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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

INSTITUTO DE CULTURA E ARTE - ICA


COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
PLANEJAMENTO GRÁFICO

MARCELA DE CASTRO TOSI

PROJETO GRÁFICO E EDITORIAL DA REVISTA


FLOR DO MANDACARU Nº2

Fortaleza - CE
Junho/2018
SUMÁRIO

1 Introdução 2

2 A Revista Flor Do Mandacaru nº 2 - Projeto Editorial 3

2.1 Visão geral 3

2.2 Conceito 3

2.2.1 Missão 4

2.2.2 Título 5

2.2.3 Fórmula editorial 5

3 A Revista Flor Do Mandacaru nº 2 - Projeto Gráfico 7

3.1 Formato 8

3.2 Grade e layout 8

3.3 Tipografia 9

3.3.1 Aplicação da tipografia 9

3.4 Paleta de cores 12

3.5 Capa 13

3.5.1 Logotipo 13

3.6 Iconografia 13

Referências 15
1 Introdução

A revista Flor do Mandacaru nº2 é o projeto final da disciplina Planejamento


Gráfico, ministrada pelo Professor Luís Sérgio Santos, do Curso de Comunicação Social –
Jornalismo da Universidade Federal do Ceará.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o projeto gráfico e editorial do


referido produto, criado e desenvolvido por Marcela de castro Tosi. Em um primeiro
momento, apresentamos o projeto editorial da revista, que compreende desde seu
conceito e missão até seu público alvo e tiragem. Em seguida apresentamos o projeto
gráfico, descrevendo tanto as especificações gerais de formato, paleta de cores e
tipografia quanto o conceito de seu logotipo e de sua capa.

Observação: No presente trabalho, alguns dados apresentados como projeções e


expectativas, como as de público leitor e tiragem, são informações fictícias.
2 A Revista Flor Do Mandacaru nº 2 - Projeto Editorial

2.1 Visão geral

Nos últimos anos, a luta feminista ganhou renovada força e repercussão no que
tem sido conhecido como Primavera Feminista, nesse cenário a atuação das mulheres
jovens tem sido predominante e central seja nas ocupações de escolas e universidades,
nos protestos, nas ações extra-institucionais e que pressionam os poderes nacionais e
internacionais. Em 2018, o Instituto Vladimir Herzog promoveu o 9º Prêmio Jovem
Jornalista Fernando Pacheco Jordão com o tema “Sob a ponta do iceberg: revelando a
violência contra as mulheres que ninguém vê”. Beatriz Rabelo, Dominick Maia e Marcela
Tosi, sob a supervisão de Naiana Rodrigues, aceitaram o desafio de criar um produto
jornalístico com traços regionais e concorrer nacionalmente ao Prêmio. Surgiu ​Flor do
Mandacaru.
Tendo seu primeiro número premiado, a revista ganha reformulações no segundo
volume sem, entretanto, perder a essência. ​Flor do Mandacuru permanece uma
publicação feita por muitas mãos e olhares acerca dos temas que permeiam o cotidiano
das mulher jovens na contemporaneidade. O resultado é um produto jornalístico que
foge do fazer rotineiro convencional, pautado no individualismo das funções, e se
esquiva da agenda comum de temas midiáticos.
A publicação ganha agora diretrizes editoriais e gráficas mais bem definidas, que
trazem fôlego para um projeto com ambições maiores que um prêmio anual ou uma
disciplina acadêmica.

2.2 Conceito

Segundo Ali (2009), o conceito é a razão de ser de uma revista e, portanto, sua
definição é crucial no desenvolvimento de um projeto editorial. Os principais
componentes do conceito editorial são a missão, o título e a fórmula (ou modelo de
montagem) da publicação. Estes elementos seguem descritos a seguir.
2.2.1 Missão

Objetivo, filosofia editorial ou ainda missão. Trata-se do fio condutor de uma


publicação ao longo de sua existência. De acordo com Ali (2009, p. 247), “a missão clara
evita correções e mudanças de rumo que, em geral, custam tempo, dinheiro e desgaste
das pessoas envolvidas”. É o que pretendemos ao evidenciar abaixo as diretrizes da
publicação.

● Objetivo
Proporcionar uma profundidade e amplitude de análise, propiciando o
engajamento de pessoas que já têm oferta de publicações com temas,
geralmente, femininos e de entretenimento. Pretendemos assim oferecer um
material com outros enfoques temáticos e usar o jornalismo como forma de
promover conscientização e mobilização feminista. Buscamos informar sobre
os temas de debate feminista e de lutas contras opressões, interpretar os fatos
contemporâneos, entreter o público ao mesmo tempo em que defendemos os
ideais de um mundo igualitário.

● Público leitor
Uma pesquisa preliminar realizada com o objetivo de reconhecer um público
leitor protótipo nos levou aos seguintes números. Do total de leitoras e
leitores, estima-se que 75% sejam público feminino, enquanto 25%, masculino.
Considerando faixas etárias foi encontrado um público predominantemente
jovem - 12,3% estão entre 10 e 14 anos, 28,8% vão dos 15 aos 19 anos e
27,4%, dos 20 aos 29 anos - havendo também boa presença de um público
mais maduro - 11% de 30 a 39 anos, 10,7% de 40 a 49 anos e 9,8% com 50
anos ou mais. Finalmente, segundo classes econômicas o público leitor
protótipo esperado se divide da seguinte forma: 4,9% pertencendo à classe A,
46,5% à classe B, 43,6% à classe C e, finalmente, 5% às classes D/E .

● Conteúdo
Todos os meses, a ​Flor do Mandacaru trará o melhor conteúdo para suas
leitoras e leitores, com as opiniões da diversidade de mulheres que somos para
a diversidade de sociedade que desejamos ser. Além disso, vem com grandes
matérias sobre sexualidade, carreira, moda, corpo, saúde e tudo o mais que
interessa às jovens mulheres contemporâneas. Sempre a partir dos olhares do
feminismo e das discussões racismo, LGBTfobias, gordofobia e outras formas
sociais de repressão daquilo que simplesmente se é.

2.2.2 Título

Flor símbolo de resistência do sertão nordestino. O mandacaru é uma cactácea


adaptada a viver em ambiente de clima seco, com quantidades de água reduzidas, suas
folhas se transformaram em espinhos - seus elementos de defesa. O nascimento de suas
flores - brancas em meio à noite - simboliza o fim da seca; como cantava Luiz Gonzaga:
“mandacaru quando ‘fulora’ na seca é o sinal que a chuva chega no sertão". O
mandacaru é, assim, como muitas mulheres: fortes e resistentes. ​Flor do Mandacaru veio
como vontade de prenunciar o fim de períodos de de dura resistência necessária para as
mulheres em nossa sociedade e “seca” de direitos e equidade de condições de vida.

2.2.3 Fórmula editorial

● Número de páginas
Tratando-se de uma publicação mensal, a ​Flor do mandacaru conta com 48
páginas impressas em papel couchê A 90g/m​2 e com acabamento em lombada
quadrada.

● Seções: A revista Flor do Mandacaru será por composta por X sessões fixas e Y
que poderão estar ou não presentes na edição. Algumas terão nome fixo,
enquanto outras terão variação em seu título a depender do conteúdo. A seguir
são apresentadas as seções e suas características.
○ Expediente:​ aqui apresentamos que faz a Flor do Mandacaru.
○ Editorial: as boas-vindas à edição divide a página com o Expediente. É no
Editorial que será apresentado o tema da edição bem como são colocados
brevemente os assuntos das demais seções.
○ Sumário: logo após ao Editorial, o Sumário é o guia que levará nossas
leitoras e leitores pelo conteúdo selecionado para a edição.
○ Bate-papo: aqui entrevistamos, em clima de conversa e descontração,
pessoas que se destacam em áreas relacionadas ao tema do mês.
○ Mulheres na cena: traz perfis de mulheres brasileiras que fizeram
histórias, mas foram esquecidas ou negligenciadas nos livros de História.
○ Matérias: em número variável de matérias por edição, nossas repórteres
vão a campo e trazendo visões feministas sobre assuntos da
contemporaneidade ligados à temática principal da edição.
○ Reportagem especial: aqui mergulhamos no tema principal do mês.
Matéria de mais tempo e fôlego, a reportagem especial frequentemente
será trabalho conjunto de nossas repórteres.
○ Sua voz: a Flor do Mandacaru é feita não só pela equipe no expediente,
mas também por quem nos acompanha e lê. Sua voz é a seção colaborativa
da publicação, na qual traremos artigos de opinião ou relatos de nossas
leitoras e leitores.
○ Fazendo arte: páginas dedicadas às mulheres artistas. Intercalada entre
as demais seções, Fazendo arte é nossa galeria de exposição das diversas
expressões artísticas feitas por mulheres.
○ Em imagens: nosso espaço ensaio fotográfico, podendo ser editorial ou
fotojornalístico, o Em imagens trará sempre o trabalho de fotógrafas que
com seus olhares e suas câmeras nos levam para além do que olhamos no
dia-a-dia de tempos corridos. Aqui é momento de parar e enxergar além.
○ Até mais: destinada ao entretenimento que faz pensar, como um abraço
que levamos conosco, nossa última seção é também a mais imprevisível.
Aqui você poderá encontrar de histórias em quadrinhos a poemas, de
crônicas a cruzadinhas, de indicações livros, filmes ou músicas a
informações sobre nossos direitos. Um acabamos por aqui com vontade de
quero mais.
● Espelho

As páginas e seções da revista seguirão sempre a seguinte quantidade de páginas


dedicadas a cada seção e estarão na ordem que se segue:
3 A Revista Flor Do Mandacaru nº 2 - Projeto Gráfico

3.1 Formato

Tamanho: 205 x 265 mm

Orientação: Vertical

Sangria: 3 mm (Superior, inferior, interna e externa)

Margens: margem superior de 15 mm, inferior de 30 mm, interna de 15 mm e externa


de 20 mm.

Utilizou-se medianiz padrão de 4,23 mm.

3.2 Grade e layout

Um layout organiza os principais componentes de uma página, posiciona texto e


imagens de forma que comuniquem a mensagem com eficácia ao leitor. A capacidade de
comunicação de um design é influenciada pela posição do texto e das imagens em
relação a outros elementos, como o ponto focal da página, o alinhamento do texto e a
maneira como o espaço em branco é tratado.
Nesta publicação optamos pelo uso de margens mais largas e uma constante
presença de espaços em branco. Trata-se de um recurso que emoldura os conteúdos de
forma a atrair o olhar da leitora ao mesmo tempo em que proporciona espaços de
descanso para o olhar. Tal decisão também está intimamente ligada ao público
pretendido: desejamos que a leitora interaja com a revista e os espaços em branco
podem se tornar locais para anotações.
Já um grid é um modo de dispor e relacionar os elementos de um design a fim de
facilitar e auxiliar a tomada de decisões. Deve guiar sem limitar a disposição dos
elementos promovendo a coerência de um projeto, o uso eficiente do tempo, o foco em
soluções bem sucedidas e a tomada de decisões consistentes.
A revista Flor do Mandacaru nº 2 está organizada em um grid de colunas que
varia entre uma e três a depender da seção da revista. As seções Bate-papo e Mulheres
em cena são dispostas em duas colunas. Já as matérias e a reportagem especial bem
como a seção Sua voz estarão sempre em três colunas. Finalmente, as páginas dedicadas
às expressões artísticas e às fotografias (Fazendo arte, Em imagens e Até breve!) não
possuem grade fixa.

3.3 Tipografia

Segundo Gruszynski (2007), todo o design lida com um problema


comunicacional, pois ele se dirige a alguém que deve compreender seu trabalho. O
designer necessariamente dialoga com um outro sujeito quando produz, seja ele
considerado como público-alvo ou leitor modelo. Elementos como a pontuação, o itálico,
as margens e outros não podem ser considerados acessórios, pois sem eles não há
escrita ou tipografia.
A construção de sentido pela leitura está em contínuo movimento e se sustenta
em hipóteses sugeridas pelo texto e pelo contexto. O texto do autor e a organização
visual proposta pelo designer levam em consideração quem lê e a pretensa situação de
recepção. Assim, o designer não é apenas um profissional neutro a ordenar a forma de
levar ao público amplo o texto de um autor. A escolha dos tipos, a organização dos
elementos na página, a relação do texto com as ilustrações são índices que geram as
hipóteses de sentido construídas pelo leitor.
Há quem diga que uma publicação ideal contém três famílias tipográficas que
constituem todo material escrito. Em Flor do Mandacaru nº 2, optamos por três famílias
tipográficas centrais (Simplifica, Pangram e Cambria) e uma quarta fonte tipográfica
(Ink free) foi utilizada para detalhes. Cada uma das tipografias e seus usos são descritos
a seguir.

3.3.1 Aplicação da tipografia

Simplifica​: trata-se de uma tipografia sem serifa ligeiramente condensada que se


caracteriza por uma largura de linha uniforme e fina. Sua altura e ascendentes elevadas
favorecem a legibilidade. Por essas razões, foi adotada como uma das principais fontes
tipográficas da publicação. Sua versão Regular está nos fólios, abres de matérias, ícones
de seções, informações da edição da revista e abres das chamadas de capa.

Simplifica Bold​: esta variação foi adotada na logo da revista e em todos os títulos
de matérias e/ou seções da publicação.

Pangram Regular​: esta tipografia sem serifas de detalhes geométricos é adotada


em diversos momentos na revista Flor do Mandacaru. Sua versão Regular está presente
nos olhos das matérias, nos abres dos itens no índice (denominado na publicação como
Nesta edição) e nas legendas de fotos.
Pangram Light: a variação mais leve da família tipográfica Pangram adotada
nesta publicação se faz presente nas indicações de autoria das matérias e nos textos
explicativos das artes exibidas na seção Fazendo arte.

Pangram Bold​: essa variação da família tipográfica Pangram está presente nos
intertítulos, bem como nos títulos das chamadas de capa e nos títulos dos itens no índice
(denominado na publicação como Nesta edição).

Cambria Regular​: é a tipografia utilizada em todo corpo de texto da revista.


Trata-se de uma fonte tipográfica serifada encomendada pela Microsoft e projetada, em
2004, pelo designer holandês Jelle Bosma com contribuições de Steve Matteson e Robin
Nicholas. Uma das características que definem a fonte é o seu contraste entre serifas e
fios verticais pesados ​- que mantêm a fonte robusta e garantem que o design seja
preservado em tamanhos pequenos - e horizontais relativamente finas, que garantem
que o tipo de letra permaneça nítido quando usado em tamanhos maiores
Suas versões Italic e Bold são utilizadas quando se faz necessário destacar alguma
palavra ou bloco de texto:

Ink Free Regular​: utilizada somente em alguns detalhes da publicação, essa


tipografia script foi escolhida por se assemelhar à escrita de uma caneta esferográfica
(criando a sensação de que tais detalhes são anotações feitas por quem leu a revista) e
por guardar semelhanças com as fontes não serifadas tão presentes na Flor do
Mandacaru.

3.4 Paleta de cores

As cores utilizadas na revista Flor do Mandacaru são predominantemente tons de roxo


e violeta, uma vez que essa é a cor símbolo dos movimentos feministas. Utiliza-se ainda
outros dois tons que fazem complemento e contraste com os primeiros. Cada tom é
característico de uma seção, de forma a se criar uma
3.5 Capa

As capas da Flor do Mandacaru seguirão um layout de fácil replicação: uma


ilustração de fundo com temática relacionada ao assunto do mês e uma coluna vertical
localizada na extremidade esquerda contendo sempre a logo da revista no topo, seguida
por duas chamadas separadas por linhas de 0,25 mm de espessura. Ao final, consta texto
na horizontal indicando a data de publicação , o número da edição e o ano.

Deverá ser impressa em papel couchê A 150 g/m².

3.5.1 Logotipo

O logotipo da revista foi desenhado utilizando a tipografia Simplifica Bold e a


ferramenta de traços no Illustrator. Sua forma permanece a mesma em todas as edições,
podendo variar as cores em que se apresenta - utilizando-se sempre os tons presentes na paleta
de cores.

3.6 Iconografia

● Indicativos das seções

Na revista, as seções são indicadas tanto por seus tons cromáticos característicos
quanto pelos ícones que designam cada uma delas. Tais ícones foram construídos pela
circunscrição do nome de cada seção, escrito na tipografia Simplifica Regular, a um retângulo
de linha com espessura 0,5 mm. As cores dos ícones respeitam aquelas que designam cada
uma das seções.

● Pontos de entrada no texto e marcações de final

Importantes para direcionar o olhar de quem lê e indicar o sentido de leitura de


um texto, adotamos em Flor do Mandacaru a inclusão de pontos de entrada de texto.
Tais pontos são estabelecidos por capitulares equivalente a três linhas do corpo do texto
as quais estão alinhadas a este e coloridas pelos tons cromáticos que designam a seção a
que fazem parte.

Apresentamos aqui as características editoriais e gráficas da revista Flor do


Mandacaru nº2 com o intuito de que este projeto seja guia balizador das próximas
edições da publicação de forma a facilitar sua produção, bem como para criar uma
identidade visual com a qual o público leitor se identifique.
Referências

● Referências bibliográficas

ALI, Fatima. ​A arte de editar revistas​. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

AMBROSE, G; HARRIS, P..​ Layout​. Porto Alegre: Bookman, 2009.

GRUSZYNSKI, A. C.. ​A imagem da palavra​. Teresópolis. Rio de Janeiro: Novas Ideias,


2007.

● Referências editoriais

Revista AzMina​. Disponível em <http://azmina.com.br/>

Revista Capitolina​. Disponível em <http://www.revistacapitolina.com.br/>

● Referências gráficas

Revista Bravo!​. Publicação da Editora Abril, descontinuada em 2013.

Revista Flor do Mandacaru​. Disponível em


<https://pt.calameo.com/books/005359561dc7d5bc44fc7>

Revista Vós​. Disponível em <https://www.somosvos.com.br/revista-vos/>

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