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Dados Bibliográficos:
Certificações Profissionais Parks – Treinamento GPON
Edição 4 – Revisão 02 de 15/02/2013
2
ÍNDICE
DIREITOS DE EDIÇÃO....................................................................................2
ÍNDICE..........................................................................................................3
LISTA DE TABELAS.........................................................................................7
LISTA DE FIGURAS.........................................................................................7
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................10
2. CERTIFICAÇÃO........................................................................................11
2.1. CERTIFICAÇÕES PARKS (CP)...................................................................11
3. FIBRA ÓPTICA........................................................................................12
3.1. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO..................................................................12
3.1.1. LUZ.................................................................................................13
3.2. VANTAGENS DA FIBRAS ÓPTICAS..............................................................14
3.2.1. IMUNIDADE À INTERFERÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS........................................14
3.2.2. DIMENSÕES REDUZIDAS.........................................................................14
3.2.3. PESO...............................................................................................15
3.2.4. MAIOR DISTÂNCIA DE TRANSMISSÃO..........................................................16
3.2.5. SEGURANÇA.......................................................................................16
3.2.6. RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO..................................................................16
3.2.7. ELEVADA CAPACIDADE DE TRANSMISSÃO.....................................................16
3.3. DESVANTAGENS DA FIBRAS ÓPTICAS..........................................................17
3.3.1. FRAGILIDADE MECÂNICA E SENSIBILIDADE À UMIDADE......................................17
3.3.2. EXIGÊNCIA DE MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS.........................17
3.3.3. CUSTO DOS ELEMENTOS ATIVOS E INTERFACES ÓPTICAS....................................18
3.4. PROPAGAÇÃO DA LUZ PELA FIBRA..............................................................18
3.4.1. REFLEXÃO DA LUZ................................................................................18
3.4.2. REFRAÇÃO DA LUZ................................................................................19
3.5. TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS.....................................................................20
3.5.1. FIBRA ÓPTICA MULTIMODO (MMF - MULTI MODE FIBER)................................21
3.5.2. FIBRA ÓPTICA MONOMODO (SMF - SINGLE MODE FIBER)...............................22
3.5.3. COMPARAÇÃO ENTRE AS FIBRAS MULTIMODO E MONOMODO................................23
4. CONECTORES ÓPTICOS...........................................................................24
4.1. CONEXÕES MECÂNICAS NAS FIBRAS ÓPTICAS................................................24
4.1.1. PC - PHYSICAL CONTACT (CONTATO FÍSICO)................................................24
4.1.2. UPC - ULTRA PHYSICAL CONTACT (ULTRA CONTATO FÍSICO).............................25
4.1.3. APC - ALGLED PHYSICAL CONTACT (CONTATO FÍSICO EM ÂNGULO).....................25
3
4.2. CONECTOR MONOMODO ST (STRAIGHT TIP) - PC..........................................26
4.3. CONECTOR MONOMODO FC (FERRULE CONNECTOR) - APC...............................26
4.4. CONECTOR MONOMODO LC (LUCENT CONNECTOR) - PC..................................27
4.5. CONECTOR MONOMODO SC (SIMPLEX CONNECTOR) - APC...............................28
4.6. CONECTOR MONOMODO MT-RJ (MECHANICAL TRANSFER REGISTERED JACK)..........29
4.7. CONECTOR MONOMODO FC (FERRULE CONNECTOR) - PC / SPC........................29
4.8. CONECTOR MONOMODO E2000 - APC.......................................................30
4.9. OUTROS CONECTORES...........................................................................30
5. CABOS ÓPTICOS.....................................................................................31
5.1. CABOS TIPO TIGHT..............................................................................31
5.2. CABOS TIPO LOOSE..............................................................................32
5.3. CABOS TIPO GROOVE............................................................................33
5.4. CABOS TIPO RIBBON (FITA)....................................................................34
6. MÓDULOS TRANCEIVER...........................................................................35
6.1. MÓDULOS SFP COPPER (COBRE)..............................................................36
6.2. MÓDULOS SFP FIBER (FIBRA).................................................................37
7. REDES ÓPTICAS PON (PASSIVE OPTICAL NETWORK)..............................39
7.1. ELEMENTOS DA ESTRUTURA PON..............................................................40
7.1.1. CENTRAL DE EQUIPAMENTOS (HEADEND).....................................................40
7.1.2. BACKBONE ÓPTICO (FEEDER)..................................................................40
7.1.3. PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO......................................................................41
7.1.4. REDE ÓPTICA DE DISTRIBUIÇÃO...............................................................41
7.1.5. REDE ÓPTICA DROP..............................................................................41
7.1.6. REDE INTERNA....................................................................................42
7.2. ARQUITETURAS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO ÓPTICAS.....................................42
7.2.1. PONTO-A-PONTO (POINT-TO-POINT)...........................................................42
7.2.2. PONTO-A-MULTIPONTO (POINT-TO-MULTIPOINT) ATIVA......................................43
7.2.3. PONTO-A-MULTIPONTO (POINT-TO-MULTIPOINT) PASSIVA...................................43
7.3. TIPOS DE NORMAS PON........................................................................44
7.4. SOLUÇÕES FTTX.................................................................................45
7.4.1. FTTCAB (FIBER TO THE CABINET)............................................................45
7.4.2. FTTC (FIBER TO THE CURB)...................................................................46
7.4.3. FTTB (FIBER TO THE BUILDING)..............................................................46
7.4.4. FTTH (FIBER TO THE HOME)..................................................................47
7.4.5. FTTA (FIBER TO THE APARTMENT)............................................................48
7.4.6. FTTD (FIBER TO THE DESK)..................................................................48
8. CONSTRUÇÃO DA REDE ÓPTICA..............................................................49
8.1. ENTRADA AÉREA PADRÃO.......................................................................49
8.2. ENTRADA SUBTERRÂNEA PADRÃO.............................................................52
9. MERCADO GPON......................................................................................54
10.EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM REDES GPON.......................................55
10.1. DIVISORES ÓPTICOS (SPLITTERS).............................................................55
4
10.1.1. FBT (FUSED BICONICAL TAPARED)............................................................55
10.1.2. PLC (PLANAR LIGHTWAVE CIRCUIT)..........................................................56
10.2. OLT (OPTICAL LINE TERMINATION - TERMINAÇÃO DE LINHA ÓPTICA)...................57
10.3. OLT PARKS FIBERLINK 1000X SÉRIE II......................................................60
10.4. ONU (OPTICAL NETWORK UNIT - UNIDADE DE REDE ÓPTICA)...........................62
10.4.1. TIPOS DE ONU...................................................................................63
10.4.1.1. ONT OUTDOOR (OPTICAL NETWORK TERMINAL OUTDOOR)..........................63
10.4.1.2. ONT INDOOR (OPTICAL NETWORK TERMINAL INDOOR)...............................64
10.4.1.3. MDU (MULTI DWELLING UNIT) XDSL...................................................65
10.4.1.4. MDU (MULTI DWELLING UNIT) ETHERNET..............................................66
10.5. ONTS PARKS FIBERLINK SÉRIES 4000, 2000 E 1000...................................67
10.5.1. FIBERLINK 2021.................................................................................69
10.5.2. FIBERLINK 4012.................................................................................69
10.5.3. FIBERLINK 1000.................................................................................70
10.5.4. FIBERLINK 2010.................................................................................70
10.6. ESQUEMA DE LIGAÇÃO OLT - ODN - ONU..................................................71
11.CIDADES DIGITAIS.................................................................................72
11.1. VANTAGENS DO USO DO GPON EM CIDADES DIGITAIS....................................73
11.2. APLICAÇÃO EM CIDADES DIGITAIS.............................................................74
11.3. SERVIÇOS RESIDENCIAIS........................................................................76
11.4. SERVIÇOS CORPORATIVOS......................................................................76
11.5. BACKHAUL VDSL2...............................................................................76
11.6. BACKHAUL MÓVEL................................................................................77
12.GERENCIAMENTO E CONTROLE OMCI......................................................78
13.MULTIPLEXAÇÃO TDM GPON...................................................................80
14.PROTEÇÃO E REDUNDÂNCIA...................................................................82
14.1. PROTEÇÃO OLT DUPLEX.........................................................................82
14.2. OLT E ONT COM PORTAS REDUNDANTES DUPLEX..........................................82
14.3. MODELO DUPLEX COM SISTEMA DUPLO DE OLTS...........................................83
15.COBERTURA DE VÍDEO GPON (VIDEO OVERLAY).....................................84
15.1. VÍDEO ANALÓGICO GPON......................................................................84
15.2. CONFIGURAÇÃO PRÁTICA........................................................................84
15.3. GPON ASSOCIADO A RFOG....................................................................86
16.ENTIDADES DE TRÁFEGO DA TECNOLOGIA GPON....................................88
16.1. ONU-ID (ONU IDENTIFIER)...................................................................88
16.2. ALLOC-ID (ALLOCATION IDENTIFIER)........................................................88
16.3. T-CONT (TRANSMISSION CONTAINER).......................................................88
16.4. GEM PORT (GPON ENCAPSULATION METHOD)............................................90
16.5. GEM PORT-ID...................................................................................90
17.CONFIGURAÇÃO FIBERLINK SÉRIE 10000 VIA CONSOLE.........................91
17.1. CONEXÃO AO TERMINAL DE COMANDOS......................................................91
17.1.1. CONEXÃO VIA CONSOLE.........................................................................91
5
17.1.2. CONEXÃO VIA TELNET...........................................................................91
17.1.3. LOGIN..............................................................................................92
17.1.4. MODOS DE COMANDO...........................................................................92
18.CUIDADOS COM O MANUSEIO DA FIBRA.................................................94
19.EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO.................................................................95
19.1. CENÁRIO...........................................................................................95
19.2. CONFIGURAÇÃO DA GERÊNCIA..................................................................96
19.2.1. ADICIONANDO A OLT AO SOFTWARE DE GERÊNCIA.........................................96
19.2.2. CRIANDO VLAN PARA DADOS..................................................................97
19.2.3. DEFININDO A POLÍTICA PARA AS VLAN.......................................................97
19.2.4. INICIANDO A CONFIGURAÇÃO DAS ONUS.....................................................98
19.2.5. DEFININDO IP, ALIAS, MÁSCARA..............................................................99
19.2.6. VALIDANDO CONFIGURAÇÕES DE IP, ALIAS E MÁSCARA....................................99
19.2.7. INICIANDO A CONFIGURAÇÃO DO PERFIL DE FLUXO.......................................100
19.2.8. CONFIGURANDO O PERFIL DE FLUXO........................................................100
19.2.9. CRIANDO PERFIL DE FLUXO...................................................................101
19.2.10. CRIANDO OS PERFIS DE BANDA..............................................................101
19.2.11. CONFIGURANDO OS PARÂMETROS DO PERFI DE BANDA....................................102
19.2.12. SELECIONANDO IP-HOST PARA VLAN........................................................102
19.2.13. ASSOCIANDO A VLAN DE DADOS AO FLUXO................................................103
19.2.14. SELECIONANDO OS PERFIS....................................................................104
19.2.15. RESULTADO FINAL DO PERFIL.................................................................104
19.2.16. CONFIRMAÇÃO DE CONFIGURAÇÃO DE FLUXO..............................................105
19.2.17. SUMÁRIO DE CONFIGURAÇÃO.................................................................106
19.2.18. TELA DE SALVAMENTO DAS CONFIGURAÇÕES...............................................106
19.2.19. UTILIZANDO OS PERFIS CRIADOS PARA OUTRAS ONUS...................................107
19.2.20. CONFIGURAÇÃO DE ONUS VIA CLI (COMMAND LINE INTERFACE)......................107
6
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
9
1. introdução
10
2. certificação
11
3. Fibra Óptica
12
Figura 1. – Espectro Eletromagnético
3.1.1. Luz
Até 1870 acreditava-se que a luz somente se propagava em linha reta, mas o
físico John Tyndall (1820-1893) demonstrou que a luz era capaz de realizar curvas.
Para provar isso, ele colocou uma fonte de luz dentro de um recipiente opaco cheio com
água com um orifício em uma das extremidades, por onde escorria a água. Observou
que a luz acompanhava a trajetória curva d’água. Na verdade a luz se propagava por
uma série de reflexões internas.
13
Emission of Radiation). Este dispositivo fornece uma luz extremamente direcional, com
elevada intensidade, possibilitando modulações de altas frequências.
Ao contrário dos cabos convencionais, que nada mais são do que fios de cobre
que transportam sinais elétricos, a fibra óptica transporta unicamente luz, o que lhe
confere características importantes e essenciais para utilização em telecomunicações:
14
Figura 3. – Tamanho Reduzido da Fibra
Como as fibras são muito finas, é possível incluir um grande volume delas em
um cabo de tamanho modesto, o que é uma grande vantagem sobre os fios de cobre.
Como a capacidade de transmissão de cada fio de fibra é bem maior que a de cada fio
de cobre e eles precisam de um volume muito menor de circuitos de apoio, como
repetidores. Outra vantagem é que os cabos de fibra são imunes à interferência
eletromagnética, já que transmitem luz e não sinais elétricos, o que permite que sejam
usados mesmo em ambientes onde o uso de fios de cobre é problemático.
3.2.3. Peso
15
tamanho extremamente reduzidos permite que as fibras ópticas sejam o meio ideal
para a utilização em transmissão de dados em aviões, automóveis e satélites.
3.2.5. Segurança
16
Inegavelmente a fibra óptica é o meio de transmissão que apresenta a melhor
relação custo x benefício, onde possibilita comunicações de longas distâncias
necessitando menos sistemas de repetição de sinal. No entanto, para distâncias mais
curtas os cabos ópticos se mostram relativamente caros, mas quando comparados aos
outros meios de transmissão se tornam altamente competitivos devido a todos os
benefícios apresentados, como imunidade a ruídos, facilidade de expansão, entre
outros.
As fibras ópticas exigem alguns cuidados que não são relevantes em outros
meios de transmissão, mas são justificáveis devido a todas as vantagens associadas ao
seu uso:
17
A fibra óptica, pela sua fragilidade inerente exige que não seja efetuado
tracionamento excessivo para não danificar irreparavelmente a fibra óptica.
Possui maior custo nas interfaces ópticas e elementos ativos na rede, entretanto,
se considerarmos que o sistema de comunicação exige menos repetidores, este não é
um fator preponderante.
Para entendimento da propagação da luz pelo interior da fibra temos que estudar
o comportamento da luz. Quando ela percorrer um meio de propagação com densidade
homogênea ela o fará em linha reta. Qualquer curvatura que venha a ocorrer na luz se
propagando pela atmosfera será tão sutil que poderá ser ignorada. No entanto, quando
a luz passa se um meio de propagação para outro de densidade diferente há uma
alteração na sua trajetória e também em sua velocidade de propagação. É importante
salientar que a propagação por este novo meio continuará retilínea.
18
O fenômeno físico da reflexão ocorre quando um feixe de luz atinge uma
superfície e é desviado para o mesmo meio de onde veio o raio incidente. Se a
superfície for polida ou lisa, teremos uma reflexão regular, caso contrário, se for
irregular a luz será refletida em várias direções diferentes.
19
Figura 7. – Refração da Luz
As Fibras ópticas são feitas de plástico ou de vidro, mas ambas são compostas
por uma mistura de dióxido de silício, e são materiais dielétricos, isto é, isolantes
elétricos.
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mais utilizadas em aplicações de rede locais (LAN), enquanto as monomodo são mais
utilizadas para aplicações de rede de longa distancia (WAN), são mais caras, mas
também mais eficientes que as multimodo.
Aqui no Brasil, a utilização mais ampla da fibra óptica teve inicio uma segunda
metade dos anos 90, impulsionada pela implementação dos backbones das operadoras
de redes metropolitanas.
21
Figura 10. – Fibra Óptica Multimodo
Embora a sílica seja um material abundante, os cabos de fibra óptica são caros
devido ao complicado processo de fabricação, assim como no caso dos processadores,
que são produzidos a partir do silício. A diferença entre sílica e silício é que o silício é o
elemento Si puro, enquanto a sílica é composta por dióxido de silício, composto por um
átomo de silício e dois de oxigênio. O silício é cinza escuro e obstrui a passagem da luz,
enquanto a sílica é transparente.
22
Figura 11. – Propagação da Luz Fibra Óptica Índice Degrau e Gradual
23
Figura 12. – Propagação da Luz Fibra Óptica Monomodo
O Para reduzir a atenuação, não é utilizada luz visível, mas sim luz infravermelha
invisível ao olho humano, com comprimentos de onda de 850 a 1550 nanômetros, de
acordo com o padrão de rede usado. Antigamente, eram utilizados LEDs comuns nos
transmissores, já que eles são uma tecnologia mais barata, mas com a introdução dos
padrões Gigabit e 10 Gigabit eles foram quase que inteiramente substituídos por lasers,
que oferecem um chaveamento mais rápido, suportando, assim, a velocidade de
transmissão exigida pelos novos padrões de rede.
4. Conectores Ópticos
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Existem vários tipos de conectores de fibra óptica, cada qual voltado a uma
aplicação diferente, variando o formato e a forma de fixação (encaixe ou rosca). Todos
os conectores são machos, ou seja, os ferrolhos são estruturas cilíndricas ou cônicas
que são inseridos nos conectores ópticos. O conector tem uma função importante, já
que a fibra deve ficar perfeitamente alinhada para que o sinal luminoso possa ser
transmitido sem grandes perdas. É um componente de extrema importância na rede,
sendo que seu desempenho pode comprometer toda uma rede.
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Figura 14. – Contato entre fibras PC
Uma evolução dos conectores PC são os UPC, as superfícies também são polidas
de forma esférica, porém, recebem um polimento com melhor acabamento final,
reduzindo rugosidades. Neles a perda por reflexão é ainda menor, em torno de -55 dB.
São frequentemente utilizados em sistemas de TV a Cabo (CATV) e TV digital. Conector
de cor azul.
Tipo de conector mais recente onde as superfícies também são curvas, porém,
em um angulo de 8 graus, isso mantém uma conexão firme e reduz a perda por
reflexão para aproximadamente -70 dB. Esses conectores são mais utilizados em
sistemas de telefonia, dados e de CATV. Os conectores possuem a cor verde.
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Os conectores PC e UPC são confiáveis e possuem baixa perda de inserção, que é
a perda causada pelo próprio conector quando o sinal passa por ele (máxima 0,5 dB). A
perda por reflexão desse tipo de conector depende do acabamento da superfície da
fibra, quanto menor a granulação menor a perda por reflexão. Quando os conectores
forem constantemente conectados e desconectados a perda por reflexão aumenta, a
uma taxa máxima de 0,2 dB a cada conexão / desconexão.
O ST é um conector mais antigo popular para uso com fibras multimodo. Ele foi o
conector predominante durante a década de 1990, mas vem perdendo espaço para
outros conectores mais recentes. Ele é um conector estilo baioneta, que lembra os
conectores BNC usados em cabos coaxiais. Deve ser empregado um para a transmissão
de sinal e outro para a recepção, portando modo simplex.
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Figura 18. – Conector Monomodo FC
O tubo branco cilíndrico que aparece na ponta do conector não é o fio de fibra
propriamente dito, mas sim o ferrolho (ferrule), que é o componente central de todos
os conectores, responsável por conduzir o fino núcleo de fibra e fixá-lo dentro do
conector. Ele é uma peça de cerâmica, aço ou polímero plástico, produzido com uma
grande precisão, já que com um núcleo de poucos micra de espessura, não existe
muita margem para erro.
28
Figura 19. – Conector Monomodo LC
Ainda existe o conector SC, um dos conectores mais populares até a virada do
milênio. Ele é um conector simples e eficiente, que usa um sistema simples de encaixe
e oferece pouca perda de sinal. Ele é bastante popular em redes Gigabit, tanto com
cabos multimodo quanto monomodo. Possui versões PC e APC.
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Figura 21. – Comparação entre Conector LC x SC
30
Figura 23. – Conector Monomodo FC
31
Figura 25. – Outros Conectores
5. Cabos Ópticos
Um cabo óptico é construído com uma junção entre diversas fibras, devidamente
revestido de materiais que facilitem o manuseio e proporcionem proteção contra
esforços mecânicos e ambientes inóspitos. Os cabos ópticos podem ser classificados de
acordo com a sua constituição física, como: tight, loose, groove e ribbon.
São cabos recomendados para uso externo, apresentam as fibras soltas (loose),
acondicionadas no interior de um tubo plástico que proporciona a primeira proteção
para as fibras.
33
Figura 28. – Secção Transversal do Cabo Loose
34
No tubo que recebe o gel normalmente é introduzido um elemento de tração
que, juntamente com o tubo, recebe o revestimento final. Este tipo de cabo é bastante
utilizado em instalações externas aéreas e subterrâneas e principalmente, em sistemas
de comunicações de longas distâncias. A conectorização é difícil e requer kits
específicos.
Em uma fibra tipo Groove (sulco) as fibras ópticas são acomodadas soltas em
uma estrutura com corpo em forma de estrela em ranhuras em “V”. Esta estrutura
apresenta ainda um elemento de tração ou elemento tensor incorporado em seu
interior (geralmente no centro), a função básica deste elemento é de dar resistência
mecânica ao conjunto. Uma estrutura deste tipo permite um número muito maior de
fibras por cabo para aplicações onde isto é um elemento indispensável.
6. MóduloS Tranceiver
Existe ainda o transceiver SFF (Small Form Factor), semelhante ao SFP, porém
não é plugável, mas sim soldado diretamente na placa mãe do equipamento.
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Usado tanto em aplicações de telecomunicações como comunicação de dados. É
um formato popular apoiado pela indústria de fornecedores de componentes de rede.
Os Transceptores SFP são projetados para suportar SONET (Synchronous Optical
networking) que é um protocolo de multiplexação para transferência de múltiplos fluxos
de bit digital em fibra óptica utilizando lasers ou diodos emissores de luz (LEDs),
Ethernet, Fast Ethernet, Gigabit Ethernet, Fibre Channel, e outros padrões de
comunicação.
38
Figura 33. – SFP Par Trançado conexão RJ-45
Existem modelos SFP para fibras ópticas nas as seguintes velocidades: 155 Mbps
Ethernet SFP, 1.25Gbps Gigabit Ethernet SFP, 2.4Gbps Ethernet SFP, 10Gbps Ethernet
SFP+ e 10Gbps Ethernet XFP, tanto simplex, como duplex. Módulos ópticos SFP são
comumente disponíveis em diversas categorias diferentes: 1) 850nm - 550m de fibra
multimodo (SX); 2) 1310nm - 10 km de fibra monomodo (LX); 3) 1490nm – 10 km de
fibra monomodo (BS-D); 4) 1550nm – 40 km (XD), 80 km (ZX), 120 km (EX ou EZX),
5) 1490nm e 1310nm (BX), Single Fiber Bidirecional Gigabit SFP e 6) DWDM (Dense
WDM), há também CWDM (Coarse WDM) e de fibra única "bidirecional" (1310/1490nm
Upstream / Downstream).
39
Figura 34. – SFP Fibra duplex
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7. Redes Ópticas PON (Passive Optical Network)
Uma rede óptica PON é uma topologia de rede que compartilha, entre duas ou
mais fibras ópticas os sinais transmitidos por uma única fibra, para isso utiliza um
divisor óptico (optical spliter), frequentemente apenas chamado de “spliter”, que é um
dispositivo totalmente passivo, isto é, não efetua regeneração e amplificação de sinais.
A tecnologia de rede WDM em circuitos ópticos totalmente passivos e multiplexados em
WDM é chamada de PON WDM.
Em fibra óptica, Wavelength Division Multiplexing (WDM) é uma tecnologia que
multiplexa uma série de sinais de portadora óptica em uma única fibra óptica,
utilizando diferentes comprimentos de onda (cores) de luz laser. Esta técnica permite a
comunicação bidirecional ao longo de um fio de fibra, bem como a multiplicação da
capacidade.
O Central Office (CO) envia seu sinal através de um OLT, este sinal é direcionado
para os assinantes por meio de um divisor denominado Splitter. Para os assinantes
receberem o sinal, utilizam um equipamento chamado ONU ou ONT, que é responsável
pela conversão de sinais ópticos para sinais elétricos e vice versa. Para atingir vários
clientes, utilizam-se diversos divisores ópticos (Splitters), que são elementos passivos,
pequenos e de baixo custo.
41
O fator determinante do alcance físico máximo de uma rede PON é o número de
divisores ópticos usados no segmento da rede de acesso.
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O Backbone Óptico (Feeder) é composto basicamente por cabos ópticos que
levam o sinal da central aos pontos de distribuição. Estes cabos ópticos podem ser
subterrâneos ou aéreos. Para aplicação PON as fibras são do tipo monomodo.
Visando aperfeiçoar o uso das fibras ópticas, as redes PON possuem geralmente
topologia estrela. Nesta configuração, os pontos de distribuição fazem a divisão do sinal
óptico em áreas distantes da central de equipamentos, reduzindo o número de fibras
ópticas para atendimento a estes acessos. Neste ponto de distribuição é realizada a
divisão, distribuição e gestão do sinal óptico associado a esta área.
A Rede Óptica de Distribuição é composta por cabos ópticos que levam o sinal
dos pontos de distribuição para as áreas específicas de atendimento. Estes cabos
geralmente são do tipo autossustentado (aéreos e que possibilitam instalação em vãos
longos), com núcleo seco para facilidade de instalação. Associados a estes cabos, são
utilizados caixas de emenda para derivação das fibras para uma melhor distribuição do
sinal.
Caixas de emenda terminal, também denominadas Network Access Point (NAP),
são estrategicamente instaladas para a distribuição do sinal realizando a transição da
rede óptica de backbone à rede terminal, denominada de Rede Óptica Drop.
43
Devido às restrições de espaço na infraestrutura das edificações, são utilizadas
geralmente fibras ópticas de características especiais para se evitar perda de sinal por
curvaturas acentuadas.
44
1.1.14. Ponto-a-ponto (point-to-point)
45
1.1.16. Ponto-a-multiponto (point-to-multipoint) passiva
A rede PON com arquitetura point-to-multipoint permite que uma única fibra seja
compartilhada por múltiplos pontos finais (residências e empresas), não existindo
elementos ativos entre o equipamento OLT e os elementos ONUs e outras OLTs (os
divisores ópticos são elementos passivos) e com isto economizando energia, espaço em
sites e manutenção de equipamentos eletrônicos.
As três principais normas PON são: Broadband PON (BPON), GPON e EPON. O
BPON e o seu sucessor GPON são recomendações da International Telecommunication
Union - Telecommunication Standardization Sector (ITU-T) patrocinadas pela Full
Service Access Network (FSAN), uma associação mundial de fabricantes e operadoras
que desenvolvem equipamentos com as tecnologias PON.
Levando em consideração que as operadoras estão influenciando a padronização
do GPON através da FSAN, a recomendação do GPON reflete diretamente as
necessidades das operadoras e tem encontrado grande aceitação entre as normas PON
especialmente por ser um padrão aberto, enquanto os outros são padrões
proprietários.
O EPON é um padrão desenvolvido pelo Institute of Electrical and Electronics
Engineers (IEEE), através de uma iniciativa do grupo “Ethernet in the first mile – EFM
(Ethernet na primeira [ou última] milha)”.
O ITU-T através da recomendação G.983 (1998) define que Broadbad-PON (B-
PON) é uma rede de acesso de telecomunicações baseada na topologia PON.
46
Inicialmente utilizava o protocolo ATM (155 e 622 Mbps) e posteriormente passou a
suportar tecnologia WDN.
No ano de 2003, a recomendação G.984 definiu a Gigabit-PON (GPON) que
possibilitou taxas de transmissão de 1,2 e 2,4 Gbps, e assim, possibilitou o
encapsulamento de outros protocolos como o Ethernet in the first Mile (IEEE 802.3ah),
chamada neste caso de Gigabit Ethernet PON (GE-PON).
Embora todos os três sistemas funcionem baseados no mesmo princípio, existem
várias diferenças entre eles, como pode ser observado na tabela.
Tabela 1. Características originais de Redes PON
Características GEPON BPON GPON
O que costumava ser chamado de FTTN - Fiber To The Node (Fibra até o Nó) ou
Fiber To The Neighborhood (Fibra até o Bairro) agora é chamado de Fiber To The
Gabinete ou FTTCab segundo os padrões ITU. A arquitetura possui um cabo de fibra
encerrado em um armário de rua que se posiciona a mais de 300 metros do assinante,
podendo chegar até vários quilômetros de distância das instalações do cliente, e com
47
conexão até o cliente em meio de transmissão de cobre. Esta arquitetura é muito usada
nas redes de distribuição das operadoras de serviços de telecomunicações (TV a cabo –
CATV, por exemplo), onde a fibra óptica que sai da central é conectada diretamente a
um armário de rua, depois o sinal é transformado de óptico para elétrico para ser feita
distribuição em cabeamento metálico até o ponto de atendimento.
A arquitetura FTTC (Fiber To The Curb - Fibra até o meio-fio) é constituída por
unidades remotas que atenderão poucos assinantes a uma distância de algumas
dezenas de metros. Trata-se de levar a fibra até aos "armários" situados a um máximo
de 300 m dos edifícios, a partir dos quais se utilizará o par metálico para transportar o
sinal de dados.
48
É uma arquitetura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop finaliza na
entrada de um edifício ou condomínio (Comercial ou Residencial). A partir deste ponto
terminal, o acesso interno aos assinantes é realizado geralmente através de uma rede
com cabeamento estruturado. A fibra óptica chega até o ponto de entrada existente no
edifício, evitando perdas na largura de banda de transmissão.
49
Figura 44. – FTTH (Fiber To The Home)
50
Figura 45. – FTTD (Fiber To The Desk)
Será considerada entrada aérea padrão, aquela que empregar unicamente o cabo
óptico drop, normalmente “Figura 8”, considerado da caixa de distribuição de clientes
até a roseta óptica situada internamente à residência. Este cabo permite utilização em
vãos de até no máximo 80 metros, limitados a uma baixada com comprimento máximo
de 150 metros para o padrão.
51
Figura 46. – Cabo óptico Drop “Figura 8”
52
Figura 48. – Distâncias padronizadas entre cabeamentos e solo
53
Figura 49. – Altura do cabeamento em relação ao solo
54
Figura 50. – Entrada Subterrânea Cabo Drop Figura 8
Não devem ser utilizadas curvas de 90 graus curtas cuja penalização será ocorrer
atenuação de sinal na fibra óptica.
A fixação do eletroduto no poste deve ser feita com a fita de aço inox, braçadeira
ou arame galvanizado com três voltas no mínimo. A tubulação de telecomunicações de
entrada deve ter diâmetro de 1”, de PVC, ferro galvanizado ou tubo flexível corrugado.
55
Figura 51. – Entrada Subterrânea Cabo Drop Figura 8
56
9. Mercado GPON
*
Unicast é uma ligação “um para um” entre o cliente e o servidor. Unicast utiliza métodos de entrega IP, tais
como TCP (Transmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol), que são protocolos baseados na sessão.
Cada cliente unicast que estabelecer a ligação ao servidor ocupa largura de banda adicional. Por exemplo, se houverem
10 clientes usando uma banda de 100 Kbps, esses clientes como um grupo estão a ocupar 1000 Kbps.
**
Multicast é uma verdadeira difusão. A origem de multicast depende de roteadores de capacidade multicast
para reencaminhar os pacotes para todas as sub-redes com clientes. Cada cliente que recebe a multicast adiciona não
sobrecarga adicional no servidor. Na realidade, o servidor envia apenas uma sequência por estação de multicast. A carga
é a mesma, independentemente se apenas um cliente ou 1000 clientes estiverem na escuta.
57
10. Equipamentos utilizados EM redeS GPON
58
O elemento básico da construção destes splitters é 1:2. Demais elementos são
fabricados através do cascateamento entre vários elementos 1:2, portanto, sempre
será múltiplo de dois. Por este motivo são fornecidos nas razões de 1x2, 1x4, 1x8,
1x16 e 1x32 para um correto dimensionamento de potência.
60
Existem duas categorias de equipamento, quanto ao porte. Um modelo
denominado de “Pizza Box” (tipo caixa de pizza) que é um equipamento de pequeno
porte, com menor custo, normalmente, com quatro ou oito portas GPON.
61
A OLT geralmente é instalada dentro da Central da Operadora (CO) e controla o
fluxo de informações bidirecional para a ONT/ONU. Normalmente a distância dela para
a ONT/ONU é de 20 km e ela controla mais de uma ONT, a figura abaixo mostra um
exemplo de uma OLT que controla até 8 redes passivas independentes, como cada rede
PON possui 32 ONTs, então uma OLT atende um total de 512 ONTs onde se viabiliza
serviços para os usuários finais e controla a qualidade do serviço (QoS - Quality of
Service) e o SLA (Service Level Agreement - [ANS] Acordo de Nível de Serviço) que é a
parte de contrato de serviços entre duas ou mais entidades no qual o nível da
prestação de serviço é definido formalmente, entre outras tarefas.
Uma rede PON possui comprimento de onda de 1490 nm para o tráfego de voz e
dados e 1550 nm de comprimento de onda para transmissão de vídeo, isso no sentido
downstream da OLT para a ONT (MDU ou ONU). E para tráfego upstream o
comprimento 1310 nm. Elementos passivos são utilizados ao longo do enlace como os
acopladores WDM e Splitters. Os primeiros na multiplexação dos comprimentos de onda
em upstream e downstream e, os últimos na divisão do sinal óptico.
62
Figura 59. – Comprimentos de Onda GPON
As OLTs Parks Fiberlink Série 1000x são produtos de alta qualidade com
tecnologia totalmente nacional e gaúcha desenvolvida inteiramente na Parks S.A. O
circuito está acondicionado em um gabinete tipo “pizza box” de 19 polegadas que
possui fonte de alimentação redundante de 48 Volts, para proteger a rede GPON em
caso de eventual pane em uma das fontes de alimentação.
Disponibilidade de 4 interfaces GPON via SPF Disponibilidade de 8 interfaces GPON via SPF
4 interfaces 10/100/1000 Mbps elétricas 4 interfaces 10/100/1000 Mbps elétricas
Disponibilidade de 2 interfaces 1GbE via SPF Disponibilidade de 2 interfaces 1GbE via SPF
Disponibilidade de 1 interface 10GbE XPF Disponibilidade de 1 interface 10GbE XPF
1 interface 10GbE Cx4 1 interface 10GbE Cx4
63
O modelo Fiberlink 10008S é o modelo top, e possui oito portas PON (SPF), ou
seja, pode atender até 512 clientes (32 clientes em cada porta). A fibra principal sai
pela porta PON do equipamento, que pode ser dividida em até 64 fibras. Cada porta
PON possui uma velocidade de 2.5Gbps, que dividida pelos 64 clientes entrega 39 Mbps
para cada um no pior caso (todos 64 usuários usando a banda máxima).
Além disso, possui mais oito portas Ethernet 10/100/1000 Mbps, duas portas 1G
(SFP), duas portas 10G (XFP e XAUI) e console e gerência out-of-band (canal dedicado
para a gestão e manutenção do dispositivo). A linha de produtos GPON Parks S.A,
utilizando um splitter com relação de 1:32, tem alcance máximo de 20km. Caso seja
utilizado um splitter de 1:64, o alcance médio fica em torno de 10km. Isso é uma
característica da tecnologia, que atinge todos os fabricantes de equipamentos GPON.
Hoje os produtos GPON ao redor do mundo utilizam lasers de classe B+, com link
de 28 dB. Para que, na prática, se chegue a um alcance de 20 km com uma taxa de
divisão de 1:64, interfaces ópticas com maior potência de link devem ser utilizadas. Um
exemplo desse tipo de interface são os lasers classe C+, ainda raros no mercado e com
custo mais elevado.
64
As OLTs Fiberlink 10000 podem ser ligadas em anel, garantindo a redundância da
rede. Todo o tráfego é consolidado em uma ou mais interfaces de uplink que podem ser
de dois Gigabit Ethernet e/ou 10 Gigabit Ethernet direcionado para a rede Metro
Ethernet.
Diferenciais OLTs Parks: o conector escolhido para ser usado na rede GPON
Parks está consagrado como tendo dimensões reduzidas, apresentando menores perdas
na conectividade versus custo benefício. Além de ter sido adotado o padrão GPON por
ser um padrão aberto, não proprietário, possibilitando interconexão com qualquer outro
equipamento compatível com a tecnologia. Outro grande diferencial é que, embora não
esteja previsto na norma, as portas PON se “enxergam” entre si, através da
configuração de LAN Virtuais (VLANs). Possibilita anel óptico entre 44 OLTs.
65
1.1.25. Tipos de ONU
Existem basicamente dois tipos de ONU, uma delas, chamada ONT (Optical
Network Terminal - Terminação de Rede Óptica), é instalada diretamente na residência
do cliente e se subdivide em outros dois tipos: indoor e outdoor. Outra, chamada MDU
(Multi Dwelling Unit - Unidade de Habitação Múltipla) que é instalada externamente à
residência do usuário e também se subdivide em dois tipos: um tipo que utiliza
tecnologia xDSL para fornecer acesso aos usuários do serviço e outro modelo com
grande quantidade de portas Ethernet par trançado, para uso em locais que já tenham
infraestrutura de rede instalada.
A ONT é um caso particular de ONU, utilizado para prestar serviço para apenas
um usuário, ficando instalado diretamente na casa do cliente e permite que ele escolha
a sua taxa de banda larga, pois dispõe de diversas tecnologias para atendimento,
entregando na casa do cliente a taxa que ele achar necessária para a melhor qualidade
dos seus serviços. Este equipamento permite a alocação de banda dinâmica, ou seja,
transmite em pequenos espaços de tempo que são controlados pela OLT tendo assim
uma intensa utilização da banda alocada.
66
Figura 62. – ONT Outdoor
67
Figura 63. – ONT Indoor
Esta estrutura utiliza um serviço xDSL para o acesso dos usuários ao serviço (o
acesso se dá, normalmente, através de VDSL2, (Very-High-Bit-Rate Digital Subscriber
Line 2), que é uma linha de assinante digital com taxas de transferência muito altas,
que usa a infraestrutura de telefonia atual com pares de cobre). São integrados em um
armário, que normalmente está localizado em uma área comum do prédio ou nas
proximidades, com fácil acesso.
68
Figura 64. – MDU xDLS
69
1.14. ONTs Parks Fiberlink Séries 4000, 2000 e 1000
Fiberlink 4000B - Composto de uma interface óptica GPON (G.984) e quatro interfaces Fast
Ethernet elétricas.
Fiberlink 4000 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas e uma interface Gigabit Ethernet elétrica (GbE).
Fiberlink 4001 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas, uma interface Gigabit Ethernet elétrica (GbE) e quatro portas FXS (VoIP).
Fiberlink 4002 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas, uma interface Gigabit Ethernet elétrica (GbE) e quatro portas E1 (PWE3/MEF8) *.
Fiberlink 4010 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).
Fiberlink 4011 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas, uma interface Gigabit Ethernet elétrica (GbE), quatro portas FXS (VoIP) e uma interface
Wi-Fi (802.11b/g).
Fiberlink 4012 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas, uma interface Gigabit Ethernet elétrica (GbE), quatro E1 (PWE3/MEF8) *
e uma interface
Wi-Fi (802.11b/g).
Fiberlink 4021 - Composto de uma interface óptica GPON (G.984), três interfaces Fast
Ethernet elétricas, uma interface Gigabit Ethernet elétrica (GbE), quatro portas FXS (VoIP), uma interface
Wi-Fi (802.11b/g) e uma interface de Vídeo Analógica RF.
Fiberlink 1000 – Modelo Router composto por uma interface óptica GPON (G.984) e uma
interface Fast Ethernet elétrica.
Fiberlink 1000B – Modelo Bridge composto por uma interface óptica GPON (G.984) e uma
interface Fast Ethernet elétrica.
Fiberlink 1100 – Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), uma
interface Gigabit Ethernet elétrica.
70
Fiberlink 1100B – Modelo Bridge composto de uma interface óptica GPON (G.984), uma
interface Gigabit Ethernet elétrica.
Fiberlink 2000 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas.
Fiberlink 2001 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas e duas portas FXS (VoIP).
Fiberlink 2010 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).
Fiberlink 2011 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas, duas portas FXS (VoIP) e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).
Fiberlink 2021 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas e duas portas FXS (VoIP), uma interface Wi-Fi (802.11b/g) e uma
interface de Vídeo Analógica RF.
Fiberlink 2001B - Modelo Bridge composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas e duas portas FXS (VoIP).
Fiberlink 4031 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Fast Ethernet elétricas, duas portas FXS (VoIP) e uma interface de Vídeo Analógica RF.
Fiberlink 2100 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Gigabit Ethernet elétricas.
Fiberlink 2100B - Modelo Bridge composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Gigabit Ethernet elétricas.
Fiberlink 2101 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Gigabit Ethernet elétricas e duas portas FXS (VoIP).
Fiberlink 2110 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Gigabit Ethernet elétricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).
Fiberlink 2111 - Modelo Router composto de uma interface óptica GPON (G.984), duas
interfaces Gigabit Ethernet elétricas, duas portas FXS (VoIP) e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).
*
E1 (PWE3/MEF8) é um padrão europeu de linha telefônica digital, criado pela ITU-TS e o nome determinado
pela Conferência Europeia Postal de Telecomunicação (CEPT), sendo o padrão usado no Brasil e na Europa; é o
equivalente ao sistema T-Carrier norte-americano, embora esse utilize taxas de transmissão diferentes. O E1 possui uma
taxa transferência de 2 Mbps (para ser exato são 2.048 Mbps) e pode ser dividido em 32 canais de 64 Kbps cada. Dos
32 canais existentes, 30 deles transportam informações úteis, assim a velocidade efetiva de transmissão (throughput)
da portadora E1, é de 30 x 64 = 1920 Kbps.
Os outros dois canais restantes (canal 0 e canal 16) destinam-se à sinalização (sistema designado por
"Sinalização por Canal Comum") e o alinhamento de quadros ou tramas, estabelecendo um sincronismo entre os pontos.
A contratação de linhas E1 abaixo de 2 Mbps é conhecida como "E1 fracionário". Pode ser interconectado ao T1 para uso
internacional. Suas variantes são:
71
As ONTs Parks S.A. Fiberlink Série 4000 podem ser configuradas como “router”
ou como ”bridge”, trabalhando de forma transparente. No modo ponte [bridge] a ONT
atua fazendo a conexão do usuário. No modo Roteador [Router] é possível configurar
questões como: QoS, Firewall, VPN (Virtual Private Network), etc.
72
O modelo de ONT apresentado na próxima figura possui quatro portas E1
(G.703), conector tipo BNC, uma porta Gigabit Ethernet e 3 Fast Ethernet.
O modelo da série Fiberlink 1000 possui uma portas Fast Ethernet em modo
Router.
73
O modelo da série Fiberlink 2010, da série 2000 opera em Modo Router com
duas interfaces Fast Ethernet elétricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).
74
Figura 70. – Esquema de Ligação OLT – ONU (ONT ou MDU)
76
1.16. Vantagens do uso do GPON em Cidades Digitais
77
Figura 72. – GPON e outras Tecnologias em Cidades Digitais
78
Figura 73. – Tipos de uso do GPON
1.490 nm
Comprimento de Onda DS e US para GPON de 1-fibra.
1.310 nm
O GPON oferece muitas possibilidades para confecção das Cidades Digitais, tanto
para serviços residenciais como serviços corporativos.
A maioria das operadoras de Internet avalia o GPON como a solução ideal para
aplicações residenciais FTTH. O compartilhamento da infraestrutura passiva e da OLT é
adequado para atender demandas de capacidade média e pequena do usuário
residencial típico. Para distâncias mais curtas de acesso local (até 10 km), pode ser
usada uma taxa de divisão (split ratio) de 1:64. Atente que quanto maior a taxa de
divisão, menor será a capacidade dedicada ao usuário final.
79
O sistema GPON suporta serviços de dados e de telefonia empregando transporte
sobre protocolo IP, serviços IPTV e serviços de entrega de conteúdos sob demanda (on
demand). Pode ser usado um ONT residencial típico para uso doméstico, por exemplo,
o Fiberlink 4000B, que inclui quatro portas Fast Ethernet. Outros modelos mais
avançados também incluem suporte para NAT (Network Address Translation), firewalls,
DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) e servidores de DNS (Domain Name
Server), etc. Como visto as ONTs podem ser do tipo interno ou externo (indoor ou
outdoor), em função do tipo de implantação, e podem atender um usuário individual ou
vários usuários ao mesmo tempo.
O VDSL2 suporta até 100 Mbps em circuitos de curta distância, enquanto que
velocidades de 50 a 75 Mbps podem ser alcançadas em circuitos de até 1 km
(dependendo do estado da rede de cobre, da interferência e do comprimento dos
cabos). Através do uso de técnicas como vectoring, velocidades ainda maiores são
viabilizadas, tipicamente 100 Mbps, por pares de cobre em distâncias da ordem de
algumas centenas de metros.
80
Na maioria dos casos, o número de usuários finais que pode ser disponibilizado
pelo VDSL2 a partir da estação telefônica é bastante limitado, isto porque as distâncias
até os assinantes são tipicamente muito longas. Entretanto, o VDSL2 é uma alternativa
excelente para ser usada quando a rede de cobre existente for curta, por exemplo, para
os serviços implantados a partir do DG de um edifício ou de um gabinete de
equipamentos instalado na calçada próxima ao site do cliente.
81
Figura 74. – Modelo de Referência GPON
82
A gestão da OLT é um pouco mais complexa. A OLT contém, via proxy, todas as
MIBs de todas ONUs (ONT ou MDU) suportadas, assim como todas as outras MIBs que
descrevem outras funções da OLT. Normalmente, estas MIBs são acessadas usando o
protocolo SNMP sobre TCP/IP. A maioria das OLTs fornecer uma interface Ethernet
dedicada para este de gestão de tráfego.
83
13. Multiplexação TDM GPON
84
Figura 76. – Representação Downstream GPON
85
Figura 77. – Representação Upstream GPON
86
Duas portas da OLT (Terminação Óptica de Linha) são reservadas e usadas para
prover redundância até o Splitter. A grande vantagem disto é que não requer hardware
extra na ONT.
Duas portas da OLT e duas portas da ONT são reservadas e utilizadas para
prover redundância à linha óptica. Redes ópticas possuem baixo índice de reparos. No
entanto, erro humano (jumpers na central), podem ocasionar falhas no serviço.
87
Figura 79. – OLT e ONT com Portas Redundantes Duplex
Neste modelo, duas OLTs são utilizadas simultaneamente para criar um sistema
redundante.
88
15. CObertura de Vídeo GPON (VIDEO OVERLAY)
89
Neste caso o consumo de banda do sistema de dados é “zero”, uma vez que as
informações de vídeo se encontram na fibra em modo analógico, o que não
impossibilita a transmissão de sinal digital de TV.
90
15.3. GPON Associado a RFoG
91
É possível utilizar a infraestrutura do GPON para implementar a arquitetura RFoG
combinando ambas, de modo a obter um sistema que permita dados, voz e vídeo. Uma
configuração adicional permite que se obtenha, inclusive, vídeo digital. Essa
configuração é interessante para Cable TV (CATV).
92
16. Entidades de Tráfego da tecnologia GPON
93
O ITU-T 984.3 especifica 5 tipos de T-CONT para o padrão GPON:
94
16.4. GEM PORT (GPON Encapsulation Method)
95
17. Configuração Fiberlink Série 10000 Via Console
96
Figura 89. – Console MGT
1.1.32. Login
17.1.1. End
97
Modo de configuração global (global configuration mode);
Modo de configuração de interfaces (interface configuration mode);
Modo de configuração de vlans (vlan configuration mode);
Modo de configuração de qos (qos configuration mode).
Exemplo:
# configure terminal
(config)# end (retorna para modo usuário privilegiado)
Todos os comandos podem ser classificados em três níveis. Segue uma relação
dos três níveis partindo do mais baixo.
• Modos de usuário:
Os usuários que forem cadastrados com nível comum não terão acesso aos
comandos que pertencem ao nível privilegiado. Sendo assim, não terão permissão para
realizar configurações de interfaces, vlan e qos.
98
18. Cuidados Com o Manuseio da Fibra
99
19. Exemplo de COnfiguração
19.1. Cenário
Equipamentos utilizados:
OLT Fiberlink Parks 1000X
ONU – Fiberlink Parks 200X - Router (Roteador)
Vlans utilizadas:
10 – Dados
100 – Gerência
100
19.2. Configuração da Gerência
101
19.2.2. Criando VLAN para Dados
Criar a Vlan de Dados 10. Aba Vlan – Create. A Vlan 100 já existe por “default”..
Configurar a porta PON onde estejam os clientes para Trunk nas Vlans 10 e 100 e
a porta Gigaethernet0/1 em Access na Vlan10 (Porta que será ligada no Roteador). Aba
Vlan – Policy.
102
Figura 93. – Definindo a política para as VLANs
Localizar número serial do cliente aba Gpon – Device – PONx. Configurar alias e
ips de gerência das Onus <clicando> no botão “Config ONU”.
103
19.2.5. Definindo IP, Alias, Máscara
104
19.2.7. Iniciando a configuração do Perfil de Fluxo
<Clicar> em “Manage Profiles” para criar o perfil que poderá ser usado para
várias Onus.
105
19.2.9. Criando Perfil de Fluxo
106
19.2.11. Configurando os parâmetros do perfi de banda
Após criar o perfil de banda devem-se associar as Vlans aos perfis criados.
Primeiro se associa a Vlan 100 como “IP HOST” com a banda de gerência. Colocamos o
nome de perfil como CLIENTES. Após <clica-se> em “Create” e depois “Close”,
voltando para a tela inicial de criação do perfil.
107
Figura 102. – Selecionando IP-Host para Vlan
108
19.2.14. Selecionando os perfis
109
Figura 105. – Resultado final do perfil
O perfil “Clientes” já deve aparecer para ser selecionado. Após selecionar <clica-
se> em “Next”.
111
19.2.19. Utilizando os perfis criados para outras ONUs
Para os demais clientes da rede basta selecionar a ONU, clicar em Define Data
Service e aplicar os perfis que já foram criados anteriormente, clicando em Next em
todas as telas.
Após Configurar os fluxos as ONUs modelo Router devem ser configuradas via CLI.
Acessar por telnet a ONU pelo ip que foi configurado para gerência.
112
#Configura Vlan.
vlan database
vlan 10
exit
# IP WAN PPOE
interface vlan10
pppoe 1
no shutdown
exit
interface wifi
essid teste
security wpa2 senha1234567
exit
#Salva as configurações.
copy running-config startup-config”.
114
115