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Dto urbanismo

Decreto de lei 80/2015


Art 2 – instrumento de gestão territorial são composta por uma parte regulamentar e
por uma parte topográfica retratando a realidade de uma aérea território e em alguns
casos definindo os princípios gerais do ordenamento território e urbanístico. Sendo
assim os instrumentos de gestão territorial podem conter normas que vinculam as
entidades públicas bem como os particulares quanto ao uso e utilização do solo.

 Classificação: o primeiro critério é o critério da finalidade, ou seja, de acordo


com a natureza dos objetivos procedidos por cada um dos planos/programas.
- E, primeiro lugar temos os planos gerais que estabelecem o ordenamento integral
do território quer do território português quer ao terreno municipal. Os planos
gerais são art 2 N 2 a) PNPOT que estabelece para todo o ordenamento do território
português. Art 2 N 4 a) b) c) que estabelecem as regras de ordenamento geral de um
conjunto de municípios. Art 2 n5 planos municipais para todo o território do
respectivo município. Art 2 n3 programas regionais que estabelecem o ordenamento
integral de uma região.
- Temos ainda um segundo tipo de planos, os programas setoriais que concretizam
cada uma das políticas com incidência ou repercussão no território art 2 n2 b) + art
39 (n2 a). Estes planos sectoriais não tem por finalidade direta e imediata um
planeamento do território, mas antes a programação e a concretização de políticas
de desenvolvimento económico, embora com importância urbanística.
- Programas especiais que definem o regime de gestão do espaço ou território
compatível com a salvaguarda dos valores naturais art 2 n2 c) + art 42.
- âmbito espacial de aplicação, primeiro é de âmbito nacional art 2 n1 a) + art 2 a)
PNPOT. Temos o âmbito regional art 2 N3 programas regionais e cuja a áreas
corresponde a área de actuação das comissões de coordenação e desenvolvimento
regional CCDR. Supra municipal / inter municipal art 2 n1 c) + art 2 n4 abrange
totalidade ou parte de áreas territoriais pertencentes a dois ou mais municípios
vizinhos. Âmbito municipal art 2 n1 d) + art 2 n5.
Os programas especiais e sectoriais tem um âmbito de aplicação variável, ou seja,
o plano setorial depende da incidência territorial das políticas de
desenvolvimento económico e social por eles programadas e concretizadas. E do
impacto territorial das decisões sobre localização e a realização de grandes
empreendimentos públicos. Os planos especiais têm uma extensão de aplicação
variável em função das areias protegidas ou da ordem costeira ou das aéreas que
constituem albufeiras.

Art 30
Art 31, 38, 34
Art 39 c)
Art 46
Art 42, 46
Art 43, 44
Art 52, 60, 56
Art 61 programa inte municipal art 55, 68

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Função dos instrumentos dos planos e dos programas
1) Inventeriação da situação – existe nomeadamente a utilização urbanistas
efetivamente realizadas, as licenças ou autorizações de operações urbanísticas
imitidas, os espaços verdes, as zonas habitacionais, industriais, etc.
2) Conformação do território – consiste na definição das regras e princípios
respeitantes a organização do território e a racionalização da ocupação e
utilização dos espaços
3) Conformação do Dto de propriedade do solo – ou seja, o plano estabelece
prescrições que podem afectar a essência do Dto do propriedade através da
classificação do uso e destino do solo, definição de parâmetros a que deve
obedecer a ocupação, uso e transformação de cada uma delas.
4) Gestão do território – execução e concretização dos planos, ou seja, os planos
não tem somente uma vocação de regulamentação do processo urbanístico. E,és
devindo tbm os meios de concretização ou execução do terreno do que está
escrito nos planos. Os planos podem conter restrições de entidade pública,
expropriações do plano de utilidade pública, repartimento do solo. Sem
esquecer as regras de perquação de benefícios e encargos, ou seja, trata-se de
uma equação matemática para determinar o valor do benefício é o valor do
encargo impostos aos destinatários das normas do planos, nomeadamente nos
planos municipais, que restringem o Dto de propriedade. Esta perquação é
baseada no princípio de igualdade dos cidadãos perante os encargos públicos,
ou seja, pessoas com terrenos com as mesmas características situado na mesma
área devem de ser tratados se forma igual e proprietários com terrenos
diferentes devem de ser tratados de forma diferente, ao nível da execução dos
planos, ou seja, na medida de restrições públicas ou servidores administrativas
ou repatriamento do solo ou da expropriação que estão previstas nos planos.

Dto de preferência urbanística, ou seja, a câmara municipal pode impor no pdm


a seguinte regra: se os particulares decidirem vender os seus terrenos, a câmara
tem preferencia na venda.

Princípio da elaboração dos planos


1) Dto da participação de todos os cidadãos na elaboração dos planos , art 6º do DL
80/2015. (“Celebrar contratos de planeamento ... –sublinhar) , art 6 n4 está
relacionado com o princípio da legalidade.

Caso-pratico: o sr X empresário chinês decide regressar à Pt depois de ter vivido


40 anos em Pekin e compra um imóvel em Macedo cavaleiro, terra do seus avós
paternos, para aí construir a casa da China. Centro de divulgação da cultura
chinesa e de venda de produtos chineses no norte de Pt. De acordo com o plano
de urbanização deste município o referido imóvel está localizado em zona
urbana consolidado (praticamente não admite novas construções). O imóvel
seria demolido e em seu lugar nasceria um pagol chinês vermelho com estrela
amarelos, que seria a casa da China. De acordo com o lá o de urbanização, o art
32 n1 e 2, o pagol chinês não podia ser construído devido a ultrapassar a altura

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máxima imposta aos edifícios do centro histórico pelo repetido plano. O sr X
propôs a câmara municipal a elaboração de um pano de pormenor para a
referida zona tendo feito acompanhar tal proposta de um prospecto de
regulamento e plantas que integrariam e de uma declaração de intenções de
custear na integra a elaboração do plano. Será que o sr X poderia propor a
elaboração de um plano de pormenor para a zona consolidada em questão
adiantando respetivo conteúdo. Em caso afirmativo poderá a CM fase aos
estudos apresentados e da declaração anexa atribuir diretamente ao sr X a
elaboração do referido plano.

R.: o sr X não está impedido de apresentar propostas de elaboração de


instrumentos de planeamento territorial, art 6 do rjidt mais o art 105 do CPA.
Essas propostas podem conter as grandes linhas ou os traços gerais das
principais soluções a consagrar naquele instrumento de gestão territorial e que
a câmara municipal pode eventualmente assumir como suas. Contudo o sr X não
tem de poder de iniciativa do procedimento de planificação em questão, ou seja,
da elaboração do plano de pormenor. O poder de iniciativa deste domínio
continua a ser da exclusiva competência da CM. O sr X não tem o Dto a que o
plano venha a ser aprovado em conformidade com o projeto por ele
apresentado. O sr X pode ainda no todo ou em parte assumir os encargos
financeiros recorrentes da elaboração do plano desde que essa assunção seja
devidamente valizada num protocolo a celebrar com a CM que clarifique de
deste facto não resultam para o sr X os dtos de iniciativa no planeamento ou o
Dto de ver aprovado o plano de pormenor em consonância com o projecto por
ele apresentado. A utilização de um contrato no domínio da elaboração ou
alteração, revisão e execução dos planos, ou seja, contrato que incide sobre a
proposta de elaboração, alteração e revisão do plano não é uma faculdade que
está nas mãos dos particulares, mas é assim algo que está dependente de uma
deliberação da CM, devidamente fundamentada, onde se explica as razões que
justifiquem a adoção do contrato. Por exemplo, pelo facto de a CM celebrar um
contrato com uma empresa para que esta construa um edifício previsto no
plano, não dá Dto a empresa a poder de iniciativa no ambígua elaboração,
alteração ou revisão dos planos.

2) Princípio da ponderarão dos interesses privados – assenta na igualdade de


tratamento entre interesses privados, proprietário de terrenos idênticos devem
retratamos de forma igual e proprietários de terrenos diferentes devem ser
tratados desigual. Sendo que a ponderação dos interesses privados deve se
basear na procedessem do interesse público, ou seja,a quando a entidade
pública decide de uma determinada forma, pe beneficiando um particular, o
fundamento serão que este está mais de acordo com a procussão do interesse
público ou que não afecta o interesse público.

3) Princípio da legalidade - os planos estão vinculados a lei.


 Tipicidade dos planos, ou seja, a administração pública não pode elaborar os
planos que entende, mas apenas aqueles que a lei prevê. Só podem existir os

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planos com designação, fins, objetivos e conteúdo material previstos no rjidt. (A
consequências e nulidade dos planos)
 Desenvolvimento urbanístico em conformidade com o plano, e obrigação de
planificação, ou seja, as entidades públicas têm de respeitar o conteúdo dos
planos ou programas aprovados e alguns planos ou programas são obrigatórios,
nomeadamente todos eles excepto do plano de pormenor e do plano de
urbanização.
 Determinação pela lei de um regime particular para certos tipos de bens que
depois deve estar previsto ou transposto no planos respectivos, nomeadamente
nos plano municipais, intermunicipais, e nos programas,as especiais. Ou seja, as
limitações da ren e da ran p, outras áreas protegidas, as áreas florestais, os
recursos geológicos, os solos incluídos na faixa costeira estão previstos na lei,
mas tbm devem estar previsto nos planos ou programas que contém esses
valores naturais, nomeadamente nos programas especiais, nos planos
intermunicipais e nos planos municipais.
 Fixação pela lei de setardar urbanísticos, ou seja, os planos, nomeadamente os
planos municipais, devem respeitar setardar urbanísticos impostos pela lei,
nomeadamente as regras relativa à qualidade do ambiente sonoro, ou seja
impostas pelo regime jurídico do ruído que proibi certas atividades ou a não
construção de certos edifícios em zonas sensíveis. Os planos tem
obrigatoriamente prever a existência de infraestruturas de utilização coletiva
para a pratica desportiva de acordo com a lei de base da atividade física e de
desporto. Concordata da santa sé e da república Pt, existe uma disposição da
obrigatoriedade de incluir nos instrumentos territorial espaços para fins
religiosos, como o culto católico pela concordata de santa sé.
 Dever de fundamentação das soluções adoptadas nos planos e fundamentação
das decisões de alteração e revisão dos planos.
 Proibição de planos meramente negativos, ou seja, não pode existir planos cujo
objetivo único é impedir ou criar obstáculos à realização de todo e qualquer
utilização juridicamente admissível do solo. (O plano é nulo)
 Obrigação da unidade externa do plano. Sobre o mesmo espaço não pode incidir
dois ou mais planos de idêntica espécie, pe não pode existir dois planos
pormenor para a área de Boavista mas pode existir para o mesmo município
Boavista, Matosinhos.
 Obrigação de clareza do plano, não sendo admissível planos cuja disposições são
desprovidas de sentido ou significado, ou que são de tal como impressioneis ou
indeterminadas não podendo sendo delas extraídas qqr sentido útil.
 Obrigação da consideração pelo plano das circunstâncias concreta ou da
realidade, art 4 rjidt.
 As entidades que elaboram e aprovam os planos que são as mesmas que tem
competência para rever, alterar ou suspender os planos são apenas aquelas que
estão fixadas na lei rjidt.

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4) Princípio da hierarquia dos planos: os programas e os planos de ordenamento
do território obedecem a uma hierarquia; planos inferiores têm de ser
conformes ou compatíveis com planos superiores:

1-quando um plano ou programa é compatível com outro plano significa que as


disposições desse plano têm de respeitar as disposições do plano superior pré existente,
contudo é possível existir planos inferiores que revogam ou alteram os planos superiores
na medida das disposições que estão incluídas no novo plano inferior

2-um plano que é conforme a outro plano tem de obrigatoriamente respeitar as


disposições dos planos superiores com os quais é conforme

Planos ou programa que têm de ser compatíveis: o plano diretor municipal tem que
respeitar as disposições de plano regional, plano setorial e plano especial. Contudo,
aquando da revisão ou alteração do PDN, a Câmara Municipal pode pedir a retificação
do PDN pelo Governo de forma a que este possa conter disposições contrárias a
programa setorial, regional ou especial (art 26 e 27 RJIGT)

5) Princípio da contracorrente: o plano em vias de elaboração, alteração e rescisão


deve tomar em consideração as disposições dos planos pré existentes que
incidam sobre a mesma área e conteúdo. Os planos em vias de elaboração,
alteração e rescisão podem considerar soluções diferentes dos planos pré
existentes exceto os planos superiores que têm de ser conformes ao planos
superior salvo se existir a possibilidade de ratificação nos termos do art 90

1) Princípio da articulação: os planos que não estão subordinados ao princípio da


hierarquia (ex dois planos especiais, dois planos de pormenor que incidem sobre
áreas diferentes ou dois planos regionais) devem ser compatíveis entre si, ou
seja, existe a proibição da coexistência de planos que contenham disposições
contraditórias quando, por exemplo, dois programas especiais incidam sobre a
mesma área (programa da orla costeira de Caminha a Espinho e o programa
especial da área protegida do litoral Norte) ou cujas disposições ponham em
causa áreas abrangidas por planos vizinhos, nomeadamente plano de pormenor
em relação a outro plano de pormenor do mesmo município ou programa
regional em relação a outro programa regional de outra região confinante
abrangida por outro programa art 26 até 29.

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 Lei da política e ordenamento de gestão do espaço marítimo nacional
17/2014
 Art 7 (art7 B) (art 17- quais são os títulos de utilização privativa, n2 só pode ser
atribuído por concessão, licença ou autorização. Quando é que se utiliza estes
termos? Art 20 e 21. Falamos de em concessão como um bem de demónio
público como o mar é prolongado no tempo. Esse uso prolongado tem de ter
uma duração de um ano até 50 anos).
 Art 20- licença uso temporário não pode ter a duração de mais de 25 anos.
Autorização art 21 quando alguém pretende fazer investigação científica no mar.
 A relação com outros planos, no art 3 n i – os planos de situação e os planos de
afetação tem de ser compatíveis com o pnpot, significa que devem conter os
princípios gerais que o pnpot descreve, nomeadamente os princípios gerais de
ordenamento sustentável. E,boda seja uma relação de mera compatibilidade, ou
seja, os planos de afetação e situação vão para lá do contido do pnpot da área
marinha.
 Art 3 ii) (...) significa que os planos sobre o espaço marítimo devem de ser
compatíveis com os planos sectoriais no domínio da defesa, segurança pública,
prevenção e dinamização de riscos, planos económicos. Os planos situação e
afetação devem respeitar os princípios gerais e as regras dos planos sectoriais.
Área protegida, nomeadamente o parque protegida da zona norte, como
também a área protegida da serra Arrábida, etc.
As disposições dos planos situação e afetação tem de ser conformes aos
programas especiais, ou seja, devem respeitar as regras e os princípios dos
programas especiais.
 O art 9 (alínea b) e 10 (podem ser suspensos no caso de questões de defesa
nacional, segurança nacional, ambiente. Suspende se a atividade que é abrigo a
esse art)
 Art 11

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Caso-pratico
Dl 80/2015

1. Poderá um PDM conter disposições contrárias a um plano sectorial ou regional?


R.: em regra geral tem que respeitar as regras de planos superior nomeadamente do
programa setorial e dos planos regionais sobe pena de existir uma anuidade do pnd nos
termos do art 129 n1.
Se existir nos termos do art 90 e 91 do rijt a ratificação do pdn por parte do governo este
instrumento pode conter disposições que revogado ou alteram o programa setorial ou
regional não assim nulo.

2. Poderá um PDM conter disposições contrárias a um Plano de Ordenamento do


Espaço Marítimo?

R.: Art 129 n2 são nulos os pdn com violação dos instrumentos de ordenamento do
espaço marítimo sempre que o pdn não contenha medidas de compatibilização com os
planos dos espaços marítimos.

3. Suponha que o PNPOT é alterado e que contém disposições que não são
compatíveis com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Caminha -
Espinho . Quid Juris?

R.: Significa que apenas as entidades públicas na elaboração dos planos respectivos
ficam vinculadas aos princípios e regras gerais do PNPOT (art 2/2a), art 3/1, art 30, art
34, art 38. De acordo com a doutrina todos os planos inferiores que não são compatíveis
com o PNPOT devem de ser alterados de forma a serem compatíveis com este programa.
Decorrido o prazo que de acordo com o decreto de lei é um prazo razoável que em regra
geral não pode ser superior ao prazo que está indicado no decreto de lei para conclusão
da elaboração e publicação do pdn ou nos casos mais complexos no prazo fixado para
adoção do pdn art 92 do decreto-lei. Sob pena de verificar-se uma situação de
ilegalidade superveniente e por consequências nulidade do POOC art 129 n1

4. O Plano de Ordenamento da Orla Costeira Caminha-Espinho pode conter


disposições contrárias ao Programa Regional da Região Norte?

R.: O POOC é um programa especial nos termos dos artgs 2/1 a), 2/2 c) e art 42. São
programas superiores aos programas regionais. Sendo assim neste contexto, o POOC
pode conter disposições contrárias ao programa regional contudo em virtude do
princípio da contra corrente os planos em via de elaboração, alteração ou revisão devem
ter em consideração as disposições dos planos pre existentes que incidam sobre a
mesma área. Contudo uma alteração do POOC pode conduzir, em virtude dessa relação
de superioridade a uma necessidade de alteração do programa regional que incide.
Sobre a mesma área que o POOC e que se encontra desactualizado em virtude da
alteração do POOC.

5. A Câmara Municipal de Espinho pretende alterar o seu Plano de Urbanização,


poderá este Plano conter disposições incompatíveis com o PDM desta cidade?

R.: São planos municipais que visam ordenar território de determinado município,
neste caso espinho art 2 n1 d), art 2 n5 e art 3 n2, ou seja, são planos territoriais que

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vinculam direta e imediatamente não só entidades públicas como também os
particulares. Nos termos do art 75 e art 95, o pdn é um instrumento que estabelece
a estratégia de desenvolvimento territorial municipal bem como a classificação dos
solos e a localização dos empreendimentos e de infraestruturas de utilização
produtiva, pelo que é um plano hierarquicamente superior ao plano de urbanização
e ao plano de pormenor que, respectivamente incidem sobre toda a área urbanizada
do município, e no caso de pormenor incide apenas sobre uma área especifica art
98. O Plano de organização tem de ser conforme ao pdn contudo a doutrina entende
que existe uma relação de conformidade entre este plano apenas quanto às
disposições concretas e não genéricas do pdn. Se o pdn contém apenas uma
disposição genérica de determinada infraestrutura de um município o plano de
urbanização irá desenvolver, ou seja, irá determinar em que local exacto essa
infraestrutura irá localizar. Se o pdn contém apenas uma referencia a existência de
reserva ecológica nacional, ou reserva agrícola nacional o plano de urbanização pode
determinar onde se localizam os terrenos integrados em ren ou ran. Se o plano
diretor municipal prever uma disposição genérica no sentido que município deve
promover o ordenamento sustentável do município o plano de urbanização terá de
respeitar essa disposição genérica, ou vez que ela já estulta de programas superiores
nomeadamente do PNPOT. Sendo assim, existem contrariamente ao que a doutrina
possa dizer existem disposições genéricas do pdn que não podem ser contrariadas
uma vez que elas já estão contidas em lei ou legislação superior como é o caso da
ren e da ran. Contudo existem certas disposições genéricas que em virtude de
alterações no município o pdn, aquando da sua revisão, alteração ou elaboração
podem ser alteradas pelo plano de urbanização em virtude de alteração de
circunstâncias supervenientes que não foram tidas em conta aquando da elaboração
ou da revisão ou alteração do pdn. Nomeadamente um fluxo migratório maior para
aquela região em virtude da criação de empresas que atraiu pessoas aquele
município, ou uma catástrofe natural, ou um prédio público que ruiu e não estava
para ser construído. Neste sentido o plano de urbanização superveniente, posterior
ao pdn e mais atual do que o pdn neste sentido pode contar disposições contrárias
ao pdn.

6. Segundo o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Caminha – Espinho “são


interditas as ações que impliquem a impermeabilização, erosão ou poluição do
solo, bem como outras capazes de alterarem negativamente a estabilidade
destes ecossistemas, nomeadamente: a) A execução de quaisquer novas
edificações, com exceção das previstas nos planos de praia e planos de
intervenção” (artigo 14 alínea a)). Suponha que a Câmara Municipal de Espinho
concede uma licença para edificação em violação desta disposição. Quid Juris?

R.: Neste caso a atribuição de uma licença para edificação em violação ou contrária à
um disposição de um programa especial, nomeadamente o POOC. Não estamos aqui
perante, como nos casos anteriores a violação de um plano por outro plano, mas sim a
violação de um plano por acto administrativo, nomeadamente s concessão da licença.
Nos termos do art 130 do rjidt são nulos os actos praticados em violação de qualquer
plano de âmbito intermunicipais ou municipal, uma vez que de acordo com este
decreto-lei estes plano tem eficácia plurisujetiva (art 3, ou seja vinculam os particulares).
De acordo com a doutrina, o prof Alves Correia os programas especiais também

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vinculam os particulares e as entidades públicas sendo assim, nos termos do art 3 n1.
Sendo assim, a câmara municipal devia respeitar o POOC (ou seja, programa especial).
Conduz a Nulidade do acto administrativo em virtude da entidade pública não ter
respeitado o princípio da hierarquia entre programas especiais e planos municipais. A
única forma de um plano municipal, nomeadamente de um pdn conter disposições
contrárias a um POOC e neste sentido a câmara municipal poder conceder licenças de
edificação será no caso do governo ratificar o pdn contrário ao POOC, art 90/2 e 91.
Sendo assim as licenças já poderiam estar em conformidade com o pdn que por sua vez
ratificaram poderia conter disposições contrárias ao programa especial. Apenas existe
nulidade do acto administrativo com base na violação das disposições dos planos
quando estejam em causa a violação de uma norma de plano que configure uma
verdadeira oração do plano, ou seja, uma evocação do ordenamento jurídico
introduzido pelo plano (por exemplo e em conforme o caso-pratico, uma inovação do
POOC, que estava previsto no POOC) não podemos falar das disposições de violações
dos planos quando se viola a em ou a ran, mesmo que o plano faça referencia a estes
regimes jurídicos, uma vez que, a ren e a ran não sai criações de plano embora estejam
previstos nos planos especiais e municipais.

7. Suponha agora que contrariamente ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira


de Caminha-Espinho e do PDM de Espinho é construída uma indústria na orla
costeira. Quid Juris?

R.: Estamos perante um caso de um acto material, ou seja , a construção um edifício


(fábrica) em violação de planos que remete para os art 131, 132, 133 do rjidt. Neste
caso a câmara municipal determina o embargo de trabalho e ou a demolição de obras
nos termos do art 132 a), ou nos casos que exista a violação de um interessa nacional
ou regional relevante quem determina o embargo de trabalhos ou a demolição de obras
é art 132 B) o espectro geral do ambiente e ordenamento do território aplicando –se
também aqui uma contra ordenações nos termos do mesmo diploma rjidt bem como no
caso da empresa prosseguir os seus trabalhos a empresa pode recorrer num crime de
desobediência nos termos do art 348 n1 B) do CP.

8. Senhor X considera que determinadas disposições do PDM de Espinho violam de


forma flagrante as normas do POOC Caminha Espinho.
a) Suponha que a convicção do Senhor X tem fundamento. Qual o vício de que
padece o plano em questão?
b) Terá o Senhor X legitimidade para impugnar o PDM em causa?
c) Poderá o Senhor X, para conseguir o efeito jurídico pretendido, impugnar
contenciosamente a resolução do Conselho de Ministros que ratificou o
referido plano? A sua resposta seria idêntica se o Senhor X pretendesse antes
reagir contra a deliberação da Assembleia Municipal que aprovou o PDM?

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