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FILOSOFIA DO DIREITO
Hegel
PAULO MÁXIMO
MARJORIE MATOS
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Introdução
É um idealista, assim como Platão e Kant:
Platão Kant Hegel
O universo procede das Na análise do conhecimento, O universo procede apenas
ideias. distingue-se as categorias dos universais puros.
resultantes da experiência
dos sentidos e as categorias
a priori .
As ideias têm existências As categorias têm existência Os universais não têm
objetivas, independente da subjetiva. existência objetiva.
descoberta.
As ideias são os primeiros As categorias são os Os universais são os
princípios de onde fluem os primeiros princípios do primeiros princípios de onde
demais seres conhecimento. fluem os seres.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Introdução
Postulados básicos do pensamento idealista de Hegel:
•Real: é o ser que independe de outro ser;
•Aparência: é o ser dependente de outro;
•Existência: é o que pode ser imediatamente
Realidade ≠ Aparência. apresentado à consciência por meio material
ou psíquico. É sempre individual. Situa-se no
tempo, podendo situar-se também no espaço.
Realidade ≠ Existência. •O real é somente o universal (pois, a
aparência e a existência são individuais e
Existência = Aparência. dependentes).
•O real não tem existência. O universal é um
ser lógico.
Real = Universal •Existência é aparência.
•O real é objetivo e abstrato.
•O real, universal, abstrato é o último ser,
princípio e fonte de todos os seres (o
Absoluto).
•Trata-se de um princípio de prioridade lógica
e não cronológica.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Introdução
Método dialético:
Introdução
O objeto da filosofia do direito é a ideia do direito, ou seja, o conceito do direito e sua
realização.
A ciência do direito faz parte da filosofia, portanto, seu ponto de partida está fora da
filosofia.
Tese Antítese
Síntese
Tese Antítese
Síntese
Tese Antítese
Síntese
Direito
Tese Antítese
Síntese
Tese Antítese
Síntese
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Introdução
O domínio do direito é o espírito em geral
“[...] o Espírito é, de início, inteligência, e as determinações através das quais, pela
representação, efetua o seu desenvolvimento desde o sentimento até o pensamento são as
jornadas para alcançar produzir-se como Vontade, que, enquanto espírito prático em geral, é
a verdade próxima da inteligência ” (§ 4).
A vontade livre é composta dos seguintes elementos:
Pura indeterminação ou pura reflexão do eu em si mesmo: ilimitada, abstrata, absoluta, pensamento
puro em si mesmo.
“O Eu é também a passagem da indeterminação à diferenciação, a delimitação e a posição de uma
determinação específica que passa a caracterizar um conteúdo e um objeto “: É o conteúdo dado
pela natureza ou à partir do conceito de espírito.
É a unidade dos dois momentos: é a particularidade refletida em si e erguida ao universal, formando
a individualidade. Os dois momentos anteriores são abstratos, sem verdade. O terceiro é verdade
(concebida como pensamento especulativo).
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Plano da obra:
Imediata Direito abstrato Personalidade
Direito da vontade
subjetiva em face do
De existência direito do universo
exterior regressa a si
Vontade livre Moralidade Subjetiva
e em face do
universal
Direito da ideia que
só existe em si
A ideia do Bem
Como unidade dos realizada na vontade
Moralidade objetiva
fatores acima e refletida no mundo
exterior
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Plano da obra:
Espírito
Família
Natural
Espírito
dividido
Sociedade
civil
Espírito
Substância
fenomênico
De um povo
O Estado
Espírito Em relação a
como
orgânico outros povos
liberdade
Na história
universal
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Direito abstrato
A vontade livre (universal) apresenta-se como formal. É a relação sem conteúdo com sua
individualidade própria.
Sujeito = pessoa
A personalidade se inicia quando o sujeito tem consciência de si.
A personalidade contém a capacidade do direito e constitui o fundamento do direito abstrato.
O imperativo do direito é sê uma pessoa respeita os outros como pessoas.
A particularidade da vontade constitui um momento da consciência de querer no seu todo.
A regra jurídica é uma faculdade ou uma permissão*. A necessidade desse direito (abstrato)
limita-se a algo negativo: não ofender a personalidade e tudo o que dela decorre.
O direito começa a ser existência imediata através da propriedade (posse), do contrato, e da
vontade de se opor a ambos.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Propriedade
À pessoa deve-se dar um domínio exterior para a existência de sua liberdade como
ideia.
A exterioridade refere-se a uma coisa.
O homem tem o direito de situar sua vontade em qualquer coisa. Feito isso ela adquire
um fim substancial (que até então não possuía) - a vontade. Esse é o direito de
apropriação que o homem tem sobre todas as coisas.
Propriedade privada Propriedade comum
É a vontade pessoal (individual) ≠ Trata-se de um “condomínio” virtualmente
objetivada na propriedade de uma dissolúvel em que um indivíduo, por ato de
coisa. livre arbítrio cede sua parte.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Propriedade
A igualdade está na identidade abstrata do intelecto. Tudo o que se refere à posse,
domínio de desigualdade, fica à margem da pessoa abstrata.
A reivindicação de igualdade na divisão das propriedades é uma concepção vaga e
superficial.
“Não se pode falar de uma injustiça da natureza a propósito da desigual repartição da
riqueza e da fortuna, pois a natureza, não sendo livre, não é justa nem injusta. Desejar
que todos os homens tenham proventos para satisfazer suas exigências não é uma
ideia corrente pois não possui objetividade ”. (§ 49)
CRÍTICA: a visão hegeliana é parcialmente correta. Fala em uma igualdade formal (dos espíritos
dos homens), e de uma desigualdade dos bens. Essa desigualdade, em um momento inicial, não
pode ser taxada de justa ou injusta. Contudo, não é porque existe uma desigualdade natural dos
bens (que são escassos) que se deva fomentar isso.
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PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Posse
Enquanto a propriedade é uma abstração da vontade a posse é o ato
corporal e imediato:
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Uso
A vontade se faz satisfeita através do uso da coisa:
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Alienação da propriedade
Poderá ocorrer por abandono ou transmissão a outrem.
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Contratos
A existência da propriedade não depende apenas de uma coisa, mas também da
inclusão de um fator de vontade: o contrato.
São características do contrato:
A vontade idêntica necessária para sua perfectibilização é a dos contratantes. Portanto, não é
universal em si e para si.
O objeto do contrato é uma coisa exterior e particular, pois somente assim ela pode estar
submetida à simples volição dos contratantes.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
“Assim como a estipulação no contrato por si só contém verdadeiras transferências de propriedade, assim a declaração
solene de aceitar os laços do casamento é o correspondente reconhecimento pela família e pela comunidade (a intervenção
da Igreja neste assunto é uma determinação ulterior que não importa considerar aqui), é a conclusão formal e a realidade
efetiva do casamento. Por conseguinte, tal ligação só se constitui como moral nessa cerimônia prévia, realização
substancial por meio de um sinal, a linguagem , que é a forma de existência mais espiritual do espírito. Deste modo, o
elemento sensível próprio da vida natural aparece em seu aspecto moral como um resultado e um acidente, como parte da
existência exterior da união moral que só no amor e na reciprocidade pode se realizar completamente ”. (§ 164)
As relações com o Estado: por ser o contrato uma relação entre particulares, a natureza do Estado não se coaduna
com a tese de ser um contrato de todos com todos, ou de todos com o príncipe ou governo.
Por mais que não sejam essas relações contratuais, as ideias do contrato e da propriedade privada influenciaram
na construção da moralidade objetiva.
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PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Injustiça
No contrato, o direito está como suposto, a sua universalidade aparece como a comunhão entre a
vontade arbitrária e a vontade particular. Em sua existência empírica, em que essa comunhão
torna-se evidente na injustiça, que é a forma de oposição entre o direito e a vontade particular,
formando um direito particular.
O direito negando essa negação é restabelecido através de um processo de mediação,
regressando a si à partir dessa negação, determinando-se como real e válido.
O direito tornado particular é diversamente infinito opondo-se à universalidade e à simplicidade de
seu conceito. Trata-se da forma da aparência. Ele pode ser imediatmente afirmado como tal ou
puramente negado pelo sujeito. A cada um dos casos haverá:
Dano involuntário ou civil;
Impostura; e
Crime.
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PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Dano civil
É possível que uma mesma coisa interesse ou pertença a
várias pessoas. Dessa multiplicidade de interesses divergentes
sobre a mesma coisa nasce um conflito.
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Impostura:
O conflito transcende o mero interesse particular.
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Violência e crime:
A propriedade é reconhecida como a vontade situada em uma coisa. É possível
que o indivíduo sofra uma violência, normalmente, imposta à força, como
condição da posse.
É possível também a ocorrência de coação, em que atinge-se a vontade livre.
A coação exercida como violência lesa a existência da liberdade em seu
sentido concreto. Ao indivíduo é negado não apenas a real absorção da coisa,
mas também a capacidade jurídica (pertencente ao universal e infinito) de tal
absorção. Trata-se, portanto, de um crime (juízo negativo infinito), cujo domínio é
o direito penal.
A violação só tem existência positiva como vontade do criminoso. Do ponto de
vista da vítima, a violação é algo negativo.
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PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Pena:
“A pena que aflige o criminoso não é apenas justa em si; justa que é, é também
o ser em si da vontade do criminoso, uma maneira da sua liberdade existir, o seu
direito. E é preciso acrescentar que, em relação ao próprio criminoso, constitui
ela um direito, está já implicada na sua vontade existente, no seu ato. Porque
vem de um ser de razão, este ato implica a universalidade que por si mesmo o
criminoso reconheceu e à qual se deve submeter como seu próprio bem ”. (§ 100)
Beccaria contestou o direito do Estado de aplicação da pena. Contudo, não
havendo uma relação contratual entre o Estado e o cidadão, mas sim substancial.
Considerando a pena como direito do criminoso, o Estado está desempenhando
suas função de justiça.
Do ponto de vista do criminoso, a pena é uma violência contra a violência. É a
remissão do agente.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Moralidade subjetiva
O ponto de vista moral é o da vontade quando esta deixa de ser infinita e se transforma
no ser para si.
Pelo regresso da vontade a si, a identidade consistente na existência imediata
transforma a pessoa em sujeito.
A subjetividade passa a ser a determinação específica do conceito. A subjetividade dá a
existência do conceito.
A moralidade subjetiva representa o lado real do conceito de liberdade. Portanto, apenas
na vontade, como subjetiva é que a liberdade pode ser ato real em ato.
“ A moralidade necessita de um complemento no mundo externo, de um mundo da vida
pública e de práticas em que ela se realiza. Com efeito, sem isso, ela permanece pura
aspiração, o puro dever (Sollen), como formula Hegel. Ela permanece algo puramente
interior ”. (TAYLOR, Charles, Hegel. Sistema, método e estrutura. 2014).
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Moralidade subjetiva
“O que é moral não se define, antes de tudo, como o oposto do que é imoral, nem o direito como o que
imediatamente se opõe ao injusto, mas todo o domínio do moral e também do imoral se funda na
subjetividade da vontade ”. (§ 108)
A vontade age segundo fins, relacionado a subjetividade com a objetividade que é sua, mas que ainda a
limite e nega. Há uma objetividade exterior que constitui o conteúdo da ação. Esse conteúdo pode
discordar com a vontade ou existência subjetiva. A ligação entre o sujeito e o conteúdo pode não ser a
ligação de identidade.
A vontade moral contém três aspectos:
O direito abstrato ou formal da ação: é o seu conteúdo moral geral, realizado na existência imediata,
devendo ter sido projetado pela vontade subjetiva;
O particular da ação: é o seu conteúdo interior composto da intenção quando o caráter universal é
determinado para o agente e o seu valor é aquilo que ela vale para ele.;
O fim absoluto da vontade: é quando o conteúdo interior assume a universalidade. O bem é acompanhado
no domínio da reflexão, parte pela oposição na forma do mal, parte pela forma de certeza moral.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Projeto e responsabilidade
O ato introduz uma alteração na existência dada, e a vontade é responsável por aquilo que a
realidade alterada contém seu predicado abstrato.
Qualquer dado ou resultado constitui uma realidade exterior concreta que implica em uma
série de circunstâncias. Todo elemento isolado que se apresenta como condição, origem ou
causa de uma dessas circunstâncias e que construiu para algo que lhe é próprio pode ser
considerado como responsável, ainda que parcialmente. (Teoria da condição sine qua non )
É difícil distinguir o que constitui resultado necessário e resultado contingente. Os
resultados, como manifestações imanentes da ação, apenas se limitam a exprimi-la e nada
são de diferente dela.
A ação não pode renegar ou desdenhar os resultados. Mas deve considerar o que nela
intervém exteriormente e por acaso se lhe acrescenta sem que isso tenha a ver com a sua
natureza.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
PRINCÍPIOS NORMATIVOS
Moralidade objetiva
Sistema de determinações substanciais da ideia
Tem caráter racional
Satisfação da liberdade
Tais valores são obrigatórios
Dever compromete a vontade em prol da liberdade
Comportamento geral
Direitos e deveres
Moralidade – construção do desenho institucional
Família, sociedade civil e Estado
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
Família
Ético natural Amor
Sociedade civil
Quebra dos laços familiares Supera as particularidades da
família, mas não as
Independência dos antigos “particularidades”
membros da família
Divisão dos indivíduos
“Filho” da sociedade civil
Corporações
Comunidade jurídica e política
Unidade desarticulada –
Divisão econômico-social universalidade formal
Proteção dos interesses O domínio da sociedade civil
particulares conduz ao Estado
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DESENHO INSTITUCIONAL
Estado
Universalidade concreta Eticidade
Fim das particularidades Organização do poder político
Liberdade Moralidade objetiva
“Dever” de levar uma vida Autofinalidade
universal
Cumprimento das leis
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DESENHO INSTITUCIONAL
O Estado Político
Liberdade concreta Lei é fundamento
Pleno desenvolvimento Instituições políticas
Interesse universal Resolver “o social” por meio d”o
político”
Indivíduos atingem a extrema
autonomia e, ao mesmo tempo, O ser humano é essencialmente
são reconduzidos à unidade político
substancial
O Estado é uma união
Estado é poder e função
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DESENHO INSTITUCIONAL
Direito
Reformulação de ideias
Superação do direito natural
A lei é essencial ao Estado moderno. A sua ausência fere a própria ideia de Estado
Lei é direito objetivado, universalmente conhecido e que subordina as pessoas
Três enfoques: como direito abstrato, como moralidade e como ética
Interesse público – submissão a um tribunal
O processo e suas fases também são direitos
Ter deveres a partir de quando tem direitos
Privado e Público (interno e externo)
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
DESENHO INSTITUCIONAL
Constituição
Não há Estado sem Constituição Cada constituição expressa uma
forma de governo:
Modernidade - caráter formal
1. Não evoluída; não há autonomia:
Assegurar a ordem pública, ligada despotismo;
aos interesses coletivos 2. Indivíduos um pouco mais livres:
república;
Papel fundamental na 3. Evoluída; liberdade real;
personalização política do Estado universalidade: monarquia.
É a lei máxima do Estado
Resultado de interesses políticos
e econômicos
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DESENHO INSTITUCIONAL
Formas de governo
Concepção histórica e geográfica Despotismo – mundo oriental
Monarquia – do mundo
germânico
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DESENHO INSTITUCIONAL
Despotismo
Liberdade de um Primitiva
DESENHO INSTITUCIONAL
República democrática
Liberdade de alguns Não aceita a forma não-racional
de democracia
“Governo de todos”
Sistema que pressupõe “disputa”
Democracia é abstração
Seria positiva para pequenos
Estados
Opinião de muitos
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DESENHO INSTITUCIONAL
República aristocrática
“Governo de poucos” Não há liberdade
DESENHO INSTITUCIONAL
Monarquia
Forma de governo mais Unidade
adequada ao seu tempo
Autonomia
Monarquia constitucional
Universalidade
Liberdade de todos
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DESENHO INSTITUCIONAL
Poderes estatais
Separação traz disputa
Reunião assegura unicidade Poderes do Estado
Distribuição das funções ◦ Executivo
Todos em nome do Estado • Poder do Príncipe
“As diferentes funções e • Poder Governativo
atividades do Estado pertencem- OBS.: Jurisdição
lhe como momentos essenciais e
são inerentes às universais e ◦ Legislativo
objetivas [...] As funções e os
poderes do Estado, não podem,
pois, constituir uma propriedade
privada ” (§ 277).
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DESENHO INSTITUCIONAL
DESENHO INSTITUCIONAL
DESENHO INSTITUCIONAL
Legislativo
Cria direitos e deveres, a partir da Assembleias de ordem – trazer o
lei interesse geral
Estabelece o universal Sistema bicameral
Deve-se dar publicidade às leis ◦ Câmara alta – hereditariamente
afortunados
Povo – não possui profundo ◦ Câmara baixa – deputados da
conhecimento sociedade civil
Altos funcionários do Estado – Só voz consultiva
possuem profundo conhecimento e
mais aptidões Ligado ao soberano
Monarca tem decisão suprema
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
“No duro combate destes impérios – separados por diferenças que atingem aqui
a sua absoluta oposição e no entanto se encontram radicados na unidade de
uma mesma ideia – o elemento espiritual degradou a existência do seu céu ao
nível de uma presença terrestre e de uma laicidade comum na realidade e na
representação. Em troca, o elemento temporal elevou a sua existência, para si
abstrata, ao pensamento e ao princípio do ser racional, a racionalidade do direito
e da lei. Desapareceu a oposição como uma figura mal esboçada; o presente
suprimiu a sua barbárie e seu injusto alvedrio bem como a verdade o seu além e
a contingência de seu poder; assim se tornou objetiva a reconciliação que, em
imagens e em realidade da razão, desenvolve o Estado. Nele, por uma evolução
orgânica, adquire a consciência de si a realidade em ato do seu saber e da sua
vontade substancial, como na religião encontra o sentimento e a representação
daquela verdade que é sua, sua essência ideal, e na ciência obtém o
conhecimento livremente concebido dessa verdade como idêntica em suas três
manifestações complementares: o Estado, a natureza e o mundo ideal ” (§ 360).
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Referências
BOBBIO, Norberto. Estudos sobre Hegel: Direito, Sociedade Civil e Estado. 2. ed. São
Paulo: UNESP, 1991.
BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. Brasília: UNB, 1980.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich F. Princípios da Filosofia do Direito. São Paulo: Martins
Fontes, 1997.
TROTTA, Wellington. O pensamento político de Hegel à luz de sua Filosofia do Direito.
Revista Sociologia Política, Curitiba, v. 17, n. 32, p. 9-31, fev. 2009.
Seminário de Teoria Política I – Princípios da Filosofia do Direito - Hegel
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