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PETER TOMPKINS e CHRISTOPHER BIRD A VIDA SECRETA DAS PLANTAS CIRCULO DO LIVRO CIRCULO DO LivRO S.A. Caixa postal 7413 So Paulo, Brasil digo integral Titulo do original: “The secret life of plants” ‘Copyright by Peter Tompkins ¢ Christopher Bird ‘Tradugao de Leonardo Fides ‘Capa de Alfredo Aquino: Composto pela Linoart Lida. Licenga editorial para Toro ecneademado 0 Creo do Live ‘pela Abril SA, por eortesa da Exped Cultural ¢ Industai Expansto Editorial S.A. Sio Paulo proibida a venda 2 quem 1975 nko pertenga ao Clreulo Agradecimentos Tntrodugdo .............. PARTE 1 — PESQUISAS MODERNAS As plantas ¢ a percepgio extra-sensorial . As plantas podem ler sua mente Plantas que abrem portas ... Visitantes do espaco ....- Ultimas deseobertas soviétic PARTE 1 — PIONEIROS DOS MISTERIOS DAS PLANTAS A vida vegetal ampliada 100 milhées de vezes . ‘A metamorfose das plantas... .. Quando as plantas crescem para Ihe agradar © mago de Tuskegee ea PARTE 111 — EM SINTONIA COM A MUSICA DAS ESFERAS A vida harménica das plantas ............ " Plantas ¢ eletromagnetismo 2.2.2... .s sss Os campos de forca, os homens e as plantas 0 mistério das auras vegetais ¢ humanas “YARTE IV — FILHOS DA TERRA © solo: alimento basico da vida ....... _ 05 produtos quimicos, as plantas e 0 homem “Plantas vivas ou planetas mortos Os alquimistas vegetais PARTE V — A RADIANCIA DA VIDA Procura magica de plantas para a satide . ‘Pesticidas radionicos ees Mente sobre matéria : Fidhorn eo jardim do Eden . GRADECIMENTOS Os autores expressam sua gratidio a todos os que ajuda afazer este livro, que exigiu pesquisas intensas na Europa, Estados Unidos ¢ na Unido Soviética. ‘Agradecem em especial aos bibliotecérios da U. $. Li- ‘brary of Congress, sobretudo a Legare H. B. Obear, chefe da gan Division, ea seus assistentes. Na Stack and Reader sion, agradecem a Dudley B. Ball, Roland C. Maheus, Sartain, Lloyd A. Pauls ¢ Benjamin Swinson, que ilitaram muito seu trabalho, Agradecem ainda a Robert V. Allen, da Slavic and Cen- “tal European Division, e a Dolores Moyano Martin, da Latin ‘American Division, Library of Congress, e a Lida L. Allen, ‘dt National Agricultural Library, em Beltsville, Maryland. Agradecimentos muito especiais s20 devidos a dois cien- Histas moscovitas, o biofisico Dr. Viktor Adamenko, conhe- ido por suas pesquisas bioenergéticas, e © Prof. ‘Sin or de estudos da Academia Timiriézev de Ci lis, que pronta e gentilmente nos fornecerain dados nao iveis nos Estados Unidos, como o fez Rostislav Donn, Iheiro comercial da Embaixada francesa em Moscow, Agradecem finalmente as suas respectivas companheiras, ‘fom as quais este livro nunca chegaria a gréfica, Com excecio de Afrodite, ndo existe nada neste planeta is adorével que uma flor, nem nada mais essencial que planta, A verdadeira matriz da vida humana ¢ 0 relvado /que se veste a Mée Terra. Sem plantas verdes ndo pode- jamos respirar nem comer. Um milhao de labios movedicos, face inferior de cada folha, cuida de devorar diéxido de ttos quadrados dle superficie folia? véem-se diaria- nte envolvidos nesse milagre da fotossintese, produzindg io € comida para os bichos ¢ o homem, Dos 375 bilhoes de toneladas de alimentos que consumi= mos por ano, a maior parte provém das plantas, sintetizada por ‘as, do ar e do solo, com a ajuda da luz solar. O restante & wecido por produtos animais que, por sua vez, derivam das Intas, Através da dogura da fotossintese é que se tormam 03303 @ comida, a bebida, os inebriantes, as drogas ¢ os re- ios que mantém o homem vivo e radiantemente saudavel, juando usados com acerto. Amidos, gorduras, éleos, ceras, gelulose — tudo isso é produzido pelo agiicar. Do berco & pultura, o homem recorre 3 celulose para a obtencio de irigo, Toupas, combustivel, cestos, fibras, cordas, instrumen- icais, bem como do papel no qual ensaia sua filosofia, extraordinéria quantidade de plantas usadas com. proveito homem 6 indicada por quase seiscentas paginas do Di- Tnstintivamente advertidos das vibragdes estéticas das 5, que so satisfatOrias do ponto de vista espiritual, os humanos se sentem mais felizes e possuidos por maior estar quando convivem com a flora. Requisitos indispen- 4 mesa, ou em festividades, so as flores, que acompa~ inda 0 nascimento, o casamento, a morte. Quer por ou amizade, quer para agradecer a hospitalidade ou 9 homenagear uma pessoa, damos flores de presente, O que os jardins so para as casas, embelezando-as, so, para as cida- ‘des € 05 paises, os parques e as reservas florestais. A primeira coisa que uma mulher pensa em fazer, para dar mais vida a tum cémodo, € enfeité-lo. com um vaso ou uma jarra de flores, E a maioria dos homens, se instados, € capaz de descrever 0 paraiso, seja no céu ou na terra, como um jardim repleto de orquideas luxuriantes e habitado por uma ninfa — ou duas, ‘0 dogma aristotélico de que as plantas tém alma, mas no sensagdes, atravessou a Idade Média ¢ perdurou até 0 século xvii, quando Carl von Linné, 0 grande pioneiro da boténica moderna, declarou que as plantas s6 diferem dos bichos e do homem por sua falta de movimento, conceito esse gue setia derrubado pelo famoso botiinico do século xix Char- les Darwin, 0 qual provou que cada gavinha est4 dotada de lum poder de movimento independente. Segundo Darwin, as plantas “sé adquirem ¢ exibem esse poder quando isso apre- senta alguma vantagem para elas”. No inicio do século xx, um talentoso biélogo vienense com o nome gaulés de Raoul Francé langou a idéia, chocante para os fildsofos da natureza contemporaneos, de que as plan- tas movem seus corpos com uma liberdade, tum desembarago © uma graga tio grandes quanto 0 homem ou o bicho mais capacitado — © que s6 ndo apreciamos isso pelo fate de as plantas se moverem a um passo bem mais Iento que o nosso. As raizes das plantas, disse Francé, eseavam perscrutan- temente a terra, 0s brotos e vergénteas giram em cfrculos definidos, as folhas e flores vergam ¢ tremem com as mudan- gas, as gavinhas se enroscam inquiridoras e se estendem com bracos fantésticos para sondar o ambiente. Apenas por nio se dar ao trabalho de observé-las 6 que 6 homem julga as plantas desprovidas de movimentos e sensagSes. Poetas e filésofos como Johann Wolfgang von Goethe ¢ Rudolf Steiner, que tiveram paciéneia de observar as plantas, descobriram que clas crescem em direcdes opostas, penetran- do por um lado no solo, como que atraidas pela gravidade, € irrompendo, por outro, pelos ares, como que puxadas por alguma forma de antigravidade, ou levitagao. Radiculas vermiformes, que Darwin comparou a um oé- ebro, valem-se de finos filamentos brancos para escavar cons- 19 mente para baixo, aglomerando-se firmemente no solo indo-o A medida que avangam. Pequenas cimaras cas, quais uma bola de amido pode retinir, indicam as pontas ii raiz a direcdo da forca de gravidade, | Quando a terra esti seca, as raizes se voltam para um mais ‘imido, penetrando eventualmente em tubos enter- alastrando-se por extensdes de até 12 metros, como jeaso da alfafa, ou desenvolvendo uma energia capaz de firar o concreto. Ninguém ainda contou as raizes de uma Wore, mas o estudo de um tinico pé de centeio indica um de mais de 13 milhoes de radiculas com uma extensio junta de cerca de 608 quildmetros. Nessas radiculas de tsio encontram-se delicados filamentos cujo nimero é es- imado em cerca de 14 bilhdes e cujo comprimento total anda yolta dos 11000 quilémetros, ou seja, quase a distancia um polo ao outro, __ A medida que se gastam em contato com pedras, seixos randes gros de areia, as células especiais de escavagio rapidamente substitufdas por eélulas de idéntica natureza. fas clas morrem quando atingem uma fonte nutritiva, e sio bstituidas entdo por células destinadas a dissolver sais mi- nis ¢ coletar 0s elementos resultantes, Essa nutrigao fun- tal ascende de célula em célula através da planta, a qual wlitui uma unidade singular de protoplasma, a substincia da ou gelatinosa considerada a base da vida fisiea A raiz & assim uma bomba de gua, com a 4gua agindo no um solvente, universal, elevando elementos da raiz a evaporando ¢ voltando & terra para de novo ser o meio it cadcia vital. As fothas de um modesto girassol so ca- de eliminar num dia a mesma quantidade de 4gua que homem transpira. E uma tnica bétula, num dia quente, absorver até 380 litros, exsudando através de suas folhas Nio hé planta que seja uma coisa estética; todo cresci- 10.6 uma série de movimentos; a5 plantas esto constan- mnte preocupadas em vergar, em tremer e dar voltas, que faz a afirmagdo, desereve um dia de verao com ires de bracos polipdides que se estiram de uma latada ila, agitando-se, tremendo em sua fnsia de encontrar VO suporte para os ramos pesados que crescem por trés , Vinte. minutos depois de achar um pouso, a gavinha, descreve um circulo completo em 67 minutos, comeca a u contornar o objeto; dentro de uma hora, sua adesio jé 6 tao firme que serd dificil desprendé-la, A gavinha se enrosca entao como um saca-rolha, erguendo, ao fazé-lo, toda a planta. Uma planta trepadeira que precise de escora se arrastaré Para 0 suporte mais proximo. Se este for mudado de lugar, dentro de poucas horas a planta desviard seu trajeto, pasando @ seguir na nova direcSo. Ser4 que cla pode ver a escora? Serd que a sente, de alguma misteriosa mancira? Uma planta que cresce entre obstaculos ¢ fica impossibilitada de ver um suporte em potencial desenvolve-se em direcdo a um suporte cculto, evitando a érea que no corresponde & sua ansia, As plantas sio capazes de intenfo, garante ainda Francé: Procuram ou se estendem em direcio a0 que querem de ma- neiras tie intrigantes quanto as mais fantasticas criagdes 10- ‘manescas. Longe de levarem uma existéncia inerte, 0s seres vegetais, — 90 0 que os antigos helenos chamavam de bordne — pa- Tecem capazes de perceber e reagir 20 que acontece em seu ambiente a um nivel de sofisticacio que ultrapassa em muito © dos homens. A orvalhinha ou rosela agarra moscas com uma preciséo infalivel, movendo-se na diregdo exata onde se encontram as presas. Algumas plantas parasitas, por seu turno, econhecem © mais sutil vestigio de odor de suas vitimas ¢ so capazes de transpor todos os obstéculos para se arrastar até elas. As plantas parecem saber quais as formigas que surri- piam seu néctar, fechando-se quando elas andam por perto € 6 se abrinde quando o aciimulo de orvalho em seus caules € © bastante para impedir que tais formigas o cscalem. A acécia, mais sofisticada, recorre inclusive aos préstimos de certas formigas, retribuindo-Ihes em néctar a protecio que é por elas dada contra outros insetos e mamiferos herbivoros. Seré por simples acaso que as plantas assumem formas especiais para adaptar-se as idiossinerasias dos insetos que as deverio polinizar, engodando-os com cores ¢ fragrancias especificas, retribuindo-Ihes com seu néctar preferido, arqui- tetando uma rede extraordinéria de canais e toda uma maq naria floral onde possam manter presa uma abelha, como perfeitas armadilhas, para sé a liberar quando o processo de polinizacio se completa? Seré por simples reflexo ou coincidéncia que uma planta como a orquidea Trichoceras parviflorus desenvolve suas pé- 12 las de modo a imitar a fémea de uma espécie de mosca, wendo-o com tal perfeigao que o macho tenta acasalar-se a © nesse exato momento a poliniza? Serd ainda por acaso iio brancas, exercendo assim uma maior atragio sobre “mariposas e borboletas noturnas, as flores que desabro- ght & noite e exalam ao creptisculo um odor mais intenso, ‘que a Tris foetidissima cheira a carne podre apenas em eas onde ocorre uma profusio de moscas, enquanto as flores je confiam ao vento a polinizacao cruzada das espécies limi se 4 uma aparéncia relativamente modesta, em vez de iitsperdicarem energia para fazerem-se belas, perfumadas ou iifentes para os insetos? Para protegerem-se, as plantas desenvolvem espinhos, um Hilo amargo ou secresées gomosas que capturam ¢ matam fnsetos hostis. A recatada malicia ou dormideira (Mimosa ica) dispoe de um mecanismo que reage toda vez que um foUlro, uma Tagarta ou uma formiga se arrasta por seu caule diregio &s folhas delicadas: tio logo exercida uma pressio seus rgios sensitivos, os pediinculos se abaixam, as has se recolhem, como se murchassem, © esse inesperado jovimento, quando néo langa o intruso fora, obriga-o a bater (om retirade, sy, it tertas pantanosas, incapazes de encontrar nitrogénio, Wgumas plantas devoram, para o obter, criaturas vivas, Ha is de quinhentas variedades de plantas carnivoras, a cujo convém as cames de sabor mais distinto, quer de sos, quer de seres mais fartos, © que se valem de infini= ardis para capturar suas presas, desde tentdculos a viscosos ou engenhosos alcapdes afunilados. Os tenté- los das plantas carnivoras nio sio apenas bocas, mas tam- estémagos sustentados por esteios que se destinam a rir € devorar a presa, digerindo a came ¢ 0 sangue endo ido nada seno um esqueleto. A orvalhinha ou rosela, que devora insetos, néo Tiga para Ikos, particulas ce metal ou outras substancias estranhas las em suas folhas, mas sem demora percebe o que hé de tivo num pedaco dé carne. Darwin descobriu que essa inta pode ser excitada quando sobre ela & posto um fio de pesando apenas 1/78 000 de um grio. Uma gavinha, ‘constitui com as radiculas a parte mais sensivel de uma na, se curva quando um fio de seda, pesando apenas }00025 de um grama, € atravessado sobre ela. A engenhosidade das plantas em arquitetar formas ex- ede em muito @ dos engenheiros. As estruturas criadas pelo homem nao se comparam 4 capacidade de resisténcia dos longes tubas ocos que suportam pesos fantdsticos contra tem- Porais violentos. O uso de fibras espiraladas pela planta € um mecanismo que dificilmente se rompe e para 0 qual a inven- tividade humana ainda nfo encontrou um correspondente a altura. As células se alongam como salsichas ou tiras que se prendem umas as outras para formar um cordio quase indes- trutivel. Uma drvore engrossa a medida que cresce, cientifi- camente, para suportar maior peso. © cucalipto australiano pode erguer-se sobre um tronco fino até 144 metros acima do solo, ou tio alto quanto a Grande Pirdmide de Queops, e ha nogueiras capazes de agtien- tar até 100000 nozes. A sanguindtia ou corriola-bastarda, por sua vez, mostra-sé perita em dar nés que, depois de secos, ficam tao apertados que arrebentam, impulsionando as se. mentes para que elas germinem o mais longe possivel da planta-mae. As plantas se revelam perceptivas mesmo quanto a orien- tacdo e ao futuro. Habitantes da fronteira © cagadores dos Prados do vale do Mississipi descobriram que as folhas da chamada planta-biissola (Silphium laciniatem), da mesma fa- milia do girassol, indica os pontos cardeais. O alcacuz-in- diano ou jequiriti (Arbrus precatorius) 6 tao acentuadamente sensivel a todas as formas de influéncias elétricas ¢ magnéti- cas que chega a ser usado como planta-barémetro. Os primei- tos botanicos que o utilizaram em experiéncias, nos Kew Gardens de Londres, consideraram-no um meio para previsio de ciclones, furacdes, tornados, terremotos e erupcées vul- cfnicas, Precisas como so quanto as estagies, as flores alpinas sabem quando a primavera se aproxima e abrem caminho através das derradeiras camadas de neve, desenvolvendo seu proprio calor para fundi-las. Reagindo com tal precisfio, presteza ¢ diversidade a0 mundo exterior, as plantas, no entender de Francé, devem ter algum meio de se comunicar com esse mundo, algo compa- ravel ou superior aos nossos sentidos. Francé insiste em que a3 plantas estio constantemente observando e registrando acon- tecimentos e fenmenos sobre os quais 0 homem — preso em 14 fia visto antropocéntrica do mundo, que Ihe é subjetivamente ‘evelada por seus cinco sentidos — nada sabe. Malgrado terem sido vistas, quase universalmente, como Insensiveis autématos, as plantas sio agora consideradas ca- izes de estabelecer distingfo. entre sons inaudiveis para 0 ymem, bem como entre cores que correspondem 90s com- primentos de onda do infravermelho ¢ do ultravioleta e que {Nossa visio nao capta; so especialmente sensiveis aos raios Ke a alta fregiiéncia da televisio. Francé diz ainda que todo o mundo vegetal vive om intonia com os movimentos da Terra, da Lua e dos demais pplanetas do sistema solar — e que um dia hé de se demons- trar que ele é também afetado pelas estrelas ¢ outros corpos Gelestes. Como a forma externa de uma planta se mantém uni- Ufria © ¢ restaurada toda vez que uma parte vem a ser des- (ufda, Francé presume que exista alguma entidade consciente Supervisionando a integridade da forma, alguma inteligéncia dirigindo a planta — seja de dentro, seja de fora. Ha mais de um século ¢ meio, Francé, que concedia as Plantas todos os atributos das criaturas vivas, inclusive “a Teigio mais violenta contra os desmandos e a gratidio mais lirdente pelas atencdes”, poderia ter escrito um A vida secreta as plantas. Mas o que ele chegou a publicar foi bastante ata ser ignorado pelo establishment, quando nao considerado eelicanecte chocante. O que maior desagrado causou foi fia hipdtese de que a percepgao das plantas pode ter origem jum mundo supramaterial de seres o6smicos a que os sibios Hindus se referiram como “devas”, muito antes do nascimen- 10 de Cristo, e que — como fadas, elfos, gnomos, silfides ¢ Jima multid%o de outras eriaturas — foram objeto de visio direta e experiéncia para clarividentes ativos entre os celtas © outros intuitivos. Aos estudiosos da vegetagio da época, a Mdéia pareceu uma maravilha insfpida, inevitavelmente to- imintica. Foi preciso chegar as surpreendentes descobertas feitas por varios investigadores, na década de 1960, para que o mundo das plantas voltasse a despertar a atengio da buma- Hidade. Mesmo assim ainda ha céticos que custam a acreditar we as plantas possam ser enfim as damas de honra de um Visamento da fisica com a metafisica. Hi agora evidéncias em apoio da visto do poeta e do 15 fildsofo, qual seja, a de que as lantas — criaturas que vivem, respi x se eee Pete dotadas de personalidade e dos atributos da alma. S6 nossa cegueira foi que nos fez insistir em considerd-las aut6matos. E mais extraordinario ainda € patentear-se agora que as plantas podem se mostrar capazes, propensas e decididas a cooperar com a humanidade na tarefa herctilea de reconverter este planeta num jardim, a partir da sordidez e da putrefagao que Upificam 0 que o eco- Jogista pioneiro da Inglaterra, William Cobbett, chamaria de “excrescéncia”. Parte I PESQUISAS MODERNAS ‘As plantas @ a percepcao extra-sensorial A janela empocirada do edificio — que dava para Times Square, em Nova York, ¢ abrigava exclusivamente escritérios — tefletia como um espelho uma cena inusitada do Pais das Maravilhas. Mas no se via o Coelho Branco com seu colete e seu relégio de bolso; via-se um homem de orelhas de elfo, ehamado Backster, com uma planta comum de interior, cha- mada Dracaena massangeana, ¢ um galvandmetro. O galya- németro estava ali porque Cleve Backster era 0 mais eximio especialista americano em deteccao de mentiras; a dracena, por iniciativa de sua secretaria, a quem parecera que o drido escritério reclamava um toque verde; e o proprio Backster, devido a um passo decisivo, dado na década de 60, que afetou radicalmente sua vida ¢ pode, de igual modo, afetar o planeta. Noticiadas com destaque pela imprensa mundial, as ex- travagancias de Backster com suas plantas deram motivo a charges e gozagoes de todo tipo; mas a caixa de Pandora que ele abriu para a ciéncia talvez nunca mais se feche. Sua des- coberta de que as plantas parecem ser sencientes causou teagGes fortes e variadas em todo o mundo, a despeito do fato de Backster jamais se ter arrogado uma descoberta, mas sim, apenas, a lembranga de uma coisa sabida — e esquecida Acertadamente ele evitou publicidade ¢ se concentrou em estabelecer a absoluta autenticidade cientifica do que passou a ser conhecido como o “efeito Backster”. ‘A aventura comecou em 1966. Backster passara a noite “em sua escola para operadores de poligrafos, onde ensina a técnica de deteccdo de mentiras a policiais ¢ agentes de se- ca de todo o mundo. Num impulso stbito, decidiu colo- de um dos seus detectores sobre uma folha cena. Planta tropical que lembra vagamente uma pal- com folhas grandes e um denso cacho de flores mitidas, € também conhecida como arvore-do-dragao (do latim em virtude da crenca popular de que sua resina con- 17 , tém sangue de do. Baekster estava interessado em saber em quanto Gore oo que modo a folha seria afetada pela gua despejada nas raizes, i ¢ a agua subia pelo caule sedento, 0 galva- an Fapiek de Backster, néo indicava a menor i i i dada i contrariando assim o qué seria de esperar, Tet coadubiiidade elétrica da planta umida. Em ver de ir para cima, @ ponta que tragava © grafico tendia mais a descer, gerando ainda com freqiiéncia uma linha bem serri- ae galvandmetro € a. parte de um detector de mentiras poligréfico que, quando lignda a um ser humano por fios que eonduzem em uma baixa corfente ¢létrica, faz com que uma agu- Jha se mova ou uma ponta trice um grafico num Papel qua- , em resposta a imagens mentais ou as mais ee encivas, Tnventado no fim do século xvi padre vit , Maximilian Hell, S. J., astrénomo da triz Maria Teresa, teve seu nome derivado 0 fisico ¢ fisiologista italiano que descobriu animal”, © galvandémetro & agora usado em “um circuito elétrico chamado “ponte de Wheat- ‘honra de Sir Charles Wheatstone, fisico inglés ‘simples, essa ponte avalia a resisténcia, de er elétrico do corpo humano — ou sua ser medido 4 proporgdo que flutua sob ¢ das emogées. O procedimento € submeter o suspeito a um estruturado” ¢ observar as dracena na xicara de café quente que tomava, Nenhuma rea- gio notavel foi registrada pelo medidor, Backster considerou 9 problema por alguns minutos ¢ concebeu entio uma ameaga maior: queimar a propria folha a qual os elétrodas haviam sido ligados. No instante em que lhe veio & cabeca a idéia de fogo, ¢ antes que cle pudesse se mexer para apanhar um f6s- foro, ocorreu no grafico uma mudanga dramitica, sob a forma de uma prolongada ascensdo da ponta que realizava o traga- do. Backster nfio se mavera, nem para se aproximar da planta, nem em direcdo & maquina. Poderia a dracena ter lida sua mente? Saindo finalmente da sala ¢ voltando com uma caixa de fésforos, Backster notou que outra sibita alteracao se regis- trara no grafico, evidentemente causada por sua determinacac em levar a cabo a ameaga. Embora relutasse, dispds-se a queimar a folha. Dessa vez foi menor a reagao espelhada no grafico, Mais tarde, enquanto ele assumia atitudes fingidas, como se realmente fosse por fogo na planta, jd nenhuma reagdo se notava. Evidenciava-se que a planta era capaz de distinguir entre a intencao real ¢ a simulada, Backster teve vontade de sair pelas ruas, correndo ¢ anunciando ao mundo: “As plantas pensam!” E porém, absorveu-se na investigagio mais meticulosa do fend- meno, a fim de estabelecer exatamente como, e através de que meio, a planta reagia a seu pensamento. Seu primeiro passo foi certificar-se de que nao fechara os olhos as possiveis explicagdes légicas para o fato. Haveria algo de extraordindrio sobre a planta, ou sobre ele, ou ainda sobre o instrumento particular que utilizara? O assunto exigiu um estudo mais detalhado, quando ele ¢ seus colaboradores, izando outras plantas ¢ outros instru- Mentos em outros locais do pais, foram capazes de fazer observacdes semelhantes. Bananas, laranjas, cebolas, alfaces, mais de 25 variedades de plantas ¢ frutas foram ao todo testadas, As observagées, sempre coincidentes, implicavam um novo enfoque da vida, com algumas conotagdes explosivas Para a ciéncia. Até entao, o debate entre cientistas © parapsi- célogos sobre a existéncia da percepgao extra-sensorial tinha sido altamente controvertido, sobretudo devido a dificuldade em estabelecer com seguranga quando realmente ocorre um fenémeno dessa natureza. O maximo a que se chegara — gra- gas ao Dr. J. B. Rhine, cujas experiéncias no campo tveram 19 iniéio na Universidade de Duke — fora estabelecer que, nos seres humanos, os fendmenos extra-sensoniais ocorrem com tamanha frequéncia que ja ndo faz sentido atribui-los apenas 2 Sar ninel en) Backster considerou que a capacidade de aprender sua intengo, revelada pelas plantas, fosse alzuma forma de percepgdo- extra-sensorial. Mas acabou renuncianda a expressdo, que sc aplica a percepgao- efetuada acima © além dos sentidas estabelecides do tato, da visio, da audigao, do paladar e do olfate. Como as plantas nao parecem ter olhos, ouvidos, nariz nem boca, ¢ como os botanicos, desde o tem- po de Darwin, nunca Ihes concederam um sistema nervoso, Backster deduziu que sua fungdo perceptiva devia ser algo de mais basico. r i Esse ponto de vista levou-o a conjetura de que os cinco sentides humanos possam ser fator de limitagao, enco- brindo uma “j 4 primaria” possivelmente comum 4 ‘natureza. “Talvez as plantas, sem olhos", presumiu “consigam enxergar melhor do que nds.” Gracas 0 sentidas basicos, os homens podem optar livremente perceber indistintamente ou nao perceber de ter comentou a respeito: “Quando a visdo de uma agrada, voce pode desviar o olhar ou recusar-se 1ém nunca tirasse os outros da cabeca, ¢ suas plantas eram capazes de pe: ampliou seu escritério © decidiu rio cientifico, tipico da era es- ‘meses seguintes, foram obtidos gri- espécies mais variadas. O fendmeno ndo a folha era arrancada da soincidir com o tamanho dos elé- tinuava a ser acusada pelo eta esmigalhada ¢ seus pedacos As plantas reagiam ae 1 a aMeagas em potencial, cachorro ou de uma pes- racdes dramat raifico gerado pela plant antes de a a comecar a correr de ur tava impedir seus movimentos. * explicou cle pulir y na presenca da v Tr menos atencdo As inten ‘A Gltima coisa que uma planta que outra Ihe crie problemas. Mas elas parecem al vida animal durante todo o tempo em que esta set redor. Com sua extrem podem requerer um controle atento.” Backster observou que, ameagada por um perigo imi- nente, um dano grave, uma planta “apa morte fingida, reagindo assim, por autodefesa, de modo se melhante a um gambi — se nao mesmo a um ser humano. © fenémeno foi dramaticamente demonstrado quando um fisiologista canadense visitou o laboratério de Backster para presenciar a reagao de suas plantas. A primeira delas nao deu resposta alguma. Backster experimentou a segunda, a ter ceira — e nada. Verificou entao scus instrumentos poligrifi- cos ¢, ainda em vio, testou mais duas p 8, SO a sexta reagiria de modo suficientemente claro para demonstrar o fenomeno. Interessado em saber o que poderia ter outras plantas, Backster perguntou ao visit seu trabalho o forca a fazer mal as plantas?” *Sim'’, respondeu o fisiologista. “Eu liquido as plantas com as quais trabalho, Torr num forno para obler seu peso seco para minha anali Quarenta ¢ cinco minutos depois, quando o fisiologista ja se encontraya a caminho do acroporto, todas as plantas de Backster voltavam a dar em seus grificos uma resposta fiuente. Besa experiéneia se mostrou Gil para que Backster che- Basse & conclusio de que as plantas podiam ser levadas a um ‘desmaio, ou mesmerizadas, pelos seres humanos, de que algo Semelhante talvez fizesse parte do ritual do magarefe, antes de um animal ser abatido de maneira correta. Comunican- do-se @ vitima, 0 matador pode infundir-Ihe tranqililidade e 21 mobilidade, os bichos € as pessoas ou desmaia numa. fluenciada as Por acaso leva-la a uma morte serena, impedindo assim que sua carne conserve residuos de um “medo qui ico”, desagradivel ao paladar talvez mesmo nocive ao consumidor. Isso suscitou a possibilidade de que as plantas ¢ os frutos suculentos quei- ram de fato ser comides, mas s6 numa espécie de ritual amo- roso, com uma comunicagao real entre © que come ¢ © que é comido — algo afim ao rito cristao da comunhao —, ¢ nao na costumeira matanca desapiedada. : “Pode ser”, diz Backster, “que um vegetal prefira passar a fazer parte de outra forma de vida a apodrecer no chio, assim como, 4 sua morte, uma pessoa pode experimentar ali- vio por encontrar-se num plano de existéncia mais elevado,” Certa vez, para mostrar que tanto as plantas quanto as células individualizadas captavam sinais através de algum meio de comunicacao inexplicado, Backster fez uma demons- trago para o autor de um artigo publicado no ‘Sun de Balti- more e posteriormente condensado no Avante Digest. Apés ligar o galvanémetro a um filodendro, Backster dirigiu-se a0 jornalista, como se fosse ele o objeto da pesquisa, ¢ subme- teu-o a um int sobre o ano de seu nascimento. oO ista foi instruido para responder sempre ndo aos sete anos entre 1925 e 1931, seguidamente mencionados por - Backster. Este obteve entéo no grafico a data correta, a qual planta num momento de vigor mais intenso foi repetida por um psiquiatra, © diretor médico do centro de pesquisas > em Orangeburg, no Estado ‘companhia de um colaborador, Douglas Escola de Engenharia de Newark, se- teste um homem que possuia um filoden- le, com o maior carinho, a partir da semente. )@ planta, os dois cientistas fizeram # alunos da escola de Backster, alguns deles policiais traqueja- dos, ofereceram-se como voluntarios para a experiéncia, De olhos vendades, cada aluno tirou de dentro de um chapéu um papelzinho dobrado, um dos quais continha instrucdes para desenraizar, pisotear ¢ destruir completamente uma das duas plantas que se encontravam na sala, O criminoso deveria agir em segredo; nem Backster nem nenhum de seus alunos saberiam sua identidade; sé a segunda planta seria uma tes- temunha. Ligando a planta sobrevivente a um poligrafo e fazendo com que seus alunos desfilassem diante dela, um por um, Backster foi capaz de descobrir o culpado. De fato, abstendo-se de qualquer reago perante os cinco inocentes, a planta ma- nifestou no medidor, quando se aproximou o verdadeiro culpado, uma excitacao feroz. Backster nao se atreveu a afir- mar que a planta tivesse captado ¢ refletido o sentimento de culpa do “vilao”; como esse agira em nome da ciéncia ¢ sua culpa nao fosse assim tao grande, ficava porém em aberto a possibilidade de que a planta se lembrasse e reconhecesse © destruidor de sua companheira Em outra série de observagdes, Backster notou que, a despeito da distancia, parece estabelecer-se entre uma planta @ a pessoa que dela cuida um vinculo de afinidade ou um tipo especial de comunhio, Com o usa de crondmetros sin- cronizados, percebeu que suas plantas continuavam a reagir a seu pensamento € atengao, quer estivesse ele na sala ao lado, no saguao de entrada do edificio ou mesmo varios prédios adiante. De regresso de uma viagem de 24 quilémetros a Nova Jersey, Backster constatou que suas plantas tinham dado Mostras de exuberancia e sinais decisivos ¢ positivos de res- posta no exato momento em que ele decidira voltar para Nova York, Se por prazer em revé-lo, ou por simples alivio, nilo saberia dizer. Sempre que Backster viajava para um ciclo de palestras e falava de suas observagdes de 1966, mostrando um slide da dracena original, a planta, deixada em seu escritorio, acusava uma reacio no grafico no exalo momento em que sua imagem era projetada. Desde que acostumadas a uma pessoa, as plantas parecem capazes de manter com ela uma ligagao solida, onde quer que essa pessoa esteja, mesmo perdida na multidao. Na véspera de ‘Ano Novo em Nova York, Backster imiscuiu-se na balburdia 23 munido de um caderno ¢ um cronometro. . movia entre a massa, anotou suas varias A medida due ue dew, a pressa que o invadiu ao descer GOES, 08 Passos ee enctrd, a iminéncia de ser pisoteado, ao do metr ptens ne eae teve com um vendedor de jornais, a lige ério, verificou que trés de suas Gane ae eearadamcals) tinham mostrado reagdes Sa ae corriqueiras aventuras emocionals. Com a intengo de testar as reagdes das planes longa distancia, Backster recorreu a uma amiga baa zen i = = antas dela continuariam a lhe ser figis durante uma se- vie ia de viagens aéreas que cobririam mais de 1000 quild- fae los Estados Unidos. Gragas a relégios sincronizados, Sai as plantas reagiam as tensGes emocionais de sua dona, de modo inequivoco, toda vez que o avido se pre- parava para aterrissar. ete: Para certificar-se do que podera ocorrer a distancias bem maiores — a milhGes de quilémetros —, para ver se 0 espago se converte em limite para a “percep¢ao primaria” das plantas, Backster gostaria que os pesquisadores de Marte colocassem uma planta com um galvanémetro nesse planeta, ou proximo a ele, permitindo assim observar por telémetro a teagdo da planta as alteragGes emocionais registradas em seu dono na ‘Terra. Considerando que sinais de rédio ou Tv telemetrados — \ransportados por ondas eletromagnéticas a velocidade da luz — levam de seis a seis minutos e meio para chegar a Marte f tempo igual para voltar A Terra, a questo sera saber se de Times Square, Hiekster, no mesmo instante em que for emitido. Se o tempo F ida e volta de uma mensagem telemetrada fosse reduzido tee ante Meveria uma indicacao de que as mensagens men- Gas ou emocionais operam fora do tempo, tal como o con- » © além do espectro eletromagnético. mados b do Oriente que nos mantém infor- ecine is hipétese de ‘uma continacts extratemporal”, seer, fackster. “Tais fontes. afirmam que o umiverso se oaks Gee equilibrio; se esse equilibrio se desfizer em algum delcctat a a tes esperar uma centena de anos-luz part omalia ¢ corrigi-la, A, comunicagao extratemporal. cry essa espécie de concregao unitaria de todas as coisas vivas, poderia ser a resposta para o problema em pauta. Backster ndo sabe ao certo que tipo de onda energética conduz até uma planta os sentimentos ou as idéias de um homem. Ocorreu-lhe isolar completamente uma planta, ser- vindo-se ora de uma caixa farédica, ora de um recipiente de chumbo. Mas nem aquela nem este tiveram condigao de inter- ceptar ou obstruir o canal de comunicagao existente entre a planta ¢ o homem. Backster deduziu entio que a onda por- tadora equivalente, seja ela qual for, deve operat de algum modo além do espectro eletromagnético, bem como num sen- tido decrescente — do macrocosmo para 0 microcosmo. Um dia, ao cortar acidentalmente um dedo ¢ se tratar com iodo, Backster notou que a planta entio submetida ao poligrafo reagiu de imediato, aparentemente afetada Por esse fato banal a morte de algumas células digitais, Se bem que tal reacao pudesse ter sido causada pelo estado emocional do préprio Backster, quando ele vira seu Sangue, ou ainda pelo cheiro forte do iodo, o Pesquisador nao tardou em des- cobrit que um mesmo padrio se repetia no grifico sempre que uma planta testemunhava a morte de tecidos vivos, Poderia a planta, a um nivel tao minimizado, ser sensivel @ todo processo de morte celular que ocorria em seu meio ambiente? © padrao tipico Teapareceu, em outra ocasiao, quando Backster Se preparava para tomar uma poredo de iogurte. Intrigado a Principio, ele acabou se dando conta de que o Presunto que misturara ao jogurte continha um presery. quimico que pouco a pouco exterminava os bacilos vivos fustentes no ultimo. Outro padrao inexplicdvel no grafico foi finalmente esclarecido ao evidenciar-se que as plantas Feagiam também a agua quente que escorria pelo encanamento edava morte as bactérias do esgoto, © consultor médico de Backster, Dr. Howard Miller, um citologista de Nova Jersey, concluiu que uma especie de Sonsciéncia celular” deveria ser comum a toda a vida. Para explorar essa hipotese, Backster descobriu um meio de conectar elétrodos a diferentes tipos de células, recorrendo a ca has Paramécios, lévedo, culturas de mofo, Taspas da vd mana, sangue e mesmo sperma, Controlados pelo Erie todos. deram origem a Braficos tao interessantes * Produzidos pelas plantas, Uma sagacidade espan- 25 pelas células de esperma, as quais pareceram ficar seus doadores, real indo a presenca ie outros homens. Tais observagoes leva- espécie de memoria total possa integrar 1 inferéncia, que o cérebro seja apenas tador — € nao necessariamente um tosa foi eve y apazes de identi ae e ignorando a di yam a crer que uma a simples célula ¢, po i omu! eee Ae aiscenanenis de lembrangas. b . “A senciéncia”, diz Backster, “nao parece Dee omiper e ao nivel celular. E provavel que desca a0 molecular, ao até- mico e mesmo ao subatémico. Todas as coisas ja convencio- nalmente tomadas por inanimadas podem nos impor agora zt es es de perseguir um fendmeno de importancia fundamental para a ciéncia, Backster estava ansioso para pu- blicar suas descobertas numa revista especializad iF expondo-as assim a verificagio critica de outros cientistas. A metodologia cientifica requer que uma reacdo registrada seja repetida por outros cientistas, em outros locais, um nimero adequado de vezes. E isso tornava o problema mais dificil. Antes de mais nada, Backster descobrira que as plantas séo capazes de logo acostumar-se tanto a determinadas pes- soas que nem sempre é possivel obter exatamente as mesmas Teagoes com diferentes experimentadores. Incidentes como 0 “desmaio” ocorrido perante o fisiologista canadense davam as vezes a impressao de que o “efeito Backster”, na verdade, era pura invencionice. O envolyimento pessoal, e mesmo 0 conhecimento prévio da hora de realizagao de uma experién- cia, nao raro davam motivo de sobra para que uma planta invocasse” e decidisse no cooperar. Isso levou Backster 4 Sonclusio de que bichos submetidos a uma cruel vivissecca0 talvez captem os intentos de seus torturadores ¢ assim pro- duzam para si — apenas para terminar com o suplicio © BackeaPidamente possivel — os proprios efeitos desejados. ¥ descobriu que, mesmo quando ele e seus colegas, na sala de espera, discutiam um projeto qualquer, as plantas, trés salas adiante, podiam fi q eo temente geradas ser afetadas pelas imagens apare' Worcs ee Sua troca de idéias. Es conceber uma ex Seapets Backster a necessidade de humano. 0 aan neia isenta de qualquer envolvimento desenvolver seu ee de ser todo automatizado. Pare sivel & experiénda pentose est © equipamento indispen- fa perfeita, Backster levou dois anos e meio 26 ¢ consumiu varios milhares de délares, fornecidos em parte pela Fundacio Parapsicologica, imstituigao entao presidida pela faleci ileen Garrett. Diversos cientistas, especializados em diferentes disciplinas, sugeriram um elaborado sistema de controles experimentais. O teste finalmente escolhido por Backster foi matar célu- las vivas, com um mecanismo automéatico, num momento casual em que ninguém se encontrasse no escritério ou em suas proximidades, e ver se as plantas reagiam. Camar6es de agua salgada, da variedade vendida como alimento para peixes tropicais, foram selecionados por ele como vitimas sacrificiais. Era importante para o teste que as vitimas demonstrassem grande vitalidade, pois ja tinha sido notado que o tecido malsao ou a caminho da morte nao mais age como um estimulo remoto, nao mais transmite mensagens de qualquer tipo que seja. Verificar se os camaroes estdéo em boa forma é relativamente facil: em condigdes normais, os machos dedicam metade de seu tempo a cagar e a cobrir as fémeas. O dispositivo incumbido de liquidar esses playhoys mari- nhos consistia de uma pequena tigela que deveria despeja-los, automaticamente, numa panela de agua fervendo. Um pro- gramador mecanico acionaria o dispositivo num momento selecionado ao acaso, impedindo assim que Backster ou scus assistentes tivessem conhecimento da hora exata da ocorrén- cia. Considerando-se a eventualidade de a prépria agéo do mecanismo ser registrada nos graficos, previu-se a colocacéo de outras tigelas, sem camaroes, que em momentos variados deveriam despejar apenas certa quantidade de dgua. _ Cada qual ligada a um galvanémetro, trés plantas fica- Tlam em salas separadas. Um quarto galvanémetro, ligado a uma resisténcia de valor fixo, indicaria as possiveis variagoes causadas por intermiténcias no fornecimento de energia ou Por perturbagoes eletromagnéticas ocorridas perto ou dentro da. area da experiéncia. A mesma luz e uma temperatura uniforme seriam mantidas para todas as plantas, as quais, vindas de uma fonte exterior, por precaugao adicional, quase nao seriam manuseadas e esperariam a hora da prova em Zonas delimitadas com antecedéncia. Devido a suas folhas grandes e vistosas, capazes de nao sofrerem prejuizo com a pressao dos elétrodos, foram selecio- nadas para a experiéncia plantas da espécie Philodendron 27 Diferentes exemplares dessa espécie seriam sub- cordatum. Die! eras a metidos a testes a em vernaculo cientifico, a hipo- ‘Adequadamente, renal formular era a de fe reaver tese que Backster Pretene tinida na vida das p 5 percepcda primaria Give” nade servir de estimulo remo- aa ssa capacidade percep- ue o exterminio da ae oot localizado para coy ee ee ee do envolvimento humane. issivel compre’ aram que as plantas jva e que é pos fincloue independentemente " Jtados experimentals mostr: 0 janta Be tare ¢ sincronizadamente @ morte dos camardes reagiram ft automatizado de controle, rvend o sistema n ls ee - ae cientistas, indicou que essa reagao ; Dead ente ma propor¢ao de cinco para rocessara consistentem seat S possi dades do acaso- ce Uma descrigdo pormenorizada de toda a experiencia e atid constou de um ensaio cientifico publicado, no ae a de 1968, no volume X do The International Journal of Parepycholog com o titulo de “Evidéncia sobre a per- do primaria na vida vegetal”. Competia agora a outros cientistas verificar se seriam capazes de repelir a experiencia de Backster ¢ obter os mesmos resultados. Mais de 7000 cientistas mostraram-se interessados em reimpressdes do texto sobre a pesquisa original de Backster. Em mais de vinte universidades norte-americanas, nao so Gientistas, como também estudantes, revelaram-se dispostos a repetir as experiéncias de Backster, tao logo pudessem obter o equipamento necessario!, Algumas fundacoes inclinaram-se a financiar novas pesquisas. A grande imprensa, que a prin- cipio ignorara o ensaio de Backster, deixou-se possuir por uma febril excitacdo sobre 0 caso a partir do momento em e a National Wildlife assumiu o risco de publicar, em verciro de 1969, um artigo pioneiro. O fato despertou tanta atengao, em todo o mundo, que secretérias e donas-de-casa comecaram a conversar com suas plantas e a nome Dracaena massangeana s¢ tornou familiar. O que mais intrigava os leitores era a idéia de que um. 1 Backster relutou em divulgar os mn « Backster relito os tomes e locais dessas universidades, fn ni prude de BeNa it cc teuhon reatizats 0 momenta que melhor thes comer ae ates com toda 0 ponder carvalho tremesse & aproximagao de um lenhador ou que uma cenoura entrasse em panico quando visse um coelho. Julgan- do por seu turno que as aplicagbes do “efeito Backster” ao diagndstico médico, & investigagdo criminal € a Campos como a espionagem ¢ram por demais fantasticas, os editores da National Wildlife preferiram nao mais tocar no assunto. ‘A revista Medical World News, em 21 de marco de 1969, comentou que finalmente as pesquisas sobre a percepgao ¢x- tra-sensorial podiam encontrar-se “na iminéncia de conquistar a respeitabilidade cientifica que os estudiosos dos fenémenos psiquicos procuram em vio, desde 1882, quando foi fundada em Cambridge a Sociedade Britanica de Pesquisas Psiquicas”. William M. Bondurant, um executivo da Fundagio Mary Reynolds Babcok, sediada em Winston-Salem, na Carolina do Norte, concedeu uma ajuda de 10000 délares para que Backster continuasse suas pesquisas, comentando; “Seu tra- balho indica a possivel existéncia de uma forma primaria de comunicacao instantanea entre todos os seres vivos, a qual transcende as leis fisicas atualmente conhecidas por nds, ¢ sso merece uma investigagao mais cuidadosa’. Backster foi assim capaz de investir em equipamentos mais caros, inclusive eletrocardiégrafos ¢ eletroencefalégrafos. Esses aparelhos, usados normalmente para medir as emissoes elétricas do coragéo e do cérebro, apresentavam a vantagem de nao fazer com que a corrente passasse pelas plantas, limi- tando-se a registrar a diferenga em potencial descarregada por elas. O cardiégrafo capacitou Backster a obter leituras mais sensiveis que as do poligrafo; o encefaldgrafo deu-lhe resultados dez vezes mais fiéis que os daquele. Um fato casual haveria de leva-lo a um campo de pes- quisas totalmente diverso. Uma tarde, ao quebrar a casca de um ovo cru que pretendia dar a seu Doberman pinscher, notou que uma das plantas ligadas a poligrafos manifestara uma reacao vigorosa. Na tarde seguinte, observou a repetigao do fato. Curioso para descobrir o que o ovo poderia estar sentindo, Backster ligou-o a um galvanémetro © uma vez mais Se pos a escuta. Durante nove horas, obteve um grafico pormenorizado do ovo, cuja freqiiéncia — situada entre 160 € 170 batidas Por minuto — correspondia ao ritmo cardfaco de um em- brido de galinha j4 com trés ou quatro dias de incubacao. © ovo em questao, no entanto, tinha sido comprado na 29 5 js préxima ¢ nao podia estar fertilizado. Mais mercearia, mals Privo e dissecando-o, Backster surpreendeu- tarde, quebrande "pio continha nenhum tipo de estrutura se a0 Ver a st qual atribuir a pulsagao. Esse pesquisador Cpe a mais, parecia ir ter a um campo i ma vez if he eign fore dos limites de nosso conhecimento ie i atual. pete Si indicagio sobre 0 mundo em que acabara de is ii kster pelas surpreendentes experién- Ca Galante alta se com plantas, arvores, seres humanos ¢ até mesmo. células, na Escola de Medicina de Yale, nas décadas de 30 ¢ 40, pelo falecido Prof. Harold Saxton Burr, experiéncias essas que sO agora comegam a ser reconhecidas ¢ compreendidas. e A essa altura, Backster abandonou temporariamente suas experiéncias com plantas para explorar as implicagdes de suas descobertas sobre 0 ovo, as quais, ao que tudo indicava, pode- riam interessar de perto 4s pesquisas sobre a origem da vida — é dio assunto de sobra para um novo livro, Enquanto Backster desenvolvia suas experiéncias no leste dos Estados Unidos, um diligente pesquisador quimico, em- pregado da International Business Machines em Los Gatos, na California, era desafiado a dar um curso sobre “‘criativi- dade” para engenheiros ¢ cientistas de IBM. S6 depois de ter accito @ incumbéncia foi que Marcel Vogel se deu conta de = enormidade. Certas questoes nfo Ihe saiam da cabeca: ma definir criatividade? O que é uma pessoa criativa? Para as, Vogel, que durante anos estudata para scr eie Heer a escrever um roteiro para doze se- ae ‘ > noras que, no seu entender, representariam oo fio definitive para seus alunos, ene e se ‘Vogel no reino da criatividade por saben na SE frianca, ele se mostrou ansioso foo cit Shonen en rena mou a a o1 5 sun mile que ele préprio escreveria um livee sobre 0 s tema. Dez anos mais tarde, Luminescéncia nos liquidos e nos sélidos e sua aplicacao prdtica era publicado por Vogel em colaboragéo com o Dr. Peter Pringsheim, da Universidade de Chicago. Dois anos depois, Vogel constituia em San Fran- cisco sua propria firma, chamada Vogel Luminescence, a qual se tornaria lider no campo. Em quinze anos de ativi- dade, a firma desenvolveu uma infinidade de novos produtos a cor vermelha vista nas telas de televisio, crayons fluores- centes; rétulos para inseticidas; um aparelho a base de “luz negra” para determinar, pela inspecio de sua urina, a pista secreta de roedores em pordes, esgotos, corticos; e as cores psicodélicas popularizadas pela moda dos posters. Em meados da década de 50, cansado de suas tarefas administrativas rotinciras, Vogel vendeu a companhia e passou a trabalhar para a 1BM. Ai foi capaz de se dedicar integral- mente pesquisa, estudando fendmenos magnéticos, aparelhos 6ptico-elétricos e sistemas de cristais liquidos, desenvolvendo © patenteando invengoes de significagdo fundamental para a armazenagem de informagao em computadores ¢ recebendo prémios que adornam as paredes de sua casa em San José. O momento decisivo no curso sobre criatividade dado por Vogel na 1BM surgiu quando um de seus alunos Ihe deu um. exemplar da revista Argosy com um artigo sobre o tra- balho de Backster intitulado “As plantas tém emogées?”. A primeira reagéo de Vogel foi jogar a revista no lixo, convencido de que Backster era apenas mais um charlatao com o qual nao valia a pena perder tempo. A idéia, no entanto, ficou martelando em sua cabeca. Alguns dias depois, Vogel releu cuidadosamente o artigo e sua opiniao mudou Por completo. ___ Lido em voz alta para os participantes de seus seminé- NOS, O artigo suscitou gracejos e curiosidade. Mas, finda a discérdia, chegou-se A decisao undnime de fazer experiéncias com plantas. No mesmo dia, um aluno telefonow mais tarde Bee Vogel, comunicando-lhe que o ultimo niimero de Popu- pel se referia ao trabalho de Backster e incluia ace de um_instrumento chamado “psicanalisador”, iptava ¢ amplificava as reacdes das plantas e podia ser pore menos de 25 délares. Wogel iu sua turma em trés grupos 6 desafiou-os a ee Gas realizagdes de Backster. Ao terminarem inarios, nenhum dos grupos tinha conseguido éxito. 31 to, Vogel comunicou que chegara a al- » Backster, passando a demons. resultados de Backster, pas guns Sa pressentem quando vao ter suas folha ences como reagem aflitas a ameagas ou a atos reais Ft 7 de violéncia — como serem queimadas ou desenraizadas — le cometidos contra elas. Voge! I se indagava por que razio sé ele btivera sucesso. Quando garoto, demonstrara interesse por sae uanto pudesse explicar © funcionamento da mente fae Depois de devorar livros de magic: piritualismo e técnica hipndtica, cl Por sua vez, no entant hegara a dar demonstragoes publicas ipnotizador adolescente. eee fascinar particularmente pela teoria de Mesmer sobre a existéncia de um fluido universal cujo equi- librio ou desajuste explicaria a saude ¢ as doencas, pelas idéias de Coué sobre a auto-sugestao ¢ sua relagao com o parto sem dor ¢ 0 auto-aperfeigoamento, pelos postulados de varios autores sobre a “energia psiquica”, um termo popu- larizado por Carl Jung, o qual, embora diferenciando-a da energia fisica, acreditava-a income! surdvel. Vogel supds que a “energia psiquica”, caso realmente enistisse, deveria ser armazenavel como as outras formas de energia. Mas em qué? Olhando as numerosas substancias quimicas enfileiradas nas prateleiras de seu laboratorio na 1BM, ele se perguntava qual delas poderia ser usada para conter tal energia. Em seu dilema, recorreu a uma amiga espiritualmente bem desenvolvida, Vivian Wiley, a qual examinou as subs- tancias postas diante dela e declarou que, no seu entender, nenhuma cra capaz de oferecer solucao para o problema de Vogel. Este sugeriu A amiga ignorar as idéias preconcel que ele tinha sobre as substincias quimicas e langar mao de qualquer coisa que porventura a intuicao Ihe ditasse. Vivian Wiley pegou duas folhas de uma saxifraga, colocando uma delas em sua mesa-de-cabeccira ¢ a outra na sala. “Todo dia, quando me levantar”, informou a Vogel, “vou olhar para a folha que esta na minha cabeceira e pensar posiliva- eee que ela continue a viver; mas nao darei atengao ee op oa » NAVIN iu a Vogel que fosse a sua cistog ease uma méquina para focografar as folhas. Voze! folha a que iar no que viu. Flacida e j4 toda amarelada, @ : que sua amiga nio dera atencio comecava a desinte- 42 grar-se. Mas a outra ainda estava verde ¢ radiantemente Eneia de vida, como se acabasse de ser trazida do jardim. Algum poder parecia desafiar as leis naturais, mantendo a folha em estado saudavel. Interessado em saber se seria capaz de chegar aos mesmos resultados que sua ami Vogel apa- nhou trés folhas de um olmo defronte de seu laboratério, vanda-as casa ¢ colocando-as numa placa de vidro ao lado de ama, Diariamente, antes do café, Vogel fixava o olhar nas duas folhas da beirada, exortando-as com carinho a permanece- rem vivas; mas ignorava por completo a folha que pusera no centro. Dentro de uma semana, ela ja estava seca, As outras duas, ainda verdes, apresentavam porém uma aparéncia saudé- vel. Para maior surpresa de Vogel, os pedtnculos das folhas vivas pareciam ter cicatrizado as feridas que se tinham aberto quando eles foram destacados da arvore. Vivian Wiley con- tinuou suas experiéncias ¢ mais tarde mostrou a Vogel a folha de saxifraga que guardara viva ¢ verde por dois meses, en- quanto a outra se mostrava completamente desidratada ¢ escura, Vogel se convenceu de ter visto em agao o poder da “energia psiquica”. Ja que a forga do pensamento podia ga- rantir a conservagao de uma folha além do tempo normal, comegou a imaginar quais seriam seus efeitos sobre os cristais liquidos, tema de um estudo intensivo que preparava entao para a IBM Microscopista tarimbado, ele documentara o comporta- mento dos cristais liquidos, ampliando-os até trezentas vezes, em centenas de slides coloridos que, quando projetados, nada fieam a dever 4s obras de um talentoso artista abstrato. Ao bater esses slides, Vogel se dera conta de que “relaxando a mente” ele ficava apto a perceber uma atividade que nao era visualmente revelada no campo microscépico. A tespeito, comentou o seguinte: “Coisas que escapavam 4 outros comecaram a se revelar a mim no microscépio. Nao €Ta com a viséo ocular, mas sim com a visao da mente, que fe as via. Uma vez consciente delas, fui levado por alguma ‘rma superior de compreensao senséria a regular as condi- Soes de luz, de modo a tornar os fenémenos regularmente Perceptiveis ao olho humano ou a uma cimara”. Vogel havia chegado 4 conclusdo de que os cristais sao 33 6 — ou fisico — de existéncia por eee aa Hee eenersta pura que ateclnin pré-formas ou imagens et° as intengoes di 05 sdlidos. Posto Ce ee Harper wxeniplc s Woe — a de queimé-las, ¢ — e nan sateewnle convene de que o intento produzia energéetico qualquer. * = saa 1971, notando que o trabalho microsed- pico Ihe tomava a maior parte do tempo, Vogel abandonou fuas pesquisas com plantas. Mas quando um artigo sobre o tema, citando o Dr. Gina Cerminara, psicdlogo e autor de um livro popular sobre o vidente Edgar Cayce, foi publicado no Mercury de San José ¢ transmitido para o mundo pela Associated Press, Vogel, assediado pelo telefone para prestar informagGes, sentiu-se estimulado a prosseguir. ‘ Compreendeu entao que, para poder observar com preci- so os efeitos dos pensamentos e emogoes humanas sobre as plantas, teria primeiro de aperfeicoar a técnica de fixagao dos. elétrodos nas folhas, de modo a eliminar as freqiiéncias ele- tromagnéticas casuais, como o ruido dos aspiradores de pd da vizinhanga, as quais, dando constantemente origem a dados esptrios, eram capazes de impelir a ponta a derivar pelo grafico e tinham imposto a Backster a cautela de se valer da madrugada para levar a cao a maioria de suas expe- riéncias. Vogel descobriu ainda que as respostas dos filodendros com 0s quais trabalhava variavam bastante, ora em clareza, ora em rapidez, e que nfo sé as plantas como um todo, mas também suas folhas, revelavam possuir uma individua- lidade, uma personalidade nica. As folhas suculentas, com uma alta percentagem de 4gua, eram as melhores, enquanto as dotadas de uma grande resisténcia elétrica tornavam 0 trabalho particularmente dificil. As plantas pareciam atraves- Sar fases de atividade e inatividade, ora altamente responsivas, Bae da hora do dia ou do dia do més, ora “lerdas” mas’ Para certificar-se de que nenhum dos efeitos registrados tra devido @ m& afixacdo dos elétrodos, Vogel obteve uma substancia mucilaginosa, — composta por uma solugao de par-dgar, engrossada com goma de karri4, ¢ sal —, pince- Se one de eucalipto australianc (Eucalyptys diversicolor). (N- lando as folhas com essa pasta antes de aplicar-lhes elétrodos de aco inoxidavel cuidadosamente polidos que mediam cerca de uma polegada por uma ¢ meia. Ao endurecer ao redor das terminagGes dos elétrados, a substancia em questao selava suas faces num interior Gmido, climinando virtualmente a variabilidade de producao de sinais que ocorria sempre gue as folhas eram comprimidas por elétrodos comuns, Gracas a esse sistema, 0 grafico pode dar a Vogel uma linha homogé- nea essencial, sem oscilacdes. Tendo eliminado as influen as casuais, Vagel deu inicio a uma noya série de experiéne na primavera de 1971, para ver se era capaz de estabelecer o momento exato cm que um filodendro entrasse em comunicagao registravel com um ser humano. Com um filodendro ligado a um galvanémetro que produzia uma linha homogénea essencial, ele se pés diante da planta, muito 4 vontade, respirando fundo e quase a to- cando com as maos espalmadas. Ao mesmo tempo, Ppassou a dar-Ihe demonstragdes de afeto tao intensas como as que dedicaria a um amigo. Toda vez que o fazia, a ponta respon- svel pelo grafico descrevia uma série de oscilagdes ascen- dentes. Por outro lado, Vogel sentia de modo bem distinto, na palma das maos, a presenga de uma espécie de energia que emanava da planta. Trés a cinco minutos depois, as novas manifestagdes de emogdo por parte de Vogel ja nao provocavam Teagao na planta, que parecia “ter descarregado toda a sua energia” em Fesposta aos primeiros apelos. A interagdo do filodendro e¢ Vogel pareceu-lhe andloga A do encontro de amantes ou amigos intimos: a intensidade da resposta miitua, num caso ou noutro, évocava um acumulo de energia que finalmente se Bastava € tinha de ser recarregado. Vogel e sua planta, como Perfeitos amantes, haviam se impregnado de contentamento © alegria por um longo momento. Num viveiro botinico, Vogel descobriu que, para reco- nhecer uma planta particularmente sensivel, bastava-lhe passar 4S M&os sobre um grupo até sentir uma ligeira sensacao refres- “ante seguida pelo que ele proprio descreve como uma série de impulsos elétricos, indicadores de um campo de forca mo Backster, Vogel notou que continuava a obter uma Tsposta das plantas 4 medida que se distanciava delas, pon- ace Primeiro fora de casa, depois na esquina e finalmente Seu laboratério em Los Gatos, a 13 quilémetros. a5 ete ligou duas plantas a um mesmo experiéncia, Vogel pee : Nowra ae uma folha de uma delas. A outra planta Tee ano eausado a companheira, mas 50 0 fez quando i m1 A 5 ; reagiu ao dai rou sua atencao sobre ela. Se ele arrancava Vogel concent a, ignorando a segunda, a res- i lant on a es se Vogel ¢ a planta fossem aman- ecain banc db praca, alheios aos passantes até que a tes ml = viasse do outro. atengfo de um dels sf eer experiencia, Vogel inferiu que ease da ioga € de outras formas de meditacao os mestres dit arte ty, ngo tém nogdo das influéncias pertur- ee ae roddiam quando em estado meditativo. Um See aibgato pode obter entéo dessas pessoas um eas de ondas cerebrais totalmente diverso de quando aus. se encontram mentalmente ligadas ao mundo das Pies cupagées cotidianas. Tornou-se ainda mais claro para Vogel que um estado concentrado de atencio, de sua parte, parecia tornar-se um elemento integrante e regulador do circuito exi- gido para controlar suas plantas. Uma planta poderia ser despertada da sonoléncia para a sensitividade, caso ele abrisse mao do seu estado normal de consciéncia € recorresse ao que parecia ser uma parte extraconsciente de sua mente, ai foca- lizando o desejo exato de que a planta, abencoada por um crescimento saudavel, fosse feliz ¢ se sentisse amada Desse modo, o homem e¢ a planta pareciam estar em interagao e, como uma unidade, captar sensagdes de eventos, ou elementos complementares desse todo, que se tornavam Tegistraveis através da planta. O processo de sensibilizar a si mesmo ¢ a planta, no entender de Vogel, poderia levar de uns poucos minutos até meia hora. Solicitado a descrever o processo em detalhe, Vogel de- clarou que primeiramente tranqiiiliza as respostas sensdrias de Seus Grgios corporais, tornando-se depois consciente de um Telacionamento energéticd entre cle ¢ a planta. Uma vez con Quistado um estado de equilibrio entre os potenciais oe tricos de ambos — ele e a planta —, essa ja nao mais Sensivel aos rufdos, a temperatura, aos campos elétricos nor Mais que a rodeiam ou a outras plantas. Responde apen®s * Vogel, o qual, com efeito, entrou em sintonia com ela — © talvez simplesmente a tenha hipnotizado. nceit ett: sentindo-se a essa altura suficientemente sezu"™ Accitou um convite para fazer uma demonstragao publica © uma planta, Ligada a um medidor, num programa de televisio em San Francisco, uma planta deu uma ilustracdo viva dos diversos estados que se sucediam na mente de Vogel, desde a irritagdo causada pelas perguntas de um entrevistador até a serenidade que se estabelecia quando Vogel entrava em harmoniosa intercomunicagao com ela. Para o produtor do programa E vocé quem pede, da Tv apc, Vogel demonstrou também as respostas da planta a seus pensamentos, ou aos de outra pessoa, incluindo uma subita descarga de emocio violenta, a seu comando, seguida pelo ato de fazer com que a planta se acalmasse ¢ voltasse a reagir normalmente ao meio. Convidado a falar a audiéncias que se encontravam a par de suas experiéncias, Vogel disse enfaticamente: “Nao ha divida de que o homem pode comunicar, e de fato se comunica, com os seres vegetais. As plantas sido objetos vivos, sensitivos, enraizados no espaco. Podem ser cegas, surdas ¢ mudas, do ponto de vista humano, mas estou abso- lutamente convencido de que sdo instrumentos de alta sensi- bilidade para medir as emocoes do homem. As plantas irra- diam forgas energéticas que nos sao benéficas e que podemos sentir. Elas se alimentam em nosso. préprio campo de forga, © qual, por seu turno, as reabastece de energia”. Os indios americanos, segundo Vogel, tinham uma perfcita nogao de tudo isso. Sempre que necessdrio, trilhavam o caminho da Mata. Ai, com os bracos estendidos, encostavam-se no caule de um pinheiro a fim de adquirir seu poder. Ao comegar a demonstrar a sensitividade das plantas a “estados de atengiio” diferentes da compreensdo ordinaria que @ maioria dos homens costuma chamar de consciéncia, Vogel escobriu que a reagao de observadores hostis ou céticos podia causar estranhos efeitos sobre ele. Dando atencdo as atitudes negativas que emanavyam de uma audiéncia, notou Ser capaz de isolar os individuos responsaveis por clas e de combater sua influéncia com a Tespiragao controlada que prendera na pritica da ioga. Feito isso, desviaria sua mente, com a mesma facilidade de quem aperta um botdo, para Sutra imagem mental. % 0 Sentimento de hostilidade, de negativismo, numa au- Cesc, Somenta Vogel, “é uma das maiores barreiras a meee efetiva. Neutralizar essa forca é uma das tarefas dificcis em demonstragdes publicas de experiéncias com 37 : a equipamento o, a planta € 0 pracassandost BS ta a que um novo vinculo entram, ert pane 0." positive possa set eae ele, “que eu aja como um “Tudo indica”, P! Janta ao mundo exterior " ta de uma pt te ce ale de modo a fazer com que as pes asso liga! ente responsivas. Car- soas € a planta st Se bd em mim, sou capaz regando a planta com @ ee Prsitividede para esse tipo de de levi-la a ee importante compreender que nao eee FT sta da planta seja a de uma inteligéncia suponho (re eae ‘mas sim que a planta se torne uma iNET ora, E possivel, assim, que alguém entre em it ea oe ‘o.campo pioelétrico da planta ou, através dele, anne rocessos mentais € aS emogoes de outras pessoa: como fe eondluiu entéo que uma Forga Vital, ou Energia Césmica, circundando todas as coisas vivas, € part hada pelas plantas, os bichos € os seres humanos. Através dessa partilha, uma pessoa ¢ uma planta se convertem num 80. Essa unici- dade € que torna possivel uma mutua sensitividade, permi- tindo no apenas que o homem e a planta se comuniquem, mas também que se registre num grafico, através da planta, essa comunicagao. ha Como suas observacdes indicassem a existéncia de um interedmbio, se nio mesmo de uma mescla ou fusdo de ener- gias, quando a planta ¢ 0 homem comungam, Vogel passou a se perguntar se um individuo excepcionalmente sensitivo nio poderia entrar numa planta, tal como € dito do mistico alemao do século Xvi Jakob Boehme, o qual, quando jovem, s¢ iluminara ¢ se descrevera capaz de cea outra dimensio. Boehme afirmou-se capaz de olhar para uma planta em crescimento ¢ subitamente, por um ato de vontade, confun- dir-se com ela, ser parte dela, sentir sua vida “lutando em diregdo 4 luz”, Disse ainda que podia partilhar as ambicGes simples da planta e “rejubilar-se com uma folha que alegre- a ped, Vogebfoi visitado em San José por Debbie Sapp. Pa engi cs € recatada que logo © impressionou por eit de entrar em comunicacao instantanea com x tal como demonstrado pelo equipamento. ando a planta estava inteiramente calma, ele lhe pet ‘Sem mais nem menos: “Sera que vocé pode entrar plantas. nessa planta?” Debbie fez que sim com a cabega ¢ seu rosto assumiu uma expressdo de repouso, de desligamento total, como se ela estivesse muito longe, num universo que nao o nosso. No medidor, a ponta comecou imediatamente a tracar um padrao ondulatorio, revelando a Vogel que a planta rece- bia uma quantidade invulgar de energia. Debbie, mais tarde, descreveu por escrito acontecido Vogel pediu que eu relaxasse e me projetasse no filo- dendro. Muitas coisas se passaram desde que me decidi a atendé-lo. Comecei por me perguntar como poderia exatamente en- trar numa planta. Tomei a decisdo consciente de deixar qite a imaginacao me levasse ¢ logo me vi entrando no caule, por wma passagem em sua base. No interior, vi as células em movimento, a agua que subia pelo caule, e me deixei arrastar por esse {luxo. Aproximando-me das folhas estendidas, em minha ima- ginacdo, senti que era gradualmente impelida de um mundo imagindrio para um dominio sobre a qual eu jd ndo tinka controle. Nao mie ocorriam imagens meniais, mas sim um sentimento de que eu preenchia e me tornava parte de wma larga superficie expansiva. S6 como pura consciéncia, a meu ver, € que isso poderia ser descrito, Senti-me aceita e positivamente protegida pela planta. Mas no havia nogdo de tempo; apenas, em termos de exis- téncia e de espacgo, um sentimento de unidade. Sorri espon- laneamente ¢ me deixei ser uma so com a planta. Vogel me mandou entdo relaxar. Quando ele disse isso, percebi que eu estava muito cansada, mas tranqiiila. Toda @ minha energia tinha ido para a planta. Vogel, que se mantivera observando o grafico, notou uma parada brusca quando a moga “sain” da planta. Em OcasiGes posteriores, voltando a “entrar” na planta, Debbie foi capaz de descrever o aspecto interior de suas células, bem como sua estrutura, em detalhe. Notou especificamente que um dos elétrodos tinha causado uma queimadura grave numa folha. Ao retiré-lo, Vogel viu que a folha em questio, de fata, estava quase perfurada. A partir de entao, Vogel tentou a mesma experiéncia com dezenas de outras pessoas, instando-as a entrar numa 39 joterior, as células indivi- i: ervar, 10 interior, determinada Se ore consstentes da unidade celular, duis. Todas derart Oe organizacao detalhada das moléculas abrangendo inci el tirou a seguinte con- elusive gncias, Vogel rou a seguinte. col de aDN. De tals exper via oélulas individuais em 3 eslocar fusto: "Podemos 103 énc’ estado de a dependéncia de nosso cs de nt Peas oe Sais Se Algum dia isso talvez be as dela oie ti demonstrada quando uma equipe da cs, na : zou para a televisdo um filme Sexta-Feira Santa de 1973, pa oe eso ym ie documentando as experts cy ano jé trabalhava com ele. telbono, que havia mals squisadores notaram que Muito deseoncertados, os do PUA ando.cesposta, Vogel a planta a ser filmads nao estava dando resposia, Vop pediu a Montelbono para verificar sé havia algo de errado na fixagao dos elétrodos, Em vez de ir inspeciond-los, Mon- telbono, para surpresa dos técnicos da CBs, conlinuow sentado onde estava ¢, apés um momento de concentracdo, anunciou ter descoberto 0 problema: algumas células avariadas, no Angulo direito superior da parte de uma folha a qual fora fixado um elétrodo, estavam interferindo com o circuito elé- trico, Na presenca dos homens da eae pe eectros foram removidos ¢ patenteou-se que a folha tinha sido afetada no ponto exato Bes Montelbono indicara. Sabendo que, em nossa espécie, a infancia ¢ a etapa mais imune a idéias preconcebidas, Vogel passou a ensinar a crian- gas 0 método de interagdo com as plantas. De inicio, pede-lhes para sentir uma folha e descrever sua temperatura, consis- tEncia e textura pormenorizadamente. Depois, deixa-as brincar 4 vontade com as folhas, dobrando-as, alisando-as de ambos 0s lados, até que adquiram uma nocao perfeitamente clara de eee Quando as criangas se dispoem a descrever- oe eamente, as sensagdes que tém, Vogel Ihes pede para alastar as maos das folhas e tentar sentir uma forca ou energia oe emana a Muitas criangas descrevem uma sensagda de agitacao ou formigamento. _,_, Vogel notou que as criancas mais envolvidas no que feziam an aS que tinham as sensacdes mais fortes. Desde ‘ve elas notavam o formigamento, ele dizia: “Agora relaxe © sinta 0 toma-lj-da-cd da energia. Quando @ impressio de uma coisa pulsando, passe a mio por cima da folha, sem encostar nela, bem devagarinho, para cima ¢ para baixo”. Seguindo as instrugdes, os jovens experimentadores podiam facilmente notar que, quando abai- xavam as méos, as folhas também se abaixavam um pouco. Com a repetigdo continuada desse gesto, as folhas come- cavam a oscilar. Valendo-se de ambas as mios, os experi- mentadores eram mesmo capazes de fazer com que toda a planta tremesse. A medida que ganhavam confianga, Vogel os encorajava a fastarem mais © mais da planta. “Esse treinamento basico”, explica Vogel, “visa a desen- yolver uma percepgiio mais intensa de uma forca que néo é visivel. Estabelecida essa percepgao, as criancas se dao conta de que podem langar mao dessa forca. Os adultos, no entender de Vogel, nado sio tio bem suce- didos quanto as criangas, o que o leva a suspeitar que nem todos os cientistas serdo capazes de repetir em labora- torio as experiéncias de Backster ou as suas. “E certo que fracassem"’, afirma ele, “caso abordem a experimentagao de modo mecanicista e¢ nao entrem em comunicacao total com suas plantas, tratando-as como amigas. Antes de iniciar os testes, € fundamental livrar-se de todas as id¢ias preconce- bidas.” Um Vogel que, embora tivesse trabalhado por meses, nao atraira um s6 médico da Sociedade Psiquica da Califér- nia, com efeito, comunicou o resultado positivo. O mesmo se deu com um dos mais renomados psicanalistas de Denver. “Centenas de pesquisadores do mundo inteiro hao de se sentir tao frustrados ¢ desapontados quanto esses homens”, Garante Vogel, “até entenderem que a empatia entre planta e homem é a chave ¢ aprenderem a estabelecé-la, Nenhuma Verificagéo de laborat6rio provard nada até que as experién- cias sejam feitas por observadores adequadamente treinados. © desenvolvimento espiritual & indispensdvel. Mas isso vai de encontro a filosofia de muitos cientistas, que nao se dao conta de que uma experimentacdo criativa requer que o experimentador se torne parte da propria experiéncia.” Tal ponto de vista acentua a diferenca de abordagem entre Vogel e Backster, indicando talvez que o que Vogel sstabelece é um tipo de controle hipnético sobre as plantas, 40 passo que para Backster o importante ¢ que as plantas, deixadas absolutamente sozinhas, tenham uma reagio normal 4 seu meio ambiente. Vogel afirma que, mesmo quando uma pessoa € capaz 41 ta, o resultado nem sempre € positivo, pia amigo — um psicdlogo clinico que o ‘a intencao de comprovar a veracidade de fora visitar com # que projetasse uma forte emogao num suas pesqhis®® - achava a quasc cinco metros de distancia filodendro ater ‘uma reacao instantanea e intensa, a Depois Me sagintes “gpagou". Indagado por Vogel sobre plants, Prvsjssara pela mente, 0 psicslogo respondew que oor paiaia fnentalmente a planta de Vogel a um filodendro. que ele proprio tinha em casa, julgando a do amigo muito inferior a sua. A planta de Vogel sentiu-se de tal modo ofen- dida em seus “sentimentos”, que passou iodo o resto do dia negando-se a dar qualquer resposta; durante quase duas se- manas, na verdade, ela ficou emburrada, Vogel se convenceu de que as plantas tem uma aversao concreta por determinadas pessoas ou, mais exatamente, pelo que por acaso ocorre a lais pessoas pensar. Diante disso, Vogel considerou a possibilidade de algum dia se ler, através de uma planta, o pensamento de um homem. Algo de semelhante, com efcito, j4 tinha acontecido Vogel pedira a um fisico nuclear que “trabalhasse” mental- mente num problema técnico. Enquanto o homem pensava, a planta de Vogel registrava no medidor, por 118 segundos, uma série de padroes. Quando o tracado voltou A linha oe neal ao cientista que este tinha interrom- u pensamento, © amigo concordou. eee eee intrigado em saber se realmente sea ae no grafico, através da planta, Wogel Getate Raa ‘que pensasse na mulher. A planta entrou ‘m asao, gerando dessa vez um tracado de 105 de afetar uma pla! Certa vez, pedi @ um meio de identificar tecnicamente energias Sanat mente humana, bem como de traduzi-las ¢ acumuld-las num mecanismo ainda nao desenvolvido, O pen- samento de uma tarde inteira, assim, pode ser tornado ex- plicito.”” ‘ it cs Recebendo em sua casa um grupo cético de psicdlogos, médicos ¢ programadores de computadores, Vogel permitiu- Ihes inspecionar seu equipamento, a cata de truques e dis- positivos ocultos em cuja existéncia insistiam, pedindo-lhes depois que se sentassem em circulo e conversassem, para ver que reagdes a planta seria capaz de captar. Por uma hora, o grupo falou seguidamente, abordando os assuntos mais variados, ¢ a planta praticamente nao deu resposta, Quando todos j4 estavam convencidos de que tudo nao passava de uma tapeacao, um deles sugeriu: “Que tal falar de sexo?” Para surpresa geral, a planta deu sinal de si e a ponta que tragava © grafico comegou a oscilar ferozmente. Isso levou a hipstese de que a simples mengao de sexo era capaz de impregnar a atmosfera com algum tipo de energia sexual, como o “orgénio” descoberto e descrito pelo Dr. Wilhelm Reich, e de que os antigos ritos de fertilidade, durante os quais as pessoas tinham relacGes sexuais em lavouras recen- temente semeadas, poderiam ter de fato estimulado o cresci- mento das plantas. A planta reagiu também a histérias de horror contadas num quarto escuro onde apenas uma vela crepitava, parecen- do dar maior atengao a passagens como: “A porta da miste- Hiosa cabana na floresta comecou a abrir-se lentamente’, ou: “De repente apareceu na esquina um estranho homem ie uma faca na mao”, ou ainda: “Charles curvou-se e evantou a tampa do caixio”. Para Vogel, isso era uma svidéncia de que a planta pode medir os “rasgos de imagi- Heres ee por um grupo, como um todo, em energia. fomene uote fisico do Instituto de Pesquisas Stan- pate ia al to, convidou Vogel e cinco outros cientistas tetunharem os resultados a que havia chegado co- Brando um ay de galinha ao eletropsicémetro, ou “medidor dacientolane eae por L. Ron Hubbard, o fundador . cientologi a Fate do medicioe H équibe idéntica a do aes ‘ogel utilizara de inicio com seus alunos Ger Puthoff tentou demonstrar que o ova ligado Teagiria quando outro ovo fosse quebrado. Mas, 43 5 conteceu. Vogel ent trés OVOS, nada a nt HES embora, quebresss ie para tentar € ps a mao sobre um pediu. licenee ee com ele exatamente como aprenderg cova, relacionand-s ge plantas. Num minuto, a agulha dq se relacionar, com erg do medidor E.comecou a se mover Lea a fixou num ponte. Vogel recuou uns trés me. e finalmente Mfechando as mos, conseguit: fazer com que ros aie: Pathoff e varios outros presentes tentaram a . coe 10, mas todes fracassaram. i © mesmo, TSS "yo da agulha, que ja se admitiu fosse afetadg a sac da pele humana conectada a elétrodos, é co. ee ain Resposta Galvanica Epidérmica, ou RGE. Como aaa no sentido humano, o termo para ao tém pele, ra Scar edas Tarai para Resposta Psico-Galvaniea, PG. = oe ry rpc”, diz Vogel, “existe nao apenas nas plantas, as formas vivas. A acdo dirctiva da mente Ea en oa c, cob comando, descarrega a fora numa série de vibragdes que padem passar através de vidro, de metais © outros materiais. O que sao elas? Ninguém até agora sabe.” Na Russia, Nina Kulagina, pessoa dotada de poderes parapsicolégicos, é capaz de mover a agulha de uma bissola sem tocé-la, embora tenha de manter as maos bem perto do instrumento, Feitos ainda mais impressionantes foram de- monstrados na Universidade de Stanford, especialmente por Ingo Swann, homem de extraordindria sensitividade que atri- bui seu sucesso a técnicas aprendidas pela cientologia. Usando apenas sua forga de vontade, Swann foi capaz de afetar um ‘mecanismo que se encontrava num dos locais mais inviolé- veis da universidade — uma galeria subterriinea protegida Pot hélio liquido © impenetravel a qualquer comprimento de onda conhecido do espectro eletromagnético —, surpreen- Gendo os fisicos que presenciaram a realizagao de um feito = eee gel faz questo de frisar que as experiéncias com Ce extemamente perigosas para quem nao consciéncia, "Oren Ssiria para alterar seus. estados dé feito acentuado robe focado”, diz ele, “pode ter um ‘te num estado corpo de uma pessoa que se encon- interferiren, Superior, caso ela deixe suas emogoes 44 ‘A seu ver, s6 quem esteja gozando de perfeita satide fisica deve envolver-se com plantas ou qualquer outro tipo de pesquisa psiquica. Embora nao o tenha podido provar, Vogel suspeita que uma dicta especial de legumes, frutas, castanhas € nozes, rica em sais minerais ¢ proteinas, capacita © corpo a produzir o tipo de energia necessario a tal trabalho. “0 dispéndio de energia é enorme”, afirma, “ec isso exige uma boa nutrigio.” g Indagado sobre como as energias superiores, como 0 pensamento, operam eventualmente nos corpos fisicos dos organismos vivos, Vogel informa que passou a_especular agora sobre as estranhas propricdades da gua. Como cris- talégrafo, interessa-se pelo fato de que, ao contrdrio da maioria dos sais, que tem uma forma cristalina, amostras de gelo glaciario revelam possuir mais de trinta formas dife- rentes. “Wendo-as pela primeira vez”, diz ele, “um leigo poderia julgar-se diante de um grupo de substancias dife- rentes. E estaria a seu modo, porque a dgua é de fato um verdadeiro mistério.” Considerando que todas as formas vivas tém uma alta percentagem de agua, Vogel arrisca a hipdtese — acentuando porém que ela sé encontra ainda longe de ser uma verdade estabelecida — de que a vitalidade de uma pessoa deve estar de algum modo relacionada com o ritmo da respiracao, Cer- tas cargas se acumulariam, segundo sua hipdtese, 4 medida que a agua circula pelo corpo e através dos poros. O primeiro. indicio de Vogel, a esse respeito, foi dado pelo fato de algumas pessoas dotadas de poderes parapsicolégicos terem perdido varios quilos durante sessées em que despenderam energia vital ou psiquica. “Se pudéssemos pesar, em longa eal uma pessoa envolvida com pesquisas psiquicas, veria- eo Vogel, que em cada caso ha uma perda de Peso. Ou uma perda de 4gua, como de resto ocorre com Ressoe Gue se suai a dietas drasticas.” 4a)a 0 que houver no futuro, Vogel acredita que Pesquisas com plantas hao de auxiliar eon no ae ee Sees por longo tempo ignoradas, Desenvol- stitalment pics Equipamentos de treinamento, como o que Garena lees are de ensinar as criangas a neira-mensurdvel. MOGOES rvarem os efeitos de ma- ‘As criancas poderdo assim aprender a arte de amar”, 45 descarregam uma tre- § “ ¢ exatamente que 2 diz Vogel, “© ane no espago toda vez que um pensa- menda forca me Sabendo que clas sdo scus pensamentos, male as como usé-los para aprimorar seu desenvol- saberao i ional ¢ espiritual. i me Been fae no € um truque para ajudar as i cou misticas, tal como uma Sens 8 5 Ee eatral insiste Vogel, “mas eae vbr ‘ag criangas a se tornarem simples ¢ honestos sim SE @ resumir @ importancia de suas pesquisas m plantas, Wogel disse 0 seguinte: “Boa parte dos males ¢ Cort Paaeaio da vida provém da incapacidade de descarre- do sofrimefireas e tensoes que ha em nosso intimo. Quando _ ssoa nos rejeita, indignamo-nos interiormente e aferra- ae a essa rejeigdo. Isso gera uma tensao_ que, como ha tanto tempo mostrou o Dr. Wilhelm Reich, fica contida em ‘nés como tensdo muscular ¢, se nao for liberada, esgota o campo energético do corpo e altera sua quimica, Minhas pes- quisas com plantas indicam um caminho para a liberagao”. Para Marcel Vogel, as plantas abriram novos horizontes. Q reino vegetal parece capaz de captar mensagens de intento, Denigno ou maligno, cuja verdade intrinseca se perde quando traduzida em palavras — capacidade comum aos homens, mas 4 qual, atualmente, eles nao tém acesso. 3 Dois jovens estudantes de psicologia humanistica ¢ filo- sofia hindu da Califémia, Handall Fontes ¢ Robert Swanson, jase dedicam a levar adiante as investigacoes de Vogel. Usan- do uma aparelhagem sofisticada emprestada pelo pesquisador da 16M, fizeram uma série de descobertas tao surpreendentes gue, a despeito de sua juventude, receberam equipamentos © auxilios de conhecidas universidades para que possam s¢ adentrar ainda mais nos mistérios da comunicagao vegetal. _, A primeira descoberta de Fontes ¢ Swanson, totalmente aaa deu-se quando um deles notou que os bocejos do pena Captados por uma planta, em forma de ondas ie vez de considerar o fenémeno como impro- ee estudantes decidiram-se a explorar o indicio. needa B i a 5 os longado ca he Sibir textos hindus um bocejo Ph a to como um meio de uma pessoa cansada “are de shakAui, ete ate mesos vers ‘energia vivificante que supostame! Com a ajuda do Dr. Norman Goldstein, professor de biologia na Universidade Estadual de Hayward, na Califér- nia, Fontes partiu depois para a descoberta de um potencial elétrico propagado de célula em célula numa espécie de filo- dendro, o que deu uma forte indicagao da presenga de um sistema nervoso simples até entao insuspeito. Em conseqiién- cia, foi convidado a dirigir, na Fundacao para a Pesquisa Cien- tifica Ilimitada, em San Antonio, no Texas, um projeto sobre ‘os efeitos da consciéncia humana em organismos vivos. En- quanto isso, Swanson colabora na criacao de um centro con- sulior de parapsicologia na Universidade John F. Kennedy, em Martinez, na California, onde um de seus objetivos é descobrir com exatidao quais as pessoas capazes de afetar telepaticamente as plantas. Plantas que abrem portas O seguinte a abordar os mistérios da comunicagio vyege- tal foi_um especialista em eletronica de West Paterson, em Nova Jersey, que por acaso ouviu Backster ser entrevistado num programa de radio por Long John Nebel. Paciente in- vestigador da percepeao extra-sensorial ¢ do fendmeno do hipnotismo remoto, Pierre Paul Sauvin sentia-se indistinta- mente a vontade quer no “reino da arte’ quer no “dominio pratico” da engenharia, gragas sobretudo ao fato de ter tra- balhado para varias grandes companhias, como a Aerospace © a International Telephone and Telegraph. eee por Long John — um cético profissional — a ae r algumas das utilidades praticas de sua descoberta iia Pe Primaria nas plantas, Backster Sugeriu de eee ete itica de que soldados de uma guerra na selva, aeiees re en ne, perigoso, poderiam ligar as plan- eons que elas agissem como “indicadores de forgas” quer uma cong coma aualquer emboscada. “Mas se vocé Olsa que realmente mantenha w i ae la Im psicdl em Sttspense’ i Backster a Long John, “imagine jeanne nando-o ne idan ativar um trenzinho elétrico, impulsio- cae ‘a volta apenas sob o comando da emogao 47 ati a idéia podia en- ingularmente pouco pratica, ap - (oils Stato de Sauvin como um “‘dispositivo cae Pe dapriedads e excitou-o de tal modo que ele nio de respostt “vn transformar seu reduto de celibatario, num Se cate para 0 rio Passaic, em verdadeira caverna de pl SSE que muitos de seus vislumbres ¢ idéias “ lampejos psiquicos, como se nop ventas Pane Diz aie Fasirate capta os dados agisse Bean invento sem compreender totalmente seu Eee ou como se relacionam com o todo, © que € entio ieee a inquinir “outras esferas” para obter maiores detalhes Usando geradores de alta voltagem que produzem o tipo de descarga ¢létrica comumente associado a0 Dr. Franken- stein, Sauvin € capaz de pér 27000 yolts através de seu corpo e ativar indiretamente uma grande limpada em forma de rosca, cheia de hélio, que serve como uma tébua Ouija! eletronica, com seus anéis escuros fluindo numa ou noutra direcdo em resposta 4s perguntas dele. Desenvolveu ainda um sistema garantido para hipnotizar quem quer que seja, mesmo oS ais recalcitrantes, o qual consiste em colocar a pessoa sobre uma plataforma instavel, num quarto escuro, expondo-a as oscilagdes de uma luz multicor que acaba por Ihe causar a perda do equilibrio. Com toda essa experiéncia exdtica, Sauvin nao levou muito tempo para fazer com que um trenzinho de brinquedo ‘corresse © manobrasse nos trilhos, impulsionado apenas pelos Pensamentos ¢ emogdes que ele transmitia a uma planta. Nao 86 teve éxito a0 demonstrar o fenémeno perante um auditorio _ Sesstnta pessoas, em Madison, Nova Jersey, como também foi capaz de acionar e parar o trem A vontade sob as luzes de Kliegl de um estiidio de televisio. A medida que andava, 0 trenzinho acionava uma chave Bene aida #0 compo de Sauvin, de modo a dar-the um choque pect Outta chave, colocada a frente dos trilhos, est2- clave lgeda com um galvanometro, o qual, por sua Mle Reise cman 9. Assim que o filodendro captav# nat? onal de Sauvin ao choque, a agulha do galv2 (francés oui cts oui 4: alemfo ia) 4 0 marca registrada de uma {Abi UA letras do alfabeta e outros sinbcton © é wsada em 30° Pera tronsmitir ¢ régisirar mensogens. (N. do T-) nometro saltava € virava a chave, manobrando o trenzinho © préximo passo de Sauvin cra simplesmente lembrar-se da sensagao de receber 0 choque e projeta-la a fim de que a planta acionasse a chave. 2 De ha muito interessado por parapsicologia e fascinado pelas. implicagées psicologicas de uma planta Tesponsiva ao pensamento e 4 emocdo, a maior preocupacdo de Sauvin era aperfeigoar um dispositivo bem simples que permitisse a qual- quer pessoa, mesmo inexperiente, ativar uma planta. Para os objetivos de Sauvin, pouco importava se uma planta era ou no racional ou sensitiva, contanto que cla pudesse captar seu sinal emocional ¢ acionar a chave. Fossem as plantas “cons- cientes” ou nao, Sauvin ¢stava convencido de que tinham um campo de energia andlogo ao gerado por um ser humano e de que a interacao desses dois campos poderia ter de algum modo uma aplicagao pratica. O problema era desenvolver uma aparelhagem tao sensivel a ponto de aproveitar o fend- meno de modo absolutamente seguro. Manuseando as infinitas revistas especializadas que pas- Savam por sua mesa de redator técnico da m1, Sauyin inte- Tessou-se a fundo por uma série de artigos sobre circuitos eletronicos incomuns e armas exéticas, publicados por um misterioso escritor chamado L. George Lawrence em Popular Electronics. Intrigado pelo aperfeigoamento, por parte dos Tussos, de si temas de orientacéo animal para treinar gatos 4 pilotarem misseis ar-ar diretamente sobre © objetivo, o autor especulava, manifestamente com intengao semelhante, sobre i Possibilidade de plantas serem treinadas para responderem ieee ee objetos e imagens selecionados. Circularam boa- avenge i awrence seria um alto funciondrio governamental d&nimo, at Pesquisas de seguranca e escrevendo sob pseu- sitet ae ne poner ele é um engenheiro nascido na College’ ‘Professor de artes audioyisuais no San Bermardino & ee dirige atualmente seu prdprio instituto Intelizmente, os co da no mercado, Su; di tering e » Sua producdo, embora requeresse ma- 3s mage atesimos, se elevaria a milhares de délares devido iene fobs bai mao-de-obra altamente especializada que Be usto. Do tempo em que trabalhara para o iro de especificacées, cumprindo um 49 po sa . Jeriam i rém salyado © que pod Jongo contralto, me ri ns medidores de fase prensa ju jas éni fugados pelo as A icroeletranico, refug: F ser as De de slicio mies exigéncias de temperatura do poraistio como imprepe : » sauvin conseguiu montar uma ron ease segcarecos”) Sav eal elérico com cor- te de Wheatstone ee continua, e um circuito automtice eate alternada, em a al esperava ser capaz de distinguir de controle gravis 20. 2°r campo energético das plantas, O as mudangas Se obtido era cem vezes maior que o do nivel de sen packet ‘¢ eliminava grande quantidade de aly Spuidos” ics. : : ee media agora nfo era mals a amplitude de fase, ou o discreto retardamento voltage, mas a mudavet Of Fy esultado deu a Sauvin um entre duas voltagens em agao. res z dispositive grosseiramente comparavel a um interruptor regu- ea juz, cuja fungao era assumida pela planta, Variagoes de resisténcia aparente na folha causariam uma maior ou i i dependéncia da resposta da plan- menor intensidade de luz, na depende: ta aos efeitos exteriores. : Tao logo a aparelhagem entrou em funcionamento, Sauvin passou a controlar suas plantas ininterruptamente, Para captar as mais fracas nuangas de mudanga de fase, co- nectou as plantas a um osciloscépio — um grande olho verde eletrénico com um oito de luz cujas curvas mudavam de forma 4 medida que variava a corrente vinda de uma planta, dando origem a padrées que lembravam de perto o bater de asas de uma borboleta. Simultancamente, um som cambiante era pro- duzido pela passagem da corrente por um oscilador de som amplificado que permitia a Sauvin ouvir diminutas mudangas tm vibragdes ¢ saber como as plantas reagiam. Um. conjunto de gravadores mantinha um registro permanente desse som tice kt ; acompanhando-o, a cada segundo, com o mond- eee uma ridio-relégio internacional, Com um cro- } Sauvin poderia verificar o efeito por cle exercido ee cy a distancia, quer estivesse na rua, na ITT OU Parte da aparethagem magi ; ; e gica de Sauvin, especialmente im complexo sistema automético de Tespostas e gravagocs ee também a ter novo uso. Ja ha alguns anos: telefBnicas, - embora conservasse seu emprego fixo, ele desenvolvia por fora uma intensa atividade, escrevendo sob varios pscudéni- mos para diversas revistas especializadas. Para manter as apa- rencias, sem causar desagrado a scus chefes na tT © sem perder a liberdade de contatar seus editores, a qualquer hora Fo dia, Sauvin imaginara um engenhoso sistema, De sua mesa de trabalho na firma, cle era capaz de se comunicar por seu telefone residencial, recebendo e respondendo a recados, gra- gas a um pequeno transmissor de radio que trazia amarrado a perna € a. um conjunto de gravadores automaticos, previamen- te programados, que deixava funcionando em casa. Para fa- cilitar a identificagao das pessoas, Sauvin elaborara truques bem simples, como recomendar a determinado editor que es- fregasse um pente com o dedo junto ao fone, gerando assim uma onda sonora logo reconhecivel que disparava no equi- pamento automético a resposta adequada. Por sua vez, ele criou 9 habito de cantarolar no trabalho, a tal ponto que nao tardou em ficar conhecido como “o zumbidor da ITT”, ¢ esse habito foi um eficiente disfarce para as conversas que, de sua mesa, mantinha em voz baixa. Essa aparelhagem 4 Rube Goldberg! serviu admiravel- mente a Sauvin para a comunica¢ado por controle remoto com suas plantas. Ele podia discar o niimero de sua casa ¢ falar diretamente a elas; podia acompanhar a transmissdo de suas respostas, através do dudio-oscilador amplificado, bem como, estivesse onde estivesse, controlar a luz, a cor, a temperatura ou 0 funcionamento dos gravadores. Levando suas experiéncias a cabo, Sauvin pouco a pouco se deu conta de que, a exemplo de Vogel, era das plantas, com as quais estabelecia uma relagio mental especial, que obtinha os melhores resultados, Para tanto, ele entrava num Uae transe, desejando bem a planta, tocando ou lavando- eee com earinho, até sentir que suas préprias ema- le energia buscavam e se associavam as dela. Pros ae pe a Sescobril que a mais forte rea- ‘eunse ambit ra a devida 4 morte de células vivas em huimanig. aes aly mais consistente 4 morte de células cias, que nae A ainda, no decorrer das varias experién- ‘nai mais simples eficaz que ele podia transmi- TAN ag lusdo (edo gy! MOONS de maguinas antropomdrficas desse desenista, 31 ‘ das plantas uma resposty tir errasensorishmentss Po obit ave choque elétrico: parg precisa, era dat om. craples era girar sua cadcira ¢, & guisa tanto, 0 método Pa oe a estatica entio acumulada, encostar de fio-terra pare ctélica, A varios quilémetros de distancia, ‘o ded na mesa me era instantinea, Tal como ocorrera na a reagio das rs Sauvin notou que bastava ele lem- experiencia do a aaee de um choque para que as plantas brar ou revi ‘inal, mesma que este partisse de sua casa de ee on quilémetzos de seu laboratério em West Pa- cam tersoF onsiderando-se que © maior problema de Sauvin con- ti ‘a ser condicionar as plantas & sua propria pessoa, ae ao meio ambiente, foi-lhe preciso, ao se ausentar mals oe dias, imaginar um meio de atrair sua atencio ainda fais eficaz que as ligagées telefanicas. Como a mais forte reagdo das plantas era @ causada por qualquer dano sofrido cle ou uma parte indeterminada de seu campo energético, ean experimentou matar aos poucos algumas células de seu corpo em presenca delas. O sistema funcionou admira- velmente bem, mas o problema era obter células que per- manecessem vivas por um longo periodo. Sangue deu certo, cabelo foi dificil de matar. Nada se comparou porém ao esperma, que, como explicou Sauvin, era mais facil de obter que © sangue © muito menos doloroso. Tais experié levaram-no a se perguntar se, assim como reagiam 4 dor ¢ ao choque, as plantas nao reagiriam também as emocdes de alegria e prazer. Cansado do sofri- mento que se impunha, Sauvin tinha medo, por outro lado, de que os choques repetidos 4s suas plantas, ainda que in Telos, s¢ convertessem em carga negativa no seu karma. Logo verificou que as plantas eram de fato sensiveis a alegria ¢ a0 Prazer, embora a reagao nao bastasse para acionar um inter- Tuptor. Sauvin se atreveu entdo a uma experiéncia mais ousada. Passando uns dias em companhia de uma moga, em sua casa de aoe 4 beira de um lago, comprovou que as plantas, a 130 le eet S teagiam de modo insofisméivel ao prazer sexual, mente peadat a, uma freqi iéncia maxima no mo- hace de beets ido isso era muito interessante e podia i ase 4 comercializa¢ao de um aparelho que permi- ‘tisse is mulheres ciumentas control: i dos através de uma simples. olar as escapadas dos mari- simples begénia. Os resultados, no entan- to, ndo eram tio animadores a ponto de ja conduzir a um Getema aa alcance de todos. stercauvin estava absolutamente certo de que era capaz de afetar uma planta a distancia, mas nao podia confiar no si F tema — OU, antes, em sua | nfalivel aplicagao pratica —, pois fs plantas ficavam a mercé de outros estimulos em seu melo Smbiente, podendo reagir per exemplo ao brusco apareci- mento de um gato ou de um passarinho que chegasse & janela fo encalgo de um inscto. Em vista disso, ligow trés plantas _ cada qual posta num quarto, portanta num meio ambiente diferente — a. um mesmo circuito que s6 poderia ser ativado caso elas reagissem sincron adamente. Mantendo as plantas em locais separados, Sauvin esperava que 0 estimulo neces- sdrio 56 fosse sincronizado quando partisse dele, onde quer que estivesse. Ainda que nao inteiramente infalivel, pois em dado momento uma das trés plantas poderia no reagir por completo ao estimulo, esse novo sistema significava um passo 4 frente, impedindo que um estimulo fortuito afetasse, ao mesmo tempo, todas clas. ‘A essa altura, Sauvin estava ansioso em divulgar seus dados, confirmando as descobertas de Backster, ¢ tornar pu- blica sua propria contribuigio a uma ciéncia que a seu ver tinha para o mundo uma potencialidade tao grande quanto o emprego das ondas de ridio por Marconi. Mas, num pais onde o governo e a indistria se voltam mais pata o desen- volvimento de armas sofisticadas de guerra ¢ aparelhagens de controle individual do que para a esdrixula nogao de comu- nhdo com a natureza, nao foi facil para Sauvin encontrar uma audiéncia ou um patrocinador. Incapaz de interessar a grande imprensa, ou a revistas conservadoras como Science ou Scientific American, Sauvin decidiu encaminhar seu material as revistas de engenharia e mecanica das quais ja era colaborador regular. Visando des- pertar o interesse do editor de uma revista automobilistica, escreveu um artigo sobre um dispositivo que capacitaria hgar seu carro por controle remoto, através de ondas cerebrais transmitidas a uma planta. A operagao, com a ajuda de um Pequeno transmissor de radio, se revelava muito simples. A inic: dificuldade técnica seria projetar um invento que exer- ‘Sesse Sobre a igni¢ao a pressdo exata, repetindo-a quando o motor ndo pegasse ¢ interrompendo-a tio logo isso ocorresse. objetivo da idéia era entusiasmar as pessoas com uma 53 wee we pudessem se levantar numa um: @ de Ort funcionamento enquanto cal. e pero Cae Mas para Sauvin cla tinha um ae janta era dispensdvel, pois g eng a jonado diretamente pelo jo poderia ser acl questa. pod 108. teain-amadas plantas a um invento drios de carros, Sauvin imaginoy om homem, voltando para casa E dar uma mensagem ‘apacitava a mani evada, S€ aia abrisse a porta da garagem. Res. ono, a planta, nesse caso, dava uma oubas. i B contra ovesse de cientistas sérios qUe even. eal a obter meios para ee aa labo- tualmente ° ” fin deixou-se possuir pela idéia de que ratério apropriado, Sa0¥T controle mental, com a ajuda de um avido Fl eva aparelhagem. Durante anos, ja licen- i ultivara 0 hobby do aeromodelismo, con- trolando totalmente pelo radio seus ie alps dos sus 2 metros. azia~ assim dar r ou diminuir de velocidade ee aterris- adaptagao em seu aparclho trans- ors Com ans Peer esicreganO um pensamento a uma aaaiioe acionar, parar ou afetar a velocidade de um aero- vio. i fal Bee das plantas, ele também viu um meio de detectar um pirata aéreo num aeroporto, antes de o crimi- oso em potencial embarcar num aviao e colocar em risco a seguranca dos. passageiros. A respeito, propés a adogao de ‘um sistema — baseado no uso de plantas em jungao com galvan6metros ¢ outros aparelhos de alta precisao — oe nado a captar as emogoes turbulentas de um pirata aéreo revistade por agentes de seguranga; resolver-sc-ia assim um problema dos aeroportos, onde nado apenas entra em jogo a seguranga dos passageiros, mas também seu direito, como cidadaos, de nao passarem por uma revista indesejada. O Exército dos Estados Unidos ja demonsirou interesse pelo projeto, em Fort Belvoir, na Virginia, foram abertos eréditos para pesquisas com plantas, O Exército inclina-se Por descobrir meios de medir as ionais das Tespostas emoci pessoas através das plantas, mas sem a obrigagao prévia de condiciond-las 1 alyeéon en rigacao p! particular. extra 1 ‘para despertar o interes 4 A Marinha se mostra igualmente interessada oe dom analista de operagces da Equipe de Andisey } mento Avancado do Laboratério de Material Bélico Planejamn Silver Spring, Maryland, abteve certo sucesso 40 Naval 271 “yperiéncias de Backster. Membro da Sociedade repetir ay de Cibernética ¢ do Institulo de Engenheiros America Seteonicos, Byrd afixou os elétrodos de um pol triistas “joihas de uma planta © observou claras flutuagdes Bibs ‘a medida que ela respondia aos varios estimulos. oe eremplo de Backster, Byrd notou que o simples fato de sar em fazer mal a folha de uma planta ja era suficiente Fara causar um salto da agulha. Suas experiéncias envolveram Peeontrole das reagoes de uma planta a estimulos dados por Syua, fogo, luz infravermelha e ultravioleta, tensio fisica & desmembramento. 3 oe " Byrd acredita que o efcito galvanométrico produzido por uma planta nao é causado por resistencia elétrica na folha, mas sm por uma mudanca de biopotencial nas células, a qual vem de fora para a membrana interna, tal como definida pelo sueco L, Karlson, que mostrou que um feixe de células pode mudar de polaridade, muito embora nao se conheca a energia que age como causa de sua polarizacao. No entender de Byrd, @ que se mede 6 uma mudanga de voltagem nas células e o que causa a mudanca de potencial € 0 mecanismo da cons- ciéncia. Suas pesquisas ratificam as observagdes de Backster, quais sejam as de que as plantas revelam uma capacidade de percep¢do e uma empatia a outros organismos estimulados em sua presenga. Como Backster, Byrd comproyou em suas experiéncias a existéncia de um problema basico: a tendéncia das plantas a “desmaiarem” sob tensGes extremas, deixando subitamente de responder mesmo aos estimulos mais elemen- tares, como a luz e o calor. Como Backster ¢ Sauvin, Byrd pode demonstrar na televisio a reagdo de uma planta a varios estimulos, inclusive sua intencdo de queima-la. Diante das cimaras, ele obteve uma resposta da planta ao sacudir uma caixinha de pilulas na qual pusera uma aranha. Manifestada com cerca de um segundo de atraso, a resposta se prolongou no €ntanto, continuadamente, por um minuto. Obteve também uma reacdo forte ao cortar uma folha de outra planta. Uni Byrd, que se diplomou em planejamento médico pela versidade George Washington e é membro da MENSA, or- Byr 55 F éncia. basica € um cociente cee cuja exigéncia. : ie eee elevado, no tem uma solugio telectual ©: rent e para explicet De fate a Ges tos humanos. aa alteragdes no campo magnético da Terra, mais dispares, is ¢ espirituais ou a misteriosa mecg’ fentene oea NOM trabalho mpreaeataio em 1972 mica es ricana de Cibernética, Passou em revista nue oa jéncias russas sobre transmissdo de pensamento Ee, ie alguns cientistas sovieticos tomam por M8 oP fergie previamente ignorada. uma form tio de 1973, Byrd comecou a Brepararsepary ind folhas da Mimosa pudica, as quais ee peatian toda vez que tocadas, Ele Sreadita que, usando um fio bem fino que mal encoste numa iegesy ‘planta, possa captar, gragas a um eee i inimas de resisténcia ou voltagem. Byrd See mais precisos registradores de conta também com um dos p graficos do mundo; produzido na Alemanha Ocidental pela iemens, arelho processa mais de | metro de papel por pass oe cael resulta de um esguicho de tinta cuja espessura € da ordem de microns. Com tal aparelhagem, Byrd fa ser capaz de captar reagdes de plantas que até agora nao puderam ser notadas, Figura igualmente em seus planos trabalhar com uma alga marinha primitiva, Acetabularia cremulata, a qual, em- bora tenha 5 centimetros de comprimento, é constituida por uma tinica célula. Caso essa planta unicelular revele o “efeito P eee: Backster”, Byrd langaraé mao de um processo cirirgico para remover seu nicleo. Deixando ela entio de responder, cle terd uma prova de que é o material genético contido nos niicleos das células que se Tesponsabiliza fundamentalmente elas reagdes vegetais. detector de mentiras revolucionariamente novo, que © nome de “avaliador de tensdo psicoldgica”, foi Posto 4 disposicao de Byrd por seu inventor, Allan de uma firma por ele constituida com dois informagées, a Dektor Counter Intelli- 4 que esse aparelho, testado em 25 qua: la de televisio Para falar a verdade, indicou @§ pessoas que nao estayam mentin- € a de que normalmente Hl, i i i Be 2 i s | H ee i | ey a iveis quanto ae rodulegta ja inaudivel, a nao ser quando ee encontra muito tensa, Quando, sob tensdo, desaparecem da voz as vibragées inaudiveis da freqiiéncia modulada, 0 ouvido nfo no , mas o aparelho é capaz, segundo se r num grafico as flu- fungdes. Atualmente, Byrd tenta descobrir um meio de adap- tulo ao estudo das plantas. ; No Japao, um persuasivo doutor em filosofia ¢ bem sucedido engenheiro eletronico de Kamakura, encantador re- fagio ajardinado nao muito longe do porto de Yokohama, aperfeigoou, entrementes, um detector de mentiras semelhan- te, obtendo com ele os resultados mais fantasticos ja conse- guidos no reino das plantas, Consultor da policia japonesa para deteccéo de mentiras, o Dr. Ken Hashimoto leu sobre as experiéncias de laboratério de Backster e decidiu conectar um dos cactos de sua casa a um poligrafo comum, servindo-se porém para tanto de agulhas de acupuntura. Sua inten¢ao era mais revolucionéria que a de Backster, Sauvin ou Byrd. Pretendia, de fato, conversar literalmente com uma planta, confiando nos aperfeigoamentos por ele ja introduzidos na técnica japonesa de deteceao de mentiras Para simplificar e baratear os interrogatérios policiais, o Dr Hashimoto estabelecera um sistema que se resumia a gravar em fita as declaragoes do indiciado. Transpondo eletronica- mente as modulagées da voz do suspeito, Hashimoto era entéo capaz de obter um grafico continuo suficientemente digno de crédito para ser encaminhado como evidéncia a um tribunal de justica. Tornou-se entio claro para Hashimoto que, revertendo © sistema, ele seria capaz de transformar os padrées de um grafico em sons modulados, dando voz a uma planta. Suas Primieiras experiéncias, com um cacto semelhante ao saguaro Sigante da Califérnia e do deserto do Arizona, mas muito menor, foram um completo fracasso. Relutante em admitir falhas nas descricées de Backster ou em seu préprio e uipa- mento, Hashimoto deduziu, aie 2 » apesar de ser um dos principais Pesquisadores de fendmenos Psiquicos do Japao, que 0 pro- aah £m sua propria dificuldade de comunicacgao com niet’ Mulher, por outro lado, que adora plantas ¢, na dos que a conhecem, “tem uma mao boa”, logo 57 . cacto n efeito, deucthe shies Ee Megan que ela Ihe expres ae re ansformadd ¢ amplificado pela si AMO ye, Hashimoto, o som proxuzido pela j (eb re ac agua zumbido de fios co alth ov ems embora se parecesse MAIS So mu 5: ae imo agraddvels-e variados, por vexes quase enl calorosa ¢ alegre. um jovem americano de Mi John Francis Doushet) ete aeiou ua Uesss conversa, te Ei fia fj impressio de que a mulher de Hashimoto, Pam ae japonés, era respondida pela pl icy adianta que 0 casal se relacionou com n planta tf intimamente, que logo foi capaz de 1 : a aauae © somar até vinte, Intimada a somar dois mais dois, 2 F ; a Teepondia com sons que, quando transcritos no grifico, davam origem a quatro elevagocs distintas e conjugadas. © Dr. Hashimoto — que se doutorou pela Universidade de Téquio ¢ é presidente do Centro de Pesquisas Eletrdnicas, Hashimoto, bem como diretor-gerente © chefe de pesquisas das Indistrias Eletrénicas Fuji, que produzem os imensos fandneios luminosos animados que iluminam a capital japo- nesa — passou desde entio a demonstrar por todo © pais a eapacidade somaténia de scu cacto. i Solicitado a explicar o fendmeno, Hashimoto, que ainda por cima é um dos autores mais vendidos no Japio — sua Introdugdo @ perceppao extra-sensorial encontra-se ma Sexa- gésima impressiio ¢ O mistério do mundo da quarta dimensdo na octogésima —, respondeu que hd muitos fendmenos ainda ndo explicdveis pelas teorias da fisica atual Acredita que exista um mundo além do presente mundo tridimensional de- finido pela fisica e que esse mundo tridimensional ¢ apenas uma sombra de um mundo imaterial de quatro dimensoes. Acredita ainda que o mundo quadridimensional controla 0 mundo material tridimensional através do que ele chama de “concentragiio da mente” ¢ outros preferem chamar de psico- cinética ou mente-sobre-matéria. A possibilidade de tal controle mental ser usado para © ou 0 mal, em nosso planeta, é o problema com o qual agora se defrontam esses pesquisadores, Desde sua ordenagao como sacerdote do Templo Psicocientifico de Metafisica Sauvin tornou-se um, ta extremado, condenando 0 ws? mente contra plan mais ou nbora tenha tirado patentes de aparelhos gra como seu inventor ele invengio mais perfeita, cham por temer que o Departamento de Pefesa logo a converta nam cl missil guiado por con- Pole mental. O lider espiritual do templo, Reverendo R. Daut, 6 um médium teombeteiro ou seja, uma de armas contre sores. huManos, desse tipo — 9 que o con! reluta em tornar public apenas “dispositive 13 pessoa que entra cm (ra rtos, valend t Je a trombeta que faz levitar num quarto em penumbra ¢ através da qual capta 1 das ftimas, Feita de trés chapas de alumin fone, a trombet: » tem truques eletronicos ou de qualquer outro tipo, As vozes simplesmente pare Vindas do ar, € ora sito reconhecidas como es dores, ora como pertencentes a individues conhecidos dos ouvintes; néo raro, ru(dos alheios, como um distante ladrar de cies, misturam-sc ao som das vozes, Sauvin diz que 0 objetivo dessa pratica é levar os homens A iluminagao, transmitir-Ihes profundas ¢ belas mensagens de sabedoria, amor ¢ permanéncia da vida. A religiéo verdadcira, diz por seu turno o Dr, Daut, é a inteligéncia universal, “Nao ha morte nem mortos. Aqui ou além, nunca nos é negada a Reforma.” © sistema da trombeta, no entender de Sauyin, nao ¢ em nada mais estranho que o do oriculo de Delfos ou o das estituas falantes da religiao iniciética do antigo Egito. Fami- liares desde a eregiio dos templos, as doutrinas incluem a pa- ternidade de Deus, a fraternidade dos homens, a imortalidade da alma, a comunicagio entre os mortais © os espiritos que partiram, a responsabilidade pessoal para com a compensagio aretribuigdo, um caminho de progresso eterno aberto a todas as almas pela rota do eterno bem, as leis da natureza, tanto espitituais quanto fisicas, © agora a comunicagio com as plantas. Caso se comprove, como as evidéncias indicam, que a Eerie de mensagens niio verbais transcende as limi a fe espago € tempo © se processa através de algum a ipectro de cnergia néo relacionado ao que chamamos de eae tee eee deixar de parecer remota a idéin ae _ inteligéncias invisiveis ativas em planos Perlores as autolimitagdes humanas, tal como o praticado 59 ob Boehme. Encontrando i jake por misticos do calibre de um J ficaremos aptos a reabrir os meios de receber tais mensagens, as portas do cosmo. Visitantes do espago j Volks- i de 1971, jd bem tarde, um alk Num dia de cane ‘ama estranha aparelhagem cien- none an Bore Oak Grove Park nas proximidades de Le seria aldelh ao sul da California, perto aa Te- Temecula, Petey enga e nso muito Ionge do famoso Obser- bstidcits rae rasta Ao volante ia um engenheiro nite: . oe f x a eee 47 anos nascido na Sikésia — L. Sey, es ‘Com um assistente de campo, ele fora ter a es as se remota, de aparéncia desértica, para registrar sir i tarvathos cactos ¢ iticas que af crescem em estado silvestre. ‘Kenolha do parque, segundo palavras do proprio ea deu-se por ser cle “uma area de ampla franja eletromagnétics jivee de interferéncias humanas e assim ideal para a obtengao i or inadas por parte das plantas”. claras ¢ nao contami por pi plant = PG mitods de Lawrence para a captagio de sinais de plantas difere fundamentalmente do de Backster, Vogel € Sauvin por implicar 0 exame, num banho com ienpe controlada, de tecidos vegetais vivos abrigados num tubo fa- radieo que acusa as mais sutis interferénci eletromagnéticas. Lawrence descobriu que os tecidos vegetais vivos sio capazes de perceber sinais com preciso bem maior que a dos capta- dores eletrénicos. A seu yer, as radiagbes bioldgicas transmi- tidas pelas coisas vivas silo mais bem recebidas por um meio A aparelhagem de Lawrence também difere significalt Vamente da dos outros pesquisadores por dispensar 0 ee elétrodos em plantas que, como em geral ocorre em : S€ encontram tio afastadas umas das outras ponto de ja ficarem naturalmente livres de interferéncias: Lawrence limita-se a tomar uma planta por objetivo ¢ a at para ela um tubo sem lente, com uma grande abertu'a, do Spticos so paralelos ao cixo de construgao A distincias maiores, substitui esse tubo um telescépio © pendura um pano branco na planta para que ela se torne mais visivel Os tecicos vivos de Lawrence podem captar um sinal direcional a até /,5 quildmetro de distancia. Para estimu- lar suas plantas a reagoes distintas, ele “despeja nelas uma quantidade pré-medida de eletricidad ativando o estimulo por controle remote com um crondmetro que Ihe permite voltar de carro ou a pé a estagdo de controle. Suas pesquisas exploratérias sio levadas a cabo durante estagdes mais frias, quando a maior parte da vegetacio se acha em repouso, de modo a certifica-lo duplamente de que sinais esptrios de outras plantas nao deturpardo suas medidas, Em seu aparelho, as perturbacoes dos tecidos vivos nao sio acusadas graficamente por um tragado, mas sim sonora- mente, através de um silvo baixo, continuo ¢ uniforme que se converte numa série de vibragé que afetado pelos sinais de uma planta. Na tarde de sua chegada ao Oak Grove Park, em 1971, Lawrence ¢ seu assistente fizeram uma pausa para um lanche & s¢ sentaram a uns 10 metros de seu aparelho, o qual foi deixado, ao acaso, apontado para o céu, Mal dera as primeiras dentadas numa salsicha feita a moda hebraica, Lawrence notou que o silvo continuo de seu aparelho fora interrompido por uma série de vibragées dis- tintas, Sem ter digerido a salsicha, mas tendo di rido muito © “efcito Backster", admitiu que os sinais pudessem ser causados pela morte de algumas células da salsicha, Mas logo se lembrou de que esta, biologicamente, estava morta, Ao inspecionar o aparelho, Lawrence surpreendeu-se, pois o sinal Sonero continuou como um encadeamento de vibragdes £86 meia hora depois o silvo continuo se fez ouvir de novo, indicando que nada mais era recebido, Mas os sinais tinham de vir de alguma parte. Como 0 aparelho ficara apontando Para o céu, Lawrence se viu assaltado pela idéia fantastica de que algo ou alguém estava fransmitindo do espago. ee em. vista as imensas implicagdes do fenémeno, Sita © Seu assistente, embora ndo se cansassem de dis- © assunto, decidiram n eee tinham ouvido ; e wees em seu equipamento. Para ambos, a possibilidade ‘ sna cra, a um sé tempo, urbadora ¢ Srsitante. Até agora, muito vagos sho ex daisies eee es caracteristicas sempre 61 E descoberta de “elemen- se incluem a entre eles outras pa ‘ou organismos, em meteoritos ¢ OS Snes to over melhos de Marte, Se a erestelares cuja : cas. Ha ainds Os quais, culas ean oada por Tesla Mange eer a ie recepgao fae foram reduzidos a0 sl to Tides intergatiticas dos pulsars’ ie a conclusio prematura de que, fo tirar i Cauteloso em Fe ara um sinal inteligente par- através de tecidos vege! de distancia, Lawrence dedi- tido de trilhoes de Crete seu equipamento, converten- cou varios Bea chan ide “estacio biodinmica de do-o na qui jo de sinais interestelares”. rattle ee aaegiment® melhorada, sua apa- Em abril de : mm condigoes de ser de novo apontada fe eT oni rimeiramente, captara o fendmeno. para o local a oe ee ¢ autor do primeiro livro técnico Ss eens ai .ecer na Europa, Lawrence se preo- aoc Se aairecic de seu aparelho, determinando aoe Sia alinhado pela Ursa Maior, uma constelagao de oF ‘estrelas na regiao do polo norte celeste. Para garantir-se de que 0 equipamento ficaria localizado tao longe quanto possivel de todas as formas de vida, Lawrence deslocou-se para a cratera de Pisgah, elevacao vulcdnica que se acha a 700 metros de altitude no centro do drido deserto de Mojave. A cratera ¢ rodeada por 48 quilémetros quadrados de espes- sos depésitos de lava onde nada cresce — nem mesmo uma folha de grama. Alinhando seu telescépia — acoplado 20 tubo farédico, uma camara, um controlador de interferéncia eletromagnélica € o receptaculo dos tecidos — por coorde- madas celestes de 10 horas e 40 minutos mais 56 graus, que the davam a posigao da Ursa Maior, Lawrence pds seu dudio- sinal em foncionamento. Apés um intervalo de noventa mi- nutes, a aparelhagem captou novamente padrdes sonoros re- conheciveis, se bem que mais breves, Segundo Lawrence, 0s Periodos entre séries de vibracdes répidas — enquanto cle Perscrutava um mesmo ponto no céu — variavam de trés @ 1 Forma abreviada de pulsatin, " Isars ene i Stars, ou “estrelas pulsanies”; pulsar ae: astrénomo Hewish aos objetos espaciais cuid ‘nuncio em 1968, (N. do T) i Depois de repetir assim com sucesso as observagées de 1971, Lawrence chegou mesmo a admitir que deparara por acaso com uma descoberta entifica de grandes proporgoes Nao imaginava de onde os sinais podiam vir, ou quem os enviava, mas parccia-Ihe altamente provavel que a corrente lética desempenhasse um papel em sua origem. “Os sinais talvez s¢ irradiassem do equador galatico, que tem uma densa populagdo estelar”, di mais provavel que tenhamos captado algo dessa area, e nado da posigao da Ursa Maior.’ Depois de confirmar no deserto de Mojave suas primei- ras observagdes, Lawrence deu seguimento as pesquisas, em sua residéncia-laboratério, apontando ininterruptamente o aparelho pelas mesmas coordenadas, Segundo suas proprias declaragoes, foi-lhe preciso esperar semanas, ¢ 4s vezes meses, para detectar os sinais; mas quando eles vinham a recepcao. era inconfundivel. Um sinal produzia um tipo de audiovibra- do tio peculiar — algo como um brr-r-r-r bip-bip-bip — que, no entender de Lawrence, nao podia ser comparada 4 de qualquer entidade terrestre. Solicitado a especular sobre a natureza dos sinais, Lawrence declarou: “Nao acredito que se di terraqueos. Penso, isso sim, que deparamos com transmissdes entre outros grupos, e, como nada sabemos sobre comunica- gdes bioldgicas, ficamos automaticamente excluidos dessas conversacGes. Penso também que a energia transmitida deve ser fantasticamente alta, pois nossa aparelhagem nao é nada sofisticada, e s6 uma tremenda quantidade de forga, vencendo distancias astronémicas, poderia provocar nela uma resposta. Os sinais, em sintese, podem ser de emergéncia. Alguma coisa talvez esteja acontecendo além e alguém talvez esteja pedindo Socorro, desesperadamente”’. Convencido enfim de que suas descobertas podem ter uma significacao crucial e abrir caminho para um novo e ainda nao imaginado sistema de comunicagao, Lawrence en- viou uma cépia da fita por ele gravada em outubro de 1971, ae com um relatério de sete paginas, 4 Smithsonian on, em Washington, que os conserva como um do- ane de virtual valor histérico-cientifico. O relatério O ; : es es uma aparente série de sinais de comunica- de origem e destinag&o desconhecidas, Pre- 63 ntercepeto fol feita por captores porém, poste que d Mer nis sinais seja igualmente de issdo de tal a fevados a efeifo numa drea Os testes ica ¢ 0 propria equipamente er de ampla fran vTetromagnética. Imediatanente subme. impérvio @ one auipamento nao acusou a existéncia de tido. a insperdo, vadowe que as experiencias dé escita defeitos. Consider: iecem a wri programacao rotineira, sug terestelar nao er enificagdo sejam levades a cabo em ge que outros testes uma escala giobal. A importncig coutras partes, ae csivel mm do fendmeno hese permite ignord-lo. i fita por ele gravada, bors Lawienes peers de ouvir, al: iors Se sacar ial em que “um fascinante grau de ee ade k patentear-se depois que cla € tocada encantamenio yes, por semanas seguidas. - x fis eoaien uma série breve, mas crescente, de graves oscilagdes harminicas que lembra um burburinho obscuro ou vod Ges de um fundo sonore, O cunho inteligente de ae sfura é sugerido por discretos padres espacados, aici repetigdes de seqiiéncias & ruidos eletromagnéticos altamente atenuados. 2 r ‘Lawrence pretende ser ainda capaz de submeter os sinais gravados iilke de um computador, o que talvez venha a esclarecer mais a fundo sua exata natureza. A rapidez dos sinais, com efeito, ¢ uma barreira que impede a extragao manual de dados, Mesmo assim, sua convicgio de que tal andlise possa produzir resultados concretos nao é total. “Se ‘9s sinais sio de natureza pessoal”, diz Lawrence, “nenhum meio conhecido da moderna tecnologia de computadores po- deré decifré-los. A verdade ¢ que nao dispomos ainda de computadores de tipo bidnico, os anicos que seriam capazes de coletar dados aes tao fortuitos e fornecer uma leitura concisa racional,” A mais importante conclusio de Lawrence, a de que captores de tipo biolégico sio necessdrios para a intercep¢a0 ae sinais biologicos, aplica-se particularmente ao dominio das Mindas do espago. A respeito, cle mesma escla- Gnica cléssica revela-se aqui praticamente invé- bio-sinais, ao que tudo indica, residem fora do ) eletromagnético conhecido”. sute-se bioldgicas, THe tipo Dio Ot na Lawrence lembra que, na década de 50, depois de reviamente insistido que nosso pequeno planeta era terem Povniverso, alguns cientistas comegaram a admitir, com nico my cuidadosas observagées celestes ¢ outras inferéncias, base 7 nao estejamos s6s na imensidade cosmica, passando ve iar cogitar da existéncia de seres extraterrenos cujo de- entae vimento pode ser muito superior 20 nosso Sento inicio do século x1x, Karl Friedrich Gauss — mate- mitico ¢ fisico alemAo que emprestou scu nome unidade de intensidade de campo magnético ainda em uso — sugeriu que infomem assinalasse acs seres cOsmicos sua presenca na Tetra gbrindo na taiga siberiana, de modo a formar um Angulo reto, sulcos gigantescos de centenas de _quilémetros de extensio. ‘A essa idéia seguiram-se a do astrénomo austriaco J, J, von Littrow — a abertura no Saara de canais geométricos que seriam enchidos de querosene e receberiam fogo 4 noite —e ado cientista francés Charles Grosse, que imaginou a cons- trugtio de um vasto espelho para refletir luz solar diretamente sobre Marte. Essas idéias fora de moda voltaram 4 ordem do dia quando radiobservacées feitas no verdo de 1927 pareceram indicar, no contexto do conhecimento entao existente, que nosso planeta se achava exposto a sondagem de satélites de comunicagdes de origem extraterrena. Enquanto escutava uma emissora de ondas curtas que transmitia de Eindhoven, nos Paises Baixos, Jorgen Hals, um engenheiro radiotécnico no- Tuegués, ouviu ecos fantasticos para os quais nio pode en- contrar explicagdo. Nem o puderam, de resto, os técnicos e professores holandeses ingleses que, com a intencao de con- firmar a descoberta de Hals, levaram a cabo uma série de experiéncias, 3 A intrigante anomalia ficou praticamente esquecida até inicio da década de 50, quando varios especialistas se Sonsagraram & formulacao de uma teoria de interferéncia extraterrestre Para explica-la. Audaciosamente, esses tedricas Presumiam a existéncia intermitente de uma sonda de co- TumicasSes interestelar destinada a perscrutar os sistemas no encalgo. de vida inteligente, ¢ a retransmitir as a et, tadiofregiiéncia dessa vida, incluindo a nossa, ousadas Gaur ‘mundo natal”. Embora essas interpretagoes ct Causassem descrédito, © mesmo zombaria, junto as entes principais da pinido cientifica, seus criticos torna- a 65 enfaticos quando outra série de Observacdes io dessa vez um sinal de televisao recebidg ‘atraso de mais de trés anos, -se menos foi fia, extra clea bro de 1953, um habitante de Londres, C, w, ie Sas no televisor de sua sala de estar as letras Beeley aie uma estagio de TV americana sediada em fae sn Texas, Por meses seguidos, depois disso, as mes. Houston, 10 int observadas em todas as televisoes nos es. Sais ‘Atlantic Electronics Ltd., na cidade inglesa ge ia oe (© fato de o sinal ser emitido de tao longe nao an ‘estranheza, posto que isso acontece com relativa fre. encia. Mas, como desde 1950 as. letras KLEE tinham sido aisdadss para xPRC, nao havia divida de que a recepeao se processava com un inexplicdvel atraso. As explicagoes de que ps sinais poderiam ter ficado armazenados numa “nuvem plas- matica” que pairava sobre a Terra ¢ os calocava ao alcance de todos numa emissdo eventual falhavam em esclarecer como € por que isso chegara a acontecer. Por outro lado, a hipétese de que tudo nao passava de um embuste sem sentido, embora extremamente caro, parecia remota Estimulados pelos mistérios desses fendmenos, pesquisa- dores americanos passaram a considerar com seriedade as comunicagoes interestelares via radio. Mas o radio foi posto de lado tao logo se notou que seus comprimentos de onda poderiam ser absoryidos por nuvens de gas interestelar e ne- bulosas, bloqueados por varias camadas protetoras em torno de planetas remotamente tomados por alvo ou afetados por tuidos radiocdsmicos. Apenas um comprimento de onda, o do hidrogénio gelético neutro, bem mais curto ¢ penetrante, Permanecia capaz de alcancar tais alvos. ‘Os terraqueos nao perdiam porém a esperanca de receber do espaco ondas de ridio. Em 1960 0 Dr. Frank Drake deu inicio a0 Projeto Ozma — assim chamado em honra da prin- ‘ssa que assumiu o govern do reina magico de Oz —, uti- yas ‘um imenso tadiotelescépio circular, com 25,5 metros ste, ‘no Observatério Radioastronémico Nacional, a Greenbank, na Virginia Ocidental, Drake © sua equi- eee ects Possiveis transmissdes inteligentes vin- deta duas estrelas vizinhas, Tau Ceti ¢ Epsilon decease 8¢ descobriu que Epsilon Erida ‘uma Grbita, € na verdade um planeta macico seis 66 yezes mais pesado que Jdpiter, o maior dos nave planetas fonhecidos do sistema solar. Z ~ ay Malgrado o fracasso do Projeto Ozma, os cientistas con- nuam a abordar enfaticamente o tema da comunicagiio com vateligencias extraterrenas, para o qual se criou inclusive, em inglés, a sigha cETI. No vero de 1971, um grupo de cientistas americanos do Centro de Pesquisas Ames, da Nasa, completou os estudos ara um novo Projeto Cyclops, o qual previa uma rede de 10000 radiotelescopios concavos — que dariam para cobrir uma superficie de varios quilémetros quadrados — a serem montados sobre carris ¢ distribuidos por 160 quilémetros qua- drados do deserto do Novo México. Exigindo um “sistema nervoso” cibernético de supercomputadores, o Projeto Cyclops teve seu custo estimado em 5 bilhoes de délares por Charles Seeger, da Universidade Estadual do Novo México. Em vir- tude dos drasticos cortes no orcamento norte-americano para a pesquisa espacial, € impossivel porém que o projeto se torne tealidade. QO campo fica assim aberto para um imenso radio- telescépio, com mais de 0,5 quilémetro de didmetro, que se encontra atualmente em montagem no Observatorio Astro- fisico da Criméia, na urss. O equivoco desses projetos, no entender de Lawrence, € que todos eles presumem que os sinais venham forgosamente por radio, o meio de comunicagao mais eficiente ao alcance dos cientistas terrestres. Se se convertessem 4 sua idéia de recepgao de sinais biolégicos, Lawrence acredita que teriam possibilidades bem maiores de éxito. O ponto de vista é en- dossado por Joseph F. Goodavage, autor de Asirologia: a ciéncia da era espacial, que num artigo na revista Saga, em janeiro de 1973, declarou: “A rigida aplicacio do método Cientifico estabelecido como um tipo de semi-religiio — com seus opressivos rituais e tradigées — pode ser o obstaculo Mais s¢rio no caminho da comunicagao direta entre 0 Homo Sapiens © outras civilizagSes que eventualmente se espalhem Pelo espaco intergalatica”. fae ot como engenheiro de instrumentacao por uma Sspecializada em ciéncia cspacial de Los Angeles, f n sae Projetar alguns transdutores — ou trans- sees | nergia — mais sofisticados. Sabendo que um Comunusicaton with exeaterrestil intelligences, (N. do T-) 67 . 4 lependesse simultaneamente de eq. vo mesdaleo five Sb eletrostiticos e mudancas gra lor, pressdo = convinha a tarefa, arriscou a hipdtese de que vitacionais 180 ee, assumi-la, por dispor — construidos pela uma planta poder reac mpanentes necessdrios. propria naturet - egou a estudar o problema, em 1963, Tao log ovnan ihe seria possivel contar com a ajuda Lawrence viv defy plantas e bidlogos, pois faltava a estes um de SPO ceabeeimento. de fisica — € especialmente de ele. suficiente coms compreender sua intengio. Em sua busca de eal PF asnee para a emissdo ¢ a recepcao de sinajs, uum sistema. re revista as experiéncias feitas na década de Be pelo, histologista russo Alexander Gurwitsch e sua mu- iG aoe proclamaram que todas as células vivas produzem ee arianso jinvisivel. Gurwitsch tinha notado que as células SEE xtremidades das raizes de uma cebola pareciam dividir-se wee um ritmo definido. Creditando © fenomeno a uma ies extra de energia fisica inexplicada, perguntara-se se ta] energia no seria proveniente de células vizinhas. Pondo sua teoria 4 prova, colocou uma extremidade de raiz num tubo de vidro e deixou-o em posigdo horizontal para que funcionasse como um emissor de raios. Apontou-o entao para outra extremidade de raiz, também protegida por um tubo, mas com uma pequena zona lateral exposta para servir como alvo. SecGes dessa raiz-alvo, apds trés horas de expo- sigao, foram examinadas por Gurwitsch ao microsedpio, Com- parando o niimero de divisGes celulares, ele constatou a exis- féncia de 25% mais na Zona exposta a radiagaéo. A raiz receptora, aparentemente, tinha captado da raiz emissora uma energia vital. Repetindo a experiéncia, Gurwitsch tentou bloquear a emissao com um fino protetor de quartzo entre as raizes, mas obteve precisamente os mesmos resultados. Quando o quartzo tra revestido de gelatina, ou entao substituido por uma lamina de vidro, j4 no se observava no entanto a progressao da divisio celular. Como sc sabe que o vidro ¢ a gelatina blo- gueiam varias freqiiéncias ultravioleta do espectro eletromag- nético, Gurwitsch concluiu que os raios emitides pelas células de uma extremidade de raiz de cebola deviam ser tao curtos Quanto os ultravioleta, se ndo mais. Como aparentemente ¢les estimulavam a divisdo celular, ou mitose, chamou-os de “raids mitogenéticos”. disposi A descoberia de Gurwitsch causou um verdadeiro furor no mundo cientifico, 4 medida que os laboratérios se apres- savam a comprova-la. Como os comprimentos de onda pro- postos para 0S novos raios eram mais poderosos que as fre- qiéneias ultravioleta que atingem a Terra vindas do Sol, muitos bidlogos se negaram a acreditar que eles pudessem ser gerados por processos vivos. Em Paris, no entanto, dois pes- quisadores divulgaram resultados semelhantes; em Moscou, um patricio de Gurwitsch mostrou-se capaz de aumentar em 25% a fermentacao do lévedo, expondo-o aos raios mitoge- néticos da raiz de cebola Uma dupla de cientistas da companhia elétrica Siemens e Halske, perto de Berlim, chegou a conclusio de que a radiagdo era um fato; ¢ um pesquisador de Frankfurt obteve sucesso em medi-la, nao através de seus efeitos sobre a vida vegetal, mas sim com aparelhas elétricos. Por outro lado, nada puderam detectar pesquisadores anglo-saxdes igualmente dig- nos de crédito. Nos Estados Unidos, Gurwitsch caiu no es- quecimento desde que a prestigiosa Academia de Ciénci num comunicado, considerou que sua experiéncia nao podia ser repetida, dando a entender, por conseguinte, que era pro- duto da imaginagao. Embora nio dispusesse de um espectrémetro ultravioleta para detectar a radiagao mitogenética, Lawrence ficou fasci- nado pelo sistema de dirigir a energia que Gurwitsch propés. As observagGes deste também o levaram, quase involuntaria- mente, a ‘renga de que o trabalho pioneiro de Gurwitsch implicava a existencia de um fator psicolégico, ou “mental”, aes ainda mais no terreno, com um dispositivo de he we Projetado por ele mesmo, Lawrence tentou Me as células in iduais de uma todela de cebola Pouco mais de 0,5 centimetro, ligada a uma ponte de i De e ten eee Teagiriam a diferentes estimu- od iu que, em cerca de um décimo de se- e °, pareciam responder a imnitacdes como uma baforada, Saas & imagem de destrui-las que se formava em sua eo. ey net 2 ea Lawrence era que a reagdo dos nas aigy oe fo at de acorda com “dons psiqu els eae Ihes dirigia. As pessoas Muito mais Be sinal, pareciam obter respostas Proprio Lawrence, homem eminen- 69 temente pratico. A respeito, cle comentou: “Presumindo-se que haja uma consciéneia celular, a reacao mudard de padrio, de experimentador para experimentador, sempre que alpyém ‘cause ou leve algo a causar dano a uma célu Por essa época, Lawrence entrou em cont, balho de Backster e decidiu montar um sofisticado analisadoy psicogalvanico ou detector de respostas de plantas. Com esse Royo equipamento, obteve de suas plantas toda uma série de “ferozes” tracados; mas, devido ao que ele proprio, retrospec- tivamente, chama de sua “ignordncia ¢ classica ortodoxia prus siana”, atribuiu os efeitos a falhas na aparelhagem. Apesar disso, sua suspeita de que os tecidos vegetais podiam captar as emogdes ¢ 0 pensamento humano tornou-se lentamente mais conereta a luz das realizacoes de Backster. Lawrence nao s¢ esquecera do que, anos atrds, escrevera Sir James Jeans, 0 astrénomo britanico: “Q fluxo do conhecime: humane en- caminha-se imparcialmente pata uma realidade ndo-mecanica: © universo ji comeca a ser mais como uma grande idéia do que como uma grande miquina. A mente deixa de parecer um intruso acidental no reino da maté! Comecamos a nos dar conta de que € preciso sauda-la, com efeito, na qualidade de criadora ¢ administradora desse reino”. Em outubro de 1969, Lawrence deu inicio a publicagao de uma série de artigos populares baseados em suas pesquisas e Jeituras, Primeiro dos quais, intitulado “A eletronica e a planta Miva”, saiu em Electronics World. Ai ele dizia que, Pela primeira vez num milénio, desde que as primeiras folhas verdes s¢ ergueram fora dos pantanos Paleozdicos, as plantas Comecaram enfim a ser estudadas por suas “propriedades ele- trodinamicas”. 0 com 0 tra- a seu yer, despertavam a8 plantas, integradas a ir captores e transdutores de criam ser elas treinadas para res- & presenca de objetos ¢ imagens sclecionadas? Se- Nerificdveis suas supostas percepgoes supersensorias? Das 000 espécies de plantas Conhecidas pela ciéncia, quais as ‘ vas com microclétrodos, que no Jardim da Lua criade pela lale, Nova York, os cientistas finkam detectado, na década de 60, 0 que parecia ser “crises nervosas ¢ de frustracio” em plantas af testadas como pos- siveis alimentos espaciais, ¢ que mesmo antes disso, em seu laboratorio em East Grinstead, Sussex, na Inglaterra, L, Ron Hubbard, fundador da cientologia, notara que as plantas nao stam de certos tipos de luz artificial — como a luz fria emitida pelas lampadas de sddio das ruas —, que podem causar-lhes uma transpiragao fria claramente visivel na fo- Ihagem. Lawrence seus leitores saberem que a pesquisa com plantas nao ¢ um mero problema de conhecimenio eletrnico ¢ que o trabalho com o “‘efeite Backster” envolve muito mais que a simples capacidade de montar aparelhos eletrd cos de superior qualidade. “Vém aqui @ tona certas quali escreveu ele, “que nao participam das situagoes experi- mentais normais. Segundo os que ja se dedicam a esse campo, € preciso ter uma mdo bea e, mais importante ainda, um genuino amor pelas plantas.” : Seis meses depois, Lawrence deu seqiiéncia 4s suas re- velagdes com um artigo ainda mais controvertido na mesma revista, intitulado “A eletrénica ea parapsicologia”. Tal ar- tigo comecava indagando: “Nao possuira o homem sensi vidades latentes bloqueadas pelos sistemas de comunicagdes modernos?" Em seguida o autor afirma que, embora a cia embriondria da parapsicologia, de ha muito malvista por seu envolvimento com o aculto, ainda tivesse de lutar por tagéo, a aplicagao de instrumentos eletrénicos ja permitia novas experiéncias reyoluciondrias ¢ levava a surpreendentes: descobertas capazes de rivalizar com as artes ¢ ciéncias orto- doxas de comunicagao em uso corrente. Enfatizando que a necessidade de sistemas maquinizados capazes de testar de modo impartial a perecpgao extra-sen- sorial jd tinha sido reconhecida ha cingiienta anos — quando’ um cicntista italiano, Federico Cazzamalli, aperf 4 aparelho de ultra-alta-freqiiéncia para testar a telepatia huma-— na —, Lawrence dizia que as experiéncias do cientista em questio sé nao foram repetidas porque o ditador Benito Mussolini as considerara secretas. Um fascinante derivado das idéias e da Cazzamalli, prosseguia Lawrence, é 0 chamado * um aparelho desenvolvido por Ww. tor autodidata que vive em Yucca \ muito longe do Acroporto Giant Rock. Em estudos ha vinte anos, € ainda em montagem, o engenho de Van Tassel ext abrigado numa estrutura cupuliforme nao-metdlica, de 11.49 metros de altura por 17,40 metros de diametro, que dg g éia de um observatério astronémico. E um gerador magné- tico eletrostético com armaduras mais de quatro yezes maig. res que quaisquer outras existentes. As Alas do Colégio da Sabedoria Universal de Tassel declaram que os campos gera. dos pela maquina abarcam toda a sua estrutura, © essa é razao pela qual o domo nao contém metal, nem pregos nem parafusos, mas se encaixa como um quebra-cabeca chings ¢ € seis vezes mais s6lido do que o cédigo de edificacses requer Van Tassel garante que seu engenho, depois de concluida, fio s6 ajudard a resolver problemas de comunicagdo extra. terrestre, como também abrir perspectivas para o rejuvenes- cimento das células corporais, uma forca antigravitacional ¢ & mais fantdstica de todas as experiéncias psiqui a Viagem no tempo, O que intriga os cientistas ortodoxos e€ deixa muitos deles céticos & a inexisténcia de uma teoria vidvel que cuide dese tipo de fendmenos. O Dr. W. G. Roll, em seu discurso presi- dencial na VI Convencao Anual da Associagdo Parapsicolé- gica, realizada em Oxford, na Inglaterra, em 1964, postulou ‘a existéncia de “campos psiquicos”, virtualmente andlogos aos Bravitacionais ou eletromagnéticos © possivelmente @ todos os objetos, vivos ou nfo, que tanto pode- Tiam reagir ees campos fisicos conhecidos. Outra teoria, proposta pelo Dr. G. D. Wasserman no Simpdésio da Fundagio Ciba em 1956, bascia-se na mecinica quantica, fa in Sugere qué os “campos psiquicos”, que capacitam ‘pessoas a terem experiéncias paranormais, sao devidos @ } de “quanta de energia” em quantidade inconcebi- Pequena, muito abaixo da que pode ser recebida “matéria da fisica classica. ck r ¢ outras evidencias afins, diz levam idéia de que o psiquico € chamar de arari bilizadas ou condicionadas por eles, tor- s de sensi ele Gonos, depo a distancia, de reagir as suas cendowse ento capazes, mesmo mogées ou estados de espirito emo o nimero de junho de 1971 da revista Popular Elec- tronics, Lawrence pos 4 disposigiio dos Pesquisadores even- almente interessados no assunto uma série de diagramas Jehados, bem como uma lista de pegas para um “detector de respostas” aplicivel a testes de alta sensibilidade, ‘Advertido de que a constante repeticao das experiéncias era um fator de fundamental imporlancia, ele dizia que, estimu- lado em excesso, afctado em sua integridade fisica ou imper- feitamente regado, um espécime vegetal pode logo perder a resisténcia, quando no entra em crise ¢ morre. Os pesqui: sadores, por conseguinte, cram instados a tratar suas plantas com carinho e a conceder-lhes uma possibilidade de recupe- ragdo depois de cada experiéncia. Enfim, Lawrence informava que as plantas s6 devem ser testadas em locais tranqililos, “para que os estimulos possam ser efetivamente aplicados com um minimo de rufdos ou interferéncias clétricas capazes de dar origem a indicagdes errdnea: As idéias de Lawrence sobre as plantas foram corrobo- radas ¢ desenvolvidas pela experiéncia de um editor © estu- dioso de fisiologia psicoldgica, o tcheco Jan Merta, que agora vive no Canada ¢ cujos dons psiquicos-o capacitam a deitar numa forja uma barra de ferro, aquecé-la até ficar em brasa © entio seguri-la ¢ espathar fagulhas com a mao, téo calmo € destro como se limpasse a poeira de um mével. K Pouco depois de se instalar no Canada, Merta se teve, durante dois meses, trabalhando como livre-a Para uma grande firma de Montreal especializada no © importacao de plantas topicais, Quando os cliente ficios comerciais ou residenciais, reclamavam que tas nio estavam bem, Merta era mandado para Problema. Como cle também tomaya conta de | Plantas nas estufas da firma, ja | : da soliddo, quando uma planta era de um contato permanente to bem quanto as oe "ir Florida, exemplares do ma- com pessoas. eee com quase 9 metros de altura, Pa rfeitas condigdes ac destino, mas comecaram chegaram €m aa diss, apesar de Tegas ¢ adubacao escru- ARCs ee ue colocados em torno de uma fonte num pulosas, desde 4 de um centro comercial. Os que ai i no interior ee Sneks nas movimentadas galerias de acesso Pa soldrio conservaram, NO entanto, seu radiante vigor. Para Merta, isso era um indicio seguro de que o Ficus gostava de imi assantes. a aaa ier que radiofreqiéncias © vibracées ultra. sénicas tinbam sido usadas na Ucrania, desde a década de 30, para estimular grdos de cereais a um rendimento maior —¢ que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos obtivera éxito em experiéncias no mesmo sentido —, Law- rence renunciou a seu cargo de professor € resolveu dedicar- se, independentemente, a0 desenvolvimento de uma aparelha- gem avangada gracas a qual espera que os graos de cereais possam ser provocados, em escala comercial, a crescer melhor ¢ mais depressa. “Se uma mudinha pode ser estimulada em termos parapsicolégicos, como ja o sabia o famoso criador de plantas Luther Burbank”, comenta Lawrence, “nao vejo por que ¢ impossivel transmitir sinais especificos a lavouras inteiras, estimulando seu crescimento sem langar mao desses malditos fertilizantes que arruinam o solo.” No nimero de Popular Electronics de fevereiro de 1971, Lawrence apresentou seu proprio planejamento experimental Pata testar suas teorias sobre a estimulacéo do crescimento de plantas num campo eletrostatico de voltagem extremamen- te alta. A invencdo € © uso de fertilizantes quimicos baratos, 4 seu ver, abafaram as idéias de muitos engenheiros sobre a técnica de alimentar plantas eletricamente. Como a polui- sao nitratada decorrente dos fertilizantes ameaca o panorama eeol6gico do mundo ¢ suas reservas de Agua, ele insta para que tais idéias sejam agora retomadas. Seguindo sua linha de pensamento, Lawrence j4 se pre sory bara Tequerer patentes de técnicas especiais de tipo so- do Senha Gao de plantas, combinando-as a métodos ; Backster” a fim de chegar a um estimulo dado Por um tipo de transmisséo sem fio. Tal esforgo convertel : © tngenheiro, em Lawrence, o filésofo. “Houve e1 “a, el inteiro empo, quando eu era crianga, em que o mundo int ee Pevore ciente”, escreveu ele em Organic Gardening and Farming. “As arvores eram amigas e, como disse George Eliot, as flores nos viam ¢ sabiam © que pensdvamos. Veio depois um tempo em que as plantas apenas cresciam, silen- ciosas € sem emoca0. Mas hoje, pelo menos no que se refere ‘a elas, sinto-me entrar numa scgunda infancia.” Dividido entre seu interesse pela estimulagao elétrica do crescimento das plantas ¢ seus projetos de comunicagao in- terestelar, Lawrence sente que, a longo prazo, seu esforco para contatar vida extraterrestre € mais importante, pois, “se resultados concretos forem obtidos nesse campo, muitas ques- tes relativas ao reino vegetal poderao ser respondidas como conseqiléncia”. Em 5 de junho de 1973, a divisao de pesquisas da insti- tuigao Anchor College of Truth, em San Bernardino, anun- ciou a inauguracao, do primeira observatério de comunicagdes interestelares de tipo bioldgico do mundo, dirigido por L. George Lawrence, agora também vice-presidente da entidade. Para o novo programa de pesquisas, Lawrence projetou o que ele mesmo chamou de “Stellartron”, que num instrumento de 3 toneladas combina as caracteristicas de um radioteles- cépio € o sistema bioldgico de captacdo de sinais da estacdo biodinamica de campo. © presidente da Anchor, Ed Johnson, comunicou a im- Drees. Ae, uma vez que a radioastronomia fracassara na caer de sinais inteligentes vindos do espaco, sua entidade i Yeu apolar o ponto de vista de Lawrence, qual seja, o fe que a radiotransmissao estava superada e era preciso tentar 4 comunicacao biolégica, Hits ee que s6 em nossa galaxia ha cerca de 200 oa le estrelas, Lawrence calcula que, presumindo-se que a ans delas tenha pelo menos cinco planetas acompanhan- = J@ por conseqiiéncia um total de 1 trilhd dupiwircl le | trilhdo de planetas “sponiveis para estudo. Mesmo se um $6 pl ; vida inteligente, o tata, im $6 planeta em mil tem um bilhao. Multi Nicand apenas em nossa galaxia, chegard a ; Plicando-se esse ntimero pelos 10 bilhGes de explosdo de conhecimento. “Dada ar a rans, iz ele, “podemos pre aa y roregnada de amor ¢ compaixao do que said f “Talvez 08 versace gxtrnbectpacs#4)8°2 as p wrence, “pois elas transforma elie mumt habitat adequado pata 9 homen, processos que se avizinham da mais perfeita magica. O que resta a ser feito agora € eliminar todos os vestigios de acul- fismo e converter as respostas das plantas, nisso incluidos os fendmenos de comunicagao, num componente veri el da fisica orlodoxa, Nossos conceitos de instrumentacao refletem esse esforgo.” Se Lawrence segue a pista certa, as engenhosas ferragens produzidas ¢ montadas com tal empenho para conduzir o homem a yastidio do espago interestelar em viagens intré- pidas de descoberta poderdo se tomar tao obsoletas quanto a nau capitinea de Colombo, a Santa Maria. As pesquisas de Lawrence, sugerindo que as inteligéncias se comunicam ins- tantancamente alravés de distancias que requerem milhoes de anos-luz para serem transpostas, indicam que o que se faz necessirio para contaté-las ndo sio naves espaciai: sim os “nimeros telefénicos” corretos. Embora scu trabalho ainda se encontre em fase exploratdria, sua estagao biodina- mica de campo pode significar um passo a frente para que em breve alcancemos © painel de comando do universo, con- tando com a cooperagao alegre, bonita ¢ eficiente das plantas. Oltimas descobertas soviéticas Na Unido Soviética, milhoes de leitores tomaram conhe- {os a0 homem, em outubro de 1970, quando o Pravda pul cou vA intitulado “O que as folhas nos dizem". Lens falam, chegam mesmo a gritar’, declarou 0 as oo A emer t Ipa: a dor em siléncio é apen aparente.” O re do Pravda, V. Tchertkoy, relatava nestes termos 0 que Pudera presenciar em Moscou, durante uma aboratério de Climas Artificiais da famosa Aca- azev de Ciéncias Agricolas: visita a0 demia Tu Um pé de cevada gritow literalmente diante de mim quando suas raizes Joram merguthadas em dgua quente. De faio, a “vor” da planta foi registrada por um aparetho ele- syanico extremamente sensivel que revelava um "infindo vale de légrimas” numa larga faixa de papel. Como se tivesse per- dido o controle, a ponta responsdvel pelo grafico se mexia incessantemente e captava na esteira em branco a agonia da planta. Olhando para esta, porém, ninguém poderia suspeitar o que de fato se passava. Enquanto suas folhas, verdes como de hdbito, se mantinham eretas, 0 “organismo” da planta pouco a poco morria. Era algum tipo de células “cerebrais” que, de dentro dela, nos transmitia essa verdade. O repérter do Pravda entrevistou também o Prof. Ivan Isidorovitch Gunar, chefe do Departamento de Fisiologia Vegetal da academia, o qual, juntamente com sua equipe, levara a cabo centenas de experiéncias, todas elas confirma- doras da presenga de impulsos elétricos nas plantas similares aos conhecidos impulsos nervosos do homem. O artigo do Pravda assinalava que Gunar falava de plantas como se fa- lasse de pessoas, referindo-se a seus habitos individuais, ca- Facteristicas ¢ propensGes. “Até parece que ele conversa com elas”, escreveu Tchertkov, “e minha impressio é que as plan- tas dao atengio a esse homem bondoso e experiente. S6 as pessoas dotadas de certo poder sdo assim. J4 ouvi falar de um Piloto de provas que repreendia seu avido, quando este se comportava mal, e eu mesmo conheci um velho capitao que eon com seu navio.” . Quando o repérter do Pravda perguntow ao principal assistente de Gunar, um ex-engenheiro, por que ele pe a feenologia pelo trabalho no laboratério, Leonid A. Panichkin Tespondeu: “Bem, eu antes mexia apenas com metalurgia; agora mexo com a vida". Seu ponto de vista foi ratificado por atid vem membro da equipe, Tatiana Tsimbalist, que desde que nas eprendera a ver a natureza com outros olhos” ose que passara a trabalhar com Gunar. coca declarou estar particularmente interessado em dades pene que melhor correspondam as necessi- plantas € como “nossos amigos verdes” 7 ‘ réprio reporter do Pravda — segundo a create sand pad ldmpada especial de reagem & See ‘4 dos raios solares que atingem a Terra, intensidade 1d¢ ‘ao de notar que as plantas se cansam depois ele ja tivera. pea Os tém necessidade de repouso a noite, de um dia Dee Eis dia seja possivel as plantas ligar ¢ des- feck ee ‘as luzes de uma estufa, como “um relé elétrico i : vivo’ c wipe de Gunar sao capazes de abrir 7 - Chale i cultivo de plantas, pois em seu ante se descobriu que espécimes mais resistentes ao aa ao frio e a outros fatores climaticos podem ser “sele- cionados” cm minutos — por um teste cm seus: aparelhos = revolucionando assim o trabalho dos gencticistas, que, até entao, levavam anos para chegar aos mesmos resultados. No verio de 1971, visitou a Russia uma deleg: ‘Associagao para a Pesquisa ¢ o Esclarecimento, fundada pelo vidente ¢ curandeiro Edgar Cayce em Virginia Beach, na Virginia, Os americanos — quatro médicos, dois psicdlogos, um fisico ¢ dois educadores — tiveram oportunidade de assis- tir a um filme de Panichkin intitulado Sao as plantas sen- cientes? O filme demonstrava os efeitos produzidos sobre as plantas por fatores ambientais como a luz solar, o vento, as nuvens, a escuridio da noite, os estimulos tateis de abelhas € moscas, os danos do fogo ou de produtos quimicos — € mesmo o esforga de uma trepadeira para se agarrar a uma estrutura vizinha. A outra altura, o filme mostrava que @ imersio de uma planta em vapor de cloroférmio elimina 4 vibtagia biopotencial caracteristica que se revela normalmen- te quando uma folha recebe um golpe brusco, informando que ©s russos agora estudam as peculiaridades dessas vibra~ goes para estabelecer o grau relative de satide de uma planta. Mecal doe membros da delegagao americana, o Dr. William de Cand chefs do centro de pesquisas médicas da associagio a ase de Bu wba nix, Arizona, declarou em seu relatério que ‘Mais intrigante havia no filme era a método usado ee 9s dados. Alheia ao tempo, a fotografia parecia anne Fail © crescimento das plantas. As flores eo como eee ‘induzidas lento 4 parte. Todas as mudant alta, preci eee registradas por um poligrafo de 8 le 1972, um jornal suigo publicado em Zurique, ae wlan ca matéria sobre os trabalhos de Backster e Gunar, afirmando que eles se haviam processado simultanea ¢ independentemente. Na mesm: semana com titulo de “O mundo maravilhoso das plantas” 10 artigo suigo foi traduzido em russo por Za Rubejom (A Caminho), uma resenha semanal da imprensa estrangeira publicada em Mos- cou pela Unido de Jornalistas da urss. No dizer da versdo russa, 08 cientistas em pauta sugeriam que “as plantas rece- bem sinais € 0S transmitem por canais especiais a um centro determinado, onde processam a informagao e preparam rea- goes de resposta. Esse centro nervoso podera estar localizado tm tecidos radiculares que se expandem e contraem como os miusculos cardiacos do homem. As experiéncias demonstram que as plantas tém um ritmo vital definido ¢ morrem quando thes faltam periodos regulares de repouso”. O artigo do Weltwoche também despertou a atengado dos editores do jornal moscovita Izvéstia, que destacaram 0 re- porter M. Matigiev para escrever uma matéria a respeito, destinada ao suplemento semanal. Referindo-se as sugestoes feitas por Backster de que as plantas tenham talvez uma me- méria, uma linguagem ¢ mesmo alguns rudimentos de altruis- mo, © jornalista omitiu, no entanto, estranhamente, a mais extraordinaria descoberta do pesquisador americana — a de que um filodendro percebera sua intengao de the fazer mal. Garantindo a seus leitores que “os jornais ocidentais estavam fazendo sensagdo”, o repérter Mati¢iey viajou a Leningrado, onde, a fim de obter uma opiniao abalizada, en- trevistou Vladimir Grig6rievitch Karamdnov, diretor do Labo- tatério de Biocibernética do Instituto de Agrofisica. © Instituto de Agrofisica foi fundado ha mais de qua- ‘enta anos por empenho do famoso fisico Abram Fiddorovitch Toffe, que no decorrer de i mente interessado rol ae trabalho se tornou particular- Bese predutine la aplicacao pritica da fisica 4 concepeio tura, ze primeira na industria, depois na agricul- j pos a instalagao do instituto, Karamanov, enti ea . foi estimulado por Loft Raeaeeoean © mundo dos semicondato as e a familiarizar-se com momento ae res da cibernética, dando i no metros de cee _ montagem de microtermistores, tensid- =e utros aparelhos para registrar a tempera- caules © : ee de escoamento de fluidos por seus de sua transpiragao, seus indices 79 risticas de sua radiacao. Em breve, see oe esedes detalhadss, sabendo quando um; ee agua — e em que quantidade —, quando ae reais alimentos. quando se sente fria ou quente de- deseja mer imeiro mimero das Memorias da Academia de iene au PURSS de 1959, Karamanov publicava um ensaio; Se es da automacao © da cibernética a0 plantio de lavouras”, : , érter do /zvéstia, Karamanov mostrara Ce eee te feijio comum tinha adquiride algo que equ ; Jia a “maos” para assinalar a um sérebro instrumental a De akdede ‘de luz que the era necesséria. Quando o cérebro can os sinais recebidos, “as mos tinham apenas de apertar um interruptor, © assim se eoncedia 4 planta a capa- cidade de estabelecer independentemente a duragdo dtima de seu dia e sua noite”. Mais tarde, o mesmo pé de feijdo, tendo adquirido também o equivalente a “pernas’, foi capaz de assinalar instrumentalmente os momentos em que precisava de Agua, “Revelando-se um perfeito ser racional”, prosseguia a deserigao, “ele nao bebia indiscriminadamente, mas se limi- tava a um sorvo de dois minutos por hora, regulando assim, com a ajuda de um mecanismo artificial, sua necessidade de ae conclusio do repérter do Izvéstia foi a de que “isso era uma genuina sensagao técnica ¢ cientifica, uma clara demonstragio das possibilidades técnicas do homem do sé- culo xx, Perguntando se Backster tinha a seu ver descoberto al- guma coisa nova, Karamanov respondeu condescendentemen- te: “De jeito nenhum. E uma verdade tao velha quanto 0 mundo que as plantas sio capazes de perceber o ambiente que as rodeia. Sem percepgdo, a adaptagio nao existe nem pode existir. As plantas pereceriam inevitavelmente, caso 180 livessem drgios sensbrios, bem como um meio de transmilir ¢ Processar informagao com sua propria linguagem e memoria”. Karamanov, que durante toda a entrevista nao fez um 86 comentario sobre a capacidade das plantas em perceber 05 Pensamentos © emogées humanos — a descoberta realmente Sensacional de Backster — e que parecia esquecer-sé do su cesso desse em levar um filodendro a reconhecer um “assas- sino de ', Comentou retoricamente com o repérter 40 Jevéstia: “Podem as plantas distinguir formas? Podem eles por exemplo, cstabelecer diferenca entre um homem que as fnachuca € um homem que as rega?” Respondendo a sua pré- pria pergunta, ao mesmo tempo em que enquadrava Backster no que a Seu ver seria uma perspectiva adequada para os leitores soviéticos, Karamdnov disse: “Ainda nao sci o que dizer a respeito. ao porque duvide de que as experiéncias de Backster tenham sido realiza € repetidas com propriedade, embora uma porta batendo, uma corrente de ar na sala, qual- quer coisa do género possa ter interferido nelas. O fato é que nem ele, nem nés, nem ninguém mais no mundo jé esta em condigdes de decifrar todas as respostas das plantas, ouvir e compreender o que elas dizem entre si ou o que exclamam para nés”. Karamanoy previu ainda que ser possivel, a longo pra- zo, dirigir ciberneticamente todos os processos fisiolégicos vegetais, “ndo para causar ", segundo suas proprias palavras, “mas sim em beneficio das proprias plantas”, Tao logo elas se tornem capazes de auto-regular seu meio ambiente ¢ estabelecer as condigoes Gtimas para seu crescimento, com a ajuda de instrumentos eletronicas, teremos dado um passo decisive para a conquista de mi: 8 safras de cereais, legu- mes e frutas. Deixando claro que tais conquistas se acham, porém, longe de nés, Karamanov acrescentou: “Ainda nao estamos aprendendo a conversar com as plantas ¢ a com- preender sua linguagem peculiar. Estamos desenvolvendo cri- térios que nos ajudarao a controlar sua vida. Ao longo desse caminho dificil, mas fascinante, ha uma infinidade de sur- Presas 4 nossa espera”. © artigo do Izvéstia foi seguido, no mesmo verao, por ‘outro da revista mensal Natika i Religuia (Ciéncia e Reli- Sido), que tem o duplo objetivo de dar guarida as ultimas descobertas da ciéncia mundial ¢ minimizar — numa segdo chamada Teoria ¢ Pratica do Ateismo — a nocao sustentada faa dareia de um mundo espiritual hierarquicamente além do a. Indo mais longe que 9 suplemento semanal do Izvéstia, Pee artigo, o engenheiro A. Merkiloy, informava que a Planta do “criminologista americano” Backster reagira nao apenas a ort escaldante de camardes, mas também ao as- © ee of Um vegetal vizinho. Outras Tespostas a estados (eeeetnto humano, acrescentava Merktlov, tinham sido de- na Universidade de Alma Ata, capital da Republica 81 Casaquistho, a terra das macs sone Rare = jantas”, profetizava ele, “o homem poderd criar mecanismos Gfenustas, ai, indicavam que $ ee aint oni Fitomaticos que se encarreguem de fiscalizar as lavouras, x ¢ aos estados eer | ceiatenese atendendo no momento oportuno a todas as necessidades das otando que de ha muito s¢ a, Markie jantas. Também nao esta longe o dia em que os cientistas “memoria vegetal de alcance 1 ites cone £. sentirdo capazes de formular uma teoria sobre a adaptagao Sens eo ea eee aaa ieee fens ¢ a resisténcia das plantas a condigdes ambientais desfavora- uma “instrugao” adequada, feijoes Seis, teoria essa que ha de abranger sua reacio a irritantes, lo € o trig, ae ae inch bem como a estimulantes ¢ herbicidas.” a freqiiéncia dos flashes de uma lampada No final de 1972, os leitores soviéticos foram brindados E com mais uma porgio de idéias novas, gracas ao artigo “A de lem Fra com uma “exatidao excepcional”, a een ‘as plantas repetiam as pulsagdes; e, flor recorda”’, divulgado pela revista ilustrada Zndnia Sila segundo (Saber é Poder), uma das muitas publicadas pela Socie- frequén- raminculo se mostrara capaz de repetir uma freq) moe de dezoito horas, tornava-se agora hecho ree cia dada apés uma pausa dade do Conhecimento, a mais importante entidade para a popularizacdo da ciéncia na rss. Dessa vez, 0 autor nao era ee meméria vegetal “de longo alcance”, Pees Merkélov informava ainda que os cientistas tinham se um jomalista avido de novidades, nem um inspirado enge- nheiro, mas sim um professor e doutor em ciéncias psicolé- js em condicionar um filodendro a reconhe- ra posto a seu lado um fragmento de rocha as, V. N. Piichkin. Longe de sugerir que o criminologista ye o sistema ao qual Péviov soba Lentils Backster nada Aeceabrie de one Puchkin oe descoberta oe reflexo ne Soe o ava com uma completa descrigao da experiéncia de Backster tao “puniam ny oak ee com os camardes. A seguir, comunicava a seus leitores que um choque 20 mesmo tempo em que saa oe oe fora um de seus jovens colegas, V. M. Fetissov, que! minério eseolhido, Comunicaram que, depois de condicions. primeiro o notificara das experiéncias de Backster. Absolu- da, a mesma planta, am jpando-se ao cl a ae aan tamente determinado a trabalhar com o “efeito Backster”, pum 9 de “intrangiilidade oe mikes dante, ee Fetissov — apanhando em casa um vaso de gerinio comum bloco de minério era colocado ea ee ¢ ligando-o a um encefalografo — acabara por persuadir os cientistas do Casaquistio, _ St eee coakaae Puchkin a se associar a cle em suas primeiras experiéncias. ae pr eum Lee a arec algal Mal iniciadas as tentativas para obter uma resposta da oe eee u ai pai proldaica: Planta, Guedrgui Anguchev — um estudante bilgaro que pre- Merkilov concluia sua reportagem com a idéia de que ee rea dissertagao psicolégica para o Instituto 0 comirole de todos os processos do crescimento vegetal era cias de Feti nin, em Moscou — ouviu falar das experién- poriw fh fe (eda a mca expermmcatacio.. Num ine a yoo, e Puchkin, acorrendo a seu laboratério para tuto de fisica na cidade siberiana de Krasnoiarsk — escreveu Bere ee: Pechkin descrevet: Anguchev como cle — “os cientistas j4 regulam, neste exato momento, 0 cres- Near oS cae eu eee qualidades, — : aoe : : én 3 = experiéncias “psi - aa marinha unicelular Chlorella. As expe nicas”, como ele proprio as chamava — o fato de ser um zada House” ¢ Piichkin presumiam que uma pessoa hipnoti- an Soe acne ioe a uma planta muito direta spontaneamente do que uma pessoa em estado nomal. Hipnotizando Tania, uma moga dotada, miedo de Plichkin, “de temperamento vivo € © espontinea”, introjetaram-the a idéia de que cra cer quando cperalizat wo i 83 is, a de que um do ¢, depois, a js bonitas do mun \da a um ence- dias mulheres mals BOT corpo. A planta, lst O gralico a {rio golido Case BT Com um pada ae eo Todas as ten- talgrafo, TPN ado de expirio de To quando. as cada mut ma reagdo et achkin. tativas nos era re arbitrérias”» comentou Fi planta po- vrdens eram told jticas de que @ Tespos : J ‘Para afastar 28 exit sada por fatos alheios ocor ter sid v scovitas ligaram seu enc! derta ta sala, os psicblogos mo mento por longos periodos fa ¢ deixaram-no eae ‘9 aparelho nunca registrou reagGes entre as aes na planta pelas emogoes sugeridas 4 andloges 48 despe moa Hip sav decidiram entao verificar se, como ‘i detectar uma Janta poderia de fato Backster apregoara, 4 P a dmero qual- ES ue pensasse num num entra, Sugeriu-se a Tinie @ epasse a reveli-lo, mesmo per entre Le Oe a pes tl adores sempre ouviam um cuando insta. Ain. CE Pett devagar de um a de iO ‘Tania qual o numero que ela mantinha em Pe eles a foram capazes de perceber qualquer dife- oe voates, mas a planta demonstrou uma reagao es eatin em seu estado interno quando o numero aa eens esse era, com efeito, o ntimero que Tania escolh prometera nao revelar. 4 ; rasa Se ates, Puchkin declarou acreditar piamen- te que, dando-se continuidade ao caminho aberto por Backster, seria possivel fazer avangos no intrincado problema do fun- cionamenta do cérebro humano, que Pavlov, ha mais de m século atris, chamara de “a causa da natureza terrestr Aproveitando a ocasido para uma tirada politica, Puchkin lembrava aos que eventualmente olhassem com desconfianga para suas novas pesquisas com Fetissov que, na instalagio do Instituto de Psicologia de Moscou, em 1914, Pavloy tinha declarado que a tarefa de desvendar os mistérios do cérebro e sua atividade era “to incalculavelmente grande e complex que dependia da totalidade dos recursos do pensamento, quais sejam, uma completa liberdade ¢ um ousado afastamento dos estabelecidos de juisa”. ido-se em Pavlov para se defender dos ataques de profissio, com os quais contava, Puchkin a declaracao do renomado fisiologista conti- 5 1972 quanto no momento em cee E ae Aap nelnae serpeay wonlivid asetereas gue ou. “A experiencia no desenvolvimento das ciéncias na- sie especialmente a fisica, demonstrou que nao devemos temer as novas descobertas, por mais paradoxais que elas . rimeira vi Se teat: moscovita admitiu ainda que as células ve- etais da flor reagem a processos ocorridos no sistema ner- yoso de seres humanos — ou o que vagamente se define como seus “estados emocionais”. No encalgo de um significado para ‘a teagac da flor, Puchkin escreveu: “Talvez entre esses dois sistemas de informagées, as células vegetais ¢ o sistema ner- yoso, exista um vinculo especifico. A linguagem da célula vegetal pode estar relacionada com a da célula nervosa, Em- bora totalmente diversas, essas c€lulas vivas parecem capazes de se compreender mutuamente”. Em suas teorizagOes, Puichkin chegaria também a afirmar gue nas células de uma flor ocorrem pracessos de certo modo relacionados com a mentacao, ¢ que a psique do homem — palayra que a seu ver nem mesmo os especialistas de sua propria disciplina conseguiram definir com precisio —, bem como a petcepgao, o pensamento e a memoria a ela conec- tados so apenas uma especializacao de processos existentes ao nivel das células vegetais. No entender de Pichkin, essa ultima conclusao é de importancia basica, podendo inaugurar uma nova linha de pensamento sobre a origem do sistema nervoso. Assinalando que, no desenvolvimento da ciéncia, diferentes respostas fo- ram dadas para constituir tudo o que o homem traz no pen- samento, Ptichkin passou em revista varias teorias, desde a que sustenta que as células nervosas sido elementos de um computador cibernético vivo até a que Sugere que nfo sao as células, mas sim as moléculas de matéria que contém, que Constituem as unidades informacionais basicas, Ao se fazer a pergunta: “O que realmente irrita a flor?”, a ees, a hipétese de que poderia ser algum tipo de estrutura Isica, cuja ejecao além dos confins do orga- a € no momento em que um estado emo- ‘sional poe € atingido, eoidianda inorsacso sobre a Yenha, ae 4 responsdvel. Independentemente do que se “hs no » continuava Pichkin, uma coisa é certa: Pesquisas sobre o inter-relacionamento da planta e do 85

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