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G S ENGENHARIA DE SEGURANÇA

Giuseppe Sarto Araújo Rodrigues.


Engenheiro Mecânico / Segurança do Trabalho – CREA: CE4509D. RN:060132187-8
Av. Santos Dumont, 847, sala 301 – Centro, CEP: 60.150 -160, Fortaleza – Ceará
Fone: (85) 9982-7457 / 3248-1945, Fax: 3248-1616
E-mail: gssarto@gmail.com.

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

UNIFOR

AMBIENTE E SEGURANÇA DO

TRABALHO

PROFESSOR

GIUSEPPE SARTO ARAÚJO RODRIGUES

Fevereiro/2010

1
G S ENGENHARIA DE SEGURANÇA
Giuseppe Sarto Araújo Rodrigues.
Engenheiro Mecânico / Segurança do Trabalho – CREA: CE4509D. RN:060132187-8
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CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

01. HISTÓRICO DO CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS.

A prevenção de acidentes de trabalho no Brasil registra décadas de iniciativas


sem sucesso. Em 1944 foi criada a primeira legislação estabelecendo a
obrigatoriedade de formação das CIPAS.

A partir de 1970 o avanço da industrialização resultou no aumento do número


de acidentes, que já era alto. Criou-se uma série de normas para enfrentar essa
situação, entre elas a obrigatoriedade das empresas maiores e com riscos mais
elevados, terem profissionais especializados, tais como engenheiros, médicos e
técnicos, nas áreas de segurança e de saúde no trabalho. Mas a quantidade de
acidentes continuou a crescer, mesmo quando o ritmo de atividades econômicas se
reduziu. Em 1975 e 1976 o Brasil chegou a ter quase 10% dos seus trabalhadores
acidentados.

Há quase meio século o quadro se manteve e, se nesse período não se


conseguiu reduzir os acidentes de trabalho no Brasil, é porque o modelo de prevenção,
paternalista, estava errado.

Problemas crônicos têm exigido soluções inovadoras. É nessa situação de


persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas
humanas e econômicas, que surgiu a necessidade do controle dos riscos ambientais.

Somente nos últimos anos é que o controle dos riscos ambientais vem sendo
levado mais a sério, com a modificação das Normas Regulamentadoras: NR-5 (CIPA -
Mapa de Riscos), NR-7 (PCMSO), NR-9 (PPRA) e NR-18 (PCMAT), sendo realizado
através de comissões tripartite (empresa, empregado, governo), com o
comprometimento do empregador, para eliminação e/ou amenização dos riscos
ambientais através ações propostas para serem resolvidas em cronogramas pré
estabelecidos a curto, a médio e a longo prazo. Sendo estes programas realizados por
profissionais habilitados, estando assim, estes também comprometidos tecnicamente
com o desenvolvimento dos citados programas.

Com a implantação dos controles rígidos dos riscos ambientais, ganham os


trabalhadores com a proteção da vida, da saúde e da capacidade profissional. Ganham
as empresas, com a redução de perdas por horas paradas, danos em equipamentos,
desperdícios de matérias-primas e principalmente redução dos custos de produção.
Ganha o país, com a redução dos vultosos gastos do sistema providenciario no
pagamento de pensões e com o aumento da produtividade geral da economia.

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2.0. FATORES RESPONSÁVEIS PELA MELHORIA DA


CONSCIENTIZAÇÃO NACIONAL SOBRE A NECESSIDADE DE
PRÁTICAS PREVENCIONISTAS.

2.1. CUMPRIMENTO DAS NORMAS DE QUALIDADE - ISO

Nos últimos anos, as nações desenvolvidas, que se preocupam com a


segurança de seus empregados e com a preservação do meio ambiente impuseram às
empresas localizadas em nações em desenvolvimento a obrigação de preservar a
segurança e o meio ambiente de trabalho de seus empregados, bem como, a
preocupação de manter a preservação do meio ambiente externo. Para alcançar este
objetivo, fazem com que os custos de produção dos mercados emergentes, tenham os
mesmos custos de seus produtos quando produzidos em seu pais. Desta forma,
fizeram imposição as nações emergentes, para fabricar seus produtos com qualidade e
com produtividade, e sem afetar o meio ambiente. Tendo em vista, que em qualquer
parte do mundo, só se consegue produzir com qualidade, produtividade e sem poluir o
meio ambiente, se os locais de trabalho dos empregados forem salubres, se este
empregado não correrem risco de sofrerem acidentes de trabalho, bem como, se estes
tiverem qualidade de vida, em resumo, se as condições de trabalho dos empregados e
se seus ambientes de trabalho não forem insalubres, e não contenham riscos de
acidentes, como também não contaminarem o meio ambiente.

Desta maneira, os blocos componentes dos grandes mercados


internacionais, impuseram o cumprimento das normas ISO: International Organization
for Standardization (ISO 9000 – Qualidade de Produto e de Serviços, ISO 14.000 –
Qualidade do Meio Ambiente e ISO 18.000 que trata da Gestão de Saúde e Segurança
no Trabalho).

Portanto, sob pena de permanecer fora dos grandes mercados mundiais, as


empresas buscam atualmente, cada vez mais atender ao cumprimento das Normas
ISO que são impostas.

Considerando que para cumprir uma Norma ISO, as empresas necessitam


direta ou indiretamente atender as Normas de Segurança e de Medicina do Trabalho
que estão inseridas nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e
Emprego, assim as imposições de qualidade do mercado internacional veio a contribuir
para aumentar as necessidades de profissionais especializados em Segurança e em
Medicina do Trabalho para atuar nas melhorias das condições de trabalho dos
empregados e no cumprimento das Normas de Segurança.

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2.2. AÇÕES JUDICIAIS.

Artigo 159 do Código Civil Brasileiro: Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano.

Artigo 1518 do Código Civil Brasileiro: Os bens do responsável pela


ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado e,
se tiver mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação.

Constituição Federal, através do inciso XXVIII do art. 7º, explicita tal


obrigação para o empregador em face de acidentes do trabalho, de forma
independente e cumulativa com relação à indenização pelo Seguro de Acidentes do
Trabalho.

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

XXVIII – Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Legislação Previdenciária, o art. 121 da Lei de Benefícios da Previdência


Social (8.213/94) dispõe no mesmo sentido:

Art. 121. O pagamento, pela Previdência social, das prestações por acidente
de trabalho não excluí a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.

A obrigação do empregador de reparar o dano está, portanto, subordinada à


qualificação de sua conduta como culpa ou dolo. Quando o Empregador, com relação
aos riscos do trabalho, deixou de agir (omissão) ou agiu de forma negligente ou
imprudente, sua conduta é dita culposa.

Os artigos citados deixam claro que o responsável pelo dano a terceiro deve
arcar com os prejuízos, ficando o seu patrimônio disponível para tal fim.

Considerando que o responsável pelos riscos existentes na empresa é o


proprietário da mesma e cabe ao mesmo, zelar pela proteção de todos aqueles que
adentrem as áreas de risco da empresa, seja ele, empregado, prestador de serviço,
estagiário, visitante, etc.

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Levando em conta que além da indenização previdenciária que todos os


empregados já tem como garantida pela Legislação Previdenciária, atualmente os
mesmos, alertados pelos sindicatos de classe, pelos exemplos expostos em rádios,
jornais e revistas do País e do mundo, em caso de seqüelas permanentes buscam hoje
na justiça comum, os reparos dos danos causados pelo empregador, os quais
normalmente resultam questões de elevados valores , tornando os custos das causas
jurídicas significativos para as empresas pois influem no custo de seu produto final.

Levando em conta, que qualquer órgão do corpo humano lesado, possui para
o empregado acidentado, um valor inestimável, e em conseqüência do acidente
acontecido, normalmente se agregam problemas psicológicos e sociais; os valores
requeridos nas indenizações judiciais tem alcançado montantes elevados, que tem
abalado a economia das empresas.

Desta forma, sob pena de ver dilapidado o patrimônio da empresa ou mesmo


da pessoa física do responsável pela mesma, sai muito mais barato manter um controle
de Riscos produzidos pela Empresa, onde as Normas de segurança e de medicina do
trabalho são mais facilmente cumpridas, do que pagar judicialmente elevados valores,
resultantes de acidentes do trabalho que poderiam ter sido evitados pelo simples
cumprimento das Normas Regulamentadoras.

Baseado no princípio jurídico de que o dono do risco é responsável pelo risco


produzido, cabendo ao proprietário do estabelecimento, a responsabilidade de
proteção para todas as pessoas, que acessem a área de risco.

Vale também salientar que os acidentes com dolo comprovado, têm levado
muitos empresários a responder criminalmente pelos mesmos, bem como, em caso de
morte, tem o Ministério Público, automaticamente, aberto o inquérito para apuração dos
responsáveis e em caso de condenação pode o responsável (is) pegar cadeia.

Assim, para evitar que os acidentes de trabalho aconteçam, e


consequentemente as elevadas indenizações pelos danos causados, associadas as
possíveis ações criminais contra os responsáveis, têm as empresas aumentado a sua
busca no mercado de trabalho, a procura de orientação profissional nas áreas de
prevenção de acidentes de trabalho e para o cumprimento das Normas de Segurança,
fazendo desta forma um controle permanente dos riscos ambientais.

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2.3. AÇÕES REGRESSIVAS DO INSS.


A Lei nº 8.213/91, artigo 20 diz: ” Nos casos de negligência quanto às normas
padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e
coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis”.

Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho


indicadas para a proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação
regressiva contra os responsáveis (Artigo 338 do Decreto nº3.048/1999)

A ação de regresso que o INSS propõe, não só, reaver do responsável pelo
infortúnio do trabalho o que efetivamente se gastou com o acidentado, mas objetiva,
principalmente, forçar as empresas a tomar as medidas profiláticas de higiene e
segurança do trabalho. A fim de que a médio e a curto prazo, o numero de acidentes de
trabalho diminua. Aliás, tal meta é de interesse não só do acidentado, como de toda a
sociedade, que vê extirpado de seu meio, muitas vezes, no liminar de sua capacidade
produtiva, com prejuízos para todos.

Desta forma empresas negligentes poderão arcar com o ônus dos acidentes
que provoca em seus empregados por não adotar práticas prevencionistas cobradas
pela legislação.

Na Previdência Social existe legislação própria prevendo ações regressivas que


podem ser aplicadas contra as empresas negligentes, que provocam muitos acidentes
ou doenças ocupacionais nos seus empregados, onerando as despesas da previdência
social com gastos oriundos do não cumprimento das normas regulamentadoras por
parte das empresas, visto o descumprimento das leis.

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2.4. MULTAS ELEVADAS APLICADAS PELAS DRT

Tendo em vista que as multas contidas nas Normas Regulamentadoras, são


de valores elevados, sendo as mesmas, aplicadas cumulativamente sobre cada item da
Norma, não cumprido pela empresa. Sabendo-se, que no mundo globalizado, qualquer
custo extra, pode comprometer a competitividade da empresa no mercado, tornando-se
assim, muito mais barato para a empresa, o cumprimento das Normas
Regulamentadoras, do que o pagamento de multas de valores elevados a título de
autos de inflação, aplicados por não cumprimento das Normas de Segurança e Higiene
do Trabalho, forçando desta forma, as empresas a realizarem o controle de seus riscos.

Multas Aplicadas pelo MTE. (NR – 28).

Segurança do Trabalho 630 a 6.304 UFIR*

Medicina do Trabalho 378 a 3.782 UFIR*

Reincidência, Embaraço ou Resistência à Fiscalização.

Segurança do Trabalho 6.304 UFIR*

Medicina do Trabalho 3.782 UFIR*

* A Unidade de Referência Fiscal – UFIR foi extinta em decorrência do §3º do Art. 29 da Medida
Provisória. 2095-76. O último valor da UFIR, para todo o ano de 2000 foi de R$ 1,0641

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2.5. INTERRUPÇÃO DA PRODUÇÃO

EMBARGO OU INTERDIÇÃO

Segundo a Norma Regulamentadora de nº3 – Embargo ou Interdição, do


Ministério do Trabalho é considerado como de grave e iminente risco, toda condição
ambiental de trabalho que possa causar acidentes do trabalho ou doença profissional
com lesão grave à integridade física do trabalhador, estando a empresa, nestes casos,
sujeita ao embargo de uma obra que esta sendo construída ou a interdição de uma
máquina ou de um setor de trabalho essencial ao funcionamento da empresa.

Portanto, a empresa poderá ter sua produção comprometida, por problemas


de risco existentes nas atividades desenvolvidas ou nas condições de trabalho de seus
empregados, ocasionada pelo não cumprimento das Normas de Segurança, podendo
ter em conseqüência, a interrupção da produção, que pode resultar em perda de um
contrato ou de uma grande venda, que pode comprometer a economia da empresa.

Desta maneira este fator, também tem contribuído para as empresas


estabelecerem normas internas para a realização do controle de riscos ambientais.

Obs: Expor a vida de outro a perigo iminente é crime, podendo constatar indícios de
culpa da empresa: Negligência, Imprudência ou Imperícia.

2.6. PRIVATIZAÇÃO DO SEGURO DE ACIDENTES DE


TRABALHO

Hoje, o Seguro de Acidente de Trabalho é gerido pelo Estado e todas as


empresas contribuem com um percentual de sua folha de pagamento (1% a 3%),
baseado no grau de risco de sua atividade, independente da condição de segurança
que forneça aos seus empregados.

Atualmente está em discussão, a privatização deste Seguro, ou seja, todas


as empresas passarão a fazer o seguro de acidente de trabalho de seus empregados
com Seguradoras particulares.

Desta forma, o seguro de acidentes de trabalho deverá ser tratado como


atualmente as Seguradoras tratam os seguros contra incêndio, ou seja, as empresas,
que não possuem dispositivos, equipamentos e material humano treinado para
combater os casos de incêndio, terão seus custos onerados pela negligencia,
obedecendo ao mesmo critério, às empresas que não cumprirem as Normas
Regulamentadoras e as que não se preocupam com a prevenção dos acidentes de
trabalho com seus empregados, ou seja, as que não realizam um controle dos riscos
em seus ambientes de trabalho terão seus custos aumentados, tendo em vista os

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valores mais elevados que serão cobrados pelas Seguradoras para custear o seguro
de acidente de seus empregados.

Levando em conta que o baixo custo dos produtos fabricados é fator


primordial para a conquista dos mercados competitivos, a empresa que não cumprir as
Normas de Segurança do Trabalho, terá grande possibilidade de ficar fora do mercado.

2.7. PAGAMENTO DE TAXAS MAIS ELEVADAS PARA O INSS:


CUSTEIO DA APOSENTADORIA ESPECIAL

Atualmente as empresas cujas atividades de produção sejam insalubres e/ou


que exponham seus empregados ao risco de morte, fazendo com que os empregados
que desenvolvem tais atividades tenham aposentadoria especiais (15, 20 ou 25 anos
de atividade) esta empresa responderá por este ônus aos cofres federais, devendo
pagar um acréscimo na taxa de contribuição do Seguro de Acidentes de Trabalho:, em
até mais 12% somados ao SAT (+6%, + 9%, +12%) que incide sobre o valor dos
salários dos empregados que trabalham em ambientes insalubres e portanto, com
direito a esta aposentadoria especial.

As taxas atuais normais são de 1%, 2% e 3% dependendo do grau de risco da


atividade, com acréscimos de 12%. 9% e 6% para aposentadorias de 15 anos, 20 anos
e 25 anos, respectivamente, a partir de Março/2000.

Tendo em vista a mudança na Legislação Previdenciária, torna-se mais


barato, para a empresa, empregar esforços para transformar as atividades e os
ambientes de trabalho em ambientes SALUBRES e sem risco, para que possa ficar
fora desta sobretaxa obrigatória e consequentemente, tenha maior competitividade no
mercado. Assim o controle dos riscos ambientais, tornou-se uma preocupação
fundamental para os empresários.

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2.8. PAGAMENTO DE ADICIONAIS AO SALÁRIO.


Empresas cujos ambientes de trabalho podem causar danos à saúde dos
empregados, caso estes agentes prejudiciais não sejam controlados e monitorados,
podem ser obrigadas a pagar um adicional de insalubridade a seus empregados,
elevando os custos de produção, diminuindo desta forma a sua competitividade no
mercado e ao mesmo tempo criando provas materiais contra futuras ações judiciais
relativas a indenizações por reparo de dano.

Adicional ao salário: Insalubridade: 10%, 20% ou 40% do Salário Mínimo.


Periculosidade: 30% do salário base.

2.9. OBRIGATORIEDADE DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA.


(Norma Regulamentadora nº4)

A tendência de mudança da Norma Regulamentadora de nº 4, esta sendo


direcionada para a obrigatoriedade mais ampla de serviços de segurança para
praticamente todas as empresas, ficando como opção para as mesmas a utilização dos
serviços de segurança próprios (SEST) ou a contratação destes serviços de segurança
de empresas terceirizadas. Se esta tendência se concretizar, praticamente todas as
empresas terão necessidade de profissionais de segurança em seus quadros ou em
empresas de prestação de serviços, ampliando assim a necessidade de trabalhos de
prevenção de acidentes dentro das empresas e em conseqüência, maiores atenções
voltadas para o controle dos riscos ambientais.

2.10. MANUTENÇÃO DO BOM NOME DA EMPRESA.


Empresas que mutilam e acidentam os seus empregados, e não mantêm
políticas de preservação do meio ambiente, além das punições judiciais e
administrativas já existentes, tendem a ficar marcadas no mercado consumidor, pois os
meios de comunicação e os sindicatos dos empregados se encarregam da divulgação
destas empresas negligentes, marcando negativamente o nome da empresa no
mercado consumidor, podendo esta quebrar por exclusão dos próprios consumidores.

2.11. COBRANÇA DA SOCIEDADE.

Atualmente a sociedade, cobrada constantemente pela mídia, não aceita


mais sem reclamar e sem boicotar empresas negligentes pelas ações prejudiciais ao
homem e ao meio ambiente. Uma empresa que não atende aos desejos da sociedade
provavelmente será discriminada.

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2.12. INCENTIVO AO CONTROLE DOS RISCOS


AMBIENTAIS

GIIL-RAT: Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos


Riscos Ambientais do Trabalho

Conforme determina o artigo 10 da Lei nº 10.666, de 08/05/2003, a alíquota de


contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do benefício de
Aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser
reduzida, em até cinqüenta por cento (50%) ou aumentada, em até cem por cento,
(100%), conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em
relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados
obtidos a partir dos índices de freqüência, gravidade e custo, calculados segundo
metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social

Observação:

a) Terá como parâmetros os seguintes índices:


a) índice de freqüência.
b) Índice de gravidade.
c) Índice de custo.

b) Entrada em vigor: previsão 01/01/2010.

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3. ACIDENTES DE TRABALHO

3.1. Histórico do Acidente de Trabalho

Nas sociedades mais antigas, o homem já sofria acidentes enquanto


trabalhava para promover as necessidades de sua subsistência. No entanto, estes
acidentes só começaram a chamar a atenção dos governantes quando, em virtude do
seu elevado número, adquiriram as dimensões de um problema social. Isto ocorreu
após a Revolução Industrial resultante das descobertas de novas fontes de força de
trabalho como o vapor e a eletricidade, provocando o aparecimento de grandes
concentrações de trabalhadores em torno das empresas que empregavam grandes
quantidades de mão-de-obra. Era uma situação bem diferente daquela que
caracterizava a Idade Média, onde os artesãos realizavam trabalho manual dentro de
pequenas oficinas domésticas.

No século passado, o clamor contra as condições de vida do trabalhador


cresceu a ponto de levar os homens públicos a pensarem no cerceamento da liberdade
das partes na celebração do contrato de trabalho. O Estado foi interferindo nas
relações entre patrões e empregados, o que resultou na limitação da liberdade
econômica dos primeiros e em maior proteção para os trabalhadores.

Assim, devido às pressões impostas pela sociedade, começaram a surgir as


primeiras leis de proteção ao trabalhador. No Brasil, a primeira lei sobre acidentes do
trabalho é a de nº 3.724 de 15/01/1919, calçada na teoria do risco profissional, era
generalizada a teoria de que o assalariado, quando vítima de acidente, tinha de ser
amparado pelo patrão e pelo poder público, pouco importando se o empregado ou se o
empregador haviam-no causado.

4.2. CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DE TRABALHO (Lei 8.213 / 1991)

Art. 2º: Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do


trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho dos empregados,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda,
ou redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Como se observa no conceito legal de acidente de trabalho deve existir


necessariamente, a ocorrência de lesão ou perturbação funcional em algum
empregado, para que o acidente de trabalho seja considerado.

Todos os acidentes legais, isto é, todos os acidentes de trabalho com lesão, ou


perturbação funcional, devem ter seu registro obrigatório feito utilizando um documento
chamado de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho, que é feito para o INSS, no
prazo de 24 horas da ocorrência, a ser preenchido pela empresa, pelo acidentado, por
familiares do acidentado, pelo sindicato da classe ou pela DRT.

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Portanto com baseado no acima exposto, vimos que o conceito legal é uma
definição muito restrita de acidente de trabalho, não trata de sua prevenção e visa
somente a reparação do acidente já acontecido.

3.3. CONCEITO PREVENCIONISTA DE ACIDENTE DE TRABALHO

Acidente de trabalho Prevencionista trata-se de uma ocorrência não


programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal
de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e ou lesões nos
trabalhadores e ou danos materiais.

Considerando que é comum nas empresas, a ocorrência de vários incidentes


de gravidade variada, tais como, a queda de um tijolo de uma construção, a quebra de
uma máquina, uma interrupção anormal nas atividades, o desabamento de uma laje,
etc, porém caso estes acidentes não resultem na lesão de algum trabalhador, pelo
conceito legal, estes, não são considerados como acidente de trabalho.

Tendo em vista a necessidade de uma atuação mais preventiva e não corretiva


com os acidentes acontecidos nos ambientes de trabalho e considerando ainda que
estudos realizados mostram que para que ocorra um acidente de trabalho legal com
lesões graves, é preciso a ocorrências de inúmeros incidentes ou quase acidentes, que
pelo conceito prevencionista, já são considerados como acidentes e portando,
passíveis de intervenção dos profissionais. Desta forma os acidentes ocupacionais
atuais, são trabalhados bem antes da ocorrência da lesão.

Observação: Conceito Prevencionista


Acidente é qualquer ocorrência não programada que interfere ou interrompe o
processo normal de uma atividade, trazendo como conseqüência, isolada ou
simultânea, perda de tempo, danos materiais e/ou lesões ao homem (a mulher e ao
menor aprendiz, é claro).

O que é um incidente?
Um “incidente” pode ser definido como sendo um acontecimento não desejado ou não
programado que venha a deteriorar ou diminuir a eficiência operacional da empresa.
Do ponto de vista prevencionista, como anteriormente expresso, um “acidente” é o
evento não desejado que tenha por resultado uma lesão ou enfermidade a um
trabalhador ou um dano à propriedade.

Assim, quando adotarmos as providências necessárias para prevenir e controlar os


incidentes, estamos protegendo a segurança física dos trabalhadores, equipamentos,
materiais e o ambiente. A eliminação ou o controle de todos os incidentes deve ser a
preocupação principal de todos aqueles que estiverem envolvidos nas questões de
prevenção de acidentes ou controle de perdas. Portanto, os incidentes podem ou não
serem acidentes, entretanto todos os acidentes são incidentes.

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3.4. São considerados como acidentes do trabalho.

a) doenças profissional: é a produzida ou desencadeada pelo o exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social ( Lei n.º 8.213, de 24.07.91, Art. 20,
Inciso I ).

b) doenças do trabalho: e a doença adquirida ou desencadeada em função


de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no Anexo II, Listas “A” e “B” do Decreto
nº 3.048, de 06/05/1999.

Obs. Não são consideradas como doenças do trabalho:

a) as doenças degenerativa;
b) a inerente a grupos etários;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doenças endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela
se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

Obs.

1) Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação


constante do anexo II, resultou de condições especiais em que o trabalho é executado
e com ele se relaciona diretamente, a previdência social deve equipará - la ao acidente
do trabalho.

2) Do ponto de vista legal, as Doenças Profissionais e do Trabalho são consideradas


como acidentes do trabalho e neles são enquadradas para todos os fins.

3.5. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos legais:

I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;

II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho em


conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de


trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com

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o trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de


trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de forma


maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade

IV – o acidente sofrido pelo segurando, ainda que fora do local e horário de


trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou


proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) Acidente de Trajeto: no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para


aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.

Observação 1:

Deve-se atentar, que o acidente de trajeto, caracteriza o trajeto normal do


empregado, da residência para o trabalho e vice-versa, assim, a sistemática adotada
pelo INSS, para caracterização deste acidente leva em conta os seguintes itens:

1) Trajeto Normal: caminho diariamente percorrido pelo empregado, não precisando


ser, necessariamente, o mais curto. Pode ser ainda, não o normal, mas o obrigatório.

2) Tempo de Percurso Normal: atentar para o tempo que o empregado, diariamente, faz
o percurso, ou o tempo do desvio obrigatório.

3) Condições para o Trajeto Normal: atentar para as condições físicas, tráfego, etc.,
para que o empregado possa fazer o trajeto normal.

4) Atividade no Momento do Acidente: notar que o empregado, ao sair da sua


residência para a empresa ou vice-versa, tem como objetivo o trabalho ou a residência.
Caso o empregado saia da empresa para a residência, resolvendo ir até um local de
interesse particular, está extinto o trajeto normal, e a atividade normal de trajeto.

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Observação 2:

a) Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de


outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é
considerado no exercício do trabalho;

b) Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,


resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências
do anterior.

c) Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a


data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o
dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo
para este efeito o que ocorrer primeiro.

3.6. Acidente de Trabalho Típico e Atípico

Quanto do acidente de trabalho acontecido se encaixa no conceito de acidente


de trabalho legal, diz-se que o mesmo é um acidente típico, caso o acidente seja
considerado como acidente de trabalho por força de lei, pois devido as condições
específicas, não se encaixariam como acidentes de trabalho legal, estes são ditos
acidentes de trabalho atípico, como é o caso do acidente de trajeto.

3.7. Registro de Acidente de Trabalho

a) Documento Utilizado: CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho;

b) Prazo para Comunicação: 24 horas ou até o primeiro dia útil seguinte ao da


ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente; este
comunicado deve ser feito em todos os tipos de acidentes de trabalho caso haja ou não
afastamento do trabalho.

c) Da responsabilidade da Comunicação: A empresa e na sua falta, podem


formalizar esta comunicação, o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade
sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não
prevalecendo nestes casos o prazo previsto de 24 horas.

d) Cópias: a CAT deverá ser feita em quatro vias, deverão receber cópia fiel, o
acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua
categoria.

1ª via – INSS
2ª via – ao segurado ou dependente
3ª via – ao sindicato de classe do trabalhador
4ª via – à empresa.

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e) Estabilidade no Emprego: O segurado que sofreu o acidente de trabalho, tem


garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente da percepção de auxílio-acidente.

3.8. Acidente de Trabalho com e sem afastamento

O acidente de trabalho é dito com afastamento, quando o empregado


acidentado não consegue retornar ao trabalho até o dia seguinte do ocorrido, no
horário normal de trabalho. Caso este empregado, mesmo afastando-se
temporariamente, consiga sua recuperação e volta ao trabalho até o dia seguinte ao
ocorrido, este acidente será dito que foi sem afastamento.

Ex.: Acidente sem afastamento: Um empregado, no inicio de seu expediente, na


empresa, bateu com a cabeça numa saliência de uma laje e desmaiou, foi levado para
o ambulatório e em seguida, enviado para a residência do mesmo. No dia seguinte
achando-se totalmente recuperado, foi trabalhar normalmente.

3.9. Dias Perdidos

São os dias que o empregado permanece afastado do emprego, por


impossibilidade de trabalhar, devido a um acidente de trabalho acontecido.
Estes dias são contados a partir do dia seguinte ao acorrido.

3.10. Dias Debitados

São os dias que a empresa terá que lançar nos cálculos das taxas de
freqüência e taxas de gravidade, devido a uma lesão permanente ocasionada por um
acidente de trabalho.

Estes dias são padrões e podem ser encontrados na tabela de dias debitados,
fornecida pelo INSS. (Quadro 1-A, NR-5 ou nos anexos do livro de Normas
Regulamentadoras. Portaria nº 19 de 26/07/1983)

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4.0. OS CUSTOS DO ACIDENTE DE TRABALHO

Inicialmente, em diversos países, surgiram e evoluíram ações tendentes a prevenir danos às pessoas
decorrentes de atividade laborais. Foram elaboradas normas e disposições legais, enfim, toda uma legislação social
de “reparação” de danos (lesões).

Entretanto, estudiosos apontavam a necessidade


de ações mais importantes que deveriam tender
a prevenir os acidentes, além de assegurar
também o risco de lesões.

H.W.Heinrich, em 1931, efetuou uma pesquisa


que revelou a relação 4:1 entre os custos não
segurados (indiretos) e segurados (diretos) de
um acidente.

Nota: Esse valor, muito difundido, foi obtido para


a indústria americana, e não era seu propósito
usá-lo, em todos os casos, como estimativa do
custo de acidentes.

Heinrich introduziu a filosofia de acidentes com danos à propriedade (acidente sem


lesão) em relação aos acidentes com lesão incapacitante. Sua investigação apresentou
como resultado a seguinte proporção: para cada lesão incapacitante, haviam 29 lesões
menores e 300 acidentes sem lesão (incidentes).

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Em 1966, Frank E. Bird Jr. baseou sua teoria de “Controle de Danos” a partir de uma
análise de 90.000 acidentes ocorridos numa empresa metalúrgica americana (Lukens
Steel Company). Durante um período de mais de 07 anos, chegou a seguinte
proporção: para cada lesão incapacitante haviam ocorrido 100 lesões menores (não
incapacitantes) e 500 acidentes com danos à propriedade (incidentes).

Anteriormente, em 1959, o próprio Bird efetuou uma investigação na Lukens Steel,


verificando que o custo de acidentes com danos a propriedade (custos indiretos, ou
não segurados) foi de U$ 1.273.518,60 e os diretos (segurados) de U$ 208.300,00. Ou
seja, uma proporção de 6,1:1.

Essa proporção é costumeiramente comparada, por analogia,


ao iceberg. Apenas uma pequena fração de seu volume é
visível (custos segurados). Entretanto, a maior parcela do
imenso bloco de gelo encontra-se submersa, não visível, aos
olhos do leigo (a parte não segurada do acidente)!

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Daí, em 1969, a Insurance Company of North América (com Frank Bird sendo o Diretor
de Segurança de Serviços de Engenharia) analisou 1.753.498 casos de acidentes,
informados naquele ano por 297 empresas, que empregavam 1.750.000 trabalhadores.
Naturalmente, pelo volume de informações, a relação resultante foi mais precisa que a
anterior de Bird. E, se chegou a conclusão que, para cada acidente com lesão grave,
havia 10 acidentes com lesão leve, 30 com danos a propriedade e 600 quase
acidentes. A seguir, apresenta-se a “Pirâmide de Frank Bird” como é conhecida.

Portanto, o acidente de trabalho não causa transtornos e prejuízos apenas para o


trabalhador e sua família. A empresa onde o acidentado trabalha (ou trabalhava)
também sai perdendo bem como a sociedade. Afinal, os valores do seguro acidente
saem do erário público sendo sustentados pela inteira cadeia economicamente ativa da
sociedade.
Para o TRABALHADOR, o acidente pode
causar:
Sofrimento físico e psíquico;
Incapacidade (permanente ou temporária)
para o trabalho;
Dificuldades financeiras para si e sua família
(normalmente, o valor que se recebe do INSS
não corresponde a totalidade do salário).

Para a EMPRESA, o acidente pode trazer:


Interrupção do trabalho para socorro do
acidentado;
Interrupção do trabalho para observação e
comentário do ocorrido;
Gastos com primeiros socorros, transporte e
assistência do acidentado;
Parada e conseqüente perda de produção;

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Queda nos níveis de motivação dos outros
trabalhadores;
Queda na produtividade dos outros
trabalhadores;
Danificação ou perda de máquinas, equipamentos, ferramentas e/ou matérias-primas;
Atraso na entrega de produtos e/ou serviços, acarretando desgaste com clientes;
Desgaste com autoridades e com a imagem da empresa (valor não tangível);
Gastos com investigação sobre as causas do acidente;
Custos com remuneração adicional (horas extras de outros trabalhadores);
Custo de treinamento com o substituto do acidentado.

Para a SOCIEDADE, o acidente pode causar:


Perda temporária ou permanente de mão-de-obra produtiva;
Aumento no número de dependentes da coletividade;
Aumento de determinados impostos e de taxas de seguro;
Aumento do custo de vida.

Assim, podemos concluir que um acidente de trabalho acarreta custos diretos (ou
segurados) e indiretos (não segurados) para o acidentado, para a empresa e para o
país. Explicitamente se percebe que os acidentes de trabalho causam à nação
prejuízos maiores aos que conseguimos notar. Daí, a preocupação em sermos um dos
países com maior número de acidentes de trabalho em todo o mundo. Muitos
especialistas na área afirmam que, enquanto a nação possuir esses índices de
absenteísmo laboral, o país jamais crescerá rumo ao desenvolvimento!

Uma reportagem veiculada no jornal O Dia de 09/05/96 pode exemplificar o que um


acidente de trabalho pode causar. Observe alguns trechos desta reportagem e tire suas
próprias conclusões: “Cem funcionários da fábrica de papel Tannuri S.A. interromperam
ontem o trânsito na Avenida Itaoca, em frente à empresa, em Bonsucesso. O grupo
protestava contra a rescisão dos contratos de emprego sem pagamento do último
salário, Fundo de Garantia e outros direitos trabalhistas. A Tannuri é a firma onde
trabalhava Antônio Marcelo Bittencourt, 26 anos, que morreu em abril ao cair em
triturador de papel.... por causa da morte de Antônio Marcelo, a fábrica foi interditada”.

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05. CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO.

Causas dos Acidentes

Os acidentes de trabalho não são uma fatalidade.


Os acidentes não se dão porque o destino assim quer, mas porque alguém ou alguma coisa o provoca.

Isto significa que um acidente é sempre a consequência de uma ou mais causas.

A velha teoria da fatalidade há muito que foi substituída pela teoria da causalidade.

A ideia-chave a fixar é a de que:

Todo o acidente tem pelo menos uma causa.


Sendo assim, os acidentes podem ser evitados ou minimizados investigando as suas causas e eliminando-as.

Podemos então dizer que os acidentes são acontecimentos previsíveis e portanto passíveis de ser prevenidos.

É muito vulgar confundir-se os acidentes de trabalho com as suas consequências.

Vamos clarificar ideias.

"Acidente de trabalho" é uma ocorrência instantânea e não desejada, que altera o


desenvolvimento normal de uma actividade, provocando danos e lesões.
De acordo com a legislação em vigor, acidente de trabalho "é o acidente que se
verifique no local e tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou a redução
na capacidade de trabalho ou de ganho".

Se esta ocorrência não provocar lesões ou danos além dos resultantes da perturbação
da actividade designa-se por "incidente de trabalho".

As causas dos acidentes podem classificar-se em:

 Causas Humanas

 Causas Materiais

Causas dos Acidentes

Muitos estudos sobre as causas dos acidentes de trabalho têm vindo a dar razão ao
que os psicólogos do trabalho há muito afirmam, isto é, que é sobre o homem que é
necessário agir para diminuir os acidentes.

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Na realidade está estatisticamente provado que mais de 80% dos acidentes do trabalho
têm causas humanas.
Assim sendo, a acção prioritária para reduzir os acidentes deve ter como objecto os trabalhadores, nomeadamente na
sua formação e informação.

As causas humanas dos acidentes de trabalho mais comuns, são:

 Maus hábitos de trabalho

 Falta de experiência

 Falta ou deficiente formação profissional

 Cansaço

 Stress
Entre as causas materiais dos acidentes, as mais comuns são:

 Materiais defeituosos

 Equipamentos em más condições

 Ambiente físico ou químico não adequado

Todos os acidentes de trabalho devem ser participados, podendo fazer-se sob várias
modalidades:

 por parte da vítima ou familiares à entidade patronal;

 pela entidade patronal à seguradora;

 pela entidade patronal à respectiva instituição de previdência;

 pelo médico do trabalho ao delegado de saúde e ao IDICT.

Causas dos Acidentes

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A participação de um acidente faz-se com o preenchimento e envio para a entidade
competente de um documento que descreve o acidente da forma mais completa,
indicando designadamente:

 nome da entidade empregadora

 companhia de seguros

 dados pessoais do sinistrado

 dados sobre o acidente

 destino do acidentado

 causa(s) do acidente

 tipo(s) de lesão(ões)

 parte(s) dos corpo atingida(s)

 conseqüências do acidente

A Portaria n.º 137/94 de 8 de Março aprovou o modelo de participação de acidente de


trabalho e o mapa de encerramento do processo de acidente de trabalho.

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Fig. 4 - Modelo de participação de acidente

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06. RISCOS EXISTENTES NOS AMBIENTES DE TRABALHO

Dentro dos ambientes de trabalho, normalmente existem inseridos entre as


atividades e nos setores de trabalho, os agentes ambientais, que consistem em riscos
que estão presentes no dia a dia de trabalho dos empregados, e que dependendo da
concentração destes agentes dentro destes ambientes, dos níveis de tolerância
admitidos pelas Normas, do tipo de contato que os empregados mantêm com estes
agentes, do tempo de exposição aos agentes, da toxidade dos agentes, da resistência
física de cada empregado e de outros fatores específicos, esta exposição pode levar o
empregado a adquirir uma doença profissional ou do trabalho, que num futuro próximo
pode gerar grandes prejuízos para a empresa, como já foi visto no item anterior.

Entre os agentes existentes, temos a seguinte classificação.

6.1. AGENTES FÍSICOS


. Ruído;
. Vibrações;
. Radiações ionizantes;
. Radiações não ionizantes;
. Frio;
. Calor;
. Umidade;
. Iluminação;
. Pressões anormais

6.2. AGENTES QUÍMICOS


Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral que podem se
apresentar de várias formas nos locais de trabalho sob a forma de:

. Poeiras;
. Fumos;
. Névoas;
. Neblinas;
. Gases;
. Vapores:

6.3. AGENTES BIOLÓGICOS


. Vírus;
. Bactérias;
. Protozoários;
. Fungos;
. Parasitas;
. Bacilos;
. Micróbios.

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6.4. AGENTES ERGONÔMICOS


. Esforço físico intenso;
. Levantamento e transporte manual de peso;
. Exigência de postura inadequada;
. Controle rígido de produtividade;
. Imposição de ritmos excessivos;
. Trabalho em turno;
. Trabalho noturno;
. Jornadas de trabalho prolongadas;
. Monotonia e repetitividade;
. Atenção e responsabilidade;
. Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico;
. Treinamento inadequado/inexistente;
. Conflitos, ansiedade.

6.5. RISCOS DE ACIDENTES (GENTES MECÂNICOS)


. Arranjo físico inadequado;
. Máquinas e equipamentos sem proteção;
. Ferramentas inadequadas / defeituosas ou inexistentes;
. Riscos com eletricidade;
. Riscos de Incêndio e explosões;
. Armazenamento inadequado;
. Animais peçonhentos;
. Iluminação excessiva ou deficiente;
. Piso escorregadio ou irregular;
. Outras situações de risco que são consideradas como condições inseguras,
que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

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07. ANÁLISE QUALITATIVA


A avaliação qualitativa baseia-se nas observações e na experiência do perito. Na
avaliação qualitativa são identificados os riscos ambientais que possam existir nos
locais de trabalho através da análise das:

. Atividades desenvolvidas;
. Ciclos de trabalho;
. Posições de trabalho;
. Produtos manuseados;
. Ambientes de Trabalho (luz, ruído, calor, umidade, etc);
. Layout do local;
. Tempo de exposição aos agentes;
. Forma como se dá o contato com os agentes;
. Informações sobre os agentes existentes nas embalagens;
. Ferramentas utilizadas;
. Máquinas utilizadas;
. Manutenção dos equipamentos;
. Ordem e limpeza;
. Treinamento dos empregados;
. Qualificação dos empregados;
. Equipamentos de proteção utilizados: EPI / EPC
. Métodos de trabalho;
. Dispositivos de segurança;
. Prevenção de incêndio;
. Tipo de armazenamento dos produtos;
. Trabalhos repetitivos;
. Esforços físicos realizados;
. Tratamento de lixos e esgotos;
. etc.

Observação.
a) Existem determinados agentes ambientais que por falta de condições técnicas, por
dificuldade de quantificação ou mesmo por imposição da NR-15, devem ser avaliados
pelos peritos, de forma qualitativa, como é o caso dos agentes constantes na NR-15,
nos anexos: nº6 (pressão hiperbárica); nº7 (radiações não ionizantes); nº 9 (frio); nº 10
(umidade), nº13 e 13A (agentes químicos – operações diversas) e nº14 (agentes
biológicos).

b) Ponto de Trabalho ou posto de trabalho – todo e qualquer local onde o trabalhador


permanece durante o ciclo de trabalho.

c) Ciclo de Trabalho – Conjunto de atividades desenvolvidas pelo trabalhador em uma


seqüência definida e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de
trabalho.

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08. ANÁLISE QUANTITATIVA


A avaliação quantitativa baseia-se na utilização de instrumentos e equipamentos
que são usados para quantificar os riscos ambientais detectados durante a avaliação
qualitativa, determinando se os mesmos se encontram acima ou abaixo dos limites de
tolerância estabelecidos pelas Normas Regulamentadoras.

Observação:

Os anexos da Norma Regulamentadora de nº 15 onde obrigatoriamente devem ser


determinados os limites de tolerância para verificar as condições salubres ou insalubres
dos ambientes de trabalho, deve ser utilizados aparelhos especiais para verificar a
existência ou não desta condição. Os agentes que possuem LT – Limites de Tolerância
são os agentes contidos nos Anexos: nº1 e 2 (ruído), nº3 (calor), nº5 (radiações
ionizantes), nº8 (vibrações), nº11 (agentes químicos) e nº12 (poeira).

09. LIMITES DE TOLERÂNCIAS.


São valores quantitativos determinados por aparelhos e estabelecidos pelas
Normas Regulamentadoras (NR-15) e por outras Normas de segurança nacionais e
internacionais, cujos valores verificados sejam ultrapassados, os ambientes de trabalho
analisados são considerados como prejudiciais à saúde do homem (insalubres)

Os Limites de Tolerância - LT representam as condições sob as quais se acredita


que a grande maioria dos trabalhadores possa ficar continuamente exposta,
diariamente, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.

O limite de tolerância nunca deve interpretado como uma linha rígida que separa
o limite prejudicial do agente, do limite aceitável. Pois como trabalhamos com seres
humanos, possui cada um deles limites particulares.

10. NÍVEIS DE AÇÃO


Os níveis de ação apresentados na NR-9 (PPRA) determinam os valores, que a
partir dos quais se faz necessário o desencadeamento de ações preventivas de
controle no ambiente de trabalho de modo a minimizar a ação de um determinado
agente insalubre.

Observação.
a) Para os agentes químicos estes valores são 50% do Limite de Tolerância.

b) Para os agentes físicos, torna-se aplicável somente ao ruído contínuo ou


intermitente, ficando este valor definido como 50% da Dose ou níveis de ruído acima de
80 dB(A).

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11. APARELHOS MAIS UTILIZADOS NAS AVALIAÇÕES.


RUÍDO: Decibelímetro, Dosimetro de ruído.

ILUMINAÇÃO: Luxímetro.

UMIDADE DO AR: Psicrômetro, Higrômetro.

TEMPERATURA: Arvore de Termômetro de Globo, Termômetro globo eletrônico.

PRODUTOS QUÍMICOS: Bombas de Sucção, bombas manuais, tubos


colorimétricos, dosimetros químicos (monitores passivos), analisador de gases, etc.

VENTILAÇÃO: Anemômetro (velocidade do ar)

VIBRAÇÃO: Medidor de vibração.

POEIRA – Elutriador, bombas diversas.

PRODUTOS EXPLOSIVOS – Explosímetro.

PRODUTOS QUÍMICOS: Aparelhos e bombas diversas.

APARELHOS MULTIPLOS:

- TERMO HIGRO ANEMÔMETRO – Temperatura, umidade e velocidade do ar.

- TERMO ANEMÔMETRO – Temperatura e umidade

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DECIBELÍMETRO - MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA


DIGITAL

ANEMÔMETRO

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CALIBRADOR DE DECIBELÍMETRO/DOSÍMETRO

DOSÍMETRO DE RUÍDO.

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LUXÍMETRO DIGITAL

MEDIDOR DE VIBRAÇÃO DIGITAL PORTÁTIL

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PSICRÔMETRO GIRATÓRIO PORTÁTIL

TERMÔMETRO DE GLOBO DIGITAL PORTÁTIL

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BOMBA DE AMOSTRAGEM DE GASES DIVERSOS

AVALIAÇÃO INSTANTÂNEA – TUBOS COLORIMÉTRICOS

TUBO COLORIMÉTRICO PARA ACETONA

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MONITORES PASSIVOS.

DETECTOR DE GASES DIGITAL

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BOMBA PARA MEDIDA DE POEIRA / GASES.

DETECTOR DE GASES INFLAMÁVEIS – EXPLOSÍMETRO DIGITAL

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EQUIPAMENTOS MULTIPLOS.

Termo-higro-decibelimetro-Lux

Termo-Higro-Anemo-Lux

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12. MAPA DE RISCOS


(NR-5, Artigo 5.16. letra “a” e Anexo IV, Portaria nº 25)

12.1. HISTÓRICO DO MAPA DE RISCOS

O mapeamento de risco surgiu na Itália no final da década de 60 e no início


da década de 70, através do movimento sindical, com origem na Federazione dei
Lavoratori Metalmeccanici (FLM) que, na época, desenvolveu um modelo próprio de
atuação na investigação e controle das condições de trabalho pelos trabalhadores, o
conhecido “Modelo Operário Italiano”. Tal modelo tinha como premissas a formação de
grupos homogêneos, a experiência ou subjetividade operária, a validação consensual e
a não-delegação, possibilitando assim a participação dos trabalhadores nas ações de
planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho, não delegando tais funções
aos técnicos e valorizando a experiência e o conhecimento operário existente.

Portanto o método de mapeamento de riscos teve origem na Itália como


resultado de uma experiência desenvolvida pelos sindicatos, documentada no livro
Ambiente de Lavoro - la fábrica nel territorio. Este foi implantado no Brasil pela
Fundacentro de Minas Gerais pelos professores João Cândido e Dalva Aparecida, que
adaptaram este método para a realidade brasileira.

O Mapa de Riscos foi criado através da Portaria nº 5 em 17/08/92 tratando da


obrigatoriedade, por parte de todas as empresas, da “representação gráfica dos riscos
existentes nos diversos locais de trabalho“ e fazia parte da NR-09.

O método de mapeamento de riscos teve origem na Itália como resultado de


uma experiência desenvolvida pelos sindicatos, documentada no livro Ambiente de
Lavoro - la fábrica nel territorio. Este foi implantado no Brasil pela Fundacentro de
Minas Gerais pelos professores João Cândido e Dalva Aparecida, que adaptaram este
método para a realidade brasileira.

A Portaria nº 5, publicada no Diário Oficial da União no dia 20/08/92, foi


expedida pelo Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador
(Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho) alterou a Norma Regulamentadora –
NR-9 da Portaria nº 3214/78, tornando obrigatória a elaboração e a fixação, nos locais
de trabalho, do mapa de riscos ambientais.

Essa obrigatoriedade atinge a todas as empresas, mesmo àquelas isentas


de constituição de CIPA, pois o sub-item 5.6.4. da nova NR-05, determina que as
empresas que estão desobrigadas a constituir a CIPA deverão designar um
responsável pelo cumprimento das atribuições da norma, devendo inclusive treiná-lo
para tal fim.

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12.2. O QUE É MAPA DE RISCO.

É uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais


de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores.
Tais fatores se originam nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais,
equipamentos, instalações, suprimentos, e nos espaços de trabalho, onde ocorrem as
transformações) e da forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de
trabalho, método de trabalho, turnos de trabalho, postura de trabalho, treinamento etc.)

12.3. FINALIDADE

O mapa de risco tem como finalidade descrever o ambiente físico da


empresa, setores e departamentos, identificando os riscos profissionais existentes no
ambiente de trabalho, capazes de comprometer a segurança e causar danos à saúde
do trabalhador, além de sugerir medidas de controle desses riscos, propondo soluções
para os problemas detectados.

Partindo do principio de que o melhor conhecedor do seu ambiente de


trabalho é o próprio trabalhador e que a organização desses conhecimentos oferece as
condições para a proposição de melhorias no ambiente.

O desconhecimento acerca dos riscos, de suas conseqüências e das medidas


preventivas necessárias, atinge não apenas os trabalhadores mas também os
empregadores.

12.4. OBJETIVOS

a) Identificar os riscos existentes nos locais de trabalho;

b) Conscientizar os trabalhadores sobre os riscos existentes;

c) Conhecendo os riscos, faz com que ele previna-se dos perigos do que
possam existir nos locais de trabalho;

d) Eliminação dos riscos, através de exigências de mudanças;

e) Viabilização das mudanças através de negociação direta entre


empregador/CIPA, que por meio de compromissos firmados, possam ser implantadas
medidas gerando finalmente condições dignas e de segurança de trabalho.

f) Envolver os empregados no compromisso de lutar pela eliminação dos


riscos existentes nos locais de trabalho.

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12.5. RESPONSABILIDADE DO MAPA DE RISCOS.

Cabem as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho -


CIPAS, as atribuições de “Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o
MAPA DE RISCO, com a participação do maior número de trabalhadores, com
assessoria do SESMT, onde houver“. (NR-5, 5.16, letra “a”), devendo o mesmo ser
refeito a cada gestão da CIPA.

Observação.

1. O mapa de riscos deve ser realizado pela CIPA, ou por seu representante legal,
caso a empresa não necessite constituir esta Comissão, (NR-5, item 5.6.4.), nesta
tarefa de execução do Mapa, a CIPA deverá se preocupar muito mais com as queixas e
incômodos reportados pelos trabalhadores das várias áreas do que em analisar se
realmente os agentes citados são ou não de risco à saúde.

2. A tarefa de identificar se realmente existe o risco reportado caberá ao empregador (


corpo técnico ou SESMT, que elaborará um Mapa de Risco Técnico ).

12.6. TEMPO DE VALIDADE DO MAPA DE RISCO

O Mapa de Riscos terá validade de um ano, já que deverá ser refeito a cada
nova gestão da CIPA, trabalho que indicará o controle da eliminação dos riscos
assinalados e que servirá, ainda, de termômetro da boa ou má gestão da CIPA que
concluiu seu mandato.

Desta forma, entende-se que o Mapa de Riscos deve ser dinâmico: conforme
forem resolvidos e/ou minimizados os risco neles simbolizados, ele deve ser alterado.

12.7. ETAPAS DO MAPA DE RISCOS

1) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:


Número de trabalhadores, sexo, idade, treinamentos profissionais e de
segurança e saúde, jornada de trabalho, instrumentos e materiais de trabalho,
atividades exercidas pelos empregados.

2) Identificar os riscos existentes nos locais analisados.


Relacionar todos os riscos encontrados nos locais de trabalho.

3) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:


Medidas de proteção coletiva, organização do trabalho, proteção
individual, medidas de higiene e conforto.

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4) Identificar os indicadores de saúde.


Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas,
causas mais freqüentes de ausentismo.

5) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local


Verificar os levantamentos já realizados para tomar conhecimento das
melhorias conseguidas, criação de novos riscos, introdução de novas atividades, etc.

6) Elaborar o Mapa de Riscos.

a) Conseguir uma planta baixa da empresa ou do setor analisado,


rascunhar um layout do local ou representar o esboço do local numa folha de papel
para que sejam os riscos indicados através de círculos.

b) Classificar todos os riscos levantados de acordo com o existente na


Tabela I (ANEXO IV da NR-5, Portaria nº 25 de 29.12.94).

12.8. REPRESENTAÇÃO DOS AGENTES NO MAPA DE RISCO.

Grupo 1 : Riscos Físicos: Cor Verde.

Grupo 2 : Riscos Químicos: Cor Vermelha.

Grupo 3 : Riscos Biológicos: Cor Marrom.

Grupo 4 : Riscos Ergonômicos: Cor Amarela.

Grupo 5 : Riscos de Acidentes: Cor Azul.

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12.9. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5


Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul

Riscos Riscos Riscos Riscos Riscos


Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos de Acidentes

Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico Arranjo físico

Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e Máquinas sem


transporte manual de proteção
Radiações Névoas Protozoários peso
Ferramentas
Frio Neblinas Fungos Posturas inadequadas inadequadas e
Defeituosas
Calor Gases Parasitas Controle rígido de
produtividade Iluminação inadequada
Pressões Anormais Vapores Bacilos
Imposição de ritmos Eletricidade
Umidade Produtos químicos excessivos
em geral Incêndio ou Explosão.
Trabalho em turnos e
noturno Armazenamento
inadequado
Jornadas prolongadas
Animais peçonhentos
Monotonia e
Repetitividade. Outras situações de
risco que poderão
Outras situações de contribuir para a
stress físico e/ou ocorrência de
psíquicos. acidentes.

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c) Representar a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos


trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes
de círculos. Não existem tamanhos padrões para estes círculos (antigamente eram
padronizados em círculos com os seguintes diâmetros: grande risco: 10 cm, médio
risco: 5 cm e pequeno risco: 2,5 cm).

INTENSIDADE DOS RISCOS AMBIENTAIS.

Grande Risco. Médio Risco. Pequeno Risco.

d) Deve ser indicado no mapa de riscos, o número de trabalhadores do


local analisado que estão expostos aos riscos, o qual deve ser anotado dentro do
círculo.

5
5

e) Especificar o agente (risco) do local, também dentro do círculo.

Ruído
Calor

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f) Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos do
estabelecimento, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado,
para informação dos que ali trabalham, de forma claramente visível e de fácil acesso
para os trabalhadores.

Observações.

A) A colocação dos riscos ambientais do local analisado e do número de empregados


expostos, dentro dos círculos, pode não ser viável, pois a quantidade de riscos pode
tornar o círculo muito grande.

B) Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo - por
exemplo, riscos físicos: ruído, vibração e calor - não é preciso colocar um círculo para
cada um desses agentes, basta um círculo apenas - neste exemplo, com a cor verde,
dos riscos físicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade.

C) Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto.
Neste caso, divide-se o círculo conforme a quantidade de riscos, em 2, 3, 4 e até 5
partes iguais, cada parte com a sua respectiva cor.

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D) Quando um risco afeta a seção inteira - exemplo: ruído - uma forma de representar
isso no mapa é colocá-lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando
que aquele problema se espalha pela área toda.

12.10. Parâmetros.
Como o Anexo IV não define os parâmetros para classificar os riscos em
grandezas proporcionais às suas intensidades, definimos aqui um critério dentro de
uma certa coerência.

AGENTES DE PEQUENO MÉDIO GRANDE


RISCOS
Quando os agentes Quando as condições Quando a concentração, intensidade,
existem no ambiente, agressivas dos agentes tempo de exposição etc. estejam acima
Físicos, mas de concentração ou estiverem abaixo dos limites dos limites considerados toleráveis pelo
Químicos e intensidade tal que a toleráveis para as pessoas, organismo humano e não há proteção
Biológicos capacidade de agressão mas ainda causam desconforto individual ou coletiva eficiente. Quando
às pessoas possa ser - com ou sem proteção não existem dados precisos sobre
considerada desprezível. individual ou coletiva. concentração, intensidade, tempo de
exposição etc., e, comprovadamente, os
agentes estejam afetando a saúde do
trabalhador, mesmo que existam meios
de proteção individual e coletiva.
Podem ser considerados Podem ser consideradas as Quando for flagrante: trabalho
trabalhos que cansam, situações citadas no item permanente e excessivamente pesado;
Ergonômicos com pouca probabilidade seguinte, quando ocasionais. postura totalmente em desacordo com a
de afetar a pessoa. posição e movimentos normais do corpo,
em longos períodos; jornada de trabalho
com muitas horas extras;serviços com
movimentos rápidos e repetitivos por
longos períodos.
Podem ser considerados Podem ser consideradas as quando forem evidentes casos que
os trabalhos que não se características dos meios e podem causar lesões sérias como:
aproximam os dos processos e trabalho que máquinas, equipamentos, plataformas,
trabalhadores de pontos expõem as pessoas em perigo, escadas etc, que estiverem desprovidos
de Acidentes agressivos, como, por com pouca probabilidade de dos meios de segurança; arranjo físico for
(mecânicos) exemplo, em máquinas lesões sérias. ou estiver de tal forma a comprometer
automáticas. seriamente a segurança das pessoas;
ferramentas manuais forem ou estiverem
visivelmente compromentendo a
segurança dos usuários; o
armazenamento ou transporte de
materiais forem desordenados e
visivelmente inseguros.

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12.11. LEGENDA

É imprescindível a sua existência no mapa de risco, tendo em vista necessidade


de interpretação da codificação empregada no mapa, portanto a compreensão do
mapa depende da inclusão da legenda.

LEGENDA:

CORES TAMANHO DOS CIRCULOS

INDICA RISCO PEQUENO


INDICA RISCOS FÍSICOS

INDICA RISCOS QUÍMICOS

INDICA RISCO MÉDIO


INDICA RISCOS BIOLÓGICOS

INDICA RISCOS ERGONÔMICOS

INDICA RISCO GRANDE


INDICA RISCOS DE ACIDENTES

Os números dentro dos círculos indicam quantos funcionários estão expostos ao risco.

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12.12. TIPOS DE MAPA DE RISCO.

12.12.1. GERAL

Representado numa planta baixa da fábrica, indicando todos os setores de


trabalho da empresa com seus respectivos riscos e pessoas envolvidas.

Observação.
a) Este mapa de risco geral normalmente é exposto na entrada da empresa e ou nos
locais mais movimentados pelos colaboradores (refeitório, sala de lazer, ponto, etc.).

b) É utilizado pelo SESMT da empresa para ter uma visão global dos setores de
trabalho da empresa e sua situação em relação ao mapa de risco.

MAPA DE RISCO AMBIENTAL

02 Box Esteira
Microorganismos 10 02
Vestiário Microorganismos
corte / perfuração
Corte / Perfuração Coleta / Antecâmara
Feminino Vacina Preparo Microorganismos
Corte / perfuração
Curva Glicêmica
Espera
Área
Técnica Box
09 UP

H
Copa Acesso a saída de emergência
Acesso a saída de emergência
01 Iluminação
07 deficiente
Produto químico

Impressão de
etiquetas W.C
W.C
Cliente Hall Hall
Cliente

Digitação
W.C W.C
Espera Feminino Masculino
Vestiário 02 Elevador Elevador
Masculino Postura inadequada
Ultrassonografia Ultrassonografia
02
Laudos Radiação não ionizante
Microorganismos

GRADAÇÃO DE RISCOS DEFINIÇÃO DOS RISCOS EXTINTORES DE INCÊNDIO


DADOS DA EMPRESA
Ruído; vibrações; radiações não ionizantes; frio; calor; pressões anormais; umidade.
Risco Pequeno
Poeiras; fumos; neblinas; gases; vapores; substâncias compostas ou produtos químicos em geral. PQS - Pó Químico Seco
Unidade Madureira
Rua: Américo Brasiliense, 135
Risco Médio Vírus; bactérias; fungos; parasitas; bacilos.
CO2 - Gás Carbônico 1º Pavimento
Esforço físico intenso; levantamento e transporte manual de peso; controle rígido de produtividade;
imposição de ritmos excessivos; trabalho em turno e noturno; jornadas de trabalho prolongadas; monotonia
Risco Grande e repetitividade; outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico. MAPA DE RISCO GESTÃO 2003 / 2004
AP - Água Pressurizada
Arranjo físico inadequado; máquinas e equipamentos sem proteção; iluminação inadequada; eletricidade; TOTAL DE FUNCIONÁRIOS DO ESTABELECIMENTO
O número localizado no interior do círculo probabilidade de incêndio ou explosão; armazenamento inadequado; animais peçonhentos; outras
significa a quantidade de funcionário expostos a HOMENS 03 MULHERES 14
situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
determinado risco.

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Fone: (85) 9982-7457 / 3248-1945, Fax: 3248-1616
E-mail: gssarto@gmail.com.
12.12.2. MAPA DE RISCO SETORIAL

LOCAL: Área de Tanques

INCENDIO

QUEROSENE
7

GASOLINA

QUEDA

LEGENDA
TIPO DE RISCO

Grande Médio Pequeno

GRUPO DE RISCO

VERDE GRUPO 1 RISCOS FISICOS


VERMELHO GRUPO 2 RISCOS QUIMICOS
MARROM GRUPO 3 RISCOS BIOLOGICOS
AMARELO GRUPO 4 RISCOS ERGONOMICO
AZUL GRUPO 5 RISCOS DE ACIDENTES

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12.13. ETAPAS DO MAPA DE RISCOS

12.13.1. Conhecer o processo de trabalho no local analisado.


Número de trabalhadores, sexo, idade, treinamentos profissionais e
de segurança e saúde, jornada de trabalho, instrumentos e materiais de trabalho,
atividades exercidas pelos empregados.

12.13.2. Identificar os riscos existentes nos locais analisados.


Relacionar todos os riscos encontrados nos locais de trabalho.

12.13.3 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:


Medidas de proteção coletiva, organização do trabalho, proteção
individual, medidas de higiene e conforto.

12.13.4. Identificar os indicadores de saúde.


Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos
aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais
diagnosticadas, causas mais freqüentes de absentismo ao trabalho.

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12.14. QUESTIONAMENTOS EXISTENTES: MAPA DE RISCO

A) A CIPA não tem condições/conhecimentos técnicos para realização do Mapa


de Riscos:

O que se deseja da CIPA é simplesmente o reconhecimento do risco. A


representação gráfica, medições e outras considerações são de responsabilidade da
empresa. A empresa deverá ajudar na medida do possível através do SESMT e caso
não exista, com orientação técnica de terceiros.

B) O tanto que o risco incomoda a cada trabalhador:

Pode ocorrer que alguns trabalhadores entendam que determinado risco


incomoda muito e na realidade não se trate de um grande risco técnico. O tamanho do
círculo não indica necessariamente o tamanho do risco técnico.

C) Os riscos expostos no Mapa de Riscos da Empresa pode induzir os


empregados da empresa, a requererem o pagamento do adicional ao salário por
estarem expostos aos riscos indicados, valendo-se do Mapa de Riscos como
prova.
Não se trata de hipótese improvável. Nada impede, contudo lembramos que o
mapa de risco é realizado de forma qualitativa, pela CIPA da empresa, baseado no que
os empregados acham de determinados agentes existentes nos locais de trabalho e de
acordo com a legislação vigente, somente profissionais habilitados : Engenheiros de
Segurança e Médicos do Trabalho, podem, baseados em análises qualitativas e/ou
quantitativas determinar a salubridade ou insalubridade de um ambiente de trabalho.
O Mapa de Riscos não é um mapa técnico , pois a simples existência de um
agente no local de trabalho não implica que este(s) agente(s) serão considerados
ofensivos a saúde do trabalhador na forma nas Normas Regulamentadoras.

D) A CIPA estaria tirando trabalho que deveria ser realizado pelos profissionais
técnicos especializados e/ou pelo SESMT.

Na verdade a CIPA, não fará sozinha o trabalho, pois terá a orientação do


SESMT da empresa ou de profissionais técnicos.

E) Como ter base para classificação dos agentes em graus mínimo, médio ou
máximo.

Deverá ser utilizado o bom senso de cada um e analisar/classificar os riscos


sempre pensando em qual seria o malefício causado ou ter como base o sentimento
dos empregados.

Exemplo: Uma dor na coluna é um mal menor comparado com o risco de morte por
choque elétrico, o ruído seria um mal maior do que a presença de umidade, etc.

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F) O Mapa de Riscos na Indústria da Construção.

A Indústria da Construção apresenta peculiaridades que a torna diferente de


outros ramos de atividade industrial.

A mais significativa dessas diferenças é aquela que diz respeito ao extremo


dinamismo de obras, a velocidade das mudanças no ambiente de trabalho, diretamente
relacionadas às fases das obras.

O Mapa de Riscos, a fim de que possa atingir seus objetivos, deve retratar o
ambiente de trabalho; portanto, acompanhar o dinamismo do ambiente analisado.

A Portaria nº 5 diz que o Mapa de Riscos deve ser refeito a cada nova
gestão da CIPA. Contudo, não proíbe que ele seja refeito mais vezes. Portanto, o Mapa
de Riscos na Indústria da Construção deve ser feito e refeito conforme as etapas da
obra.

12.15. CONCLUSÃO DO MAPA DE RISCO

Soluções alternativas, muito criativas, vêm sendo usadas, uma vez que é
entendimento geral ser a mobilidade fator importante a ser considerado na confecção
do Mapa de Riscos. Contudo, é imprescindível que o trabalhador seja envolvido no
processo e que o Mapa de Riscos seja harmonioso e não conflitante com o ambiente.

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