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Diferenças da técnica de mão direita do arco da viola e do


violino, direcionado a professores de projetos sociais de
musicalização em grupo
Differences of the right hand technique of the bow of viola and violin, directed to teachers of social
projects of collective music teaching

Resumo: O presente artigo destina-se a profissionais de ensino coletivo de música de violino e viola.
Através de exercícios simples, sugeridos pelo autor, diferenciam-se alguns detalhes na técnica de
mão direita entre os dois instrumentos. A produção sonora é muito parecida, mas há diferenças sutis
no ensino da técnica de arco para violistas, em função de alguns fatores, como tamanho do
instrumento e espessura das cordas. Muitos erros, repetidos durante anos por alunos mal orientados
por professores de ensino coletivo, podem levar o aluno a dificuldades em corrigir tais erros em idade
adulta, quando ingressam no ensino superior.

Palavras-chave: viola, ensino coletivo de música, arco, musicalização

Abstract: This article is for teachers of collective music education for violin and viola. Through simple
exercises, suggested by the author, some details are differentiated in the technique of right hand
between the two instruments. The sound production is very similar, but there are subtle differences in
teaching the technique of bow for violists, depending on factors such as size of the instrument and
thickness of the strings. Many errors, repeated for years by poorly targeted students by teachers of
collective schools, may lead the student to correct such errors in difficulties in adulthood, when
entering higher education.

Keywords: viola, collective teaching of music, bow, teaching of music

1) Introdução

Este artigo tem como objetivo oferecer sugestões para aperfeiçoar a


metodologia de ensino de música em grupo. Este autor tem aplicado estas técnicas
em sua vida acadêmica, com bons resultados.

O ensino de música oferecido atualmente às camadas economicamente


menos favorecidas da sociedade inicia-se, na maior parte dos casos, por aulas de
2

musicalização em grupo. Como exemplo, podemos citar: o Instituto Baccarelli 1, o


projeto Guri2 e o Projeto Acorde para as Cordas Pão de Açúcar3.

Nestas escolas, o ensino de música inicia-se com o trabalho em grupo.


Crianças aprendem solfejo, ritmo, leitura de partituras em corais, ou orquestras,
formadas por violinos, violoncelos e contrabaixos, sob a orientação de um só
professor. Há casos de grupos formados somente por violino e viola.

O surgimento de distinção mais evidente entre ambas as técnicas foi


prejudicado pelo fato de a instrução da viola ter sido feita geralmente por violinistas.
Um dado histórico que ilustra essa situação é o fato de a graduação em viola no
Conservatório de Paris somente ter sido criada em 18944.

Devido às diferenças técnicas existentes entre estes dois instrumentos,


principalmente no que diz respeito à técnica de mão direita, ou seja, técnica de arco,
juntá-los em uma única aula pode ser problemático, pois os dois são tratados como
um único instrumento. Por outro lado, o trabalho em grupo é importante para
crianças e jovens, sob o ponto de vista motivacional.

Mesmo em cursos universitários, encontramos alunos de viola


provenientes de iniciação em grupos, com problemas técnicos básicos, que surgem
em virtude da não distinção entre violino e viola pelos professores. A correção
destes problemas torna-se difícil em alunos que desenvolveram hábitos equivocados
por anos seguidos, decorrentes de desinformação sobre as especificidades e

1
O Instituto Baccarelli é uma associação civil sem fins lucrativos que tem por objetivo oferecer
formação musical e artística de excelência para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade
social, proporcionando desenvolvimento pessoal e criando a possibilidade de profissionalização. Sua
sede localiza-se na Comunidade de Heliópolis – São Paulo – SP. Fonte:
http://www.institutobaccarelli.org.br Acesso em: 10 fev 2009.
2
O Projeto Guri nasceu em 1995, na Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.
Oferece, gratuitamente, aulas de instrumentos de cordas, cordas de arco, sopros, percussão e canto
coral. Fonte: http://www.projetoguri.com.br Acesso em: 10 fev 2009.
3
Programa de ensino coletivo e individual de instrumentos de cordas para jovens entre 10 e 18 anos,
por meio do método Jaffé de ensino coletivo de música. É realizado nas Unidades Educacionais do
Instituto Pão de Açúcar em São Paulo e Santos.
Fonte: http://www.gife.org.br/casos_noticias.php?codigo=6468&tamanhodetela=4&tipo=ns Acesso
em: 10 fev 2009.
4
Cf. RILEY. The history of the viola, v. 1, p. 184.
3

diferenças de cada instrumento, por parte dos professores de musicalização em


grupo.

2) Particularidades da Viola

Fig 1 http://www.goldbergweb.com/en/news/other/2006/02/41012.php Acesso em: 10 fev 2009.

O resultado sonoro quando a viola é tocada com a mesma técnica de mão


direita do violino pode ser um som pobre e sem corpo. A espessura e comprimento
das cordas são maiores, o que torna a resposta sonora mais lenta que no violino,
principalmente nas cordas graves. As dimensões acusticamente ideais para a viola 5
(Fig. 1), se aplicadas à sua construção, a tornariam de impossível execução dentro
dos padrões de técnica exigidos modernamente. A necessidade de tocar com
instrumentos menores que o ideal faz com que surjam problemas de limitação de
sonoridade6.

Para corrigir estas limitações sonoras, o autor sugere aos professores que
chamem a atenção dos alunos de viola para três características da técnica de arco:

1. Velocidade

5
Em torno de 53 cm de comprimento do fundo, para uma ressonância ideal. Cf. BARRET. The viola,
p.107.
6
KUBALA, Ricardo Lobo. A escrita para viola nas sonatas com piano Op.11 Nº4 e Op.25 Nº4 de Paul
Hindemith : aspectos idiomáticos, estilísticos e interpretativos. p. 54,55
4

2. Peso do braço

3. Ponto de contato

Alunos mais avançados aprenderão técnicas de produção de som


diferentes, como o flautato7 ou o sul ponticello8. Estes dois efeitos, entre outros,
podem ser ensinados aos alunos conforme necessidade de repertório estudado.
Serão apresentadas, nos seguintes exercícios, sugestões para uma produção
sonora simples, básica, sem nenhuma aplicação de efeitos sonoros.

3) Exercícios

3.1) Exercícios para Velocidade

Velocidades de arco lentas são aplicadas quando se tocam trechos


cantados, em cordas graves (sol e dó), ou para produção de sons mais fortes.
Velocidades de arco mais rápidas são aplicadas quando se tocam trechos com mais
leveza.

3.1.1)Colocar o arco sobre uma corda qualquer. Tocar no talão9,


“mordendo” a corda, fazendo que sua sonoridade imite um
pizzicato10·. Este exercício introduzirá aos alunos a
concepção do golpe de arco chamado de collé. O mesmo
exercício deverá ser repetido no meio e na ponta do arco.

7
Técnica de arco leve e rápida, imitando o som de uma flauta. Disponível em:
<www.oxfordmusiconline.com> Acesso em: 11 fev. 2009.
8
Do italiano: sobre o cavalete. O arco toca praticamente sobre o cavalete de madeira que sustenta as
cordas, produzindo um som metálico. Disponível em: <www.oxfordmusiconline.com> Acesso em: 11
fev. 2009.
9
Mecanismo, dotado de um parafuso, que sustenta as crinas de cavalo, usadas para exercer fricção
nas cordas, fazendo-as vibrar. Através de tensão, o parafuso do talão distancia as crinas da vara do
arco, deixando-o mais tenso. É o mecanismo que ajusta a tensão do arco, dependendo do repertório
a ser executado. Localiza-se na extremidade mais pesada do arco, onde o músico o sustenta, com a
mão direita. A extremidade oposta do arco é chamada de ponta.
10
Técnica de beliscar as cordas com um dedo, em geral o indicador da mão direita. Pode-se executar
o pizzicato também com outros dedos, inclusive da mão esquerda.
5

3.1.2)Repetir 3.1.1, puxando o arco de forma extremamente rápida


até a ponta do arco. Deixar o arco imóvel na ponta e depois
de cerca de um segundo fazer o movimento contrário, em
direção ao talão, lembrando sempre de começar o
movimento com um collé. Pode-se chamar este exercício de
“fósforo”, pois este movimento se assemelha ao
acendimento de um palito de fósforo. O arco deverá
permanecer o mais rente possível à corda, em seu rápido
deslocamento entre ponta e talão.

3.1.3)Repetir 3.1.1, puxando o arco de forma extremamente lenta.


O movimento do arco deve ser sempre contínuo e
homogêneo. Ao chegar à ponta, reverter o movimento,
movendo o arco ao talão. Pode-se chamar este exercício de
“Rio Amazonas”, um rio denso, de velocidade lenta e
contínua, sem cachoeiras. Assim deve ser o som produzido
após o collé: lento, denso e contínuo.

3.2) Exercícios para peso do braço

Segundo Jaffé11, em aulas de viola no curso de Música da ECA-USP12:

“A diferença entre a viola e o violino é a mesma entre um carro importado,


com direção hidráulica, e uma caminhonete antiga, sem nenhum conforto.
A sensação de se fazer uma curva com o carro importado é uma. Com a
caminhonete é completamente outra. Exige mais esforço do braço.”

As cordas da viola não soam tão bem com o uso da pronação13 no talão,
como é o caso do violino. Devemos orientar os alunos a não usarem pronação no
talão, transferindo a condução do arco ao dedo mínimo (supinação14). É um
movimento complexo que engloba a supinação, o movimento de rebaixamento do
11
JAFFÉ, Marcelo- Atualmente, além de violista do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, é
professor de viola no Departamento de Música da ECA/USP.
12
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
13
Giro de antebraço que resulta em uma maior pressão do indicador sobre a vara do arco e,
consequentemente em uma menor pressão do dedo mínimo sobre a vara do arco.
6

cotovelo, juntamente com flexibilidade dos dedos, que se dobram, aproximando suas
pontas à palma da mão.

O conhecimento do instrumento pelo aluno é de grande importância, pois


cada um tem uma anatomia diferente, o que significa pesos de braço diferentes.
Assim, a aplicação do peso do braço no instrumento será diferente, variando com a
pessoa. No ensino coletivo, devemos ficar atentos a este detalhe, para não haver
mau entendimento por parte dos alunos, que podem forçar as cordas em demasia,
produzindo um som de má qualidade, raspado, sem vibração da corda.

Os professores podem demonstrar a importância do controle do peso do


braço de forma lúdica. Se algum aluno afirmar que “sua viola está soando bem”,
coloca-se a viola em cima de uma cadeira, e fica-se a admirá-la, em silêncio: “Não,
não está! Não ouço som nenhum saindo de minha viola!”.

Segundo Rohde15, em aulas na Universidade de Artes de Berlim:

“A arte da viola reside no espaço vazio entre a crina16 e a vareta do arco.


Cada artista saberá quanto de peso colocará em sua produção sonora, ao
apoiar o braço na viola.”

3.2.1)Segurar o arco, sem a viola, na posição horizontal, à frente do


corpo, cotovelo e ombro relaxados. Tirar os dedos do arco, um a
um, nesta ordem: indicador, médio e anular. O arco ficará suspenso
somente pelo dedo mínimo e pelo polegar. No começo este
exercício deve ser praticado próximo a algum sofá, ou cama, pois o
risco de queda do arco é grande. Deve-se lembrar aos alunos que o
dedo mínimo deverá estar sempre em cima do arco, para que ele
possa fazer a alavanca, tendo o polegar como base.

14
Giro de antebraço que resulta em uma maior pressão do dedo mínimo sobre a vara do arco e,
consequentemente, em uma menor pressão do indicador sobre a vara do arco.
15
Professor de viola da Universitaet der Kuenste – Berlin, Alemanha. Em 1990 fundou o Kandinsky
Streichtrio (http://www.kandinsky-streichtrio.de Acesso em: 10 fev 2009) e em 2000 passou a integrar
o Mozart Piano Quartet (http://www.mozart-piano-quartet.com Acesso em: 10 fev 2009).
16
Crina de cavalo, presa ao arco. Ao exercer fricção nas cordas de instrumentos de arco, faz as
cordas vibrarem.
7

3.2.2)Quando 3.2.1 tiver sido praticado, devemos orientar os alunos a


pensar no bloco formado por braço e arco. Este bloco começa no
ombro direito e vai até a ponta do arco.

Mover o bloco de forma circular, à frente do corpo, criando um


paralelismo em todo o bloco, sem quebras em nenhuma das
articulações (cotovelo, pulso, dedos). Estas articulações devem
permanecer firmes, mas não tensas.

Com esta consciência de equilíbrio, podem-se corrigir facilmente os


erros de produção sonora no talão. Para isso, devemos aconselhar
os alunos a não produzirem sons com o dedo indicador no talão
(pronação), forçando a corda, e sim com este “bloco equilibrado”.

Podemos usar também a imagem de uma embarcação marítima:


um grande navio afunda seu casco na água de forma profunda. Já
um pequeno bote afunda pouco. Mas ambos afundam, e fluem de
forma constante na água. Assim deve ser a condução do arco:
densa e homogênea.

3.2.3)Seguindo o padrão de sustentação do arco de 3.2.1, empurrar o


dedo mínimo para baixo, fazendo que a ponta do arco suba. Isto
fortalecerá a musculatura do dedo mínimo, para melhora do
equilíbrio do arco nas mãos.

3.2.4)Tocar as três cordas graves (dó-sol-ré), começando no talão, em


forma de acorde. O aluno deverá tocar as três notas
simultaneamente. Para isso o arco pode se posicionar mais
próximo do espelho17 do instrumento.

Antes de tocar, posicionar o arco nas cordas (talão), sentindo que o


arco está equilibrado em suas mãos, como em 3.2.1. Ao sentir o
equilíbrio, deixar o arco cair, sem pressão, levado apenas pela
força gravitacional, ou seja, utilizar o peso do braço. O aluno deverá

17
Parte do instrumento de cordas sobre a qual as cordas estão esticadas e contra a qual o
instrumentista pressiona as cordas com os dedos da mão esquerda.
8

prestar atenção ao plano formado pelas três cordas. Ao deixar cair


o braço, o arco deverá permanecer neste plano.

O mesmo exercício deverá ser feito também nas três cordas


agudas. Devemos solicitar ao aluno para que solte o peso do braço,
apoiando-o por completo na corda. No início, poderão ocorrer
quebras no som, onde a corda deixa de vibrar por um excesso de
aplicação de peso de braço.

Cada aluno terá, então, que descobrir o próprio limite, e de seu


instrumento, em prol de uma sonoridade agradável aos ouvidos, ou
seja, um som contínuo, com a corda sempre em vibração. A maior
incidência de sons “quebrados” será no talão, pois nesta área
encontra-se o maior peso deste bloco formado por “arco e braço”.
Devem-se conscientizar os alunos de viola que, para evitar esta
quebra sonora, eles devem ter o arco completamente equilibrado
em suas mãos.

Os dedos da mão direita devem estar flexíveis. Para ajudar nesta


flexibilidade, sugiro o exercício do método Urstudien18, de Carl
Flesch19, na página 10. Pode-se usar a imagem de um carro, que é
robusto e ao mesmo tempo possui amortecedores para proteger
sua integridade. Assim é a mão direita, firme, agarrada ao arco,
mas com os dedos flexíveis.

3.3) Exercícios para ponto de contato

Quando prendemos a corda com um dedo, para produzir um som mais agudo que o
da corda solta, diminuímos o tamanho da corda vibrante do instrumento. Ou seja, a
corda solta é a que representa o maior comprimento de corda, e também o menos

18
FLESCH, Carl – “Urstudien”, p.10
19
FLESCH, Carl – violinista húngaro, conhecido por seus métodos para violino, como “Sistema de
Escalas”, “Urstudien”, “Die Kunst des Violin-Spiels”. Disponível em: <www.oxfordmusiconline.com>
Acesso em: 15 fev. 2009.
9

tenso. Ao tocar em regiões agudas, o comprimento de corda vibrante diminui,


aumentando a tensão da corda.

Devemos mostrar aos alunos a importância da região da corda onde eles puxam o
arco. A regra é simples, quanto mais aguda for a nota produzida, mais próximo ao
cavalete deverá estar o arco.

3.3.1)Ligar o metrônomo em tempo 60 (batidas por minuto – b.p.m.). Aos


que não têm metrônomo, basta fixar os olhos em um relógio com
ponteiros de segundos. Com o ritmo fixado em 60 b.p.m., que
comecem a puxar o arco, distribuindo de tal maneira que usem o
arco todo, durante quatro batidas. Fiquem neste exercício pelo
tempo necessário, até se sentirem satisfeitos com o controle do
arco. Quando os alunos mostrarem segurança, pode-se começar a
trabalhar, nesta mesma velocidade (60 b.p.m.), a variação do ponto
de contato do arco. Para produzir um som mais forte, devem puxar
o arco mais perto do cavalete. Para sons mais fracos, afastá-lo do
cavalete. Importante é a manutenção da velocidade do arco.

Para aperfeiçoar a constância e homogeneidade sonora deve-se


aumentar o número de b.p.m. por arcada produzida, sempre
mantendo as 60 b.p.m. Aumentar para seis, oito, dez, doze, sempre
variando também a dinâmica (mais forte, mais piano), conjugada à
mudança do ponto de contato.

Como sugestão, o aluno poderá utilizar o exercício de corda solta


sempre em cordas duplas – dó e sol, sol e ré e ré e lá. O uso das
cordas duplas faz com que o aluno aprenda, sem muito esforço, a
manter a altura do braço direito em um mesmo plano que as duas
cordas perfazem. Ao se tocar em uma corda isoladamente, há uma
grande probabilidade de uma variação na altura do cotovelo em
relação à corda tocada. Com as cordas duplas, não há este
problema.
10

3.3.2)Tocar com o arco em cima do cavalete. Não é produzida nenhuma


nota, somente ruído. O ruído deve ter a mesma intensidade, do
talão até a ponta. Lembrar os alunos que na metade superior do
arco eles devem tocar com pronação. Já na metade inferior, devem
aliviar a tensão do indicador, tocando com o bloco citado em 3.2.2.
Este exercício ajuda também na manutenção do paralelismo do
arco em relação ao cavalete e, por conseguinte, a manutenção do
ponto de contato.

4) Conclusão

Os principais desafios encontrados pelo autor, como docente, encontram-


se atualmente em corrigir problemas técnicos de mão direita em alunos de viola.
Estes problemas muitas vezes são decorrentes de uma iniciação musical no
instrumento de forma equivocada. Estes equívocos poderiam ser evitados fazendo-
se a diferenciação, no ensino coletivo, de técnicas de arco diferentes para violino e
viola.

O artigo serve de sugestão para aplicação de exercícios em aulas


coletivas. São pequenos detalhes que diferenciam a técnica de arco de violino e
viola, mas que podem produzir resultados satisfatórios em alunos de iniciação em
aulas coletivas, com o objetivo de capacitar violistas de qualidade. Assim, sua vida
acadêmica e profissional torna-se mais proveitosa, sem a necessidade de correção
de erros primários em sua fase adulta.

5) Bibliografia

FLESCH, Carl. “Urstudien: Grundstudien fuer Viola nach der


Originalfassung fuer Violine, übertragen von Max Rostal”. Berlim:
Ries & Erler, 1990.
11

KUBALA, Ricardo L. A escrita para viola nas sonatas com piano


Op.11 Nº4 e Op.25 Nº4 de Paul Hindemith: aspectos idiomáticos,
estilísticos e interpretativos. Campinas, UNICAMP, 2004.

RILEY, Maurice W. The history of the viola. Ann Arbor: Braun-


Brumfield, 1980.

SALLES, Mariana I. Arcadas e Golpes de Arco. Brasília:


Thesaurus Editora, 1998.

Renato Bandel
Estudou na Academia da Orquestra Filarmônica de Berlim, atuando sob regência de Claudio Abbado,
Daniel Barenboim, Seiji Ozawa, entre outros. Com esta orquestra, realizou gravações de CD e DVD.
Em 2000 graduou-se na Universidade de Artes de Berlim, titulando-se como mestre. É professor do
Instituto Baccarelli (São Paulo). Atua como docente em Festivais como Campos do Jordão e Poços
de Caldas. Foi professor de viola das Faculdades FAAM e Cantareira (São Paulo). É spalla do naipe
de violas da Orquestra Sinfônica Municipal (São Paulo).

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