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ESPECIALIZAÇÃO EM GEOPROCESSAMENTO E ANÁLISE ESPACIAL

PRINCÍPIOS DE CARTOGRAFIA

Prof.: Jorge Batista de Souza

E-mail: profjbatista@yahoo.com.br
Definições em Cartografia:
Definição:
Segundo a ACI (Associação Cartográfica Internacional):

define Cartografia como sendo o conjunto de estudos e


operações cientificas, artísticas e técnicas, baseado nos
resultados de observações diretas ou de analise de
documentação, visando a elaboração e preparação de
mapas, projetos ou outras formas de expressão, bem como
a sua utilização.
Definição:

Segundo ABNT:

Cartografia é a “arte ou ciência de levantamento ,


construção e edição de mapas e cartas de qualquer
natureza”.
Definição:

Ciência por utilizar de um apoio cientifico, e operações


sistemáticas na obtenção de dados, de forma a garantir
uma representação gráfica, com exatidão satisfatória, dos
aspectos naturais e artificiais da superfície terrestre.
Definição:

Arte por esta subordinada as leis estéticas da simplicidade,


clareza e harmonia, procurando atingir o ideal artístico da
beleza e simplicidade.

Todo documento cartográfico precisa ser agradável, razão


pela qual necessita de uma boa disposição de seus
elementos (símbolos, cores,
letras, legenda, etc.).
Mapa, Carta e Planta:

A origem da palavra mapa, de acordo com alguns


pesquisadores, é provavelmente cartaginesa, e significa
“toalha de mesa”. Esta conotação teria derivado das
conversar realizadas por comerciantes que, desenhando
sobre as ditas toalhas, os mappas, identificaram rotas,
caminhos, localidades e outros tantos informes gráficos
auxiliares aos seus negócios.
Mapa, Carta e Planta:

•Alemão →Karte

•Inglês → Map

•Francês → Carte

•Francês → Mape: “Mapa mundi”


Mapa, Carta e Planta:
Brasil→ABNT:
Mapa: e a representação gráfica, em geral uma superfície plana
e numa determinada escala, com a representação de acidentes
físicos e culturais da superfície da Terra, ou de um planeta ou
satélite;

Carta: é a representação dos aspectos naturais e artificiais da


Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo
a avaliação precisa de distancias, direções e a localização plana,
geralmente em media ou grande escala, de uma superfície da
Terra, subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecendo a
um plano nacional ou internacional.
Mapa, Carta e Planta:
Brasil→IBGE:
Mapa e a representação no plano, normalmente em escala
pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e
artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura
planetária, delimitada por elementos físicos, politico-
administrativos, sendo destinados aos mais variados usos,
como temáticos, culturais e administrativos;
Carta e a representação no plano, em escala media ou grande,
dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma
superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por
linhas convencionais (paralelos e meridianos) com a finalidade
de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão
compatível com a escala;
Mapa, Carta e Planta:
Brasil→IBGE:
Planta é a representação de uma área de extensão
suficientemente restrita para que a sua curvatura não
precise ser levada em consideração, e que, em
conseqüência, a escala possa ser constante.
Mapa, Carta e Planta:
Brasil→ questão de escala:

Mapa é a representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais, ou


aspectos abstratos da superfície terrestre, numa folha de papel ou monitor de
vídeo, que se destina para fins culturais, ilustrativos e para analises
qualitativas ou quantitativas genéricas. Geralmente e concebido em escalas
pequenas;

Carta é a representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais da Terra,


destinada para fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação
precisa de distancias, direções e localização geografia de pontos, áreas e
detalhes. Geralmente concebida em escalas medias a grandes;

Planta é a representação concebida em escala muito grande (1:500 a 1:2000),


de áreas suficientemente pequenas que podem ser assimiladas, sem erro
sensível as superfícies planas, isto e, onde a curvatura da Terra pode ser
desconsiderada
Mapa
Mapa
Carta Topográfica
Planta
Cartografia Antiga (Analógica):
•Ao longo da história humana, os mapas representaram
uma forma de saber, um produto cutural dos povos.

•Cada cultura exprime sua particularidade cartográfica,


enquanto que a Cartografia, vem se tornando uma
linguagem visual muito mais universal do que antes se
pensava.
Mapa mais antigo
conhecido, representa a
cidade de Ga-Sur, a 300
km ao Norte da Babilônia.
(2500 a 4500 A.C.)
Mapa dos indígenas do
Pacífico mostrando. por
meio de hastes de
coqueiros e conchas da
praia, o movimento das
ondas e o arquipélago.
Mapa de localidades
desenhado por índios
da região do rio Xingu.
Continentes
Idade Média
Veneza - 1565
Islândia
Século XVI
Europa - 1689
MAPAS ANTIGOS (ANALÓGICOS)

Rio de Janeiro -
1616
Cartografia Moderna e
Geoprocessamento
Cartografia Moderna:
"a organização e comunicação de informações
geograficamente relacionadas em forma gráfica ou
digital, incluindo todos os estágios de aquisição de
dados, apresentação e uso“.

O mapa passa a ser visto como um instrumento holístico e


de abstração intelectual de uma realidade geográfica,
podendo a sua representação ser visual, digital ou táctil.

A Cartografia tem papel fundamental no


Geoprocessamento, pois o MAPA é o principal meio de
representação dos resultado.
Tecnologias integradas na
Cartografia e no
Geoprocessamento
TOPOGRAFIA
GEODESIA
Fornece redes de posições geodésicas de alta precisão na superfície
da Terra para suporte ao georeferenciamento preciso de informações

- DATUM vertical e horizontal

- Superfície terrestre real,


Geóide, Elipsóide, Esfera,
Plano.
SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL – GPS
SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL – GPS
Receptores, softwares, metodologias, algoritmos e aplicações para
posição, velocidade e tempo.
FOTOGRAMETRIA
FOTOGRAMETRIA
SENSORIAMENTO REMOTO
SENSORIAMENTO REMOTO
COMPUTAÇÃO

-Scanners
- Mesas Digitalizadoras
- Computação Gráfica
- Bancos de Dados
- Algoritmos/Programas
- Plotters e Impressoras
Representações Cartográficas
(Projeções Cartográficas)
POR QUE ISSO É RELEVANTE?
• Força do GIS é agregar informações diferentes através de operações
(superposição de camadas, delimitação de áreas por mais de um
critério, etc.);

• Camadas vêm de fontes diferentes (prefeitura, IBGE, imagens de


satélite, Polícia, etc.);

• Fontes diferentes costumam usar projeções diferentes;

• Precisa ter a mesma projeção para que as camadas (transparências)


fiquem perfeitamente ligadas.
1ª questão da cartografia:
Seleção de uma superfície de
referência

esfera

mapa
elipsóide

Sistema de projeção do esferóide


para o plano
GLOBO: é uma representação tridimensional do dado
geográfico. Esta representação mais realística que um
mapa planar pois o globo mantém as propriedades
espaciais (área, forma, direção e distância).
MAPA: é uma representação bidimensional (plano) da
superfície curva da Terra.

Os mapas são mais utilizados : facilidade de uso,


armazenamento, deslocamento, em representar a
superfície terrestre em grandes escalas, etc.
GLOBO PARA MAPA = NECESSITA DE UMA PROJEÇÃO
CARTOGRÁFICA.

“É impossível transformar uma superfície curva em um plano sem


causar deformações.”

Um sistema de projeção cartográfica é uma transformação


matemática executada sobre os pontos da superfície curva terrestre,
de forma a representá-los sobre uma superfície plana provocando um
mínimo de deformações. O modelo matemático teórico da Terra,
nesse caso, é um elipsóide de revolução.
Mercator Azimuthal Equidistant
Forma verdadeira Distância verdadeira

Eckert VI
Área verdadeira
OrangeWorld
1 – Quanto a Superfície de Projeção:

PLANO
CONE
CILINDRO
PLANA
CARACTERÍSTICAS:
As áreas próximas ao ponto de
tangência apresentam menor
deformações
A vista é de metade do globo ou
menos;
Ocorre distorção à medida que
nos aproximamos das bordas.

PRINCIPAIS USOS:

Ideal para mapas das regiões


polares;
CÔNICA

CARACTERÍSTICAS:
Paralelos concêntricos em
relação ao vértice do cone;

PRINCIPAIS USOS:
São mais utilizadas para
representações cartográficas de
áreas de altas latitudes-América
do Norte, Europa e norte da Ásia.
CILINDRICA

CARACTERÍSTICAS:
Deformam as superfícies de altas
latitudes;
Mantém as de baixa em forma e
dimensão mais próxima do real;
Apresentam os meridianos e
paralelos retos e perpendiculares.
Mais conhecida Mercator e Peters.
PRINCIPAIS USOS:
Mais usada na cartografia.
2. Quanto às propriedades que conserva:

PROJEÇÕES EQUIDISTANTES: não apresentam deformações


lineares em uma ou algumas direções;

PROJEÇÕES EQUIVALENTES (OU DE IGUAL ÁREA): não


deformam as áreas, dentro de certos limites de extensão.
2. Quanto às propriedades que conserva:

PROJEÇÕES CONFORMES (OU ORTOMÓRFICAS): não


deformam ângulos e, portanto, mantêm a forma, também dentro de
certos limites de extensão.

PROJEÇÕES AFILÁTICAS: não conservam nenhuma propriedade,


mas minimizam as deformações em conjunto (ângulos, áreas,
distâncias).
Quadro comparativo entre projeções cartográficas

PROJEÇÃO APLICAÇÕES PROPRIEDADES


Escala verdadeira sobre os
ORTOGRÁFICA Carta dos hemisférios; círculos; horizontais do
Cartas celestes ponto central, áreas e
formas são distorcidas
pela perspectiva
ESTEREOGRÁFICA Mapa das regiões polares Preserva ângulos e forma
de pequenas áreas
ALBERS Mapas gerais de grandes Preserva áreas, garante
áreas que possuem precisão da escala
grande extensão E-W
Preserva ângulos, grande
LAMBERT Mapas militares, precisão de escala,
aeronáuticos preserva forma de
pequenas áreas
POLICÔNICA Mapeamento temático em Alerta área e ângulos,
escalas pequenas preserva distâncias
Mapas em escalas médias Preserva ângulos e as
UTM a grandes; Cartas distorções em área não
topográficas ultrapassam 0,5%
3. Quanto ao tipo de contato entre o
elipsóide e a superfície de projeção:
• Tangentes - a superfície de projeção
apenas toca a superfície do elipsóide
• Secantes - a superfície de projeção
corta a superfície do elipsóide em duas
linhas
• Polisuperficiais - a superfície de
projeção toca a superfície do elipsóide
em várias linhas
4. Quanto à posição da superfície de
projeção em relação ao elipsóide terrestre
• Normal – quando o eixo do cone ou
cilindro é paralelo ao eixo de rotação
da Terra
• Transversa – quando o eixo do cone
ou cilindro é perpendicular ao eixo de
rotação da Terra
• Oblíqua – quando o eixo do cone ou
cilindro é inclinado em relação ao eixo
de rotação da Terra
5. Quanto ao método de construção
• Analíticas – construídas através de de leis matemáticas,
visando-se conseguir determinadas propriedades
•Geométricas, se baseiam em princípios geométricos
projetivos. Podem ser
•Perspectivas - obtidas pelas interseções sobre
determinada superfície dos feixes de retas que passam
pelos pontos correspondentes da superfície da Terra e
por um ponto fixo, denominado ponto de vista
• Gnomônica – ponto de vista no centro da Terra;
• Estereográfica – ponto de vista na superfície da
Terra;
• Ortográfica – ponto de vista no infinito.
•Pseudo-perspectivas - são projeções perspectivas
nas quais se recorre a algum artifício, de maneira a se
obter determinada propriedade
Representações Cartográficas
(Formas e Dimensões da Terra)
Qual é a melhor representação matemática
para a superfície de referência?
Aquela que melhor se ajustar à forma da Terra.

Qual é a forma da Terra?


Forma muito irregular, com elevações e
depressões:
Monte Everest ≈ + 8 km Desnível
Fossa das Marianas ≈ - 11 km ≈ 19 km

A superfície da Terra aproxima-se a uma esfera, achatada nos polos.


Raio ≈ 6 400 km.
A diferença entre o raio equatorial e o raio polar ≈ 21 km
SUPERFÍCIE TOPOGRÁFICA

Forma Verdadeira da Terra com suas montanhas e


depressões

É inconcebível definir essa forma matematicamente


GEÓIDE
Forma verdadeira da Terra retirados os vales e Montanhas. Nível
médio das águas tranqüilas dos mares prolongados pelos
continentes.
É a referência padrão para as Altitudes.

“Modelo físico com base no campo


gravítico da Terra”

Não tem definição matemática.


ELIPSÓIDE

Modelo matemático que mais se aproxima do Geóide

Superfície padrão para coordenadas planimétricas. Mapas, cartas,


Sistema GPS e Sistemas de Navegação usam o Modelo Elipsóidico
Plano

forma inadequada, mas que pela facilidade de cálculo que


apresenta, pode ser utilizada para escalas muito grandes,
representando superfícies do geóide de pequena área
(aproximadamente com raio de 8 km). Apenas para
planimetria. A altitude é afetada pela curvatura terrestre,
mesmo em áreas pequenas e deve ser corrigida.
geóide

Seleção de uma
superfície de referência
Terra
esfera

mapa
elipsóide
Redução
de escala
Coordenadas
cartográficas
Coordenadas
geográficas

Sistema de projeção do
esferóide para o plano
Sistemas Geodésicos
Datum Vertical

Datum Horizontal
No levantamento e geodésia, o datum é um ponto de
referência ou na superfície contra a qual medidas de
posição são feitas, e um modelo associado da forma da
terra para os cargos de computação

Datas (datums) horizontais são usadas para descrever


um ponto na Terra é a superfície ", em latitude e longitude
ou outro sistema de coordenadas.

Datas (datums) Veritcais são usados para medir altitudes


ou profundidades subaquáticas.
Datum Vertical (Altimétrico)
Vista do geóide em perspectiva

Ondulações do geóide
máxima:
+70 m (oceano Atlântico)
mínima:
-100 m (oceano Índico)

Dada a heterogeneidade da crosta terrestre,


o geóide apresenta ondulações e é uma
superfície irregular sem representação
analítica.
DATUM ALTIMÉTRICO
O geóide é o nível de referência para as altitudes
O nível médio das águas do mar, aproximação do
geóide, é usado como referência para as altitudes
ortométricas (altitude zero)
DATUM ALTIMÉTRICO

O Datum altimétrico do Brasil é o nível médio das águas


do mar observadas no marégrafo de Imbituba/SC.
As altitudes do terreno são determinadas em relação ao nível médio das
águas do mar em Imbituba (SC), por meio de operações precisas de
nivelamento.
Estabeleceu-se uma rede de nivelamento de precisão.

Nas cartas aparece a altitude ortométrica (relativa ao geóide)


DATUM ALTIMÉTRICO
Marcos dos vértices da rede geodésica

40 – 50 km 20 – 30 km 5 – 10 km
DATUM ALTIMÉTRICO

Para converter a altitude


elipsoidal (h), obtida através
de GPS, em altitude
ortométrica (H), utiliza-se a
equação: H = h - N

Onde N é a altura (ou


ondulação) geoidal fornecida
pelo programa, dentro da
convenção que considera o
geóide acima do elipsóide se a
altura geoidal tiver valor
positivo e abaixo em caso
contrário.
DATUM ALTIMÉTRICO
Exemplo Datas Verticais
na América do Sul
Rede Maregráfica
Brasileira
Datum Horizontal (Planimétrico)
Modelo elipsoidal
Elipsóide: modelo matemático da Terra

A superfície da
Terra (o geóide) é
melhor aproximada
por um elipsóide
com os dois eixos
equatoriais iguais e
maiores que o eixo
polar: esferóide
achatado.
• Sistemas Regionais (Locais/Topocentricos)

• Sistemas Globais (geocêntricos)


Sistemas Regionais (Locais/Topocentricos)
• Referencial adaptado para uma região (país ou Continente) devido à
limitação dos métodos de posicionamento utilizados (por exemplo:
poligonação);

• Possibilidade de existência de mais de um sistema de referência em


cada região ou País
Sistemas Globais (Geocêntricos)
• Modernas técnicas de posicionamento possibilitam levantamentos
globais (por exemplo, GPS)

• Origem do sistema é o centro de massa da Terra (Sistemas


Geocêntricos)
WGS84
Elipsóides de referência, semi-eixo maior (a) e semi-eixo menor
(b), achatamento (f) e o inverso do achatamento (1/f)
Nome do elipsóide Semi-eixo Semi-eixo Achatamento Inverso de f
maior (a), menor (b), (a-b)/a (f)
(metros) (metros)
Airy 1830 6377563,40 6356256,91 0,00334085 299,324919
Airy Modificado 6377340,19 6356034,45 0,00334085 299,324498
Australian 6378160,00 6356774,72 0,00334277 298,250011
Bessel 1841 6377397,16 6356078,96 0,00334277 299,152703
Bessel 1841 (Namibia) 6377483,87 6356165,38 0,00339006 299,152701
Clarke 1866 6378206,40 6356583,80 0,00340756 294,978698
Clarke 1980 6378249,15 6356514,87 0,00332445 293,464939
Everest 1830 6377276,35 6356075,41 0,00332445 300,801585
Everest 1948 6377304,06 6356103,04 0,00332445 300,801757
Everest 1956 6377301,24 6356100,23 0,00332445 300,801766
Everest 1969 6377295,66 6356094,67 0,00332445 300,801786
Everest (Sabah & Sarawak) 6377298,56 6356097,55 0,00332445 300,801639
Fisher 1960 6378166,00 6356784,28 0,00335233 298,29995
Fisher Modificado 1960 6378155,00 6356773,32 0,00335233 298,299993
Fisher 1968 6378150,00 6356768,34 0,00335233 298,300038
GRS 1980 6378137,00 6356732,31 0,00335595 297,97848
Hayford 6378388,00 6356911,90 0,00336701 296,99941
Helmert 1906 6378200,00 6356818,17 0,00335233 298,300005
Hough 6378270,00 6356794,34 0,003367 296,999953
International 6378388,00 6356911,95 0,003367 297,000054
Krassovsky 6378245,00 6356863,02 0,00335233 298,300017
SGS 85 6378136,00 6356751,30 0,00335281 298,256978
South American 1969 6378160,00 6356774,72 0,00335289 298,250011
WGS 84 6378137,00 6356752,31 0,00335281 298,257164
Exemplos de Datums Horizontais:
Usos de Datums diferentes:
Exemplo de mapeamento com Datums diferentes:

África do Sul
SISTEMAS (DATUMS) UTILIZADOS NO BRASIL:

CORRÉGO ALEGRE (Oficial - adotado por lei até 1977),


baseado no elipsóide de Hayford 1924;
SAD- 69 - South Ammerican Datum 1969 (Oficial -
adotado por Lei até 2005 ), baseado no elipsóide UGGI
1967;
SIRGAS Sistema de Referência Geocêntrico para as
Américas (Oficial - adotado por Lei após 2005), baseado
no elipsóide Geodetic Reference System 1980 – GRS80;
WGS- 84 - World Geodetic System, 1984 – (Global);
Geodetic Reference System 1980 – GRS80
Características dos Sistemas:

Características Córrego Alegre SAD69 SIRGAS WGS84

Origem Topocêntrico Topocêntrico Geocêntrico Geocêntrico

Elipsóide Hayford 1924 UGGI67 GRS80 GRS80

Semi-eixo maior - a 6.378.388,00 m 6.378.160,00 m 6.378.137,00 m 6.378.137,00 m

Semi-eixo menor - b 6.356.911,95 m 6.356.774,72 m 6.356.752,31 m 6.356.752,31 m

Achatamento - f 1/297,00 1/298,25 1/298,257222101 1/298,257223563


Sistemas de Referência
Diferentes:
Projeto SIRGAS

O Projeto Sistema de Referencia Geocêntrico para a América do


Sul (SIRGAS) foi criado na Conferência Intencional para Definição
de um Referencial Geocêntrico para a América do Sul em 1993;

Em 2000 foi realizada a 2° campanha GPS SIRGAS com a


participação de países da América do Sul, Central e Norte. SIRGAS
torna-se:

Sistema de Referencia Geocêntrico para as Américas


Projeto SIRGAS - Objetivos:

• Unificar o mapeamento nacional Compatibilização com os


sistemas globais adotados em outras regiões do planeta;

• Compatibilização com os sistemas de referência adotados no


posicionamento (GPS, Gallileo, outros);

• Facilitar a demarcação das fronteiras com os demais países da


América Latina (segurança nacional)
Diferenças entre coordenadas SAD69/1996 e SIRGAS2000:
Mapeamentos em sistemas diferentes - CIM:
A rede SIRGAS é uma densificação dos marcos Rede ITRF
(International Terrestrial Refrence Frame); Materialização através das
campanhas:

• SIRGAS95 - 58 Estações
• SIRGAS2000 - 184 Estações
• SIRGASCON - 230 Estações
Res. do Presidente do IBGE Nº 1/2005, de 25/02/2005:

“Estabelece o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas -


SIRGAS, em sua realização do ano de 2000 - SIRGAS2000, como novo
sistema geodésico de referência para o Sistema Geodésico Brasileiro -
SGB e para o Sistema Cartográfico Nacional - SCN”

25/02/2005: Início do Período de Transição (Convivência entre


os sistemas SAD/69 e SIRGAS2000);

2014: Adoção definitiva do novo sistema (SIRGAS2000)


λ – Longitude
COORDENADAS GEOGRÁFICAS: 0º < λ< 180 º E
(coordenadas esféricas)
0º < λ < 180 º W
-180 º < λ < 180º
λ = 0 no meridiano
Internacional (Greenwich)

φ – Latitude
0º < φ < 90 º N
0º < φ < 90 º S
-90 º < φ < 90º
φ = 0 no Equador
Azimute Geográfico, AZ, da linha geodésica PA: ângulo dessa linha com o
meridiano de lugar (linha N-S), no sentido horário.
SISTEMAS DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

- LATITUDE: é a distância angular entre o plano do Equador e o


ponto da Terra(até o paralelo que o corta), unido perpendicularmente
ao centro do planeta e representado.

- LONGITUDE: é o ângulo formado entre o ponto considerado


(meridiano que o corta) e o meridiano zero.
SISTEMAS DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR:

UNIVERSAL: devido a utilização do elipsóide de Hayford


(1924), que era conhecido como elipsóide universal,
como modelo matemático de representação do globo
terrestre.
TRANSVERSO: nome dado à posição ortogonal do eixo
do cilindro em relação ao eixo menor do elipsóide.
MERCATOR(1512-1594): holandês, considerado pai da
cartografia, foi o idealizador da projeção que apresenta os
paralelos como retas horizontais e os meridianos como
retas verticais.
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
Comprimentos dos Arcos de 1º
• No Equador o comprimento de 1º é de aproximadamente
111321m
• A medida que se afasta para norte ou para sul o comprimento
do arco é dado em metros pela seguinte equação:

C=111321*cos (Latitude)
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR

1. O mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º


de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta
começando no fuso 180º a 174º W Gr. e continuando para Leste.
Cada um destes fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro
de forma que o meridiano de tangência divide o fuso em duas
partes iguais de 3º de amplitude ;

2. Cada fuso, na linha do Equador, apresenta, aproximadamente, 670


km de extensão leste-oeste, já que a circunferência da Terra é
próxima a 40.000 km. Como o meridiano central possui valor de
500.000 m, o limite leste e oeste de cada fuso corresponde, na
linha do Equador, respectivamente, valores próximos a 160.000 m
e 830.000 m
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR

3. A cada fuso associamos um sistema cartesiano métrico de


referência, atribuindo à origem do sistema (interseção da linha
do Equador com o meridiano central) as coordenadas 500.000
m, para contagem de coordenadas ao longo do Equador, e
10.000.000 m ou 0 (zero) m, para contagem de coordenadas ao
longo do meridiano central, para os hemisfério sul e norte
respectivamente. Isto elimina a possibilidade de ocorrência de
valores negativos de coordenadas.
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR

4. O quadriculado UTM está associado ao sistema de coordenadas


plano-retangulares, tal que um eixo coincide com a projeção do
Meridiano Central do fuso (eixo N apontando para Norte) e o outro
eixo, com o do Equador. Assim cada ponto do elipsóide de
referência (descrito por latitude, longitude) estará biunivocamente
associado ao terno de valores Meridiano Central, coordenada E e
coordenada N.

5. Como convenção atribui-se a letra N para coordenadas norte-sul


(ordenadas) e, a letra E, para as coordenadas leste-oeste
(abscissas). Um par de coordenadas no sistema UTM é definido,
assim, pelas coordenadas (E, N).
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR

6. Avaliando-se a deformação de escala em um fuso UTM


(tangente), pode-se verificar que o fator de escala é igual a 1(um)
no meridiano central e aproximadamente igual a 1.0015 (1/666)
nos extremos do fuso. Desta forma, atribuindo-se a um fator de
escala k = 0,9996 ao meridiano central do sistema UTM (o que faz
com que o cilindro tangente se torne secante), torna-se possível
assegurar um padrão mais favorável de deformação em escala ao
longo do fuso. O erro de escala fica limitado a 1/2.500 no
meridiano central, e a 1/1030 nos extremos do fuso;
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR

7. As linhas de secância do cilindro estão situadas entre o meridiano


central e o limite inferior e superior de cada fuso, o que infere,
assim, duas linhas onde a distorção é nula, ou seja, o fator escala
igual a 1. Elas estão situadas a cerca de 180 km a leste e a oeste
do meridiano central, correspondendo, respectivamente, a
coordenada 320.000 m e 680.000 m.
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MECARTOR
8. Cada fuso deve ser prolongado até 30' sobre os fusos adjacentes
criando-se assim uma área de superposição de 1º de largura. Esta
área de superposição serve para facilitar o trabalho de campo em
certas atividades.
9. O sistema UTM é usado entre as latitudes 84º N e 80º S. Além
desses paralelos a projeção adotada mundialmente é a
Estereográfica Polar Universal.
10. Indicada para regiões de predominância na extensão Norte-Sul
entretanto mesmo na representação de áreas de grande longitude
poderá ser utilizada.
11. É a mais indicada para o mapeamento topográfico a grande escala,
e é o Sistema de Projeção adotado para o Mapeamento
Sistemático Brasileiro.
Resumo UTM:
SISTEMA CARTOGRÁFICO NACIONAL
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA: Mapeamento do território nacional a pequena escala,
confecção de mapas gerais, Atlas e elaboração do apoio básico
fundamental (planimétrico e altimétrico). Trabalha também com
Cartografia Temática e apoia a Cartografia Sistemática do país.

DSG – DIRETORIA DO SERVIÇO GEOGRÁFICO (EXÉRCITO):


Além de atender às necessidades específicas do Exército, o apoio a
Cartografia Sistemática do país e à Cartografia de Base (apoio
fundamental) quando necessário.
SISTEMA CARTOGRÁFICO NACIONAL
DHN – DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO (MARINHA):
Mapeamento náutico (hidrográfico), inclusive o apoio à navegação
internacional.

ICA – INSTITUTO DE CARTOGRAFIA AERONÁUTICA


(AERONÁUTICA): Mapeamento aeronáutico específico do país.
MAPEAMENTO SISTEMÁTICO BRASILEIRO
GEOREF – SISTEMA DE GEORREFERÊNCIA INTERNACIONAL

Consiste na divisão inicial do globo terrestre em quadrângulos de 15º


de latitude por 15º de longitude. Esta divisão não esta relacionada com
nenhuma projeção específica.

Nota-se de A até Z, a partir do antimeridiano de Grenwich excluindo as


letras I e O para leste. A partir do Sul, nota-se com a letra A até M,
excluindo-se o I.

A referência sempre será o canto inferior esquerdo da folha, sendo a


primeira letra a correspondente à longitude. Desta forma são dadas as
duas primeiras letras do índice, por exemplo: KE
GEOREF – SISTEMA DE GEORREFERÊNCIA INTERNACIONAL
GEOREF – SISTEMA DE GEORREFERÊNCIA INTERNACIONAL

Novamente o quadrângulo é dividido em quadrângulos, agora de 1º de


latitude por 1º de longitude. Cada quadrângulo é notado da mesma
maneira que a divisão anterior, Sul-Norte, de A até Q, e de Leste-
Oeste, também de A até Q, excluindo o I e o O.

Soma-se ao índice as duas letras que


identificam o canto esquerdo
do quadrângulo.

Por exemplo, EJ,


ficando o índice KEEJ.
GEOREF – SISTEMA DE GEORREFERÊNCIA INTERNACIONAL

Cada quadrícula de 1º é dividida em minutos, ou seja 60X60, tendo-se


portanto 3.600 quadrículas. A contagem é realizada pelo número de
minutos que do limite esquerdo e do limite inferior, em qualquer
hemisfério e em qualquer posição em relação a Greenwich.

Exemplo: KEEJ4351
SISTEMA DE GEORREFERÊNCIA GPS – (UTM ZONE)
SISTEMA CARTOGRÁFICO NACIONAL
IDENTIFICAÇÃO DAS CARTAS BRASILEIRAS
As cartas brasileiras podem ser identificadas por três
elementos:

1. Nome;
2. Número do Mapa Índice (MI);
3. Índice de Nomenclatura
IDENTIFICAÇÃO DAS CARTAS BRASILEIRAS

1. NOME:

O nome da folha é uma designação através de um


indicativo claro, geográfico, de algum aspecto físico ou
humano que se desenvolva na região cartografada.

Não é a melhor forma de identificar uma folha, pois não


fornece nenhum indicativo posicional ou de localização de
escala, podendo inclusive existir duplicação de nomes em
diferentes e até mesmo em escalas idênticas.
2 – MAPA ÍNDICE(MI):

Neste sistema numeramos as folhas de modo a referenciá-


las através de um simples número, de acordo com as
escalas. Assim:
- para as folhas de 1:1.000.000 usamos uma
numeração de 1 a 46;
- para as folhas de 1:250.000 usamos uma numeração
de 1 a 550;
- para as folhas de 1:100.000, temos 1 a 3036;

Estes números são conhecidos como "MI" que quer dizer


número correspondente no MAPA-ÍNDICE.
2 – MAPA ÍNDICE(MI):

A aparição do número MI no canto superior direito das


folhas topográficas sistemáticas nas escalas 1:100.000,
1:50.000 e 1:25.000 é norma cartográfica hoje em vigor,
conforme recomendam as folhas-modelo publicadas pela
Diretoria de Serviço Geográfico do Exército, órgão
responsável pelo estabelecimento de Normas Técnicas
para as séries de cartas gerais, das escalas 1:250.000 e
maiores.
2 - Mapa Índice (MI):
O número MI substitui a configuração do índice de nomenclatura para
escalas de 1:100.000, por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV
corresponderá o número MI 2215.

Para as folhas na escala 1:50.000, o número MI vem acompanhado do


número (1,2,3 ou 4) conforme a situação da folha em relação a folha
1:100.000 que a contém. Por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV-3
corresponderá o número MI 2215-3.

Para as folhas de 1:25.000 acrescenta-se o indicador (NO,NE,SO e SE)


conforme a situação da folha em relação a folha 1:50.000 que a contém,
por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV-3-NO corresponderá o número MI
2215-3-NO.
2 – MAPA ÍNDICE (MI):
2 - Mapa Índice (MI): 1:100.000
2 - Mapa Índice (MI): 1:25.000
Folha Ouro Branco
1:50.000
3- INDICE DE NOMENCLATURA
Resumo da nomenclatura das cartas topográficas
e das medidas no terreno
No de Escalas Formato Medidas das Nomenclatura
folha folha terreno folhas terreno
(lat-long) (km)
1 1:1000.000 4o x 6o 444,48 x 666,72 SE.23
4 1:500.000 2o x 3o 222,24 x 333,36 SE.23-X
4 1:250.000 1o x 1o30’ 111,12 x 166,68 SE.23-X-B
6 1:100.000 30’ x 30’ 55,56 x 55,56 SE.23-X-B-III
4 1:50.000 15’ x 15’ 27,78 x 27,78 SE.23-X-B-III-2
4 1:25.000 7’30” x 7’30” 13,89 x 13,89 SE.23-X-B-III-2-NE
6 1:10.000 3’45” x 2’30” 6,945 x 4,63 SE.23-X-B-III-2-NE-B
ÍNDICE DE NOMENCLATURA
SE.2E-X DAS FOLHAS
V X

Y Z

1:500.000
30’

36o30’ SE23-X-B-III-2 36o


4o
1 2
30’

3 4
4o30’
SE23
1:50.000
6o 3o

42o SE.23 36o SE.2E-X 42o SE.23-X-B 36o


4o 4o
V X A B
4o 2o

Y Z C D
8o 6o
1:1000.000 1:500.000 1:250.000
1o30’ 30’ 15’

37o30’ SE.23-X-B-III 36o 36o30’ SE23-X-B-III-2 36o 36o15’ SE.23-X-B-III-2-NE 36o


4o 4o 4o
I II III 1 2 NO NE
1o 30’ 15’

IV V VI 3 4 SO SE
5o 4o30’ 4o15’
1:100.000 1:50.000 1:25.000
7’30” 3’45”

36o7’30” SE23-X-B-III-2-NE-B 36o


4o 36o3’45” 36o
A B 4o
7’30”
C D 2’30” SE.23-X-D-III-2-NE-B

E F 4o2’30”
4o7’30”
1:10.000
Representações Cartográficas
(Orientação)
NORTE MAGNÉTICO E GEOGRÁFICO
O planeta Terra pode ser considerado
um gigantesco imã, devido a
circulação da corrente elétrica em seu
núcleo formado de ferro e níquel em
estado líquido. Estas correntes criam
um campo magnético. Este campo
magnético ao redor da Terra tem a
forma aproximada do campo
Magnético ao redor de um imã de
barra simples. Tal campo exerce uma
força de atração sobre a agulha da
bússola, fazendo com que a mesma
entre em movimento e se estabilize
quando sua ponta imantada estiver
apontando para o Norte magnético.
PONTOS CARDEAIS
Para podermos nos orientar, dividimos o horizonte que nos cerca em
04 direções denominadas de pontos cardeais:
N Os 04 pontos cardeais são divididos em
pontos colaterais.
NORDESTE(NE)
NOROESTE(NW)
W E SUDESTE(SE)
SUDOESTE(SW)

Os 08 pontos sub-colaterais.
NOR- NORDESTE(NNE); NOR-NOROESTE(NNW);
S SUL-SUDESTE(SSE); SUL-SUDOESTE(SSW); ESTE-
NORDESTE(ENE); ESTE-SUDESTE(ESE); OESTE-
NOROESTE(WNW); OESTE-SUDOESTE(WSW)
AZIMUTE
• Azimute de uma direção é o
ângulo formado entre a
meridiana de origem que
contém os Pólos, magnéticos
ou geográficos, e a direção
considerada.
• É medido a partir do Norte, no
sentido horário e varia de 0º a
360º.
RUMO
• Rumo é o menor ângulo formado pela
meridiana que materializa o
alinhamento Norte-Sul e a direção
considerada. Varia de 0º a 90º, sendo
contado do Norte ou do Sul por leste e
oeste. Este sistema expressa o ângulo
em função do quadrante em que se
encontra. Além do valor numérico do
ângulo acrescenta-se uma sigla (NE,
SE, SW, NW) cuja primeira letra indica
a origem a partir do qual se realiza a
contagem e a segunda indica a direção
do giro ou quadrante.
CONVERSÃO ENTRE RUMO E AZIMUTE

No Primeiro quadrante:
R1 = Az1
No Segundo quadrante:
R2 = 180º - Az2
No Terceiro quadrante:
R3 = Az3 - 180º
No Quarto quadrante:
R4 = 360º - Az4
AZIMUTE E RUMO
Representações Cartográficas
(Escala)
Noção de Escala – Relação entre a distância no
mapa e a correspondente distância real.
• Converter escalas numéricas em escalas gráficas
Relembrar:
Medidas de comprimento:
Kilómetro (km) ; Hectómetro (hm) ; Decâmetro (dam) ; Metro (m)
Decímetro (dm) ; Centímetro (cm) ; Milímetro (mm)

1:100 000 = 1000 m = 1 Km


0 1 2 3 4 Km
CM
Tipos de Escalas

Numéricas Gráficas

1/10 000 0 100 200m

1: 250 000 0 2,5 5 Km

1
0 70 140Km
7 000 000
Tipos de Escalas

Numéricas Gráficas

1/ 25 000 0 10 20 30 40m

1:100 000 0 5 10 15 20 Km

1
0 2 4 Km
5 000 000
Comparação de Mapas a Escalas Diferentes
Áreas da Europa vistas em
escalas diferentes

Aumenta a escala, aumenta o pormenor

Diminui a escala, diminui o pormenor


Os problemas de escala têm sempre três elementos:
E – Escala Numérica
D – Distância Real
d – Distância no mapa
Cartografia Temática
Semiologia Gráfica

A tarefa essencial da Representação Gráfica, portanto, é a de


transcrever as três relações fundamentais:

Diversidade / qualidade (≠),


Ordem (O),
Proporcionalidade / quantidade (Q)

Assim, a diversidade será transcrita por uma diversidade visual; a


ordem por uma ordem visual e a proporcionalidade por uma
proporcionalidade visual. Essa transcrição será universal, sem
ambiguidades.
Nível de Organização da Informação:
≠)
Nível qualitativo (≠

responde à questão “o que?”,


caracterizando relações de diversidade entre lugares;

Nível ordenado (O)

responde à questão “em que ordem?”,


caracterizando relações de ordem entre os lugares;

Nível quantitativo (Q)

responde à questão “Quanto?”,


caracterizando relações de propriedade entre os lugares.
Modo de Implantação:

Pontual;
Linear;
Zonal
As variáveis visuais:
Também são chamadas de variáveis da retina, pois se baseiam na
capacidade do olho humano diferenciar a imagem expressa no mapa,
explorando a percepção visual.
• A cor, ou tonalidade, é a
variável mais forte, facilmente
perceptível e intensamente
seletiva; é também a mais
delicada para manipular e a
mais difícil de utilizar.
• O valor, ou matiz da cor, é
resultado de uma adição à cor
pura ou cor “chapada” de uma
certa quantidade de branco
que enfraquece a tonalidade; o
valor é uma boa variável
seletiva que permite
diferenciar os subgrupos de
um conjunto do mesmo
tamanho ou da mesma forma
e também um bom meio de
classificação para ordenar
uma série progressiva;
• A forma da mancha,
geométrica ou figurativa,
permite ao mesmo tempo uma
qualificação precisa dos
objetos e uma boa percepção
de sua similitude ou de suas
diferenças.
• A orientação, na ausência da
cor, é uma boa variável
seletiva, sobretudo em
implantação zonal;
• O tamanho, ou dimensão da
superfície da mancha, pode
ser proporcional ao do objeto a
representar; é praticamente a
melhor expressão de uma
comparação entre quantidades
distintas
• A granulação, é uma
modulação da impressão
visual, fornecida por variações
de tamanhos dos elementos
figurados, sem modificação da
proporção de cor e de branco
por unidade de superfície;
COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO CARTOGRÁFICA
KOLÁCNÝ - 1969
Elementos Externos de um Mapa:
Título: expõe o tema do mapa temático. Além de dizer do que se
trata, deve especificar onde se dá o acontecimento e em que data.
Deve expor, assim, o “O que?”, o “Onde?” e o “Quando?”
Deve ser colocado na parte superior do documento,

Subtítulo: Caso necessário. Deve ser colocado com letras


menores às do título

Escala: Deve ser colocada na parte inferior, perto do mapa-base


(fundo de mapa). Pode ser representada de forma gráfica nominal
ou numérica. A gráfica é mais indicada.
Elementos Externos de um Mapa:
Orientação: Indica a posição geográfica do os objetos
representados. (norte e coordenadas: longitude e latitude).

Encarte: Recurso gráfico. Podem ser de Ampliação, aproximação,


localização e temático.

Legenda: Uma das partes mais importantes do mapa. “Tradução


do tema representado no mapa”. Deve obedecer às regras da
semiologia gráfica.

Fonte: Informa a origem das informações mapeadas. Mostram


confiabilidade das informações e permitem pesquisas posteriores.
Deve ser citada como uma referência bibliográfica. É colocada na
parte inferior da folha
Elementos Externos de um Mapa:
Autor: Informa o responsável pela elaboração/desenho do mapa.
Pode ser nome, sobrenome, iniciais, ou nome completo. Deve se
colocado na parte inferior da folha.

Órgão/Instituição: Órgão ou Instituição responsável pela


elaboração do mapa. Deve ser colocado na parte inferior da folha.

Data: Devem ser informadas as data de execução do mapa e das


informações representadas. A data da informação, quando
importante, deve ser colocada junto com o título.
Bibliografia Consultada:
BAKKER, M. P. R. Introdução ao estudo da Cartografia: noções básicas. Rio de Janeiro: D. H. N., 1965.
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de cartografia. Florianópolis: UFSC, 2002.
FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. Canoas: La Salle, 2000.
IBGE. Noções Básicas de Cartografia (Manuais Técnicos de Geociência, nº8). Rio de Janeiro: IBGE. 1999
MARTINELLI, Marcelo. Cartografia Temática: Caderno de Mapas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
2003.
RANDALIZE, M.C.B. Topografia. PUC/BR Disponível em: www.topografia.com.br. Acesso em 15/02/2008.
http://www.sirgas.org/. Acesso em 25/07/2011
http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Index.htm . Acesso em 12/03/2010

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