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13 lições do budismo no filme Doutor Estranho

Toda história contém alguns ensinamentos, algo que podemos tirar para pensar sobre e trazer para nossa vida.
Quando assisti o filme Doutor Estranho (Doctor Strange, EUA, 2016), além dos efeitos especiais estonteantes,
reparei que existem diversas referências ao budismo, lições que podemos usar em nosso dia a dia para termos
mais paz, energia e equilíbrio.

1-Nenhum conhecimento é proibido, apenas algumas práticas são

Quando o Doutor Estranho (Stephen Strange) está pesquisando na Biblioteca, ele se interessa por alguns livros
que estão guardados ali de maneira especial. Mestre Wong diz a eles que são para magos com altíssimo
conhecimento. Doutor Estranho pergunta se eles eram proibidos, então Mestre Wong responde: ”Aqui, nenhum
conhecimento é proibido, apenas algumas práticas são”.

O ponto central então não é o saber, mas ter o discernimento sobre de que forma utilizar o que se conhece,
especialmente por causa das consequência que todo ato gera. Essa forma de saber o que fazer vem com o estudo
e a experiência. É como se uma pessoa desse a receita para fazer um explosivo para uma criança: ela até
conseguiria reproduzir os passos, porém não teria condições para saber como utilizar esse explosivo e talvez isso
coloque em risco a vida de outras pessoas (e a sua própria). Daí a importância de ter um guia, um orientador em
sua jornada pelo conhecimento, que de forma consistente vai conduzindo o aprendiz, de um lugar escuro para a
iluminação.

2-Interesse particular x interesse coletivo

Doutor Estranho vai até Katmandu, capital do Nepal, atrás da cura para suas mãos danificadas por um grave
acidente de carro, por indicação de Jonathan Pangborn, um paraplégico desenganado pela medicina que
consegue uma cura milagrosa de forma misteriosa.

Pangborn diz que obteve a transformação que o tornou capaz de voltar a andar em um lugar chamado Kamar-Taj,
mas que para conseguir isso, teve que pagar um alto preço e fazer uma escolha.

No decorrer do filme, Doutor Estranho descobre que a cura vem pela canalização de seus poderes mágicos e a
partir de então, tem uma decisão a tomar: ele pode usar o que sabe para curar suas mãos e voltar para sua vida
normal, ou então usar seu poder para proteger a Terra.

Quando chegamos em um nível de capacidade e poder pessoal, nos vemos na mesma situação: podemos utilizar
o que sabemos e temos para nosso benefício ou então canalizar isso para um bem maior. Os budistas chamam de
bodisatva as pessoas que vivem para acabar com o sofrimento dos outros seres, indivíduos que estão prestes a se
tornar um buda, mas que adiam sua saída do sofrimento humano para aprofundar sua compaixão com a
humanidade e ajudar na evolução de outros.

Buscando a felicidade
É, naturalmente, uma escolha absolutamente pessoal e o caminho solitário e individualista sempre é uma opção e
deve ser respeitada. Porém é possível perceber que ao buscar apenas os interesses pessoais, não raro vemos
pessoas entristecidas, com a sensação de que algo falta em suas vidas, pessoas angustiadas ou deprimidas, que
aprofundam seus sintomas com mais daquilo que as faz sofrer. Se buscar proteger e alimentar o ‘eu’ fosse o
caminho para a felicidade, a maioria das pessoas já seriam felizes.

Por outro lado, quando uma pessoa tem um equilíbrio entre os mundos interior e exterior, tem a percepção de
pertencimento a uma ordem superior, percebe o impacto positivo de seus pensamentos e escolhas na vida de
outros seres e sem livra do apego e do desejo pessoal em prol do bem coletivo, esse indivíduo transcende as
satisfações momentâneas e passageiras e passa a experimentar uma sensação de êxtase profundo e conexão
com o Todo.

3-Não importa o quão forte você seja, se está revivendo o passado é um prisioneiro

Dormammu, o grande vilão do filme, é uma entidade vinda da Dimensão Negra e que no final do filme está prestes
a corromper a Terra. A grande sacada do Doutor Estranho para derrotar essa criatura foi ficar presa com ela um
loop temporal até que conseguisse fazer um acordo, deixando a Terra em paz.

Não importava quantas vezes Dormammu matasse o Doutor Estranho, o tempo sempre voltava e voltava… até
que um hora o vilão percebeu que tinha caído em uma armadilha e que estava preso nessa lógica. Assim se deu
por vencido.
Na nossa vida, quando nos vemos lembrando e lembrando de alguma coisa que nos aconteceu no passado, isso
também nos torna prisioneiros, paralisa nossas ações no presente e nos impede de seguirmos nossa vida.

O grande lance é que nos entristecemos quando estamos presos no passado: se alguma coisa boa nos aconteceu,
ficamos tristes porque não temos mais aquilo; se algo ruim aconteceu, nos entristecemos porque fomos
acometidos por aquela maldade. De qualquer forma perdemos.

O único caminho é estarmos com nossa mente focada no eterno presente e não deixar a nossa mente congelada
em algum período no tempo que já passou. Não existem oportunidades no passado.

4-Não conseguimos ver o futuro, apenas possibilidades

No discurso final da Anciã com o Doutor Estranho, ela diz que não conseguia ver o futuro dele, apenas
possibilidades. Isso mostra a crença de que nós moldamos nosso futuro a partir de nossas escolhas. Assim sendo,
não somos prisioneiros de um destino imutável, mas sim, temos poder sobre o desfecho de nossas vidas e de
nosso caminho.

Isso é ao mesmo tempo incrível e assustador, porque nos confere responsabilidade sobre aquilo que fazemos. Não
existe uma força superior que irá nos recompensar por algo bom que fizemos, nem corrigir nossos atos ou nos
punir por algo que fizemos de errado, apenas consequências (causa e efeito).

Coisas boas geram resultados bons e coisas ruins geram resultados ruins. Esse é o princípio do carma.

Assim, quando olhamos para o futuro, existem caminhos possíveis que, dependendo de nossas escolhas, das
escolhas de outras pessoas e também de uma série de outras variáveis que não controlamos (e nem fazemos
ideia de que existem). De forma geral, os fatos que aparecem em nosso futuro, estão relacionados com nossas
escolhas e com o acaso. Possibilidades.

5-Orgulho e medo corrompem

Muitas ações são motivadas pelo orgulho e/ou pelo medo. Esses são dois motivadores de baixa energia, porém
com alta potência. O orgulho está relacionado com a alimentação do ego, com uma percepção de merecimento e
com uma necessidade de comparação com as outras pessoas. Nesse caso existe uma falsa percepção de ‘eu’, de
um indivíduo que, por definição, está separado do que está ao seu redor.

O medo também está relacionado com o ego, ele vem quando uma pessoa está diante de alguma coisa que não
conhece ou não compreende. Assim como uma criança quando está em um quarto escuro, vê a porta do armário
entreaberta e fica com medo porque não entende o que está acontecendo ali.

Normalmente o medo gera a reação de paralisia ou fuga. Sentir medo trouxe uma proteção evolutiva para o ser
humano, porque o manteve cauteloso com relação ao desconhecido, sendo um antídoto para sua curiosidade
inata. A questão é que aquilo que funcionou no tempo das cavernas, pode não funcionar muito bem em algumas
situações nos dias de hoje.

Base das decisões


Orgulho e medo são duas motivações que muitas vezes levam a decisões morais questionáveis ou que não tem a
ver com quem a pessoa verdadeiramente é ou deseja em sua vida. Empregos, casamentos, amizades, compras
etc. baseados em orgulho ou medo, são estéreis, rasos e não trazem a verdadeira felicidade, porque não foram
escolhidos com o que existe de mais puro e intenso de uma pessoa, mas sim com o ego.

E como o ego precisa se alimentar continuamente, quando essa pessoa se vê infeliz, faz o que está acostumada a
fazer: toma outras decisões baseadas em seu orgulho ou seu medo.

Como são emoções que envolvem crenças e percepções muito profundas em uma pessoa, elas se não estão bem
trabalhadas, podem se sobrepor na hora da tomada de decisão, passando por cima de princípios, de outras
pessoas e até mesmo dos reais interesses de quem está decidindo.

O ponto central é: muitas vezes as pessoas pagam preços altos demais por causa do orgulho ou do medo.

6-O intelecto faz chegar longe na vida, mas limita a grandeza do Ser

Sempre temos a oportunidade de abrir os olhos da alma e despertar para uma consciência mais ampla, esse é o
simbolismo do terceiro olho localizado no sexto chackra.
Quando a Anciã está treinando o Doutor Estranho ela o questiona sobre o quanto a sua razão contribui em sua
vida. Ele diz que foi com seu intelecto superior, especialmente sua memória fotográfica, que ele conseguiu seu
sucesso profissional enquanto neurocirurgião.

Ela então diz que sua porção intelectual realmente trouxe isso para ele, mas que também o limitava. Isso porque
para entrar em contato com outras realidade e manipulá-la ele precisava ir além de seu racional. Teria que
transcender seu impulso de compreender, catalogar e julgar as coisas.

Explorando os planos
O plano físico compreendemos separando, dando adjetivos. Ao dizer que algo tem certa característica, estamos
dizendo automaticamente que não tem nenhuma outra que não aquela. Por exemplo, quando dizemos que algo é
redondo, também estamos informando que ele não é quadrado, ele não é oval etc.

Porém, quando tratamos do plano espiritual, não é possível compreender dessa forma. Só podemos compreender
integrando. Pensemos em Deus, Ele compreende em si tudo que existe na Universo. Se Ele é tudo, então ele é ao
mesmo tempo redondo, quadrado, oval e por aí em diante. Nossa mente segmentária não consegue conceber algo
assim. Por isso precisamos de outros recursos e um deles é nossa intuição.

“E o tesouro de vossas profundezas ilimitadas precisa revelar-se a vossos olhos. Mas não useis balanças para
pesar vossos tesouros desconhecidos; E não procureis explorar as profundidades de vosso conhecimento com
uma vara ou uma sonda, Porque o Eu é um mar sem limites e sem medidas.” – Gibran Kahlil Gibran, em O Profeta

Isso nos traz um alerta para áreas sutis de vida que devemos manter afastada o nosso impulso de pensar sobre o
que está na nossa frente. Deixemos simplesmente fluir, sentir, viver aquele momento, entrar em contato mais
profundo com todo nosso ser, e não apenas com uma parte que pensa de nosso cérebro.

Quando estamos em contato com alguém que amamos, com a Natureza, com um animal, com nossa intuição, com
as artes, com a espiritualidade, simplesmente estejamos presentes ali, sem a pretensão de entender, sem a
necessidade de controle ou posse. Simplesmente deixando vir as sensações e as deixando ir. Então, como em um
passe de mágica, estaremos integrados.

Nota: Os processos iniciáticos estão relacionados justamente a esse despertar, daí a utilização frequente da
imagem do olho em diversos símbolos ocultistas.

7-Treine como se sua vida dependesse disso, porque um dia talvez dependa

Durante um treinamento com Barão Mordo, Doutor Estranho é ensinado que sua postura no treino deve ser como
se estivesse na vida real.

O budismo tem um apreço enorme pelo estudo e pela prática constante. Quando estamos desenvolvendo alguma
habilidade é fundamental que tenhamos seriedade e comprometimento durante esse processo. Treinar sem dar a
devida importância para aquilo e sem dar o seu melhor, como se fosse de verdade, resulta em pouco ou nenhum
ganho.

Quando estiver estudando para uma prova, treinando na autoescola, fazendo sua série de exercício na academia,
esteja plenamente conectado com aquilo que está fazendo, esteja presente. Faça tudo com afinco, amor e
dedicação, sendo que tudo que fizer, será muito bem feito, aproveitando ao máximo a oportunidade de se
desenvolver.

8-A persistência é a demonstração de comprometimento

Logo no começo do filme, depois do Doutor Estranho mostrar arrogância e desdém na conversa com a Anciã no
Kamar-Taj, ele vive uma experiência em contato com outros universos e ao voltar pede que ela o desenvolva.
Imediatamente a Anciã nega e o expulso do templo. Ele fica na porta por mais de 5 horas pedindo para ser aceito,
até que enfiem ele é admitido.

Um monge budista uma vez me disse que no Nepal, para verificar se um possível aprendiz estava realmente
interessado em ingressar na Ordem, o recusavam várias vezes e apenas aqueles candidatos que realmente
queriam entrar, que mostravam persistência e dedicação é que eram aceitos.

Assim também é na nossa vida. Quando queremos algo, um emprego ou namorar com alguém, não
necessariamente receberemos um ‘sim’ de cara. A verdade é que recebemos muitos ‘nãos’ na vida e nossa
capacidade de nos mantermos motivados, conectados e em movimento para conseguir o que desejamos é o que
nos faz conseguir o que queremos.

Quer aquele emprego dos sonhos? Vá atrás, coloque essa meta em sua mente e persiga até conseguir. Enquanto
for algo que nasce do fundo de sua alma, nenhuma negativa será mais forte do que seu sonho e de sua poderosa
visão de futuro. Persista!

9-Proteção das leis naturais

Doutor Estranho consegue encontrar alguns rituais poderosos de manipulação do tempo e utiliza um artefato
chamado Olho de Agamotto para retroceder ou avançar a passagem temporal de algum objeto ou pessoa.

Mestre Wong e Barão Mordo quando descobrem que ele conseguiu fazer essa manipulação do tempo com uma
maça, o repreendem dizendo que mudar o curso do tempo é uma quebra das leis naturais, que isso é
extremamente perigoso e que eles as protegem, não as quebram.

Compreender e aceitar as leis da natureza com leveza e apreciação é um dos preceitos do budismo. Os budistas
não lutam contra a natureza, mas sim utilizam sua força para que se fortalecerem.

Assim como barcos não lutam contra o vento, utilizam velas para usar seu poder para ganhar velocidade.

Nesse momento também temos a aceitação da passagem do tempo, sua linha única e indivisível, e seus ciclos
naturais de nascimento, vida e morte. Sem se rebelar ou julgar. O rio corre por um motivo, as nuvens estão acima
e a terra abaixo porque assim o são. Essas são as leis naturais.

10-Todo ato tem consequência

Ao romper as leis naturais, como vimos no item anterior, Doutor Estranho é alertado que tudo tem sua
consequência, e por ter realizado um ato ruim, contrário à ordem natural das coisas, ele haveria de se deparar,
cedo ou tarde, com as consequências de seu ato.

Essa é a essência do carma, princípio de causa e efeito para o bem ou para o mal. Para os budistas, a
identificação com o ego e as consequências negativas das atitudes e escolhas dos seres é que os mantém em
uma repetição constante de vidas e sofrimentos, a chamada samsara (que em sânscrito significa perambulação).

O objetivo budista é despertar a mente superior, sair da samsara e alcançar o nirvana, estado de libertação do ser.

Ao perceber o poder que suas ações possuem, uma pessoa passa a ter consciência da importância de suas
decisões, toma as rédeas de sua vida e se torna responsável por todas as experiências em sua vida, não existe a
quem culpar a não ser a si mesmo.

Se algo de bom ou ruim aconteceu com você a responsabilidade é inteiramente sua. Quer coisas boas em sua
vida? Faça coisas boas e em algum momento, algo de bom acontecerá de volta.

Essa percepção desperta a pessoa para o estado de controle e maturidade em sua vida, sem se deixar levar por
resmungos ou colocando a culpa em outras pessoas pelos infortúnios de sua vida. “Você me faz ficar triste” ou “Eu
teria muito sucesso se não fosse fulano” são exemplos de frases de pessoas que não se responsabilizam pelos
seus estados atuais.

Mesmo ações de outras pessoas, se elas aconteceram, de alguma forma nós interferimos em algo e geramos
aquela ação, consciente ou inconscientemente. Se não gosta do que está recebendo do mundo, veja o que está
emitindo, o mundo é um grande e mágico espelho.

11-Suas armas é que escolhem você

Barão Mordo em seu treinamento com o Doutor Estranho diz que existem algumas armas e armaduras mágicas
que possuem poder concentrado nelas, só que existe uma particularidade: são elas que escolhem quem as usará
o não o contrário.

O que você usa como extensão de sua vontade no mundo é aquilo que você atraiu com sua essência, seus atos e
seu conhecimento. Tudo aquilo que é usado por meio da força ou da imposição, é de alguma forma, transitório e
com pouco poder intrínseco.

Uma grande ilusão de poder.


Quando estiver se desenvolvendo, não se preocupe com os mecanismos de utilização de poder, com nomes ou
outra identificação do tipo, concentre-se em si, na sua evolução e os caminhos (e as armas) aparecerão.

Pode ser uma nova oportunidade de trabalho, um novo curso, uma experiência transformadora que trará para sua
vida uma nova condição de atuação, com mais capacidade de alteração do mundo.

Concentre-se em si, as formas de intervenção no mundo e os resultados virão naturalmente. Confie.

12-O poder pode ser canalizado de outras dimensões

Os magos do filme tem a capacidade de alterar a realidade, distorcer o espaço e criar elementos utilizando o poder
vindo de outras dimensões.

Em nossas vidas, podemos entender isso como sendo uma manipulação do que está além dos nossos sentidos.
Forças que não podemos perceber fisicamente, mas que de alguma forma interferem em nossas vidas. Intuição,
amor, plenitude, naturalidade e intenção, são exemplos de forças que estão entre nós, que nos motivam e geram
transformações mas que não podemos tocar ou ver.

Todas essas manifestações podem ser identificadas de diversas maneiras. No campo místico esse conjunto de
forças que não podemos perceber é chamado genericamente de energia.

Independentemente da classificação, quando conseguimos utilizar integralmente nossa mente (racional, emocional
e espiritual), temos condições de alterar realidades usando não apenas o que nossos cinco sentidos podem captar,
mas também camadas mais profundas da vida. Assim, conseguimos alterar realidades de forma profunda e para
um observador desavisado, mágica.

13-A lição mais importante e mais simples: Não existe o ‘eu’

Também no discurso final da Anciã para o Doutor Estranho, ela diz: “arrogância e medo impedem que você
aprenda a mais simples e significativa lição de todas: não é sobre você.”

Anatta, no idioma pali, significa literalmente “não eu” e é um dos conceitos fundamentais do budismo. Isso diz
respeito a uma crença da não existência de uma entidade vivendo dentro de nós chamada “eu”, imutável e
permanente, e que por isso estamos em constante estado de fluxo, de impermanência.

Para o budismo, a identificação com o “eu” é a fonte de todos os sofrimentos humanos. Daí vem o apego, o desejo,
o vício, a raiva e a tristeza, porque nascem de falsos julgamentos de merecimento de uma pessoa com relação à
sua vida e ao que está ao seu redor.

O “eu” surge quando existe uma falsa percepção de separação de si com relação aos outros e ao mundo que o
cerca. Tudo está unido.

Certa vez um mestre budista disse que as pessoas se veem como se fossem ilhas em um imenso oceano e o que
elas ignoram é o fato de que essas mesmas ilhas fazem parte de uma mesma cadeia de montanhas submersas e
que se tirássemos a água, sumiria essa percepção de que são coisas diferentes. Assim somos nós, imaginando
estarmos sozinhos, mas que no fundo, estamos todos conectados.

Somos um.

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