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2023

Escola da Fé
(Estudo do Catecismo da Igreja Católica)

Paróquia Santa Rita de Cássia


Diocese de Franca
O Que foi o Concílio Vaticano II

O Concílio Vaticano II, convocado por São João XXIII, nasce com a principal tarefa
de guardar e apresentar melhor o precioso depósito da fé, para o tornar mais acessível
aos fieis de Cristo e a todos os homens de boa vontade. Portanto, o Concílio não
devia, em primeiro lugar, condenar os erros da época, mas sobretudo empenhar-se
por mostrar serenamente a força e a beleza da doutrina da fé (Carta Apostólica Fidei
Depositum).

t’s. Its surface is quite similar to that of Earth’s Moon, which means there are a lot of craters and plains
2
O Desejo de um Novo Catecismo

Depois da renovação da Liturgia e do Código de Direito Canônico, no Sínodo dos


Bispos de 1985, os padres sinodais manifestaram o desejo de que fosse composto um
Catecismo de toda a doutrina católica, adaptado à vida atual dos cristãos.

t’s. Its surface is quite similar to that of Earth’s Moon, which means there are a lot of craters and plains

3
Como surgiu o Catecismo?

Sempre existiram tentativas de sistematizar a fé, como por exemplo a Didaqué, mas o
primeiro catecismo moderno foi feito por Martinho Lutero, em 1529. Em 1566, nasce
o Catecismo de Trento, ou Catecismo de Pio V, ou Catecismo dos Párocos. Em 1597,
São Roberto Bellarmino publica o Catecismo no modelo de perguntas e respostas. Em
1908, é publicado o Catecismo de São Pio X.

4
O Catecismo atual começou a ser elaborado em 1986, por uma Comissão de doze
Cardeais e Bispos presidida pelo Cardeal Ratzinger. Tal esforço levou seis anos para ser
concluído (1992) e mais cinco anos para ser completamente corrigido (1997). É
chamado por São João Paulo II por um “concurso de tantas vozes que exprime
verdadeiramente aquela a que se pode chamar a ‘sinfonia’ da fé”. A realização deste
Catecismo reflete, deste modo, a natureza colegial do Episcopado: testemunha a
catolicidade da Igreja”.

O Catecismo e a sua elaboração


5
Suas características

Este Catecismo apresenta a fé católica de modo orgânico, isto é, relaciona o


ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva na Igreja e do Magistério
autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da
Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de
Deus.

Tal Catecismo ilumina as novas situações e os problemas que ainda não tinham
surgido no passado, expressando de um modo “novo” o conteúdo da fé para responder
às interrogações da nossa época.

6
As suas partes
Está articulado em quatro partes: 1) o Credo;

2) a sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano;

3) o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos;

4) e por fim a oração cristã.

Porque a fé, uma vez crida (Credo), é celebrada e comunicada nos atos litúrgicos
(Liturgia), está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus no seu agir
(Mandamentos); e funda a nossa oração (Quarta Parte).
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PRÓLOGO (§1-25)

I. A vida do homem – conhecer e amar a Deus

1. Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em Si mesmo, num desígnio de pura


bondade, criou livremente o homem para o tornar participante da sua vida bem-
aventurada. Por isso, sempre e em toda a parte, Ele está próximo do homem. Chama-o
e ajuda-o a procurá-Lo, a conhecê-Lo e a amá-Lo com todas as suas forças. Convoca
todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família que é a Igreja.
Para tal, enviou o seu Filho como Redentor e Salvador na plenitude dos tempos. N'Ele e
por Ele, chama os homens a tornarem-se, no Espírito Santo, seus filhos adotivos e,
portanto, herdeiros da sua vida bem-aventurada.

8
Prólogo

2. Para que este convite se fizesse ouvir por toda a Terra, Cristo enviou os Apóstolos
que escolhera, dando-lhes o mandato de anunciar o Evangelho: «Ide, pois, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo, ensinando-os a cumprirem tudo quanto vos prescrevi. E eis que Eu estou
convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28, 19-20). Fortalecidos por esta
missão, os Apóstolos «partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com
eles confirmando a Palavra com os sinais que a acom­panhavam» (Mc 16, 20).

9
Prólogo

3. Aqueles que, com a ajuda de Deus, aceitaram o convite de Cristo e livremente Lhe
responderam, foram por sua vez impelidos, pelo amor do mesmo Cristo, a anunciar por
toda a parte a Boa-Nova. Este tesouro, recebido dos Apóstolos, foi fielmente guardado
pelos seus sucessores. Todos os fiéis de Cristo são chamados a transmiti-lo de geração
em geração, anunciando a fé, vivendo-a em partilha fraterna e celebrando-a na liturgia e
na oração.

10
Prólogo

4. Bem cedo se chamou catequese ao conjunto de esforços empreendidos na Igreja


para fazer discípulos, para ajudar os homens a acreditar que Jesus é o Filho de Deus, a
fim de, pela fé, terem a vida em seu nome, e para os educar e instruir nessa vida,
construindo assim o Corpo de Cristo.

5. «A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, que
compreende especialmente o ensino da doutrina cristã, ministrado em geral dum modo
orgânico e sistemático, em ordem à iniciação na plenitude da vida cristã».

11
Prólogo

6. Sem se confundir com eles, a catequese articula-se com um certo número de


elementos da missão pastoral da Igreja que têm um aspecto catequético, preparam
para a catequese ou dela derivam: o primeiro anúncio do Evangelho ou pregação
missionária, para suscitar a fé; a busca das razões de acreditar; a experiência da vida
cristã; a celebração dos sacramentos; a integração na comunidade eclesial; o
testemunho apostólico e missionário.

12
Prólogo
VI. Adaptações necessárias

24. Pela sua própria finalidade, este Catecismo não se propõe realizar as adaptações
da exposição e dos métodos catequéticos, exigidas pelas diferenças de culturas,
idades, maturidade espiritual, situações sociais e eclesiais daqueles a quem a
catequese se dirige.

“Os que são chamados ao ministério da pregação devem, ao transmitir o ensino dos
mistérios da fé e das normas dos costumes, adaptar as suas palavras à mentalidade e
à inteligência dos seus ouvintes” (Prefácio do Catecismo Romano).

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INÍCIO DA PRIMEIRA PARTE (CREDO)
Capítulo I - O Homem é capaz de Deus (§27-49)

I. O desejo de Deus

27. O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para
Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade
que procura sem descanso: «A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com
Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque,
criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo
a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador» (GS 19,1).

14
O desejo de Deus
28. De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de
Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações,
etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas de expressão são
tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso.

29. Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus» (GS 19,1) pode ser
esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes
podem ter origens diversas (Idem) a revolta contra o mal existente no mundo, a
ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas (Mt
13,22), o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e,
finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus (Gn 3,8-
10) e foge quando Ele o chama (Jn 1,3).
15
O desejo de Deus

30. «Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode
esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O
procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo
o esforço da sua inteligência, a retidão da sua vontade, «um coração recto», e também
o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.

16
As Vias de acesso ao conhecimento de Deus

31. Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, o homem que
procura Deus descobre certos «caminhos» de acesso ao conhecimento de Deus.
Também se lhes chama «provas da existência de Deus» – não no sentido das provas
que as ciências naturais indagam mas no de «argumentos convergentes e
convincentes» que permitem chegar a verdadeiras certezas.

Estes «caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida a criação: o mundo
material e a pessoa humana.

17
O Mundo

32. O mundo: A partir do movimento e do devir, da


contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode
chegar-se ao conhecimento de Deus: como origem e
fim do universo.

São Paulo afirma a respeito dos pagãos: «O que se


pode conhecer de Deus manifesto para eles, porque
Deus lho manifestou. Desde a criação do mundo, as
perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a
sua divindade tornam-se pelas suas obras, visíveis à
inteligência» (Rm 1, 19-20).

18
O Homem

33. O homem: Com a sua abertura à verdade e à beleza,


com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a
voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de
felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus.
Nestas aberturas, ele detecta sinais da sua alma espiritual.
«Gérmen de eternidade que traz em si mesmo, irredutível à
simples matéria» (GS 18,1), a sua alma só em Deus pode ter
origem.

Assim, por estes diversos «caminhos», o homem pode ter


acesso ao conhecimento da existência duma realidade que é
a causa primeira e o fim último de tudo, «e a que todos
chamam Deus» (Santo Tomás de Aquino).
19
O Homem é capaz de Deus

35. As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus


pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-
Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as
provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé
não se opõe à razão humana.

20
O Homem e a Revelação

38. O homem tem necessidade de ser esclarecido pela Revelação de Deus, não
somente no que diz respeito ao que excede o seu entendimento, mas também sobre
«as verdades religiosas e morais que, de si, não são inacessíveis à razão, para que
possam ser, no estado actual do gênero humano, conhecidas por todos sem
dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro» (Concílio Vaticano I - séc.
XIX).

21
A Revelação e a Linguagem

40. Mas dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao
falar de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas
e segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.

42. Deus transcende toda a criatura. Devemos, portanto, purificar incessantemente a


nossa linguagem no que ela tem de limitado, de ilusório, de imperfeito, para não
confundir o Deus «inefável, incompreensível, invisível, impalpável» (S. João
Crisóstomo) com as nossas representações humanas. As nossas palavras humanas
ficam sempre aquém do mistério de Deus.

22
DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM

50. Pela razão natural, o homem pode conhecer Deus com certeza, a
partir das suas obras. Mas existe outra ordem de conhecimento, que o
homem de modo nenhum pode atingir por suas próprias forças: a da
Revelação divina. Por uma vontade absolutamente livre, Deus revela-
Se e dá-Se ao homem. E fá-lo revelando o seu mistério, o desígnio
benevolente que, desde toda a eternidade, estabeleceu em Cristo, em
favor de todos os homens. Revela plenamente o seu desígnio, enviando
o seu Filho bem-amado, nosso Senhor Jesus Cristo, e o Espírito Santo.
23
DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM

Deus revela mistério: Mt 13,11; Ef 1,4-9; 3,5; Col 1,24-26.


52. Deus, que «habita numa luz inacessível» (1 Tm 6, 16), quer
comunicar a sua própria vida divina aos homens que livremente
criou, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos (Ef 1,4-5).
Revelando-Se a Si mesmo, Deus quer tornar os homens capazes de
Lhe responderem, de O conhecerem e de O amarem, muito para
além de tudo o que seriam capazes por si próprios.
24
DEUS SE REVELA POR PALAVRAS E ATOS

53. O desígnio divino da Revelação realiza-se, ao mesmo tempo,


«por meio de ações e palavras, intrinsecamente relacionadas entre
si» (DV 2) e esclarecendo-se mutuamente. Comporta uma particular
«pedagogia divina»: Deus comunica-Se gradualmente ao homem e
prepara-o, por etapas, para receber a Revelação sobrenatural que
faz de Si próprio e que vai culminar na Pessoa e missão do Verbo
encarnado, Jesus Cristo.
Ações e palavras: Ex 3, 1-4; Mc 8,22-26. 25
DEUS SE REVELA PROGRESSIVAMENTE

«O Verbo de Deus [...] habitou no homem e fez-Se Filho do Homem,


para acostumar o homem a apreender Deus e Deus a habitar no
homem, segundo o beneplácito do Pai».
Santo Irineu de Lião

26
DESDE A ORIGEM, DEUS SE DÁ A CONHECER

55. Esta Revelação não foi interrompida pelo pecado dos nossos
primeiros pais. Com efeito, Deus, «depois da sua queda, com a
promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação, e cuidou
continuamente do gênero humano, para dar a vida eterna a todos
aqueles que, perseverando na prática das boas obras, procuram a
salvação» (DV 3).
Gn 3,13-15 A humanidade vencerá a serpente.
27
A ALIANÇA DE NOÉ

56. Desfeita a unidade do gênero humano pelo pecado, Deus procurou


imediatamente, salvar a humanidade intervindo com cada uma das suas partes.
A aliança com Noé, a seguir ao dilúvio, exprime o princípio da economia divina
em relação às «nações», quer dizer, em relação aos homens reagrupados «por
países e línguas, por famílias e nações» (Gn 10, 5).

57. Esta Aliança destinava-se a limitar o orgulho duma humanidade decaída,


que, unânime na sua perversidade, pretendia refazer por si mesma a própria
unidade, à maneira de Babel.
28
A ALIANÇA DOS PATRIARCAS

59. Para reunir a humanidade dispersa, Deus escolhe Abrão, chamando-o


para «deixar a sua terra, a sua família e a casa de seu pai» (Gn 12, 1), para
o fazer Abraão, quer dizer, «pai de um grande número de nações» (Gn 17,
5): «Em ti serão abençoadas todas as nações da Terra» (Gn 12, 3).
61. Os patriarcas, os profetas e outras personagens do Antigo Testamento
foram, e serão sempre, venerados como santos em todas as tradições
litúrgicas da Igreja: São Abraão, 9 de outubro; Santo Elias, 20 de julho; São
Davi, 29 de Dezembro; Santo Ezequiel; São Jeremias. 29
A ALIANÇA DOS PATRIARCAS

Patriarcas: Abraão (Gn 12, 1-2; 17,1-8);


Isaac (Gn 26, 2-5);
Jacó (Gn 35,9-12).

30
A ALIANÇA DE MOISÉS - DEUS FORMA SEU POVO

Moisés: (Ex 6,2-7);


Josué: Js (1,2-3);
Juízes (Jz 2, 16-19;1 Sm 8,1-9).

31
A MONARQUIA E OS PROFETAS

(1 Sm 9,15-17);
(1 Sm 16, 11-13).

32
A REVELAÇÃO ESTÁ COMPLETA

No seu Verbo, Deus disse tudo e não haverá outra revelação

66. «Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança,


jamais passará, e já não se há-de esperar nenhuma nova
revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor
Jesus Cristo»(34). No entanto, apesar de a Revelação já estar
completa, ainda não está plenamente explicitada. E está reservado
à fé cristã apreender gradualmente todo o seu alcance, no decorrer
dos séculos. 33
A REVELAÇÃO PÚBLICA E AS REVELAÇÕES PRIVADAS

67. No decurso dos séculos tem havido revelações ditas


«privadas», algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade
da Igreja. Todavia, não pertencem ao depósito da fé. O seu papel
não é «aperfeiçoar» ou «completar» a Revelação definitiva de
Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada
época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o sentir dos
fiéis sabe discernir e guardar o que nestas revelações constitui um
apelo autêntico de Cristo ou dos seus santos à Igreja.
34
A PREGAÇÃO APOSTÓLICA E SUA TRANSMISSÃO

76. A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de


duas maneiras:

– oralmente, «pelos Apóstolos, que, na sua pregação oral, exemplos e


instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, trato e
obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito
Santo»;

– por escrito, «por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a


inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da
salvação». 35
O MAGISTÉRIO COMO GUARDIÃO DA FÉ

77. «Para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro


e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os bispos como seus
sucessores, "entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério"».
Com efeito, «a pregação apostólica, que se exprime de modo
especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma
sucessão ininterrupta, até à consumação dos tempos».
36
O MAGISTÉRIO DA IGREJA

85. «O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus,


escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo
da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo, isto
é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de
Roma.
Cf. Lc 10,16
37
A SAGRADA TRADIÇÃO

78. Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, denomina-


se Tradição, enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora
estreitamente a ela ligada. Pela Tradição, «a Igreja, na sua
doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações
tudo aquilo que ela é e tudo em que acredita» (Cf. At 2,42).

38
A PALAVRA DE DEUS NA TRADIÇÃO E NA ESCRITURA

81. «A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto foi escrita


por inspiração do Espírito divino».
«A sagrada Tradição, por sua vez, conserva a Palavra de Deus,
confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, e
transmite-a integralmente aos seus sucessores, para que eles, com
a luz do Espírito da verdade, fielmente a conservem, exponham e
difundam na sua pregação».
39
A TRADIÇÃO NA BÍBLIA

Cf. 2Tm 2,15; 1Cor 11, 23.

40
O DEPÓSITO DA FÉ

4. O depósito da fé («depositum fidei») (Cf. 1Tm 6,20), contido na


Tradição sagrada e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos
Apóstolos ao conjunto da Igreja. «Apoiando-se nele, todo o povo
santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos
Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e na oração, de tal
modo que, na conservação, atuação e profissão da fé transmitida,
haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis».
41
SENSUS FIDEI, SENSUS FIDELIUM

91. Todos os fiéis participam na compreensão e na transmissão da


verdade revelada. Todos receberam a unção do Espírito Santo que os
instrui e os conduz «à verdade total» (Jo 16, 13).
92. «A totalidade dos fiéis [...] não pode enganar-se na fé e manifesta
esta sua propriedade peculiar por meio do sentir sobrenatural da fé do
povo todo, quando, "desde os bispos até ao último dos fiéis leigos",
exprime consenso universal em matéria de fé e costumes».
42
OS DOGMAS DA FÉ

88. O Magistério da Igreja faz pleno uso da autoridade que recebeu


de Cristo quando define dogmas, isto é, quando propõe, dum modo
que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé,
verdades contidas na Revelação divina ou quando propõe, de
modo definitivo, verdades que tenham com elas um nexo
necessário.
43
A Bíblia dentro da Tradição e Revelação Divina

Deus se revela (pessoalmente e progressivamente) → Mundo e


na História → Jesus Cristo plenifica a Revelação →
Transmissão Apostólica e Magistério → Sagrada Tradição →
Sagrada Escritura.

44
A Bíblia é sinal da Condescendência Divina

§101 e Final do 104 - Deus é condescendente, por isso, fala-


nos com palavras humanas. Condescendência: Abaixar-se, ser
paciente, acompanhar a fraqueza (humana); Se Deus o é, nós
também temos que ser com os outros.

45
A Bíblia é sinal da Única Palavra de Deus

§ 102 - Todas as Palavras falam de uma só Palavra, pois as


letras escondem a Palavra:

Gn 1,1-3; Col 1,15-16; Jo 1,1-3.

46
A Bíblia e a Inspiração

§ 106 - Inspiração significa soprar dentro, mas não siginifica


que cada palavra escrita fora dita uma por uma por Deus, no
estilo da psicografia espírita, assim pensam os protestantes e
islâmicos. As letras da bíblia são como uma partitura e a
Palavra de Deus é a música. A partitura fala da Música, mas
não é música.
47
A Bíblia e seus Autores Humanos

§ 109 - A Bíblia e seus dois autores: Para interpretar bem a


Escritura é preciso estar atento àquilo que os autores humanos
quiseram realmente afirmar e àquilo que Deus quis manifestar-
nos pelas palavras deles. Quando se escreve algo, quer se dizer
algo Ex.: Lc 1,26-35.
48
A Bíblia é um Livro Religioso

§ 107 - A Bíblia ensina sem erro o que está em vista de nossa


salvação. O seu objetivo é testemunhar Deus e a salvação do
homem, isto é, como o Senhor se “comporta” e como se
relaciona como o Homem. Mesmo que nela existam
informações de cunho científico, como as geográficas,
cosmológicas ou botânicas que revelam o contexto humano.
49
A Bíblia e seus dois sentidos

Por isso, além de se buscar, o sentido do texto bíblico que os autores


humanos inspirados haviam intencionado, é necessário também
considerar outro sentido bíblico inspirado: o sentido espiritual, que
é a intenção do autor divino posto no fundo do texto, o que está por
detrás das letras. Esse sentido espiritual [spiritualis sensus] só Deus
o conhecia e nos pode revelar.
50
Ler a Bíblia de Maneira Católica

§ 112 – Há uma Unidade na Escritura (Cf. Ef 5,21s).

§ 114 – Há uma entre as Verdades da Fé (Cf. Ef 4, 25).

51
Os Sentidos do Texto Bíblico

● Sentido Literal/Exegético: Analisar a túnica de Lc 15, 21-23


a partir de Gn 37, 3.

● Sentido Alegórico: Gl 3, 26-27; Is 61,10.


● Sentido Moral: Cl 3,9-10.12-14.
● Sentido Anagógico: Mt 22,1-3.11-13;Ap 6,9-11; 21,1-3.
52
A Leitura Tipológica

§ 128 – Rocha/Lado de Cristo;


Arca da Aliança/Maria;
Arca de Noé/Igreja;

53
A Bíblia nasce na, da e para a Igreja

§ 119 – A Igreja (de todos os tempos) é a interprete das


Escrituras.
§ 120 – Os livros bíblicos foram discernidos pela Igreja.
§ 122 – O Deus do A.T é o Deus de Jesus Cristo.
§ 126.2 – O N.T foi escrito em vista da situação da Igreja.
§ 127 – O Evangelho é a fonte da meditação cristã.
54
Foreign policy 2XXX

02 History
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Foreign policy 2XXX

4,498,300
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9h 55m 23s
Jupiter’s rotation period

333,000
The Sun’s mass compared to Earth’s

386,000 km
Distance between Earth and the Moon

59
Global data

30% 20% 50%

Investment Debt Balance


Mercury is the closest Venus has a beautiful Despite being red, Mars
planet to the Sun and the name and is the second is actually a cold place.
smallest of them all planet from the Sun It’s full of iron oxide

60
Computer
mockup
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Just right-click on it and select
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61
Tablet
mockup
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62
Phone
mockup
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right-click on it and select
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63
International policies

Americas
Venus is the second planet
from the Sun

Europe
Mercury is the closest
planet to the Sun

Asia
Despite being red, Mars is
a very cold place

64
40 years of foreign policy
Venus is the second planet Despite being red, Mars is
from the Sun a very cold place

1970 1980

1975 1985
Mercury is the closest Jupiter is the biggest
planet to the Sun planet of them all
65
40 years of foreign policy
Earth is the third planet Saturn is a gas giant and
from the Sun has several rings

1990 2000

1995 2010
Neptune is very far away Pluto is now classified as a
from the Sun dwarf planet
66
International policies

States
Jupiter doesn’t have a
Continental solid surface
Mercury is the closest
Worldwide planet to the Sun Countries
Mars is actually a very Earth is the only planet
cold place that harbors life
Nations
Venus has extremely
high temperatures

67
Foreign policy 2XXX

03
Policies
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68
Military aid

2020 2021 2022


Israel 0.06 0.38 0.38

Korea 0.11 0.53 0.38

Iraq 95.2 9.40 1.16

Jordan 0.99 0.65 1.76

Turkey 3.51 2.51 0.40

69
Sources of funding
50% 30%
Mars Venus
Mars is actually a Venus has very high
very cold place temperatures

10% 40%
Mercury Jupiter
Mercury is quite a Jupiter is an
small planet enormous planet

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70
Our team

John Doe Helena Bones


You can speak a bit about this You can speak a bit about this
person here person here

71
Main tools
Economic sanctions Covert action
Jupiter is a gas giant and the biggest planet Earth is the third planet from the Sun and
in the Solar System the only one that harbors life

Trade policies Arm controls


Venus has a beautiful name and is the Mercury is the closest planet to the Sun and
second planet from the Sun the smallest of them all

Armed forces Foreign assistance


Saturn is the second-largest planet in the Neptune is the fourth-largest planet in the
Solar System Solar System
72
This country’s foreign policy

International laws
Mercury is the closest planet to the Sun and the smallest one in the Solar System. This
planet’'s name has nothing to do with the liquid metal, since Mercury was named after
the Roman messenger god

Diplomacy and policies


Jupiter is a gas giant and the biggest planet in the Solar System. It’s the fourth-
brightest object in the night sky. It was named after the Roman god of the skies and
lightning

73
Foreign agreements

Arms control
Jupiter is a gas giant and the biggest planet in the Solar System. It’s the fourth-brightest
object in the night sky. It was named after the Roman god

Environmental
Saturn is a gas giant and has several rings. It’s composed mostly of hydrogen and helium.
It was named after the Roman god of wealth and agriculture

Free trade
Venus has a beautiful name and is the second planet from the Sun. It’s terribly hot, even
hotter than Mercury, and its atmosphere is extremely poisonous

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Conclusions

● The Moon is Earth’s only natural satellite


● Pluto is now considered a dwarf planet
● Ceres is located in the main asteroid belt
● Saturn is a gas giant and has several rings
● Jupiter is the biggest planet in the Solar System
● Venus is the second planet from the Sun
● Mercury is the smallest planet of them all
● Despite being red, Mars is very cold

75
Foreign policy 2XXX

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76
Alternative resources

Here’s an assortment of alternative resources whose style fits that of


this template:

● Modern geometrical wallpaper with round lines

77
Resources
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Photos
● Male lawyer signing the contract with pen on clipboard
● Group of businesspeople working together in the office
● African american man front view
● Lawyer doing her job
● High angle corporate team meeting

Vectors
● Flat design business template

78
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Fonts & colors used
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Hind Madurai
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#434343 #000000
Storyset
Create your Story with our illustrated concepts. Choose the style you like the most, edit its colors, pick the
background and layers you want to show and bring them to life with the animator panel! It will boost your
presentation. Check out how it works.

Pana Amico Bro Rafiki Cuate


Use our editable graphic resources...
You can easily resize these resources without losing quality. To change the color, just ungroup the resource and click on
the object you want to change. Then, click on the paint bucket and select the color you want. Group the resource again
when you’re done. You can also look for more infographics on Slidesgo.
JANUARY FEBRUARY MARCH APRIL MAY JUNE

PHASE 1

Task 1

Task 2

PHASE 2

Task 1

Task 2

JANUARY FEBRUARY MARCH APRIL

PHASE 1

Task 1

Task 2
...and our sets of editable icons
You can resize these icons without losing quality.
You can change the stroke and fill color; just select the icon and click on the paint bucket/pen.
In Google Slides, you can also use Flaticon’s extension, allowing you to customize and add even more icons.
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