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Modelo de crescimento
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Para uma compreensão bem sucedida dos desafios de planejamento de um projeto de data center é
Introdução necessário a estrutura de um processo bem definido, pessoas com experiência para tomar as
decisões e avaliar alternativas, e a assistência de ferramentas para organizar as informações ou
fazer os cálculos. O Modelo de Crescimento é uma ferramenta para isto, fornecendo estrutura e
terminologia para a análise das necessidades futuras de energia elétrica para a TI. O modelo de
crescimento descrito neste relatório é um componente essencial do processo de planejamento de
data centers, descrito no Relatório APC No. 142, Projetos de data centers: Planejamento do sistema.
Recursos relacionados
Relatório oficial APC
No. 142 Este modelo de crescimento fornece uma estrutura padronizada para expressar e desenvolver um
conhecimento compartilhado das necessidades de energia elétrica da instalação de TI que está
Projetos de data sendo planejada. Isso inclui uma descrição das necessidades de energia elétrica para as cargas de
centers: TI – o perfil da carga da T I– e a capacidade de potência a ser fornecida pela infraestrutura física –
Planejamento o plano da capacidade do sistema. O perfil da carga da TI é um dos elementos de planejamento
do sistema fundamentais necessários e é decidido nos estágios iniciais do projeto de um data center. Nas
discussões preliminares do planejamento, o termo não-técnico para “perfil da carga da TI” é o plano
de crescimento, que é um dos três parâmetros da TI no modelo do processo que fornece dados
essenciais de entrada para projetar os sistemas de energia elétrica e de resfriamento.
Parâmetro da TI Descrição
Tabela 1 Uma meta para a disponibilidade e confiabilidade do data center,
O plano do crescimento consistente com a missão da empresa.
é um dos três Criticidade Para saber rmais sobre criticidade e como os níveis de criticidade são definidos
parâmetros da TI que para data centers, veja o Relatório APC 122, Diretrizes para a especificação da
fornece uma entrada criticidade de Data Centers/níveis de camadas
fundamental para o
O desenvolvimento final e completo da carga de TI, em kW. (Esse
planejamento de data número se tornará o parâmetro do “valor final máximo” do perfil da
center s Capacidade
1
carga da TI.)
Para saber mais sobre como esses parâmetros da TI são utilizados no processo de planejamento,
leia o Relatório APC No. 142, Projetos de data centers: Planejamento do sistema (link na seção
Recursos).
As discussões preliminares de planejamento que focam esses três elementos de uma forma
estruturada e organizada podem proporcionar de forma rápida e eficiente uma orientação claramente
definida para o restante do processo de planejamento. A criticidade e a capacidade são abordadas
no Relatório APC mencionado acima. Este relatório apresenta o terceiro elemento, o plano de
crescimento. O plano de crescimento apresenta a carga de TI esperada, como um perfil da carga de
TI com quatro parâmetros. A partir desse perfil de carga, um plano da capacidade do sistema é
desenvolvido para alimentar a carga da TI ao longo da vida operacional do data center. Este relatório
apresenta um modelo e uma terminologia comum para descrever o perfil da carga de TI e o plano da
capacidade do sistema, e também uma metodologia para desenvolver o plano da capacidade do
sistema.
Parâmetro da TI
Um modelo de crescimento simples para o planejamento da capacidade
A maioria dos planos de data centers é vaga porque são incapazes de compreender a natureza dos
desenvolvimentos técnicos dos equipamentos de TI, sempre em constante evolução. Além disso, é
difícil conhecer previamente as próprias necessidades empresariais que impulsionam o projeto de
data centers e/ou suas necessidades comerciais.
Quanto mais longa for a projeção de uma carga de TI no futuro, menor será a confiança nessa
projeção. Qualquer modelo de requisitos de capacidade prospectiva precisa de informações
referentes à qualidade (grau de certeza) das projeções.
Uma abordagem para o problema da incerteza é conter a projeção, definindo valores máximo e
mínimo, que podem ser previstos de forma razoável ao longo da vida operacional do data center.
Essa é a abordagem utilizada pelo modelo de crescimento descrito neste relatório. O conceito da
carga final mínima e máxima está demonstrado na Figura 1. A vida operacional de um data center é
definida, em geral, como uma duração de dez anos.
Figura 1
Carga final MÍNIMA e
MÁXIMA estimada para o
modelo
Assim que as estimativas de carga máxima e mínima são estabelecidas, a adição da carga INICIAL
e do tempo de CRESCIMENTO completa a projeção do crescimento da carga de TI (Figura 2).
Figura 2
Carga INICIAL e tempo de
CRESCIMENTO
Esses dados do modelo, que descrevem a carga de TI projetada ao longo da vida operacional do
data center são determinados bem no início, no processo de planejamento. O elemento final do
modelo de crescimento é o Plano da capacidade do sistema, que é a implantação planejada da
infraestrutura de energia elétrica e de resfriamento para atender a carga de energia elétrica projetada
para a TI (Figura 3). O plano da capacidade do sistema é determinado posteriormente no processo
de planejamento, depois que os detalhes da arquitetura do sistema e do espaço físico forem
conhecidos.
Figura 3
Porção do plano da
capacidade do sistema,
do modelo de
crescimento
Embora esse modelo possa parecer ilusoriamente simples e auto-explicativo, ele é capaz de
representar conceitos complexos que, em geral, são comunicados de forma incorreta entre os
participantes de um projeto de data center. O modelo completo, mostrado na Figura 4 pode ser
descrito por seis parâmetros.
Figura 4
Modelo de crescimento
completo
Perfil de carga da TI
1 Carga final MÀXIMA Marga máxima esperada para a TI
3 Carga INICIAL
Carga da TI da instalação inicial
4 Tempo de crescimento O tempo que leva para ir da carga
inicial até a carga final
Tamanho do passo incremental do
Plano da capacidade
O modelo mostrado na Figura 4 apresenta uma carga final máxima e mínima prevista, porém não
há uma previsão explícita da carga real final. Qualquer afirmativa da carga real final é, na maioria das
vezes, uma estimativa. A carga real final de uma instalação específica dependerá normalmente de
diversas variáveis, algumas das quais não podem ser previstas – nem mesmo conhecidas - pelos
projetistas.
Um método de planejamento mais útil, este incorporado no modelo de crescimento, visa identificar os
limites superior e inferior da carga final, que normalmente pode ser feito com um alto grau de
confiança e consenso do que apenas um único nível de carga previsto. Os usuários em geral "olham"
a planilha de planejamento com uma idéia firme sobre o que deve ser presumido para a carga
máxima, porque a carga máxima possível tem sido historicamente o valor “seguro” para se utilizar ao
projetar o desenvolvimento inicial completo do sistema, e os projetistas estão acostumados a
raciocinar nesses termos. A necessidade adicional de um parâmetro que represente a carga prevista
mínima pode parecer supérflua em princípio, porém é o fator chave para se obter os benefícios
significativos de custo deste modelo de crescimento, conforme descrito mais adiante.
Este modelo de crescimento proporciona uma terminologia e estrutura comum para acomodar o
entendimento do usuário sobre as necessidades da carga de TI e o plano do projetista da
infraestrutura física para um sistema com capacidade de energia elétrica e de resfriamento suficiente
para atender as necessidades desta carga. Um segue o outro. A primeira parte do modelo de
crescimento – o perfil da carga da TI – é fornecida pelo usuário como dado de entrada do processo
de planejamento.
1. Primeiro, desenvolver o perfil da carga da TI. O perfil da carga da TI, composto dos
parâmetros 1 a 4 do modelo, é criado logo no início, no processo de planejamento, baseado no
entendimento das necessidades comerciais da organização. Em alguns casos, pode ser necessária
uma consultoria especializada com uma pessoa familiarizada com os negócios e questões gerais de
TI da organização, ou referência a perfis padrão que descrevem os parâmetros de crescimento da TI
de organizações similares. O ponto-chave nessa etapa é que os participantes do processo de
planejamento desenvolvam uma visão compartilhada da carga de TI projetada.
Figura 5
Diferenciação entre o
“perfil da carga da TI” e o
“plano da capacidade do
sistema
E o sistema de resfriamento?
As etapas do crescimento gradual do sistema de resfriamento podem ser diferentes das etapas do
crescimento gradual do sistema elétrico, dependendo da escalabilidade do equipamento
selecionado e da arquitetura de configuração do sistema.
O primeiro passo é estabelecer uma projeção da carga elétrica da TI. Esta é a melhor estimativa da
Os seis carga de TI esperada durante o tempo de vida da instalação. Como pode ser difícil entender ou
quantificar a incerteza das necessidades da TI no futuro, esse modelo de crescimento simplifica a
parâmetros do análise, exigindo apenas uma carga final máxima e uma carga final mínima, pois as duas podem ser
estabelecidas normalmente com mais confiança do que apenas uma única carga desejada. A Figura
modelo de 6 destaca esses dois parâmetros no modelo de crescimento.
crescimento Carga final MÁXIMA - é a carga mais elevada que pode ser razoavelmente prevista, considerando o
plano de negócios e todas as oportunidades em potencial que o usuário possa vislumbrar. Alguns
usuários podem desejar “engordar” um pouco essa estimativa para se proteger contra consequências
sérias de se atingir um limite final de expansão, em relação a elementos não escaláveis, como por
exemplo, o tamanho da sala ou as instalações do ponto de entrada da energia elétrica (que serão
dimensionados para trabalhar com a carga final MÁXIMA). É importante observar que na maioria
dos casos esse valor máximo nunca será atingido - historicamente a grande maioria das instalações
chega bem abaixo de sua projeção original de carga máxima. Nesse modelo, o plano de crescimento
gradual (os parâmetros tempo de crescimento e número das etapas) permite reduzir ou
interromper o desenvolvimento e a implantação gradual à medida que o futuro fica mais claro, e a
incerteza se torna em certeza. (O funcionamento e os benefícios de uma implantação gradual são
analisados mais adiante neste relatório, na seção: “O valor de uma implantação gradual”)
Carga final MÍNIMA – a menor carga final que pode ser razoavelmente prevista, considerando os
riscos comerciais conhecidos e as mudanças em potencial no mercado. Esse parâmetro será
utilizado mais adiante para estabelecer a capacidade inicial do sistema e o plano de escalonamento
(consulte a seção: Determinação do plano da capacidade do sistema). Ele também exerce um
papel fundamental na análise do TCO (custo total de propriedade), descrito mais adiante neste
relatório.
Figura 6
Parâmetros de carga final
MÁXIMA e carga final
MÍNIMA do modelo de
crescimento
Esses dois parâmetros proporcionam uma inteligência significativa para o projeto do plano da
capacidade do sistema, afetando tanto os elementos escaláveis como os não escaláveis do
sistema, conforme descrito na seção: “Determinação do plano da capacidade do sistema”.
Figura 7
Parâmetro carga INICIAL do
modelo de crescimento
A carga INICIAL (Figura 7) é a carga da TI que precisa ser alimentada no momento em que o
sistema é instalado inicialmente. Como ele está diretamente relacionado às condições comerciais
atuais, ele é bem mais fácil de determinar que os extremos prospectivos de máximo e mínimo dos
parâmetros No. 1 e No. 2. A carga INICIAL será normalmente menor que a carga final MÁXIMA ou
a carga final MÍNIMA, embora em alguns casos ela possa ser maior que a carga final MÍNIMA, se
ocorrer a possibilidade de redução da carga de TI.
O tempo de crescimento é o tempo projetado entre a carga inicial na instalação e a carga final.
Figura 8
Parâmetro TEMPO DE
CRESCIMENTO do modelo
de crescimento
O tamanho do passo é um atributo do plano da capacidade do sistema, não do perfil da carga de TI.
Ele é determinado mais tarde na sequência de planejamento, levando em conta a escalabilidade da
arquitetura do sistema selecionado (o projeto de referência, descrito mais adiante), o planejamento
do piso (o layout das fileiras na sala), e uma avaliação da incerteza do crescimento e os benefícios
em potencial para o TCO, de uma implantação gradual.
Figura 9
Parâmetro TAMANHO
DA ETAPA do modelo
de crescimento
Figura 10
Parâmetro MARGEM do
modelo de crescimento
Embora esses conceitos sejam familiares em diversas situações na vida cotidiana, uma arquitetura
antiga não escalável para a energia elétrica e o resfriamento de data centers ditou por décadas o
desenvolvimento inicial de toda a instalação. Entretanto, desenvolvimentos recentes em arquitetura
escalável e modular para o sistema permitem agora que os projetistas aproveitem os benefícios
significativos de uma implantação incremental. Sempre haverá elementos da infraestrutura que não
poderão crescer de forma gradual, e precisarão ser instalados em sua capacidade plena desde o
início do projeto. Veja na Figura 11 uma ilustração dos elementos escaláveis contra os não
escaláveis.
· Os Data centers raramente crescem até atingir seu tamanho máximo esperado. Pesquisas têm
mostrado que a maioria dos data centers acaba com uma carga bem menor que a carga máxima,
projetada durante o planejamento. Uma implantação gradual minimiza o risco de instalar uma
capacidade que nunca será utilizada. Para a maioria dos data centers, esse é o maior benefício de
uma implantação gradual,
A Figura 11 ilustra o processo de implantação gradual. Observe que uma incerteza maior determina
mais passos na fase incremental, proporciona pontos adicionais de tomada de decisão para
reavaliação e ajuste do plano.
Figura 11
Uma
implantação
gradual
proporciona
pontos de
reavaliação
antes do
crescimento
completo
Se a carga da TI nunca atingir o nível projetado, o sistema estará superdimensionado durante toda a
sua vida operacional (Figura 12b). A maioria dos data centers nunca atinge a sua capacidade total
projetada – de fato, um data center típico opera abaixo da metade de sua capacidade.
Figura 12
a. (Esquerda)
Capacidade
desperdiçada durante o
tempo de crescimento
até a carga completa
b. (direita)
Capacidade
desperdiçada ao longo
da vida operacional do
data center, se a carga
da TI não atingir o nível
projetado.
A nova maneira: reduzir desperdícios com um plano de implantação gradual
Figura 13
a. (esquerda)
Desperdício reduzido
durante o período de
crescimento, casando a
capacidade mais
próxima da carga
b. (direita)
Desperdício reduzido ao
longo da vida
operacional do data
center, interrompendo o
crescimento da
capacidade para
corresponder a uma
carga real mais baixa Elementos escaláveis x não escaláveis
· Os elementos não escaláveis são instalados, no início do empreendimento, para suportar a carga
máxima esperada durante a vida operacional do data center (parâmetro carga final MÁXIMA ).
Exemplos de elementos não escaláveis são o tamanho físico da sala, a capacidade do ponto de
entrada de alimentação elétrica, e o ar condicionado pré-existente para a sala. Ter que enfrentar
estas restrições físicas da capacidade pode ser uma interrupção significativa em termos de tempo,
disponibilidade e custos, sendo isso algo que deve ser evitado a qualquer custo.
· Os elementos escaláveis são instalados logo no início do empreendimento, para uma carga
abaixo da carga máxima (suficiente para atender a carga INICIAL por um determinado período), em
seguida ela é aumentada ao longo do tempo de acordo com as etapas da fase escalonada.
Exemplos de elementos escaláveis são os racks, a proteção e a distribuição da energia elétrica
baseada em racks e os equipamentos de resfriamento baseados em racks.
Figura 14
Implantação de
elementos escaláveis e
não escaláveis do plano
de capacidade
O parâmetro carga final MÍNIMA é o fator chave para agregar inteligência ao modelo, em relação à
incerteza da carga futuro da TI.
O parâmetro carga final MÁXIMA é uma maneira simples, com décadas de existência, para lidar
com a incerteza de prever a carga futura da TI. Como a capacidade de energia elétrica e de
resfriamento precisa acomodar qualquer carga de TI que possa ocorrer no futuro, a técnica
tradicional tem sido escolher um valor máximo generoso (bem grande...) e, em seguida executar a
construção completa da instalação – utilizando esse valor – desde o início nesse nível, para ficar
seguro. Isso funciona, porém ocorre o desperdício pelas duas razões ilustradas acima nas figuras 12
e 13: (1) capacidade ociosa durante o período de crescimento e (2) capacidade ociosa ao longo da
vida operacional do data center se a carga de TI projetada nunca for atingida.
Sem incerteza. Se a carga final MÍNIMA for igual à carga final MÁXIMA – ou seja, nenhuma
incerteza quanto a carga final – então a única razão para as etapas seria a vantagem da
eficiência, se houver um tempo de crescimento significativo até atingir a carga final, para
alinhar a capacidade com a carga durante o período de crescimento. O número de etapas
será determinado contrabalançando o custo de uma interrupção (de instalar uma etapa)
contra o custo desperdiçado com o superdimensionamento das instalações durante o período
de crescimento.
Pouca incerteza. Se a carga final MÍNIMA for apenas um pouco menor que a carga final
MÁXIMA, a vantagem de um crescimento escalonado (quer para proporcionar pontos de
reavaliação ou para alinhar a capacidade com a carga) pode não ser suficiente para justificar a
interrupção causada pela implantação de uma etapa. Nesse caso, uma construção completa
desde o início poderia ser a melhor opção.
Grande incerteza. Se a carga final MÍNIMA for significativamente menor que a carga final
MÁXIMA, uma montagem inicial baixa e uma implantação gradual é justificada, em geral, com o
tamanho da etapa baseada nas considerações descritas na próxima seção: Fatores que
determinam o tamanho da etapa.
O tamanho da etapa de uma implantação escalonada é determinado por uma avaliação cuidadosa
das vantagens e desvantagens entre os diversos fatores:
Arquitetura do sistema. A arquitetura básica do projeto específico ditará o grau no qual o sistema
poderá crescer gradualmente – ou seja, qual o valor mínimo no qual o projeto pode ser dividido em
“blocos básicos.” Se houver uma biblioteca de projetos de referência disponíveis para utilizar como
modelo do projeto, cada um deve ter um atributo de “escalabilidade” que indique os tamanhos
possíveis das etapas.
Layout da sala. O layout da sala física normalmente irá sugerir uma subdivisão lógica das etapas de
implantação. As etapas serão baseadas normalmente em fileiras, e cada uma será composta de um
número de fileiras (com a energia e o resfriamento integrados por fileiras, sempre que possível). Se o
sistema precisar ser isolado fisicamente durante a instalação da próxima etapa, deve haver um local
evidente onde uma parede provisória possa ser construída e, nesse caso, o local dessa parede
definirá a divisão do espaço físico, e consequentemente o tamanho da etapa.
Incerteza quanto a carga da TI. Se o tamanho futuro da carga de TI for incerto (carga final MÍNIMA
significativamente abaixo da carga final MÁXIMA), as etapas de crescimento gradual podem
proporcionar pontos de paradas para reavaliação antes de assumir um compromisso em relação à
implantação adicional. Quando houver uma incerteza maior, etapas menores e mais frequentes
proporcionam mais oportunidades para ajustar o plano, com base nas condições do desenvolvimento
(veja a Figura 11). Em caso de extrema incerteza, esse recurso-solução da implantação em etapas
torna-se a principal consideração ao projetar o tamanho e a freqüência das etapas.
Incerteza quanto à vida operacional do data center. Se o próprio período de vida operacional do
data center for incerto – por exemplo, se houver um risco conhecido de que o data center precisará
ser parado ou fisicamente deslocado parcialmente durante sua vida operacional – o tamanho das
etapas graduais pode levar em conta esse risco, para reduzir o desperdício em potencial de
desmontar a capacidade reserva nunca utilizada. Se um evento dessa natureza se tornar iminente, o
crescimento escalonado pode ser interrompido.
de O modelo de crescimento tem uma função-chave na sequência das atividades que leva o
planejamento planejamento da infraestrutura física da fase conceitual para o detalhamento de projeto. Essa
sequência de planejamento está descrita no Relatório APC No. 142: Projetos de data centers:
do sistema Planejamento do sistema. A Figura 16 mostra o contexto do modelo de crescimento dentro da
sequência do planejamento do sistema.
Logo no início da sequência de planejamento o usuário fornece o perfil da carga de TI como uma
informação de entrada na sequência de planejamento. Mais adiante na sequência de planejamento o
plano da capacidade do sistema (incluindo as etapas graduais, se houver) é estabelecido com
base na arquitetura do projeto de referência selecionado e no layout da sala do usuário. (Observe
que um tipo de plano de crescimento gradual é justamente NÃO FAZER o crescimento gradual – e
sim implantar a construção máxima desde o início.) O tamanho e o tempo das etapas de crescimento
Recursos relacionados gradual são informações de saída da sequência de planejamento.
Relatório oficial APC A Figura 17 resume a transformação do modelo de crescimento a partir do perfil da carga da TI
No. 142 para o plano da capacidade do sistema. Toda essa atividade ocorre na sequência de
planejamento, junto com outras atividades de planejamento do projeto.
Projetos de data
centers: Planejamento
do sistema
Figura 16
Papel do
modelo de
crescimento
na sequência
de
planejamento
(para obter
mais
informações
sobre a
sequência de
planejament,
veja o
Relatório
APC No. 142
link na seção
de Recursos
Um projeto de referência adaptável pode crescer gradualmente para corresponder a uma faixa
de capacidades. Um projeto de referência menos adaptável estará voltado para uma
capacidade específica – embora ele tenha ampla capacidade para atender as cargas menores
de um crescimento até aquela capacidade, utilizá-lo dessa forma significa uma despesa
desperdiçada devido ao superdimensionamento.
Figura 17
Transformação
do perfil da carga
de TI no plano da
capacidade do
sistema
Figura 17
Transformação
do perfil da carga
de TI no plano da
capacidade do
sistema
Recurso relacionado
Relatório APC 144
Estabelecimento de
planos de piso para
Data Centers
O modelo de crescimento é uma ferramenta essencial para análise do custo total de propriedade
Uso do (TCO) a fim de comparar os planos de capacidade. A incerteza sobre a carga futura da TI pode ser
modelo de difícil de avaliar, mas ela é um fator crítico que precisa ser reconhecida e quantificada de alguma
forma para uma tomada de decisão bem informada acerca do custo dos planos alternativos. O
crescimento modelo de crescimento descrito neste relatório fornece uma maneira simples para incorporar a
incerteza nos cálculos TCO. Embora o modelo não possa representar a faixa verdadeira ou a idéia
nos cálculos da incerteza na projeção da carga futura da TI, ele pode fornecer uma medida simples da “carga
esperada”, que é útil para corrigir um erro grave, feito frequentemente na análise do TCO.
do TCO
(Custo total O erro é o seguinte: Uma reação comum dos projetistas em relação à dificuldade de representar a
incerteza no modelo é ignorá-la, e assumir a carga final MÁXIMA como o valor do desenvolvimento
de e expansão final para a análise do custo total de propriedade, o que pode mascarar muito os
benefícios estratégicos e financeiros consideráveis de um plano de implantação gradual.
propriedade
Observe a comparação mostrada na Figura 18, que ilustra esse tipo de erro. Os dois gráficos
representam o desenvolvimento e expansão para a carga final MÁXIMA, sendo que o Plano A
mostra uma montagem completa desde o início e o Plano o B mostra a implantação gradual para
essa expansão completa. Uma comparação do custo total de propriedade entre esses dois cenários
indica uma economia representada pela área sombreada, que é o montante de
superdimensionamento evitado pelo Plano B. Se houver uma incerteza quanto à carga final da TI (o
que praticamente sempre acontece), essa comparação subestima significativamente a vantagem
estratégica de uma implantação gradual.
Figura 18
Comparação de um
desenvolvimento inicial
completo contra um
gradual, presumindo
uma carga final
MÁXIMA
Plano A Plano B
Desenvolvimento completo desde o início Crescimento escalonado
O erro grave na análise do custo total de propriedade acima é a premissa de que as instalações
serão, com certeza, construídas no nível da carga final MÁXIMA. De fato, os data centers raramente
atingem a carga prevista pelo parâmetro carga final MÁXIMA, e muitos data centers encerram sua
vida operacional com uma carga abaixo da metade da carga máxima presumida.
Um método melhor é utilizar a carga final MÁXIMA e a carga final MÍNIMA para estimar a
incerteza. A análise do custo total de propriedade não é uma ciência exata – ela assume premissas
com base em cenários estatisticamente prováveis. É raramente possível prever com exatidão a carga
final de um data center.
Na maioria dos casos, nem a carga final MÍNIMA nem a carga final MÁXIMA será provavelmente a
carga real final. Na falta de um dado inteligente detalhado a respeito da probabilidade de qualquer
carga final específica, uma carga “prevista” razoável pode ser assumida como a média entre a carga
final MÁXIMA e a carga final MÍNIMA, conforme mostrado na Figura 19. Se os dados forem
compilados para muitos data centers que tenham esses mesmos parâmetros mínimo e máximo, a
média dos dois valores é um carga final mais provável e mais válida para a análise do TCO, do que
apenas os extremos de máximo ou mínimo.
Figura 19
Carga “prevista” calculada
como média entre a carga
final MÁXIMA e MÍNIMA
A Figura 20 mostra a comparação do custo total de propriedade do Plano A e do Plano B, desta vez
utilizando a técnica melhorada de computar uma carga “prevista” a partir da média entre os
parâmetros de carga final MÁXIMA e carga final MÍNIMA.
Figura 20
Comparação do
desenvolvimento
completo desde o inicio
contra uma implantação
gradual, presumindo
uma carga “prevista”
calculada
Plano A Plano B
Desenvolvimento completo desde o início Crescimento escalonado
Se houver incerteza, a análise da Figura 20 representa mais com precisão a vantagem significativa
de uma implantação gradual em relação ao desenvolvimento completo desde o início.
Quando o custo da energia era baixo, em geral, era uma questão de orgulho profissional e de estar
preparado para ter um data center com grande reserva de capacidade de energia elétrica e de
resfriamento para “administrar qualquer coisa.” Um desenvolvimento completo desde o início para
atender o parâmetro carga final MÁXIMA (como na Figura 20, Plano A) foi historicamente um
maneira a prova de falhas para atender essa meta. Mas hoje, com um fornecimento de energia
restringido e custos exorbitantes, uma capacidade ociosa excessiva se tornou financeira e
ecologicamente incoerente. Uma infraestrutura de energia elétrica e de resfriamento igualmente
eficaz, porém enxuta, está ser tornando o novo paradigma. A capacidade de fazer uma comparação
realística das estratégias de desenvolvimentos propostas é fundamental para a implantação de um
sistema utilizado de forma eficiente. A estimativa cuidadosa da carga de TI máxima e mínima
possível e, depois usar esses extremos para estimar uma carga estatisticamente “prevista”, é uma
maneira simples, porém eficaz, para fazer uma análise mais realista do custo total de propriedade de
projetos alternativos.
Baseado no modelo de crescimento apresentado neste Relatório Técnico, o Centro de Ciências para
Data Centers da APC desenvolveu uma calculadora que opera via internet para auxiliar a análise do
custo total de propriedade de data centers. A ferramenta APC TradeOff No. 8, Calculadora para o
Plano de Crescimento de Data Centers está ilustrada na Figura 21. Essa calculadora demonstra
como diversos cenários de planos de capacidade podem afetar os custos de um data center ao longo
do tempo.
O usuário define o perfil da carga de TI, incluindo a incerteza na carga final, junto com diversas
características da infraestrutura física, como tamanho das etapas do módulo e a redundância do
sistema. A calculadora compara o custo total de propriedade de um data center que cresce passo a
passo até atingir a carga final prevista contra um data center que é superdimensionado a partir do
primeiro dia para acomodar a carga final máxima da TI.
1 A metodologia de cálculo do custo total de propriedade da APC utiliza, de forma padrão, o valor
médio entre os parâmetros carga final MÁXIMA e carga final MÍNIMA do perfil da carga da TI
fornecido pelo usuário. Entretanto, assim que o conceito da carga “prevista” – não da carga máxima
possível – é entendido como o valor correto para o cálculo do custo total de propriedade, o usuário
pode aplicar inteligência empresarial adicional para ajustar o valor esperado, a fim de refletir a
incerteza ainda melhor que a simples média dos valores máximo e mínimo inicialmente informados.
Figura 21
Ferramenta APC
TradeOff No. 8,
Calculadora para o
plano de crescimento de
data centers
Um modelo de crescimento eficaz é fundamental para o planejamento de data centers, porque ele quantifica
uma fonte principal de confusão e de falha de comunicação entre os projetistas: a incerteza. Se for possível
capturar e isolar a incerteza em um modelo de crescimento, outras atividades de planejamento podem
Conclusão prosseguir de acordo com um processo pré-definido e organizado.
O modelo de crescimento descrito neste relatório é simples, porém eficaz. Ele utiliza parâmetros expressos
em termos comuns aos projetistas de data centers – carga inicial, carga final máxima e mínima, e tempo de
crescimento. Não existe análise detalhada para prever o futuro da economia, do setor, ou dos negócios.
Esse tipo de previsão precisa da carga final da TI não seria apenas difícil (talvez impossível), ela seria
também desnecessária. Uma informação bem baseada dos dois extremos amplos – o mínimo e o máximo –
é suficiente para desenvolver um plano de desenvolvimento e expansão prático, com base na técnica
simples de uma implantação gradual para acomodar um futuro incerto.
A implantação gradual é uma estratégia poderosa para gerenciar a incerteza, e tornou-se possível devido a
desenvolvimentos recentes em equipamentos de energia elétrica e de resfriamento que permitem
implantação gradativa de elementos modulares. Ela corrige o problema antigo do desperdício com a
subutilização da capacidade de energia e de resfriamento superdimensionada para uma capacidade alvo. A
implantação gradual atua como um “volante de direção” para manter o desenvolvimento alinhado com a
realidade – para manter a capacidade mais próxima da carga, permitir a reavaliação e ajuste das etapas
subsequentes à medida que o tempo passa, e evitar investimentos desperdiçados em uma infraestrutura
superdimensionada que pode não vir a ser utilizada.
Além do papel de orientação do projeto da infraestrutura de energia elétrica e do resfriamento, esse modelo
de crescimento também exerce uma função fundamental na análise do custo total de propriedade para
comparar projetos de sistemas alternativos antes da escolha de um deles. Ele ajuda a corrigir um erro grave
de presumir que a carga final será a carga máxima projetada – uma meta raramente atingida nas
instalações de data centers. Esse erro comum obscurece o benefício substancial do custo total de
propriedade de uma implantação gradual.
Sobre os autores
Neil Rasmussen é Vice-Presidente Sênior de Inovação na APC, que é a Unidade de Negócios de TI da Schneider
Electric. Neil define instruções de tecnologia para o maior orçamento de P&D do mundo dedicado à energia elétrica,
resfriamento e infra-estrutura de racks para redes críticas.
Neil é detentor de 14 patentes relacionadas à alta eficiência e alta densidade da infraestrutura de energia e resfriamento
para data centers, publicou mais de 50 relatórios técnicos relacionados a sistemas de energia e de resfriamento, muitos
publicados em mais de 10 idiomas, mais recentemente com o foco voltado para a melhoria da eficiência energética. É
um palestrante reconhecido internacionalmente em temas relacionados a data centers de alta eficiência. Neil trabalha
atualmente para avançar a ciência de soluções escaláveis de infra-estrutura de alta eficiência e alta densidade para data
centers e é o principal criador do sistema InfraStruXure da APC.
Antes de fundar a APC em 1981, Neil recebeu seus diplomas de graduação e de mestrado em engenharia elétrica do
MIT onde apresentou sua tese sobre a análise de uma fonte de alimentação de 200 MW para o reator de fusão
Tokamak. De 1979 a 1981 trabalhou nos laboratórios Lincoln do MIT em sistemas de armazenamento de energia em
volantes de inércia e em sistemas de energia elétrica solar.
Suzanne Niles é analista sênior de pesquisas do Centro de Ciências para Data Centers da APC. Estudou matemática
no Wellesley College antes de se graduar em Ciências da Computação no MIT, apresentando uma tese sobre
reconhecimento de caracteres redigidos à mão. Suzanne vem educando diversos públicos por mais de 30 anos
utilizando uma ampla variedade de mídias, desde manuais de software a fotografias e musicas para crianças.
Recursos
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