comum usa menos de 5%
de toda capacidade cerebral. E que o resto do potencial da mente humana era um
misterio.
E foi assim que uma pergunta ficaria com ele para o resto de sua vida.
Até onde vai o potencial da mente humana?
Talvez, mais peculiar que a maioria, sempre foi fascinado pelas artes marciais.
Porém, nunca consegui ver nele desejo por violencia.
Era como se ele apreciasse os movimentos e a dança. A arte por trás do corpo.
Sendo assim, com a ajuda de seu pai. Na primeira oportunidade que ganhou de se
vingar de um garoto que o maltratava. Invés de usar
de violencia, chorou enquanto perguntava por que ele fazia aquelas coisas, não
desferindo um sequer soco.
Havia despertado o fascinio pela dança e pala luta das artes marciais, por seus
desenhos. O inspirando em suas brincadeiras durante a
infancia. Vale também dizer que ele tinha um equilibrio em muito do que buscava.
Sempre tendendo a gostos que anulavam os excessos.
Quando gostava de conteudos de luta. Gostava em contrapartida de conteudos doces e
emocionais, como vida de inseto. Sua animação favorita.
Quando rebelde. Outra hora, demonstrava humildade e afeto com aqueles que ama. E
mesmo respeito pelos demais.
A virtude da pureza fascinava ele e o instigava a querer saber mais.
Então o tempo passa e memórias ficam.
Nem tudo realmente importa.
Mas muito se reflete no caminho adiante.

Haha, é engraçado olhar para o passado desse ser. Ver como a lei da impermitencia
uma verdade!
Muito do que era, já não é mais. E muito do que não era se tornou.
A vida segue caminhos que nos forçam a aprender e evoluir.
Caso contrário, aquilo cessará. Mas voltará, de forma mais amena ou mais dificil
para ensinar.
Toda lição deve ser aprendida, pois é como a roda de sansara. A vida tem ciclos.

Após sua infancia, ele não só tinha crescido, como havia se tornado um garoto
arrogante e prepotente.
Suas virtudes estava lá, mas as caracteristicas ao qual ele mais se lembra, são as
negativas.
Dispensando estas de começo, digo que ele nunca deixou de ser amavél.
Dentro da escola, em sala de aula. Sem que ninguém percebesse, amenizava qualquer
situação que pudesse deixar o clima desconfortavel
para alguém. Através de brincadeiras ou mesmo de uma bronca com respeito. Fazia
questão de respeitar os outros e sabia que isso retor-
nava.
Também, nunca foi muito apegado a ninguém, com excessão de seu pai e sua mãe. Sendo
seu pai importante luta para entender o amor sem
compromisso. Um amor livre!
Sua mãe, era a matriz de tudo oque ele necessitava, ficar sem ela sempre foi
dificil. Dentre todas as pessoas, até hoje, ela é quem
ele mais sente saudades. Vale dizer que um homem sem apegos. Dificilmente ele tem
saudades de alguém.
A vida de um aventureiro é uma vida que não vale a pena se olhar para trás. Tudo
que ele precisa está a sua frente.
Não era raro ver ele terminando com garotas que se apaixonavam por ele. O que o
tornava uma pessoa fria aos olhos de seus amigos e
demais. Mas de frieza ali não havia nada. Ele era alguém sincero e não pretendia
extender mentiras ou algo que sabia que não era seu
caminho.
É logico que não há com saber o seu caminho racionalmente, porém é como a
astrologia antiga diz: "Sobre o homem, os astros inclinam,
mas não determinam! Pois o homem é um ser dotado de vontade!"
Por tanto. É possivel sentir qual é o certo a se seguir.
Ele conhecia isso como intuição.
Alias, seu caminho foi marcado por muitas moças bonitas durante sua juventude.
Seus traços de observação, o levaram a sempre calcular qual a melhor forma de lidar
com cada um de acordo com suas personalidades.
O que ele mesmo mais tarde no tempo se auto intitulou como um mulherengo na epoca.
Dizia que não dificil encantar uma menina.
Algo que ele veria mais tarde. Era que se apaixonar era um ato primitivo, porém
amar, era o real desafio.

Ah doce juventude. Um momento de intensa vivencia, onde os conflitos são seus


sentimentos desbalanceados.

Como nem tudo são flores, havia muito de negativo trancado dentro dele. Era apesar
de tudo. Humano. Imperfeito. Como um diamante
esperando para ser lapidado.
Seu ciume de seu irmão o levava a inveja e assim a sabotagem e malvadeza.
A frequente visita de seus amigos que eram agraciados com a recepção do amor de sua
mãe e de seu belo quintal o levava a impaciencia
por nunca estar realmente sozinho, como gostava o garoto que apreciava a solidão.
As comparações e cobranças de seu pai o levavam a se sentir desamparado e
subestimado, as vezes até inferior.
E os momentos que não falava o que pensava ou sentia, o levavam a repressão e mais
tarde até uma depressão.
Muito ele culpava seu pai, mas o problema nunca foi ele.
O problema sem foi ele mesmo.
A raiz do problema sempre esteve dentro dele.
Mas a vida não nos ensina dessa forma.
Ele crescera em uma sociedade que primeiro ensina que se deve ganhar o mundo
externo e que o mundo interno é um luxo de sortudos
ou bem agraciados pela riqueza de familias que tinham condições de pagar por boa
educação.
Mera ilusão.
Acreditaram e ensinaram conceitos errados a anos. Quiseram transferir seus dogmas,
religiões e crenças, antes de conhecerem a si
mesmos como a deus.
"Conhece te a ti e conhecerás o universo. Apenas então saberás a verdade."
Ensinar algo diferente da verdade é botar tudo em risco e distorcer a beleza da
vida.
E quando digo verdade, me refiro a valores que são unanimes universalmente.
Alquimia. Transmutar pedra em ouro. Aquilo que transforma o homem bruto em
precioso.
Algo que quando apresantado diante de um homem ignorante e cheio de raiva, o faz
chorar e se desconstruir ao ponto de estinguir o
mal pela raiz dentro de si.
Nós seres de luz. Somos a imagem e semelhança do todo. A nossa religião e
nacionalidade é universal.

Assim, não era culpa desse pobre garoto ele sofrer por ter sido ensinado a vida
interira sobre um mundo ilusorio.
A sua culpa, vinha quando ele negasse a responsabilidade que tinha de enfrentar os
desafios e as consequencias de seus atos.
É natural sofrer. Este é o maior professor da vida em minha opinião. Qualquer um
que negue isso é por que está apegado a sua
própria dor. E não acreditem em mim, questionem se. Duvidem, mas busquem a
resposta. "A dor é uma opção. Supera-la é necessario"

Sendo assim, ele tinha lá seus momentos de desespero, dor e sofrimento.


Se curvava de angustia em seu travesseiro e gritava com todas as forças em um som
abafado de dor.
Mesmo longe era possivel ouvir seus urros de confusão, tristeza e infelicidade.
Algo dentro dele estava faltando.

Houve uma epoca que ele foi extremamente viciado em games e isolado socialmente.
Ouvindo apenas musicas melancolicas de metalcore e
extravasando raiva na barulheira ao qual ele tanto se apegava. Naquela época, ele
nunca poderia saber o que era equilibrio!
Talvez o forte senso de ignorar a realidade ao qual ele pertencia que culminava em
seu momento mais triste da vida.

Um dia, seu amigo de infancia, alguém tão revoltado quanto ele quando mais jovem.
Voltou para morar em sua cidade. Pois retornara
após ir morar longe. E após descobrir sobre tal fato, instintivamente o ligou para
ele e buscou por ajuda.
Ele disse que "gostaria de se matar."
Seu amigo impressionado e sentindo sinceridade em suas palavras, demonstrou
interesse em ajudar e sua primeira ideia foi de buscar
uma igreja para eles.
Eles eram jovens e não sabiam direito para onde ir. Mas tinham a impressão de que
era lá onde as pessoas se salvavam. Então foi
para lá onde eles foram.
Apesar de tudo, era lá que ele realmente se salvou.
Após sairem para achar uma igreja qualquer perto de suas casas. entraram e se
sentaram ao fundo da primeira igreja que encontraram.
Em um determinado momento de euforia na igreja. Seu amigo olhou para ele em seus
olhos e segurou seu ombro dizendo. "Mano, é agora
fala com ele."
O garoto com um olhar vazio, nem sequer pensou sobre a quem seu amigo se referia.
Mesmo assim abaixando sua cabeça e de olhos fecha-
dos, começou a dizer: "Eu não aguento mais essa dor e essa angustia. Me desculpe.
Me perdoe. Eu quero mudar." Quando seus olhos co-
meçaram a chorar sem parar.
Ali, em uma igreja qualquer. Um garoto havia decidido nunca mais deixar se ir tão
longe.
Provavelmente foi desse dia em diante que ele fez um compromisso com si mesmo e
percebeu que tinha a confiança necessaria para enten-
der que aquele buraco onde havia descido, nunca mais merecia ser visitado.

Apesar de tudo isso soar um tanto religioso. De nada aqui tem a ver com religião.
Ele simplesmente abraçou a vida, invés de amaldiço-
ala.
E não digo que religiosidade é algo ruim. Mas sim o que fizeram dela.
Nosso garoto é sim um homem religioso. Porém, sua crença e religiosidade é o amor.
Não entra em guerra, não separa e nem faz diferença.
Ele acredita em leis universais e busca evoluir.
Acredita que está nesse mundo para se tornar um homem melhor do que foi em uma vida
passada.
Não tem certeza sobre tudo, mas questiona e investiga até formar sua própria
verdade sem desrespeitar a verdade dos outros.
E quando por falta de equilibrio em seu momento destrata alguém, seu coração se
enche de pesar e pede perdão, mesmo que precise se -
humilhar para outro.
Pedir perdão para ele nunca foi algo difíl; dificil era ele vencer as barreiras que
ele mesmo colocava em sua frente e atrapalhava-o
ver com clareza quem ele é.
Para ele, se curvar perante alguém que não pode o entender era uma forma de
respeitar o divino no outro, ganhar seu respeito e o mos
trar que estava desarmado e por tanto, querendo paz e harmonia entre os dois.
"Se humilhar as vezes. Quando todos os recursos falharem. É a unica forma de
ensinar empatia por aquele que não nos respeita"

Temo caso alguém venha a ver isso escrito aqui um dia. De forma alguma mostrar isso
aqui representa o intuito do autor em fazer apo-
logia a seguirem uma religião ou mesmo se humilhar para os outros.
Como tudo na vida, é preciso olhar com atenção e saber filtrar todas as coisas com
equilibrio.
Somente assim é possivel confiar em seus poderes ocultos e ser guiado para o
caminho correto.

Religiosidade é algo que cada um forja sozinho dentro de si e jamais acredita


cegamente em conceitos ou ideias emprestadas de outros.

Despistando todo o papo sobre religiosidade, nosso jovem finalmente pode entrar em
uma fase que ele escolheria mais sabiamente suas
proximas batalhas.

Bom, acredito que assim como a filósofa Lúcia Helena Galvão, ao qual gosto muito,
citou: "A tecnologia é um reflexo intesificador do
homem de seu tempo". O conceito de amizade atual está muito distorcido. Pois a
tecnologia evoluiu, mas não necessariamente o homem.
A tecnologia na qual era para unir as pessoas, acaba por separar e dar voz aos
monstros interiores eloquentes que querem atenção o
tempo inteiro.
Dessa forma, muito se perdeu de real sobre os olhares, a companhia. O ônus da
presença.
Sendo por isso que acredito que poucos no seculo XXI sabem oque realmente a
amizade.

Nosso amigo da historia que conto no pano de fundo desse texto expressando meu ser.
Por alegria do destino. Encontrou um amigo para
se alegrar.

Seu nome era Diego. E juntamente com Léo, que o ajudou a sair da depressão, além de
outros poucos. Foi determinante em uma serie de
experiencias que o levariam a aprender muito em sua vida.

Até hoje, ele é grato por ter esses que ele chama de verdadeiros amigos em sua
vida.

Diego foi alguém que dispertou sua atenção de forma magnetica. Como quando alguém
te atrai sem você saber qual o misterio por trás
daquela pessoa e fica curioso em se aproximar.
Sua primeira aparição para ele. Foi quando na escola, no intervalo, viu aquele
menino todo desengonçado correr como uma criança que
não tinha vergonha de sua inocencia. Ele se aproximou para conversar com um de seus
amigos que estavam na roda onde conversavam.
Eles falavam sobre algum jogo ou algo do tipo. Ao sair correndo novamente. Os
outros riam dele dizendo que ele era estranho.

Mas nosso personagem não ligava para a estranheza de certas pessoas que não
pareciam ser negativas ou carregadas com uma presença pe-
sada. Como algumas pessoas que encontramos ao longo da vida.
Invés disso, ele ficava olhando-o. Com certo fascinio. Imperceptivel aos outros.

No ano seguinte. Um dia, seu amigo, Hernandes, a quem tinha falado com Diego na
escola. Chamou nosso personagem e Léo para irem até a
casa do Diego pegar alguns jogos de PS2 emprestado. Sua presença pode ter passado
despercebido para diego nesse dia. Pois ele estava
do lado de Hernandes e mal foi reparado quando voltou correndo com os jogos na mão
na breve situação.
Não muitos dias depois. Não se sabe bem o motivo, ele foi sozinho na casa do Diego
conhecer ele. Alguém a quem ele nunca tinha conver-
sado antes. Assim. Simplesmente aparecendo em sua casa!

Quando ele apareceu em seu portão.


Diego em um breve instante pensou em algo, o comprimentou e o chamou para entrar.
Ele estava jogando Final Fantasy e logo começaram a
conversar sobre.
Para eles foi facíl continuar dai em diante. Os dois tinham muito a conversar sobre
jogos e ambos tinham curiosidade um no outro.
Não é possivel descrever a força do laço que esses dois tem. Até hoje. Que estão
totalmente diferentes daqueles jovens sonhadores.
Continuam fortes em sua amizade. Já passando por todo tipo de briga ou
desentendimento.

O mais legal de uma amizade verdadeira. É reconhecer o valor do outro a cima de


qualquer desentendimento.
Mesmo brigando algumas vezes. Sempre ficavam lições valiosas para trás. O que os
forçava a largarem mão de seus egos e criarem humil-
dade.

Nosso garoto diz que Diego é seu maior professor.


Aquele quem a vida traz questões as quais ele não entende, mas precisa aprender.

Como na vez que nosso jovem teve que passar por cima de seu preconceito contra
homosexuais para não perder seu amigo.
Pois Diego mais a frente, revelou ser Bisexual e também gostar de homens.

Para nosso menino. Que cresceu em churrascos de familia cercados de piadas


machistas. Ser homem e por tanto, negar o lado sentimental
era algo normal.
Era como se tudo tivesse moldado ele a ser bruto e incapaz de perdoar alguém que
abalasse sua crença de que era errado gostar do mesmo
sexo.

Haha. Por orgulho e ódio infundado. Quase perdeu um amigo que valia muito para ele.

Nosso garoto aprendeu de que nada valia ser preconceituoso. Seu ódio e raiva eram
infundados. Herança de uma visão fechada e dogmatica.
Tudo que separa os seres humanos é mera ilusão. Assim como tudo o que acreditamos
ser real.
Pois na realidade, me foi revelado, que o verdadeiro é aquilo que não vemos.

Maia.

Nosso jovem cresceu, e muitas situações o testaram para testa-lo.

Aprendeu que beijar por beijar quando mais novo já não tinha mais graça. Que ficar
com 100 garotas em um ano e nem ao menos lembrar de
seus nomes na semana passada não tinha sentido.
Que dizer coisas bonitas para sasciar seus egos através da admiração do outro era
mentir para si mesmo.

Logo optando pela solidão, introspecção e reflexão.

No Final do ensino médio, nosso garoto encontrou uma garota que o iria ensinar
sobre o amor.
Amor verdadeiro.

Ele era eloquente e impulsivo. Sempre querendo confiar em seus instintos e agindo
muitas vezes sem pensar.
Mas ainda sim humilde.

Quando conheçeu essa garota especial, ele não fazia ideia que ele estava apaixonado
por ela e quis dar a chance a outros de ficar com
aquela garota que ele tinha criado fascinio.

Tentando empurar a garota para o Diego, com pequenas atitudes.

Eis o plano dos dois encalhados.


Pegar um pedaço pequeno de papel e escrever um elogio para garotas que eles achamam
interessantes na escola e as entregar depois.
Após isso, eles teriam um pretexto para puxar um "oi" no dia seguinte.
Foi assim que a primeira namorada de verdade de nosso garoto entraria em sua vida.
Sem nem imaginar o futuro.

Após um tempo, Diego disse que ela não dava moral nenhuma para ele e que estava
largando mão, pois não daria certo.
E então nosso garoto tentou com léo. Que também estudava junto a eles. Mesmo sendo
outra escola agora.
Os 3 viviam juntos naquela época. Sendo Diego e nosso garoto os mais ligados.

Então com léo na jogada. Agora era questão de tempo até nosso menino começar a
sacar seus sentimentos escondidos.
Quando mais tarde em um fatidico dia. Ele ligou para Léo.
Dizendo que ele percebeu que também gostava da menina em questão.
Os dois concordaram que respeitariam a vontade dela e a quem ela escolhesse.
Foi a primeira briga entre os dois.

Diferente de Diego, nosso garoto nunca havia brigado com Léo antes.
Apesar de aceitar com dificuldade a derrota na escolha da jovem moça. léo entendeu
depois.

A moça e nosso jovem começaram a namorar.

Nosso jovem ganhou. Com o perdão da palavra, pois sei que amor não é competir.
Pois era confiante e tinha o impeto e impulso necessario para agir naquela epóca.
Muitas garotas criavam adimiração por seu diferencial de não ter vergonha em ser
ele mesmo.
Apesar de não ler muito. Ele tinha como principal tema de leitura, o auto-
conhecimento.
Uma ferramenta importantissima na evolução do homem. A que ensina sobre como
controlar a maquina mais difíl.

Ele não só se conhecia mais que a maioria dos jovens, como também amava o poder que
isso lhe dava.
Entretanto, todos seus egoismos com relação ao tratamento aos outros. Sempre eram
inconscientes e o causavam vergonha quando ofendia
a alguém.

No jogo do amor, sua vitoria era certa. E nessa epóca, amar era um jogo mesmo. Pelo
menos para ele.
Ele também havia crescido com um gosto em particular por romance. Sempre se
envolvendo muito por filmes desse genero.
Sua mão dizia que ele era muito chorão para essas coisas.

Quando seu namoro com a jovem começou, ele fazia tudo que sabia ser o melhor para o
relacionamento deles. E era realmente um namoro
digno. Sempre havendo conversas compreensivas invés de discussões acaloradas a
cerca de quem tem mais razão.
Sempre preocupado com todos os aspectos da saude do outro e assim por diante.

Realmente era um casal bonito. Porém, lá no fundo. "Amar para sempre". Parecia
pesado de mais para ele.

Quando ainda jovem, nesta epóca. Ele já havia lido bastante sobre como a sociedade
é maldosamente arquitetada para beneficiar a
poucos. E sustentar a si mesma.
De fato, o mundo capitalista só funciona em torno de si mesmo. Buscando lucros e
uma imagem de felicidade falsa a aqueles que estão
lutando para conseguir esse capital.
Sendo assim. Ainda jovem e imaturo sobre como se portar diante de fatos
lamentaveis. Acreditava que o dinheiro por exemplo era um
dos males do mundo. Sempre se recusando a se tornar parte daquilo.

Com o tempo, a menina no relacionamento deles, aos poucos começou a receber o peso
da familia que não aceitava o jovem não ter
emprego.

Também naqueles tempos, ele começou a estudar sobre espiritualidade. O que foi
muito bom e o serve até hoje. Mas no calor da juven-tude
Quando não há muita sabedoria para lidar com as coisas. Até mesmo os mais belos
ensinamentos podem se tornar distorcidos e precipitados.

Nosso jovem começara a se isolar no mundo. Cada vez mais buscando a si mesmo. E
esquecendo dos outros.

O que refletiu dentro de seu relacionamento. Através de um lento distanciamento que


ia cada vez mais longe.
Apesar de estar lá com ela. Ele não estava.
Apesar de perto. Estava longe.

Seu amor. Não era muito bem amor.


Apesar de genuino. Não havia entrega total.

A vida pede compromisso para cada etapa que enfrentamos. E nosso jovem. Naquela
epóca. Acreditava em um amor de ideias. E não de
entrega. Amar é entregar sem nada pedir em troca.

Não vou negar que ele amava ela. Ele sentia e reconhecia ela como parte vital de
sua vida e jornada.
Mas percebeu que isso não era o suficiente para manter algo que tem que acabar
junto.

Ele traiu sua amada duas vezes em segredo.


Nunca teve coragem de contar a ela.
Mas também nunca foi bom em suprir mentiras.

Hora ou outra, ele confessava seus pensamentos que pesavam em sua consciencia.
Era difil para ela suportar a verdade. Mas sempre perdoava e permitia reconstruir
sua confiança quebrada.

Ele, aprendeu um dia. Que era como se ela o amasse 100%. Sendo que para ela, ele
era o unico em sua vida.
Que já bastava. Que já tinha tudo que ela precisava. Que era unico naquela
realidade a dois.

Já ele. Que era como se continuasse sedendo a instintos primitivos de buscar o


prazer antes do amor.
Se apaixonando instintivamente por qualquer uma garota que ele sentisse poder
cuidar e esquecendo que já tinha essa pessoa.

Um dia, diante de sua ultima paixão dentro de um relacionamento. Ele confessou a


ela estar gostando de outra.
Naquele dia, sua amada chorou muito e ele sentiu que precisava mudar. Após as
coisas se acalmarem.
Menosprezando a si mesmo dessa vez. Ainda naquele mesmo dia. Disse a ela a
diferença de veracidade no amor deles dois.
Que ela ficaria melhor sem ele.

Os dois em meio as crises que ele tinha. Já haviam discutido educadamente se era
melhor eles terminarem algumas vezes.
Entre varias conversas sobre termino que os preparava se isso vinhesse a acontecer.
Até já haviam terminado por coisas bobas por causa dele algumas vezes. Mas nunca
muito nada sério e logo voltavam.
Mas naquele dia. Ele refletindo sobre o quão pesado era pra ela em sua realidade
namorar alguém como ele.
Se colocou pela primeira vez completamente em seu lugar e abdicou de seu conforto
ao lado de uma pessoa maravilhosa para
dar asas a ela.

Eles terminaram, e nunca mais conseguiram voltar.

Sua carencia o até fez tentar. mas não mais conseguiram ficar juntos novamente ou
ao menos se ver.

O primeiro ano foi dificil para nosso garoto.


O segundo também... Ele ainda sentia falta dela e queria fazer diferente.
O terceiro foi importante. Pois agora ele compreendia melhor certas coisas em si
mesmo que não via na epóca.
No quarto ano seguinte. Ele só tinha algumas recaidas no final de ano. Mas nada
grave.
No quinto ano, ele havia entendido que era melhor se desapegar e desejar a
felicidade dela a cima de tudo. Como quando terminou.

Os anos seguiram, e sem que ele percebesse. Acreditando que sua primeira namorada
que durou 4 anos. Fosse se apagar algum dia.
E que ela ia ser o amor de sua vida para sempre naquela época. Começou a perceber
que havia uma garota surgido em sua vida que
o testaria o quão impossivel é perdoar o passado e começar um novo amor.

Atualmente ele diz amar essa nova garota. De melhor maneira e mais intesamente do
que amou a anterior.

E os digo. É possivel ver um brilho no olhar dele por ela que não se via
anteriormente.
Seu sorriso e sabedoria atual resplandecem um fascinio e respeito por ela que cada
dia fica mais forte.

Quem acompanhou o progresso de nosso garoto ao longo dos anos sabe que nada foi de
mentira. Tudo foi necessario.
E que tudo serviu para ele aprender como realmente funcionava o amor verdadeiro
entre um casal.

Com certeza vendo a historia dele. Conhecendo os detalhes do que aconteceu com ele.
Fico pasmo com o apego e quão delicado é o relacionamento dos outros.
Vejo que muitos homens que dizem amar. Estão mentindo para eles mesmo sem saber
disso.
E que a falta de compromentimento e egoismos de cada um dentro de varios
relacionamentos formam prisões invés de jardins do Éden.

Amor só funciona em liberdade.


Que cada um possa ficar junto por livre vontade. Sem desrespeitar a ninguém e sem
pedir nada em troca.

Ah, nosso garoto aprendeu muito. De tantas formas que mal posso imaginar por onde
começar a contar.
Porém. É certo que seus desafios estão apenas começando.
O seu novo mestre, pegará pesado com ele.

Seu novo mestre é...


A insegurança.
O medo.
A Preguiça.
A gula.
A Falácia.
A Arrogancia.
e pequenos defeitos que ele percebe que estão bloqueando todo seu potencial.
Todas essas coisas juntas. Em um ser só.

Chegou a hora dele encarar seu espelho negro e ter comprometimento com o que se
propos antes mesmo de vir a terra.

Atualmente, nosso jovem tinha dificuldade principalmente com a luxuria e a gula.


Dentro dele, sentia que esses dois cortavam
seu potencial criativo.
Ele acredita que se conseguir se controlar, terá uma força interior enorme para se
criar qualquer coisa que se propor a criar.
Porém, mesmo sabendo disso. Esse dia não é hoje.
Hoje ele resolve comer um enorme prato perto do horario de dormir. Enquanto seu
creme para se masturbar está pronto no banheiro.
Já pensando no mais tarde.

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