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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PÚBLICA – ANALISTA LEGISLATIVO SENADO

PROFESSOR: IGOR N OLIVEIRA 

AULA DEMONSTRATIVA

Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios para Analista Legislativo do


Senado Federal

Olá amigos (as) concurseiros!

Meu nome é Igor Nascimento Oliveira, tenho 30 anos e sou natural de Minas
Gerais. Atualmente sou Analista Administrativo da ANAC, aprovado no concurso
de 2009. Recentemente tive a grata surpresa de ver meu nome entre os
aprovados para o cargo de Analista Técnico da SUSEP.

Fui também oficial de carreira da Marinha do Brasil, formado pela Escola Naval
em 2002. Naquela instituição exerci diversas funções. Algumas inclusive afetas à
nossa disciplina. Trabalhei com execução orçamentária e financeira, compras de
materiais e SIAFI. Além disso, só de curiosidade, fui também piloto de
helicóptero. Viu que chique? hehehe

Nosso curso de Contabilidade Pública é composto de teoria e exercícios para o


cargo de Analista Legislativo do Senado Federal.

A última banca para o concurso do Senado foi a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e
a penúltima foi o CESPE.

Dando uma olhada no último edital extraí as seguintes informações:

Analista Legislativo Apoio Técnico Administrativo – Administração

Contabilidade Pública: conceito, objetivo e regime; campo de aplicação; legislação


básica (Lei no 4.320, de 17 de março de 1964 e Decreto no 93.872, de 23 de
dezembro de 1986, legislação complementar e suas alterações, se houver);
receita e despesa pública; receitas e despesas orçamentárias e extra-
orçamentárias: interferências passivas e mutações ativas; plano de contas da
administração federal; sistemática dos eventos; Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI).

Analista Legislativo Apoio Técnico Administrativo – Contabilidade

Contabilidade pública, administração orçamentária e financeira: Necessidades e


serviços públicos; Controle na administração pública; O grupo econômico estatal;
Patrimônio das entidades públicas; Bens públicos; Dívida pública; Avaliação dos
componentes patrimoniais; A gestão das entidades públicas; Período
administrativo e exercício financeiro; Regimes contábeis; Receita pública e
despesa pública; Fases administrativas da receita e da despesa orçamentária; O
regime de adiantamento de numerário; O inventário; A escrituração das
operações típicas das entidades públicas; A determinação dos resultados do
exercício; Balanços orçamentários, financeiro e patrimonial; Demonstração das
variações patrimoniais.

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Este foi o conteúdo cobrado pela banca relativo à nossa disciplina. Entretanto, um
dos maiores erros do concurseiro é tentar adivinhar o que vai cair. Os editais
costumam mudar bastante. Pode ser que você acerte, mas pode ser que não. É
um risco desnecessário. É melhor saber o que mais tem caído.

Assim sendo, observando as provas antigas da FGV e do CESPE, resolvi dividir


nosso curso da seguinte maneira:

Aula Conteúdo
Demonstrativa Princípios orçamentários.
Orçamento Público. Funções do Orçamento: alocativa,
distributiva e estabilizadora. Tipos de Orçamento: Programa,
Base-Zero, Tradicional, Incremental, Desempenho e
01
Participativo. LOA, LDO e PPA. Ciclo Orçamentário.
Descentralização financeira e de créditos orçamentários.
Créditos Orçamentários: iniciais e adicionais.
Contabilidade Pública: conceito, objetivo, objeto e campo de
aplicação. Inventário. Material Permanente e de Consumo.
Bens Públicos. Avaliação dos bens públicos. SIAFI e tabela de
02
eventos. SIDOR. Conta Única do Tesouro. Necessidade de
Financiamento do Setor Público: cálculo do resultado primário
e nominal.
Receita pública: classificação, etapas e reconhecimento.
Receitas Extra-Orçamentárias. Mecanismo de Destinação de
03
Recursos. Deduções da Receita. Dívida Ativa. Transferências
intergovernamentais.
Despesa pública: classificação, etapas e reconhecimento.
Despesas Extra-Orçamentárias. Suprimento de fundos (regime
04
de adiantamento). Dívida Pública: fundada e flutuante. Restos
a Pagar. Despesas de exercícios anteriores.
Plano de Contas Único e o novo Plano de Contas Aplicado ao
05 Setor Público (PCASP). Sistema de Planejamento,
Contabilidade e de Administração Financeira Federal.
Variações Patrimoniais: ativas e passivas, orçamentárias e
06 extra-orçamentárias. Interferências e mutações. A escrituração
das operações típicas das entidades públicas.
07 Balanço Orçamentário e Patrimonial.
Demonstração das Variações Patrimoniais, Balanço Financeiro
08 e apresentação dos novos demonstrativos previstos no Manual
de Contabilidade Aplicada ao Setor Público volume V.
09 Simulado.
Extra Correção do Simulado e ranking.

Como você pode perceber, nosso curso vai um pouco além do que foi pedido no
edital passado, mas é melhor pecar por excesso, não acha?

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Haverá muitas questões de AMBAS as bancas e detalhe: TODAS


COMENTADAS. Você vai enjoar de praticar! Hehehe. Caso, durante nosso curso,
seja divulgada uma banca diferente, o curso será adaptado a essa mudança. A
ordem de apresentação das questões será: primeiro CESPE, depois FGV.

Além disso, teremos um simulado com ranking. Ao fim de cada aula as questões
serão apresentadas sem os comentários e haverá um tópico para ajudar na
memorização dos principais pontos apresentados na aula. Chamarei de
Memorization!

Já ia me esquecendo: fique tranqüilo! Pois vou contemplar as mudanças recentes


ocorridas na Contabilidade Pública, principalmente com a publicação dos novos
manuais da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da série de normas NBC T 16
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Eu te garanto que você não vai adquirir um curso qualquer. Não vou jogar a
teoria e fazer meia dúzia de questões. Vou te dar a mão e carregar você até que
aprenda nossa disciplina. No final você vai adorar Contabilidade Pública, além de
se sentir seguro e confiante para fazer seu concurso.

Meu propósito não é vender um curso, mas ajudar você a conquistar seu sonho.

Vamos ao que interessa!

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Princípios Orçamentários
A. TEORIA

Historicamente, o Orçamento Público foi criado como limitador dos poderes do


soberano, para que o mesmo não tratasse das finanças do Estado ao seu bel
prazer. Para nortear a elaboração do Orçamento foram estabelecidos princípios. A
fim de que estes princípios ganhassem força, eles foram incorporados em leis e
Constituições dos Estados.

No Brasil, a maior parte desses princípios estão contidos na CF/88 e na lei


4.320/64, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal. Logo no seu artigo 2º, a lei 4.320/64 estatui que “a Lei do
Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos
os princípios da unidade, universalidade e anualidade”.

Os princípios orçamentários não são uma informação estática, mas sim dinâmica,
pois podem ser alterados com o tempo, na medida da evolução da sociedade.

Doutrinariamente, princípios de uma ciência são os alicerces da mesma. Balizam


todo conhecimento construído. E não é diferente com a Contabilidade Aplicada ao
Setor Público.

1. Anualidade ou Periodicidade

De acordo com este princípio, o Orçamento Público é elaborado para vigorar por
um período de tempo, geralmente um ano. Este período é chamado de exercício
financeiro e, no Brasil, por expressa previsão legal (lei 4.320/64, artigo 34),
coincide com o ano civil. Este princípio é reforçado pela própria CF/88 através dos
seguintes comandos:

9 É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei


orçamentária anual (artigo 167, I); e

9 Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro


poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade (Artigo 167, §
1º).

Na aula sobre créditos adicionais, falaremos de uma exceção ao princípio da


anualidade: os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos 4
meses do ano podem ser reabertos e incorporados no exercício financeiro
subseqüente.

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2. Unidade e Totalidade

Pelo princípio da Unidade cada ente da federação (União, Estados, DF e


Municípios) deve possuir um único orçamento. Tal princípio é reforçado pelo
princípio da “unidade de caixa”, através do qual todas as receitas e despesas
convergem para um fundo único.

Com a integração entre planejamento e orçamento, este último passou a ser


multi-documental, com a aprovação de diversas leis (PPA, LDO e LOA). Apesar de
serem documentos diferentes, os mesmos devem ser compatibilizados entre si.

De acordo com a CF/88, a Lei Orçamentária Anual compreenderá o Orçamento


Fiscal, de Investimentos e da Seguridade Social. Por conta disso, falamos hoje no
princípio da Totalidade, ou seja, múltiplos orçamentos são elaborados de forma
independente sofrendo a consolidação que possibilita o conhecimento do
desempenho global das finanças públicas.

3. Universalidade e Orçamento Bruto

De acordo com o princípio da Universalidade, o Orçamento deve conter todas


as receitas e despesas. Isto possibilita ao Legislativo:

9 Conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia


autorização para a respectiva arrecadação e realização;

9 Impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e


despesa sem prévia autorização parlamentar;

9 Conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a


fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para
atendê-las.

Este princípio é consagrado na lei 4.320/64:

Artigo 3º - A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive


as de operações de crédito autorizadas em lei.

Artigo 4º - A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias


dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio
deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.

Complementando o princípio da Universalidade, temos o princípio do Orçamento


Bruto, através do qual todas as receitas e despesas são apresentadas pelos seus
valores totais, vedadas quaisquer deduções. Assim, mesmo os recursos que
transitam dentro do próprio Ente, como as operações intra-orçamentárias e
transferências, são contabilizados.

O princípio do Orçamento Bruto está previsto também na lei 4.320/64 que dispõe:

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Artigo 6º - Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos


seus totais, vedadas quaisquer deduções.

4. Exclusividade

A lei orçamentária é uma peça privilegiada no processo orçamentário, pois tem


prazos e procedimentos bem definidos na CF/88. Por conta disso, uma prática
muito comum no passado era a de políticos mal intencionados colocarem seus
projetos para “pegar carona” na tramitação da lei orçamentária. O princípio da
Exclusividade, previsto na CF/88 (artigo 165, § 8º), veda essa prática, exigindo
que a lei orçamentária ou de créditos adicionais não contenha dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Há algumas exceções a
este princípio: a autorização para abertura de créditos suplementares e a
contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
orçamentária (ARO), nos termos da lei.

5. Equilíbrio

Contabilmente, as receitas previstas devem ser iguais às despesas fixadas no


orçamento aprovado. Não é um mero equilíbrio do ponto de vista formal. Por este
princípio, o Estado arrecadará as receitas necessárias ao financiamento de suas
atividades, além de condicionar os dispêndios à obtenção de recursos. Para obter
um equilíbrio formal, o Ente pode auferir uma receita contratando operações de
crédito sem finalidade, fato que irá gerar um passivo, uma obrigação,
concomitantemente. Na CF/88 podemos encontrar diversos dispositivos que
reforçam o princípio do Equilíbrio:

9 As emendas parlamentares só podem indicar recursos relativos à anulação


de despesa (artigo 166, § 3º, II).

9 São vedadas:

¾ a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que


excedam os créditos orçamentários ou adicionais (artigo 167, II);
¾ a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta (artigo 167, III) = Regra de
Ouro;
¾ a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes (artigo 167, V); e
¾ a concessão ou utilização de créditos ilimitados (artigo 167 VI).

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6. Discriminação ou Especialização

Este princípio proíbe que a Lei de Orçamento consigne dotações globais,


conferindo maior transparência ao processo orçamentário, facilitando a
fiscalização dos recursos pelos parlamentares, órgãos de controle e sociedade.

As receitas e despesas devem ser apresentadas em parcelas discriminadas,


impedindo o excesso de flexibilização e auxiliando no processo de padronização
do orçamento.

7. Clareza

O próprio nome já revela o significado deste princípio. A informação contábil


deveria ser útil a todos os usuários interessados, mesmo porque a Contabilidade
Pública trata de recursos que são públicos. Entretanto, devido ao caráter técnico
da ciência contábil, este fato está longe de acontecer.

8. Publicidade

Os cidadãos precisam exercer o controle social dos recursos que “integralizam”


junto ao Estado. Para que isto se torne possível, é necessário que o orçamento
seja publicado em obediência ao princípio da Publicidade, insculpido no artigo 37
da CF/88. A publicidade ideal envolve questões ligadas à clareza, ou seja, o maior
número de pessoas deveria ter acesso e entender as informações contidas no
orçamento.

9. Não-afetação ou Não-vinculação

De acordo a CF/88 é vedada a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo


ou despesa, admitidas certas exceções. Um orçamento demasiadamente
comprometido perde sua flexibilidade, além de representar um risco ao bom
planejamento abrindo espaço para sobra de recursos em programas de menor
importância.

O princípio da não-vinculação está expresso na CF/88, 167, IV e § 4º:

“É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos artigos 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;”

“É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se


referem os artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e

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159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para


pagamento de débitos para com esta.”

As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão relacionadas à


repartição do produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos
Estados – FPE e dos Municípios – FPM e Fundos de Desenvolvimento das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de
saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito
por antecipação de receitas. Trata-se de medida de bom-senso, uma vez que
possibilita ao administrador público dispor dos recursos de forma mais flexível
para o atendimento de despesas em programas prioritários.

No âmbito federal, a Constituição reforça a não-vinculação das receitas por meio


do mecanismo de Desvinculação das Receitas da União (DRU) abaixo transcrito:

CF/88, ADCT, Artigo 76 = É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, até 31 de


dezembro de 2011, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos,
contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou
que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos
acréscimos legais.

10. Legalidade

Princípio que norteia toda atividade do administrador público. O Orçamento


Público é uma lei formal de iniciativa do Chefe do Poder Executivo aprovada pelo
Congresso Nacional.

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B. QUESTÕES COMENTADAS

As questões sobre os princípios são simples. Geralmente o examinador tenta


confundir o candidato com os princípios da Exclusividade, Não-Afetação e
Especialização. Os demais são bastante intuitivos.

(CESPE/Técnico de Orçamento/MPU 2010) Acerca dos conceitos e princípios


orçamentários, julgue os itens que se seguem.

1. Por força do princípio da exclusividade, a LOA não deverá conter dispositivo


estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Por isso, a lei
orçamentária não pode ser aprovada se nela constar autorização para a
realização de operações de crédito.

Errado. A primeira parte do enunciado está perfeita. Entretanto, a autorização


para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito,
inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO), são exceções ao
princípio da Exclusividade.

2. O princípio da exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrência


das chamadas caudas orçamentárias.

Certo. Uma prática muito comum no passado era a de políticos colocarem seus
projetos para “pegarem carona” nas Leis Orçamentárias, pois estas possuem
tramitação privilegiada com prazos bem definidos. O princípio da Exclusividade
vem garantir que a LOA não possua essas caudas orçamentárias, chamadas por
Rui Barbosa de “rabilongos”.

3. A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos,


constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade.

Errado. Não chega a constituir uma exceção ao princípio da Unidade, pois estes
orçamentos são compatibilizados entre si.

4. Na administração pública federal, o exercício financeiro corresponde ao


período compreendido entre 1.º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano
civil.

Certo. De acordo com a lei 4.320/64, artigo 34 = O exercício financeiro coincidirá


com o ano civil.

5. Conforme o princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e


despesas devem integrar o orçamento público.

Errado. O princípio a que se refere a questão é o da Universalidade.

(CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010) Considerando que o processo

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orçamentário deve obedecer a um conjunto de princípios consagrados na doutrina


especializada, julgue os itens seguintes.

6. O princípio orçamentário da especificação ou especialização não está


explicitado no texto da CF.

Certo. Está previsto na lei 4.320/64, artigo 5º = A Lei de Orçamento não


consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras,
ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.

7. Embora a não afetação da receita constitua um dos princípios


orçamentários, há várias exceções a essa regra previstas na legislação em
vigor.

Certo. Pelo princípio da Não-Afetação ou Não-Vinculação, é vedada a vinculação


da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. As exceções estão previstas no
texto da CF/88 e estão relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos
impostos (Fundos de Participação dos Estados – FPE e dos Municípios – FPM e
Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à
destinação de recursos para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento
de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas.

8. Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para


contratação de operações de crédito, desde que se trate de antecipação da
receita orçamentária.

Errado. O correto seria: “ainda que se trate de antecipação de receita


orçamentária”.

(CESPE/Analista de Contabilidade/MPU 2010) Os princípios orçamentários visam


assegurar o cumprimento do disposto na Lei Orçamentária Anual (LOA). A
respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem.

9. A vedação da aprovação de emendas ao projeto de LOA sem a indicação


dos recursos necessários, admitindo os provenientes de anulação de
despesas, reforça o princípio do equilíbrio.

Certo. Na CF/88 podemos encontrar diversos dispositivos que reforçam o princípio


do Equilíbrio:

9 As emendas parlamentares só podem indicar recursos relativos à


anulação de despesa (artigo 166, § 3º, II).

9 São vedadas:

¾ a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que


excedam os créditos orçamentários ou adicionais (artigo 167, II);

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¾ a realização de operações de créditos que excedam o montante das


despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta (artigo 167, III) = Regra de
Ouro;
¾ a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes (artigo 167, V); e
¾ a concessão ou utilização de créditos ilimitados (artigo 167 VI).

10. A existência da abertura de créditos suplementares por meio de operações


de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, implica violação ao
princípio da exclusividade.

Errado. A abertura de créditos suplementares na LOA é uma exceção ao princípio


da Exclusividade.

11. O princípio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do


orçamento público pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a
solicitar anualmente autorização para arrecadar receitas e executar as
despesas públicas.

Certo. O Orçamento Público é uma lei de iniciativa do Poder Executivo que, depois
de aprovada pelo Poder Legislativo, fixa despesas e prevê receitas para o período
de um ano. O Poder Executivo, ao solicitar essa autorização todo ano, reforça o
controle parlamentar sobre a origem e o destino dos recursos públicos.

12. (CESPE/Analista Administrativo/MPU 2010) Apesar de possuir três peças —


fiscal, da seguridade social e de investimento —, o orçamento geral da
União é único e válido para os três poderes.

Certo. A questão trata do princípio da Unidade, através do qual cada ente possui
um único orçamento. A LOA é dividida em três peças: orçamento fiscal,
orçamento da seguridade social e de investimentos. Ou seja, são múltiplos
orçamentos elaborados de forma independente sofrendo a consolidação que
possibilita o conhecimento do desempenho global das finanças públicas. A este
princípio damos o nome de Totalidade.

13. (CESPE/Analista Administrativo/MPU 2010) As garantias às operações de


crédito são exceções ao princípio orçamentário da não afetação.

Certo. De acordo com o princípio da não-afetação, é vedada a vinculação da


receita de impostos a órgão, fundo e despesa. Os impostos financiam boa parte
dos programas do governo, logo um orçamento muito vinculado compromete a
necessária flexibilização à atuação do Estado.

As exceções a este princípio estão previstas na CF/88 e tratam da repartição do


produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados – FPE

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e dos Municípios – FPM e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte,


Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de saúde e
educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por
antecipação de receitas.

(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) Julgue os seguintes itens, que


versam acerca de princípios e processos orçamentários.

14. O princípio da discriminação ou especialização trata da inserção de


dotações globais na lei orçamentária, providência que propicia maior
agilidade na aplicação dos recursos financeiros.

Errado. É justamente o contrário! Pelo princípio da especialização as receitas e


despesas devem ser demonstradas em parcelas discriminadas.

15. A abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito


são excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade, previstas
na CF e em legislação específica.

Certo. Princípio da Exclusividade = de acordo com a CF/88 a Lei Orçamentária


Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei.

(CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Acerca de princípios orçamentários,


julgue os itens subseqüentes.

16. O princípio da exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a


lei orçamentária, em razão da natural celeridade de sua tramitação no
legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação de matérias
diversas às questões financeiras.

Certo. A LOA tem prazos bem definidos na CF/88. Imagine que beleza você
colocar seu projeto para “pegar carona” na tramitação da lei orçamentária? Ele,
com certeza, teria a garantia de ser aprovado com celeridade. O princípio da
Exclusividade, previsto na CF/88 (artigo 165, § 8º), veda essa prática, exigindo
que a lei orçamentária ou de créditos adicionais não contenha dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.

17. De acordo com o princípio da não afetação, o montante das despesas não
deve superar o montante das receitas previstas para o período.

Errado. Não tem nada disso! O princípio da não-afetação veda a vinculação da


receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. As exceções estão no texto da
CF/88 (167, IV e § 4º).

18. A aplicação do princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no

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orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo


positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as
despesas de determinado serviço público.

Certo. Pelo princípio do Orçamento Bruto as receitas e despesas serão


evidenciadas pelos seus valores totais vedadas quaisquer deduções.

19. (CESPE/Contador/IPAJM ES 2010) Os princípios orçamentários são linhas


norteadoras da programação e da execução orçamentárias. Preconiza-se,
nessa direção, a não vinculação das receitas, com a finalidade precípua de

(A) aumentar a flexibilidade na alocação das receitas de impostos.


(B) restringir a interferência do Poder Legislativo no processo orçamentário.
(C) possibilitar o aumento do gasto público.
(D) evitar a proliferação de taxas e contribuições.
(E) aumentar as sobras de recursos resultantes da não execução orçamentária.

Comentários:

De acordo o princípio da Não-Vinculação ou Não-Afetação é vedada a vinculação


da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, admitidas certas exceções
previstas no texto constitucional. No âmbito federal, a Constituição reforça a não-
vinculação das receitas por meio do mecanismo de Desvinculação das Receitas da
União (DRU) que desvincula 20% dos impostos, contribuições sociais e de
intervenção no domínio econômico de órgão, fundo ou despesa, até 31 de
dezembro de 2011.

Como você pode perceber, o princípio da Não-Vinculação das receitas de impostos


tem o propósito de não comprometer o orçamento de modo que o mesmo não
perca a necessária flexibilidade em sua execução.

Resposta: A.

20. (CESPE/Analista Administrativo/ ANATEL 2010) Considerando que os


princípios orçamentários formam os pilares de uma boa gestão de recursos
públicos, julgue o item a seguir.

A lei de orçamento contém a discriminação da receita e despesa, de forma a


evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo,
respeitados os princípios da unidade, universalidade e anualidade.

Certo. É cópia da lei 4.320/64 artigo 2º:

“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de


forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.”

21. (CESPE/Administrador/ MS 2010) Ao se analisar os três orçamentos que

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compõem a lei orçamentária anual - o fiscal, o de investimentos e o de


seguridade social -, torna-se evidente a contradição com o princípio da
unidade.

Errado. Não chega a ir de encontro ao princípio da Unidade, pois, apesar de


serem elaborados de forma independente, eles sofrem uma consolidação que
possibilita o conhecimento do desempenho global das finanças públicas. O melhor
seríamos falar no princípio da Totalidade.

Pelo princípio da Unidade cada ente da federação deve possuir um único


orçamento.

22. (CESPE/Administrador/ MS 2010) O administrador público que respeita o


princípio do orçamento bruto, ao planejar o orçamento do ano seguinte,
deve fazer as devidas compensações nas contas com a intenção de incluir
em sua planilha os saldos resultantes dessas operações.

Errado. O princípio do Orçamento Bruto reforça o princípio da Universalidade ao


determinar que as receitas e despesas sejam demonstradas pelos seus valores
totais, vedadas quaisquer deduções. Por este princípio podemos visualizar
inclusive os recursos que transitam dentro do próprio ente como as operações
intra-orçamentárias.

23. (CESPE/ACE/TCU 2009) Em que pese o princípio da não vinculação da


receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de
1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações
de crédito por antecipação de receita.

Certo. O princípio da Não-Afetação ou não vinculação apresenta exceções. As


ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão relacionadas à
repartição do produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos
Estados – FPE e dos Municípios – FPM e Fundos de Desenvolvimento das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de
saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de
crédito por antecipação de receitas. Trata-se de medida de bom-senso, uma
vez que possibilita ao administrador público dispor dos recursos de forma mais
flexível para o atendimento de despesas em programas prioritários.

24. (CESPE/TCE/TCU 2009) A lei orçamentária anual não deve conter


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa,
admitindo-se, contudo, preceito relativo à autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita, nos termos da lei.

Certo. Pelo princípio da Exclusividade, a Lei Orçamentária Anual não conterá


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
a contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita

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orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis de créditos adicionais também


devem observar esse princípio.

25. (CESPE/Auditor do Estado/SECONT ES 2009) O princípio orçamentário da


universalidade preceitua que o orçamento deverá conter todas as receitas
e despesas pelos seus valores líquidos, subtraídas as deduções
estabelecidas pela legislação vigente.

Errado. Pelo princípio da Universalidade, a Lei Orçamentária deverá conter todas


as receitas e despesas. Isso possibilita o controle parlamentar sobre todos os
ingressos e dispêndios administrados pelo ente público. Este princípio é
complementado pelo do Orçamento Bruto em que todas as receitas e despesas
constarão na lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

26. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ 2009) Prevista na lei orçamentária


anual, a autorização para abertura de créditos suplementares é uma das
exceções de cumprimento do princípio do orçamento bruto.

Errado. A autorização para abertura de créditos suplementares na LOA é uma


exceção ao princípio da Exclusividade.

27. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ 2009) Suponha que a lei


orçamentária tenha autorizado o Poder Executivo a abrir créditos
suplementares em favor das agências reguladoras, no limite das suas
necessidades, a serem cobertos, ainda que parcialmente, com o excesso
de arrecadação de receitas próprias e vinculadas, independentemente de
sua destinação. Nesse caso, foram infringidos pelo menos dois princípios
orçamentários: anualidade e exclusividade.

Errado. A autorização para abertura de créditos suplementares na LOA é uma


exceção ao princípio da Exclusividade. Além disso, constitui exceção ao princípio
da Anualidade os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos 4
meses do ano reabertos e incorporados no exercício financeiro subseqüente.

28. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) Um orçamento altamente especificado dificulta


a fiscalização parlamentar.

Errado. Pelo princípio da Especialização ou Discriminação, a Lei de Orçamento não


consignará dotações globais. As receitas e despesas devem ser aprovadas em
parcelas discriminadas. Isto facilita o controle parlamentar e a padronização do
orçamento.

29. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) O cumprimento do princípio da anualidade


impede a inclusão, na lei orçamentária, de autorização para abertura de
crédito adicional.

Nada a ver! Errado! Pelo princípio da Anualidade ou Periodicidade o Orçamento é


elaborado para um período, geralmente um ano. No Brasil, por expressa previsão

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legal o exercício financeiro coincide com o ano civil. Na maioria dos casos, o que
determina o ano orçamentário é a época de funcionamento do legislativo.

30. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) O princípio da universalidade determina que o


conteúdo do orçamento deve ser divulgado para conhecimento de toda a
sociedade.

Errado. Pelo princípio da Universalidade a Lei Orçamentária deverá conter todas


as receitas e despesas. Isso facilita o controle parlamentar sobre todos os
ingressos e dispêndios administrados pelo ente público. O princípio que se refere
a questão é o da Publicidade.

31. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) O princípio do equilíbrio determina que a


receita fixada não deve ultrapassar a despesa prevista

Errado. Muita gente boa caiu nessa! As receitas são previstas e as despesas
fixadas. Isto ocorre pois os gastos devem ser limitados aos créditos aprovados.
Quanto aos ingressos, os mesmos não possuem tal limite, pois para o Estado é
vantajoso que se arrecade mais que o inicialmente previsto, não acha?

32. (CESPE/ACE/TCU 2007) O princípio da legalidade orçamentária é uma


projeção do princípio da legalidade visto sob a sua feição genérica e
postula que o ordenador de despesas só pode fazer aquilo que a lei
orçamentária permite.

Certo. Pelo princípio da legalidade o administrador público só pode fazer aquilo


que a lei autoriza. Transportando o conceito para a matéria orçamentária caímos
na definição apresentada na questão.

33. (CESPE/ACE/TCU 2007 – Adaptada) O princípio da unidade orçamentária,


mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a admitir a
existência de orçamentos setoriais, que, afinal, devem ser consolidados em
um único documento que permita a visão geral do conjunto das finanças
públicas. Diante de tal mudança, hoje já é possível falar-se em um
princípio da totalidade.

Certo. Apesar do princípio da Unidade preconizar a existência de um único


orçamento, por exigência constitucional a Lei Orçamentária Anual compreenderá
o Orçamento Fiscal, de Investimentos e da Seguridade Social. Por conta disso,
falamos hoje no princípio da Totalidade, ou seja, múltiplos orçamentos são
elaborados de forma independente sofrendo uma consolidação.

34. (CESPE/ACE/TCU 2007) De acordo com o princípio do orçamento bruto, as


receitas e despesas públicas devem constar da lei orçamentária, de forma
a possibilitar que nela se incluam apenas saldos positivos ou negativos
resultantes do confronto entre as receitas e as despesas de determinado
serviço público.

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Errado. As receitas e despesas serão demonstradas pelos seus valores totais,


vedadas quaisquer deduções.

35. (CESPE/ACE/TCU 2007) Os princípios orçamentários formam os pilares de


uma gestão de recursos públicos. O art. 2º da Lei 4.320/1964 dispõe que a
Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa de
forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de
trabalho de governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e
anualidade.

Com relação à observância ao princípio da anualidade, julgue o item a seguir.

São vedados programas e projetos que não sejam incluídos na lei orçamentária
anual, excetuando-se os créditos especiais e extraordinários, que serão
incorporados, em razão da sua natureza, ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.

Errado. A primeira parte do enunciado está correta, mas somente os créditos


especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício
podem ser reabertos e, neste caso, serão incorporados ao orçamento do exercício
subseqüente, conforme estabelecido no § 3º do artigo 167 da Carta Magna.

36. O princípio do equilíbrio orçamentário permanece, no Brasil, como norma


de hierarquia constitucional.

Errado. Questão meio polêmica, pois, apesar de não estar previsto


expressamente, o princípio do equilíbrio encontra respaldo em vários dispositivos
da CF/88:

9 As emendas parlamentares só podem indicar recursos relativos à anulação


de despesa (artigo 166, § 3º, II).

9 São vedadas:

¾ a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que


excedam os créditos orçamentários ou adicionais (artigo 167, II);
¾ a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta (artigo 167, III) = Regra de
Ouro;
¾ a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes (artigo 167, V); e
¾ a concessão ou utilização de créditos ilimitados (artigo 167 VI).

37. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT MT 2005) Existe uma liberdade na fixação


de receitas e despesas que não precisam ser necessariamente

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proporcionais e o eventual desequilíbrio entre elas está previsto no


princípio do desequilíbrio orçamentário.

Errado. As receitas são previstas e as despesas fixadas. Sobre o eventual


desequilíbrio entre as receitas e despesas orçamentárias, o mesmo pode ser
suprido com a contratação de operações de créditos. Este seria um equilíbrio
meramente formal, pois gera uma obrigação correspondente à receita de
operações de crédito. Além disso, não existe princípio do Desequilíbrio
Orçamentário.

38. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005) O princípio da unidade determina


que cada programa orçamentário só é válido por um único período fiscal.

Errado. Pelo princípio da Unidade, cada ente da federação deve possuir um único
orçamento.

39. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005) O princípio da especificação


determina que o montante das despesas deve ser especificado, permitindo,
contudo, no que tange às receitas, que apenas montantes agregados
sejam utilizados.

Errado. Pelo princípio da Especificação as receitas e despesas orçamentárias


devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo em parcelas discriminadas e não
pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o controle do gasto
público.

O princípio da especificação confere maior transparência ao processo


orçamentário, possibilitando a fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e
da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo
poder executivo. Além disso, facilita o processo de padronização e elaboração dos
orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas.

40. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005 – Adaptada) O princípio da


exclusividade determina que a lei orçamentária não contenha matéria
estranha à estimativa de receita e fixação de despesa.

Certo. Há algumas exceções, mas de maneira ampla, o princípio da Exclusividade


determina que a lei orçamentária não contenha qualquer matéria estranha à
estimativa de receita e fixação de despesa. Isto evita prática muito comum no
passado em que projetos alheios à matéria orçamentária pegavam “carona” na a
Lei Orçamentária Anual.

A questão trouxe a regra geral, sem fazer menção às exceções, entretanto


incompleto para o CESPE não é errado.

41. (CESPE/Técnico Judiciário/TRE AL 2004) De acordo com o princípio


orçamentário da não-afetação, as receitas de impostos, inadmitida
qualquer exceção, não devem ser vinculadas a órgãos, fundos ou

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despesas.

Errado. O princípio da Não-Afetação ou Não-Vinculação admite exceções


expressas no próprio texto da CF/88.

42. (CESPE/Agente/PF 2004) O princípio da não-vinculação das receitas de


impostos pode aceitar novas exceções desde que haja alteração no texto
constitucional.

Certo. As exceções ao princípio da Não-Vinculação estão previstas na CF/88,


artigo 167, IV e § 4º:

“É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos artigos 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;”

“É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se


referem os artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e
159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para
pagamento de débitos para com esta.”

Logo, com uma alteração no texto constitucional é possível a ampliação do rol das
exceções.

43. (FGV/Consultor do Orçamento/Senado 2008) A lei 4.320/64 consagra


princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem
observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da
especificação assinale a afirmativa correta.

(A) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira


discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos
recursos, bem como a sua aplicação.

(B) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e


despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre devedores e
credores.

(C) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao


orçamento público, excluindo-se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da
receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação.

(D) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas


de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais,

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observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e previdenciários.

(E) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou
fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação, saúde e
assistência social.

Comentários:

Pelo princípio da Especialização, Especificação ou Discriminação as receitas e


despesas devem ser aprovados em parcelas discriminadas. Este princípio proíbe
que a Lei de Orçamento consigne dotações globais, conferindo maior
transparência ao processo orçamentário, facilitando a fiscalização dos recursos
pelos parlamentares, órgãos de controle e sociedade. A resposta, portanto, é a
letra A.

As letras B e D tratam dos princípios da Universalidade e Orçamento Bruto.

A letra C trata do princípio da Exclusividade.

A letra E trata do princípio da Não-Afetação ou Não-Vinculação.

Resposta: A.

44. (FGV/Auditor/TCM RJ 2008) A respeito dos Princípios de Direito Financeiro,


assinale a afirmativa incorreta.

(A) O princípio da unidade orçamentária, expressamente previsto na Constituição


de 1988, significa que o orçamento, para ser mais eficaz, deverá ser elaborado
em um documento legal único.

(B) Com base no princípio da legalidade, a Constituição de 1988 disciplina o


aspecto formal em que deve ser pautado o sistema orçamentário, reservando ao
Poder Executivo a competência privativa para encaminhar o projeto de lei
orçamentária anual.

(C) A vedação quanto à transposição, ao remanejamento ou à transferência de


recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para
outro, sem prévia autorização legislativa, é considerado pela doutrina como
princípio da proibição de estorno.

(D) A Constituição de 1988 veda, com as devidas ressalvas, a vinculação de


receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.

(E) A afirmativa de que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
à previsão da receita e à fixação da despesa exterioriza o princípio da
exclusividade orçamentária.

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Comentários:

A letra A está incorreta. O princípio da Unidade não está previsto expressamente


na CF/88, mas sim na lei 4.320/64. Além disso, a LOA é composta por três peças:
Orçamento Fiscal, de Investimentos e da Seguridade Social.

A letra B está correta. As leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são iniciativas
privativas e exclusivas do Chefe do Poder Executivo. Veremos melhor este
assunto na aula 01.

A letra C está correta. Apesar de não ser muito comum em provas de concurso,
o princípio da Vedação ao Estorno, de acordo com a doutrina, está disposto na
CF/88, artigo 167, VI: é vedada a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.

A letra D está correta. Este item trata do princípio da Não-Vinculação ou Não-


Afetação através do qual é proibida a vinculação da receita de impostos a fundo,
órgão ou despesa, admitidas exceções previstas na própria CF/88.

A letra E está correta, pois traz a definição perfeita do princípio da Exclusividade.


Constituem exceção a este princípio a autorização para abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei.

Resposta: A.

45. (FGV/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/SAD PE 2008 –


Adaptada) Analise o fragmento a seguir:

O orçamento aprovado consignou todas as receitas e despesas em uma só lei,


pelos seus totais, sem quaisquer deduções, com vigência coincidindo com o
exercício financeiro.

Os princípios orçamentários contidos no fragmento são:

(A) unidade, universalidade e anualidade.


(B) programação, especificação e unidade.
(C) unidade, exclusividade e anualidade.
(D) universalidade, não-afetação e anualidade.
(E) legalidade, universalidade e unidade.

Comentários:

Todas as receitas e despesas = Universalidade.


Uma só lei = Unidade.
Valores totais = Orçamento Bruto.
Exercício financeiro = Periodicidade ou Anualidade.

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Resposta: A.

46. (FGV/Analista de Administração/MinC 2006) De acordo com alguns


preceitos estabelecidos na Constituição Federal de 1988, referentes à
elaboração e execução do orçamento, são feitas as seguintes afirmativas:

I. Existe a possibilidade de vinculação de receitas como exceção à regra geral,


sem desconsiderar o princípio orçamentário da não-afetação das receitas.

II. No orçamento fiscal, podem ser efetuadas deduções nas receitas, em função
das parcelas que são transferidas a outros entes da federação em atendimento
aos dispositivos constitucionais.

III. Em cumprimento ao princípio orçamentário da exclusividade, a Lei


Orçamentária Anual somente deverá conter matéria relativa à previsão da receita
e à fixação da despesa.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Comentários:

O item I é verdadeiro. O princípio da não-vinculação é expresso na CF/88, 167,


IV e § 4º:

“É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos artigos 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;”

“É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se


referem os artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e
159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para
pagamento de débitos para com esta.”

As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão relacionadas à


repartição do produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos
Estados – FPE e dos Municípios – FPM e Fundos de Desenvolvimento das Regiões

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Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de


saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito
por antecipação de receitas.

O item II é falso, pois o caso exposto constitui afronta ao princípio do


Orçamento Bruto.

O item III é falso. O que tornou a assertiva errada foi a palavra somente, pois o
princípio da Exclusividade admite exceções: a autorização para abertura de
créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei.

Resposta: A.

47. (FGV/Economista/MinC 2006) Dentre os princípios orçamentários a seguir,


identifique qual deles determina que todas as receitas e todas as despesas
devem constar da Lei Orçamentária, não podendo haver omissão.

(A) universalidade.
(B) uniformidade.
(C) orçamento bruto.
(D) exclusividade.
(E) unidade.

Comentários:

Molezinha essa, né? hehehe

Resposta: A.

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C. Memorization, tion, tion, memorizatiooonn! hehehe

Princípios Orçamentários
Unidade Cada ente um orçamento.
Totalidade Várias peças orçamentárias compatibilizadas entre si.
Universalidade Todas as receitas e despesas. Facilita o controle.
Orçamento Bruto Receitas e despesas apresentadas sem dedução.
Anualidade ou Orçamento executado em um período de tempo, geralmente
Periodicidade um ano.
LOA não conterá dispositivo estranho a receitas e despesas.
Exclusividade
Admite exceções.
Receita = despesa. Equilíbrio formal pode ser atingido com a
Equilíbrio
contratação de operações de crédito.
Baliza toda a conduta do administrador. O orçamento é uma
Legalidade
lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo.
Publicidade O orçamento necessita ser divulgado. Controle social.
Especialização ou Lei de Orçamento não consignará dotações globais. Facilita
Discriminação controle e padronização.
Não-afetação ou Vedada a vinculação da receita de impostos. Admite exceções
Não-vinculação previstas no texto da CF/88.
Clareza O orçamento deve ser entendido pelos usuários interessados.

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D. QUESTÕES SEM OS COMENTÁRIOS

(CESPE/Técnico de Orçamento/MPU 2010) Acerca dos conceitos e princípios


orçamentários, julgue os itens que se seguem.

1. Por força do princípio da exclusividade, a LOA não deverá conter dispositivo


estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Por isso, a lei
orçamentária não pode ser aprovada se nela constar autorização para a
realização de operações de crédito.

2. O princípio da exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrência


das chamadas caudas orçamentárias.

3. A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos,


constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade.

4. Na administração pública federal, o exercício financeiro corresponde ao


período compreendido entre 1.º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano
civil.

5. Conforme o princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e


despesas devem integrar o orçamento público.

(CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010) Considerando que o processo


orçamentário deve obedecer a um conjunto de princípios consagrados na doutrina
especializada, julgue os itens seguintes.

6. O princípio orçamentário da especificação ou especialização não está


explicitado no texto da CF.

7. Embora a não afetação da receita constitua um dos princípios


orçamentários, há várias exceções a essa regra previstas na legislação em
vigor.

8. Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para


contratação de operações de crédito, desde que se trate de antecipação da
receita orçamentária.

(CESPE/Analista de Contabilidade/MPU 2010) Os princípios orçamentários visam


assegurar o cumprimento do disposto na Lei Orçamentária Anual (LOA). A
respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem.

9. A vedação da aprovação de emendas ao projeto de LOA sem a indicação


dos recursos necessários, admitindo os provenientes de anulação de
despesas, reforça o princípio do equilíbrio.

10. A existência da abertura de créditos suplementares por meio de operações

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de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, implica violação ao


princípio da exclusividade.

11. O princípio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do


orçamento público pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a
solicitar anualmente autorização para arrecadar receitas e executar as
despesas públicas.

12. (CESPE/Analista Administrativo/MPU 2010) Apesar de possuir três peças —


fiscal, da seguridade social e de investimento —, o orçamento geral da
União é único e válido para os três poderes.

13. (CESPE/Analista Administrativo/MPU 2010) As garantias às operações de


crédito são exceções ao princípio orçamentário da não afetação.

(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) Julgue os seguintes itens, que


versam acerca de princípios e processos orçamentários.

14. O princípio da discriminação ou especialização trata da inserção de


dotações globais na lei orçamentária, providência que propicia maior
agilidade na aplicação dos recursos financeiros.

15. A abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito


são excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade, previstas
na CF e em legislação específica.

(CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Acerca de princípios orçamentários,


julgue os itens subseqüentes.

16. O princípio da exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a


lei orçamentária, em razão da natural celeridade de sua tramitação no
legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação de matérias
diversas às questões financeiras.

17. De acordo com o princípio da não afetação, o montante das despesas não
deve superar o montante das receitas previstas para o período.

18. A aplicação do princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no


orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo
positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as
despesas de determinado serviço público.

19. (CESPE/Contador/IPAJM ES 2010) Os princípios orçamentários são linhas


norteadoras da programação e da execução orçamentárias. Preconiza-se,
nessa direção, a não vinculação das receitas, com a finalidade precípua de

(A) aumentar a flexibilidade na alocação das receitas de impostos.


(B) restringir a interferência do Poder Legislativo no processo orçamentário.

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(C) possibilitar o aumento do gasto público.


(D) evitar a proliferação de taxas e contribuições.
(E) aumentar as sobras de recursos resultantes da não execução orçamentária.

20. (CESPE/Analista Administrativo/ ANATEL 2010) Considerando que os


princípios orçamentários formam os pilares de uma boa gestão de recursos
públicos, julgue o item a seguir.

A lei de orçamento contém a discriminação da receita e despesa, de forma a


evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo,
respeitados os princípios da unidade, universalidade e anualidade.

21. (CESPE/Administrador/ MS 2010) Ao se analisar os três orçamentos que


compõem a lei orçamentária anual - o fiscal, o de investimentos e o de
seguridade social -, torna-se evidente a contradição com o princípio da
unidade.

22. (CESPE/Administrador/ MS 2010) O administrador público que respeita o


princípio do orçamento bruto, ao planejar o orçamento do ano seguinte,
deve fazer as devidas compensações nas contas com a intenção de incluir
em sua planilha os saldos resultantes dessas operações.

23. (CESPE/ACE/TCU 2009) Em que pese o princípio da não vinculação da


receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de
1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações
de crédito por antecipação de receita.

24. (CESPE/TCE/TCU 2009) A lei orçamentária anual não deve conter


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa,
admitindo-se, contudo, preceito relativo à autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita, nos termos da lei.

25. (CESPE/Auditor do Estado/SECONT ES 2009) O princípio orçamentário da


universalidade preceitua que o orçamento deverá conter todas as receitas
e despesas pelos seus valores líquidos, subtraídas as deduções
estabelecidas pela legislação vigente.

26. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ 2009) Prevista na lei orçamentária


anual, a autorização para abertura de créditos suplementares é uma das
exceções de cumprimento do princípio do orçamento bruto.

27. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ 2009) Suponha que a lei


orçamentária tenha autorizado o Poder Executivo a abrir créditos
suplementares em favor das agências reguladoras, no limite das suas
necessidades, a serem cobertos, ainda que parcialmente, com o excesso
de arrecadação de receitas próprias e vinculadas, independentemente de
sua destinação. Nesse caso, foram infringidos pelo menos dois princípios

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orçamentários: anualidade e exclusividade.

28. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) Um orçamento altamente especificado dificulta


a fiscalização parlamentar.

29. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) O cumprimento do princípio da anualidade


impede a inclusão, na lei orçamentária, de autorização para abertura de
crédito adicional.

30. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) O princípio da universalidade determina que o


conteúdo do orçamento deve ser divulgado para conhecimento de toda a
sociedade.

31. (CESPE/ACE/ TCE AC 2009) O princípio do equilíbrio determina que a


receita fixada não deve ultrapassar a despesa prevista

32. (CESPE/ACE/TCU 2007) O princípio da legalidade orçamentária é uma


projeção do princípio da legalidade visto sob a sua feição genérica e
postula que o ordenador de despesas só pode fazer aquilo que a lei
orçamentária permite.

33. (CESPE/ACE/TCU 2007 – Adaptada) O princípio da unidade orçamentária,


mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se a admitir a
existência de orçamentos setoriais, que, afinal, devem ser consolidados em
um único documento que permita a visão geral do conjunto das finanças
públicas. Diante de tal mudança, hoje já é possível falar-se em um
princípio da totalidade.

34. (CESPE/ACE/TCU 2007) De acordo com o princípio do orçamento bruto, as


receitas e despesas públicas devem constar da lei orçamentária, de forma
a possibilitar que nela se incluam apenas saldos positivos ou negativos
resultantes do confronto entre as receitas e as despesas de determinado
serviço público.

35. (CESPE/ACE/TCU 2007) Os princípios orçamentários formam os pilares de


uma gestão de recursos públicos. O art. 2º da Lei 4.320/1964 dispõe que a
Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa de
forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de
trabalho de governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e
anualidade.

Com relação à observância ao princípio da anualidade, julgue o item a seguir.

São vedados programas e projetos que não sejam incluídos na lei orçamentária
anual, excetuando-se os créditos especiais e extraordinários, que serão
incorporados, em razão da sua natureza, ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.

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36. O princípio do equilíbrio orçamentário permanece, no Brasil, como norma


de hierarquia constitucional.

37. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005) Existe uma liberdade na fixação


de receitas e despesas que não precisam ser necessariamente
proporcionais e o eventual desequilíbrio entre elas está previsto no
princípio do desequilíbrio orçamentário.

38. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005) O princípio da unidade determina


que cada programa orçamentário só é válido por um único período fiscal.

39. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005) O princípio da especificação


determina que o montante das despesas deve ser especificado, permitindo,
contudo, no que tange às receitas, que apenas montantes agregados
sejam utilizados.

40. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT-MT 2005) O princípio da exclusividade


determina que a lei orçamentária não contenha qualquer matéria estranha
à estimativa de receita e fixação de despesa.

41. (CESPE/Técnico Judiciário/TRE AL 2004) De acordo com o princípio


orçamentário da não-afetação, as receitas de impostos, inadmitida
qualquer exceção, não devem ser vinculadas a órgãos, fundos ou
despesas.

42. (CESPE/Agente/PF 2004) O princípio da não-vinculação das receitas de


impostos pode aceitar novas exceções desde que haja alteração no texto
constitucional.

43. (FGV/Consultor do Orçamento/Senado 2008) A lei 4.320/64 consagra


princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem
observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da
especificação assinale a afirmativa correta.

(A) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira


discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos
recursos, bem como a sua aplicação.

(B) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e


despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre devedores e
credores.

(C) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao


orçamento público, excluindo-se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da
receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação.

(D) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas


de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais,

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observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e previdenciários.

(E) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou
fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação, saúde e
assistência social.

44. (FGV/Auditor/TCM RJ 2008) A respeito dos Princípios de Direito Financeiro,


assinale a afirmativa incorreta.

(A) O princípio da unidade orçamentária, expressamente previsto na Constituição


de 1988, significa que o orçamento, para ser mais eficaz, deverá ser elaborado
em um documento legal único.

(B) Com base no princípio da legalidade, a Constituição de 1988 disciplina o


aspecto formal em que deve ser pautado o sistema orçamentário, reservando ao
Poder Executivo a competência privativa para encaminhar o projeto de lei
orçamentária anual.

(C) A vedação quanto à transposição, ao remanejamento ou à transferência de


recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para
outro, sem prévia autorização legislativa, é considerado pela doutrina como
princípio da proibição de estorno.

(D) A Constituição de 1988 veda, com as devidas ressalvas, a vinculação de


receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.

(E) A afirmativa de que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
à previsão da receita e à fixação da despesa exterioriza o princípio da
exclusividade orçamentária.

45. (FGV/Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão/SAD PE 2008 –


Adaptada) Analise o fragmento a seguir:

O orçamento aprovado consignou todas as receitas e despesas em uma só lei,


pelos seus totais, sem quaisquer deduções, com vigência coincidindo com o
exercício financeiro.

Os princípios orçamentários contidos no fragmento são:

(A) unidade, universalidade e anualidade.


(B) programação, especificação e unidade.
(C) unidade, exclusividade e anualidade.
(D) universalidade, não-afetação e anualidade.
(E) legalidade, universalidade e unidade.

46. (FGV/Analista de Administração/MinC 2006) De acordo com alguns


preceitos estabelecidos na Constituição Federal de 1988, referentes à
elaboração e execução do orçamento, são feitas as seguintes afirmativas:

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I. Existe a possibilidade de vinculação de receitas como exceção à regra geral,


sem desconsiderar o princípio orçamentário da não-afetação das receitas.

II. No orçamento fiscal, podem ser efetuadas deduções nas receitas, em função
das parcelas que são transferidas a outros entes da federação em atendimento
aos dispositivos constitucionais.

III. Em cumprimento ao princípio orçamentário da exclusividade, a Lei


Orçamentária Anual somente deverá conter matéria relativa à previsão da receita
e à fixação da despesa.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

47. (FGV/Economista/MinC 2006) Dentre os princípios orçamentários a seguir,


identifique qual deles determina que todas as receitas e todas as despesas
devem constar da Lei Orçamentária, não podendo haver omissão.

(A) universalidade.
(B) uniformidade.
(C) orçamento bruto.
(D) exclusividade.
(E) unidade.

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E. GABARITOS

1 E 11 C 21 E 31 E 41 E
2 C 12 C 22 E 32 C 42 C
3 E 13 C 23 C 33 C 43 A
4 C 14 E 24 C 34 E 44 A
5 E 15 C 25 E 35 E 45 A
6 C 16 C 26 E 36 E 46 A
7 C 17 E 27 E 37 E 47 A
8 E 18 C 28 E 38 E
9 C 19 A 29 E 39 E
10 E 20 C 30 E 40 C

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F. PALAVRAS FINAIS DA AULA

Espero que tenha gostado e adquirido confiança em meu trabalho!

Encontramo-nos na aula 01!

Tamu junto!

Abs!

Igor@pontodosconcursos.com.br

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