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CAPITULO III © Thomaz. W.M.

Harrell

CAPITULO III :
O Olho de Vidro
(O SISTEMA OPTICO DA CAMARA)

Fig 3.1

Imagem: Objetiva da primeira câmara Canon


Permissão de Canon

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AS OBJETIVAS © Thomaz. W.M. Harrell

1. LENTES OU OBJETIVAS? CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS OBJETIVAS

Uma questão frequentemente levantada até por profissio-


nais é quanto a nomenclatura; lente ou objetiva? Na verdade Toda objetiva tem certas características que determinam a sua
esses dois termos são hoje, intercambiaveis mas no estrito sen- utilidade para o uso na formação de imagens. As principais des-
so da palavra uma lente* é composta por um único elemento de tas características são :
vidro ou cristal e o seu formato determina como ela afeta os raios
de luz que nela incidem. De forma geral existem duas classes; as 1. Distância focal
lentes convergentes e as divergentes. Dentro dessas duas clases 2. Ângulo de cobertura
existem diversos formatos de lentes como as concavas,
3. Abertura relativa
biconcavas, plano-convexas e outras*( ver fig. 3.4).
As objetivas são compostas de diversos elementos em 4. Poder de cobertura
conjunto de forma a produzir imagens mais precisas e sem Veremos a seguir cada uma destas importantes
distorções. Na figura 3.2 vemos uma lente pois possui um único caracteristicas em maior detalhe e como uma objetiva forma uma
elemento. Já o desenho 3.3, representa uma objetiva uma vez imagem assim como essa imagem é o resultado desse conjunto de
que esta é composta de diversos elementos (lentes). caracteristicas.

2. O SISTEMA ÓPTICO: AS OBJETIVAS E O VISOR.

As objetivas tem a função primordial de formar a imagem


que será registrada no filme . O visor também faz parte do siste-
ma óptico de quase todas as câmaras modernas. Esse disposi-
tivo é de grande importância uma vez que é por ele que o fotó-
grafo pode ter uma idéia mais precisa do que será registrado no
filme. O sistema óptico portanto pode ser dividido nessas duas
funções:
1. O Sistema de Objetivas Principais, responsável pela
formação da imagem no filme.
2. O Sistema de Visão; um conjunto de lentes , espe-
Fig.3.2 DISTÂNCIA FOCAL DE UMA LENTE SIMPLES.Acima, vemos que a medida (linha
lhos e prismas utilizados para levar a imagem que será registra- vermelha) é feita do centro da lente até o ponto onde ela produz uma imagem
da no filme, até o visor da câmara. nítida (ponto focal). Uma lente biconvexa tem duas convexidades o que a fazem
ser uma lente positiva Uma lente com duas concavidades seria uma lente
biconcava ou uma lente negativa. existem ainda outros formatos (ver fig. 3.4)

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Corpo da objetiva Ponto focal da COMO A DISTÂNCIA FOCAL AFETA A IMAGEM


imagem Um dos fatores mais evidentes afetados pela distância focal
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da objetiva é a maneira como uma cena e representada . Nas foto-
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123456 123456 grafias abaixo feitas com objetivas de distâncias focais diferentes,
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vemos como o aspecto da cena muda radicalmente. A primeira foto-
LUZ
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grafia foi feita com uma objetiva grande angular 24 mm, a segunda
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123456 123456 com uma objetiva normal 50mm, a terceira com uma objetiva 100
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123456 mm e a seguinte com uma objetiva 200 mm . Para fazer a ultima foi
utilizada uma 300mm.
Elementos ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
opticos Distancia focal em milimetros.

FIG. 3.3. DISTÂNCIA FOCAL DE UMA OBJETIVA COMPLEXA.


Por definição a distância focal de uma objetiva complexa é medida
do seu centro optico até o ponto onde ela produz uma imagem nítida de um
objeto que se encontra no infinito (plano focal). Note-se que a objetiva
acima é composta de três elementos.

Acima: vemos como é medida a distância focal de uma obje-


tiva complexa e os diferentes elementos que a compõem. Abaixo:
vemos alguns formatos de elementos (lentes) utilizados em objeti-
vas. 24mm 50mm 100 mm
Formatos de lentes
3.4

Plano- convexa Bi-convexa Menisco-convexa


Lentes Convergentes
(positivas)

Lentes Divergentes
(negativas)
Plano-concava Bi-concava Concava-menisco

*Lente - Segundo o Dicionário da Fotografia.: As lentes são corpos transparen- 200mm 300mm
tes que servem para a reprodução optica de um objeto. São fabricadas com tipos Fig 3.5 As fotografias acima mostram como a distância focal da objetiva afeta
especiais de vidro e as suas superficies geralmente possuem um polimento
o angulo de cobertura e o tamanho da imagem formada . Todas foram tiradas
esférico concavo ou convexo. -
do mesmo ponto de vista. Fotos: Thomaz W. Mendoza Harrell 2005

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2. O ANGULO DE COBERTURA.
O ângulo de cobertura (ou ângulo de campo visual) de uma
objetiva refere-se a área que esta pode captar a sua frente. Objeti-
vas do tipo olho de peixe podem ter um angulo de cobertura de 180
graus por exemplo. Esta característica é determinada principalmente
pela distância focal da objetiva. Via de regra quanto menor a dis-
tância focal de uma objetiava maior será o seu ângulo de cobertu-
ra. Para melhor entender a questão do o ângulo de cobertura das
objetivas ver a ilustração abaixo e estudar detalhadamente as foto-
grafias na Figura 3.5. (Página anterior).
Angulo de Cobertura

Fig.3.6. ANGULO DE COBERTURA DE UMA OBJETIVA. A distância focal de


uma objetiva determina o ângulo com que esta poderá cobrir a cena . Este
fator é chamado de ANGULO DE COBERTURA. Via de regra as objetivas de peque-
na distância focal tem um grande angulo de cobertura e são genêricamente
chamadas de Grande-Angulares. As de distância focal longa são chamadas
de Tele-objetivas. As tele objetivas aproximam os objetos e tem um angulo de Fig. 3.7 A tabela de ângulos de cobertura acima mostra como objetivas de dife-
cobertura menor. Para melhor entender a relação entre ângulo de cobertura e rentes distâncias focais variam no seu angulo de cobertura. A tabela é um gráfico
o tamanho da imagem volte para a figura 3.5 da página anterior e compare cjuo objetivo e fornecer uma referência rápida dos diferentes angulos de cobertu-
com a tabela 3.7 angulos de cobertura. Pjoderá verificar-se que uma objetiva ra para objetivas de variadas distâncias focais. Notes-e por exemplo que uma
24 mm tem um ângulo de cobertura de 84 graus em quanto que a de 300mm é Fish Eye (Olho de peixe) tem um angulo de cobertura de 180 graus emquanto
apenas 8 graus. Isto significa que a distância focal é a melhor ferramenta a que uma objetiva de 1200mm tem um angulo de apenas 2.06 graus.
disposição do fotógrafo para determinar o que será incluido na fotografia e
como será a sua aparência ao espectador.

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3. A ABERTURA RELATIVA 3.1. O DIAFRAGMA

A abertura relativa de uma objetiva refere-se à capaci- A rigor o diafragma é um dispositivo e não uma caracteristica
dade máxima de transmissão de luz dessa objetiva. Uma obje- das objetivas porém hoje é impensável uma objetiva não possuir um
tiva que transmite muita luz é considerada “rápida” e uma que diafragma. O diafragma ou iris é o dispositivo utilizado para dimi-
transmite pouca luz é “lenta”, no jargão dos profissionais. nuir a quantidade de luz que passa pela objetiva. ( Na verdade o
diafragma é um dispositivo para diminuirmos o diâmetro efetivo
Esta capacidade é medida em pontos “f”. Chama-se de
abertura relativa por ser uma equação derivada de dois fatores:
a distância focal da objetiva dividida pelo diâmetro efetivo da mes-
ma (Ver quadro com formula abaixo).
Vejamos um exemplo: uma objetiva com distância focal de = f 2.8
100mm e um diâmetro efetivo de 50mm teria uma abertura relati-
va de f 2. Vemos portanto que o diametro efetivo de uma objetiva
torna-se um fator primordial para determinar quanta luz essa =f8
objetiva é capaz de transmitir. A formula é muito simples sendo
que divide-se a distância focal da objetiva pelo seu diametro efe-
tivo. ( Ver Fig. 3.8.) As objetivas que possuem um diametro efeti-
vo grande são mais utilizadas por fotografos de esporte e por = f 16
fotojornalistas pois permitem ao fotógrafo o uso de velocidades
maiores do obturador uma vez que possibilitam a fotografia com
Fig 3.9. A iris do olho humano regula a entrada de luz automatica-
luz em condições limitrofes. mente fechando ou abrindo de acordo com a quantidade de luz ambi-
ente. O diafragma ou iris de uma objeitva tem a mesma função e
permite regular a quantidade exata de luz que passará para o filme.
ABERTURA RELATIVA DE UMA OBJETIVA E OS
PONTOS 'f'
Distância Focal (DF) da objetiva). O diafragma ou iris de uma objetiva encontra a sua
= f (abertura relativa) melhor analogia na iris do olho humano.( veja fig 3.9).
Diâmetro Efetivo (DE) O funcionamento da iris ou diafragma
O diafragma ou iris é composto de uma série de folhas
Fig. 3.8.. Formula para determinar a abertura relativa de uma objetiva. Divi-
de-se a Distância Focal (DF) pelo Diametro Efetivo (DE). O resultado é a
metálicas sobrepostas. Quando o anel no corpo da objetiva marcan-
abertura relativa da objetiva. Este é fator que determina o numero “f” de do os pontos “f” é girado num sentido ou outro (ver fig. 3.10.) as fo-
maxima transmissão para a objetiva. lhas fecham ou abrem o diafragma alterando o tamanho do orifício
produzido. Este orifício regula a entrada de luz de acordo com o pon-

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to f marcado no anel da objeiva. As marcações mais comuns dos


pontos f em objetivas são as seguintes:
f 1.4, f 2.0 , f 2.4, f 3.5, f 4, f 5.6, f 8, f 11, f 16 e f 22.
É muito importante lembrarmos que cada "ponto" ou diafrag-
ma marcado na objetiva em ordem crescente representa uma redu-
ção da luz pela metade. Se fecharmos o diafragma de f4 para f8 por FOCO
exemplo, a redução de luz será de quatro ( 4x) e não de duas vezes
como seria a lógica. Isto acontece porque devemos lembrar que os
pontos “f” são derivados de uma equação (abertura relativa) e não
seguem uma lógica aritmética. Por este sistema, f4 que representa DIAFRAGMA
duas vezes mais luz que f5,6 e assim por diante.
Outro aspecto importante a ser lembrado é que os pontos “f”
representam (teóricamente) a mesma quantidade de luz para todas
as objetivas. Isto quer dizer que f 8 representa a mesma quantidade
de luz para uma tele-objetiva ou para uma grande angular.
Existem ainda outras razões de importância para reduzirmos
a abertura do diafragma, além de simplesmente controlar a quanti-
Fig. 3.10 O anel do diafragma numa objetiva e os números das aberturas em
dade de luz que por ele passa. Uma dessas considerações é que
pontos "f". Acima vemos o anel de foco com as distâncias. A tabela do meio
uma objetiva tem maior definição quando o diafragma está fechado indica as aberturas de profundidade de campo.No caso acima a objetiva está
aproximadamente pela metade. Isto acontece porque nessa abertu- focalizada para a dist6ancia de 7 metros com abertura de f 5.6.
ra estamos utilizando a parte central dos elementos, opticamente
mais perfeitos nessa região, e porque o diafragma tende a reduzir a 37).
difração dos raios de luz dentro da própria objetiva. Ainda outra con- Dica : Uma das sete chaves da fotografia é esta. O con-
sideração importante é que na medida em que o diafragma é fecha- trole de profundidade de campo mediante a regulagem das aber-
do a profundidade de campo aumenta progressivamente. O termo turas do diafragma constitui um dos recursos mais criativos da
profundidade de campo refere-se à capacidade de uma objetiva fotografia e qualquer fotografo sério deve estar bem familiarizado
de manter em foco objetos que se encontram além e aquem do as- com este recurso. Alem da abertura do diafragma, a pro-
sunto principal focalizado (Ver profundidade de campo páginas 34 & fundidade de campo é afetada por outros fatores como: (1) a distân-
cia focal da objetiva e (2) a distância entre o objeto focalizado e o
PONTOS T. Algumas objetivas para uso profissional em cinema são marcadas em pontos “T” e filme. Veremos mais sobre isto nos proximos paragrafos, porém, de
não em pontos “f “. Teoricamente, a abertura deveria transmitir a mesma quantidade de luz para
todas as objetivas mas existem pequenas diferenças na transmissão de luz de uma objetiva para
forma geral podemos afirmar que quanto menor a distância focal de
outra que para o uso geral são insignificantes. Os pontos " T " representam a medida exata da uma objetiva, maior será a sua profundidade de campo.
capacidade de transmissão de luz por meio de testes de laboratório realizados em cada objetiva
individualmente. Sómente objetivas extremamente precisas são calibradas em pontos T.
A distância focal também afeta a profundidade de campo

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sendo que as teleobjetivas proporcionam menos profundidade de desfocada mesmo utilizando o recurso do menor diafragma. Isto
campo quanto maior é a sua distância focal. As grande angulares torna-se evidente se olharmos para o primeiro exemplo ao pé da
por outro lado proporcionam grande profundidade de campo mes- página onde vemos que o diafragma está regulado para f 22 e o anel
mo em sua abertura máxima. de distancias para infinito. Mas se olharmos para o anel central da
Também de forma geral podemos afirmar que quanto mais objetiva onde se encontra a escala de profundidade de campo, vere-
próximo o objeto do plano do filme, menor será a profundidade de mos que o foco minimo com essa regulagem é de apenas 5 metros
campo obtida. Iso faz com que a fotografia em close up e principal- e não 3 . A arvore não será registrada em foco nítido por falta de
mente a macroforografia (de extrema aproximação) tenham o efeito profundidade de campo pois ela se encontra a 3m de distância! Para
de diminuir em muito a prolfundidade de campo que uma objetiva garantir que tanto a arvore quanto o plano de fundo estajam perfeita-
pode proporcionar. mente nítidos é necessário lembrar que o anel de foco da objetiva
3.2. A DISTÂNCIA HIPERFOCAL não deve ser regulado para infinito e sim para uma distância inter-
mediária entre infinito e a arvore. No segundo exemplo vemos a ob-
Simplesmente utilizar a menor abertura de diafragma não re- jetiva regulada para a distância hiperfocal dessa situação. Neste caso
solve todos os problems de profundidade de campo embora muitos o anel de foco não foi regulado nem para a arvore nem para o infiniito.
fotografos assim pensem. Saber que a menor abertura proporciona Em lugar disso foi regulado para uma distância um pouco maior que
maior nitidez e maior profundidade de campo é um fator importante 5 metros. Na realidade a operação foi de colocar a marca de infinito
mas leva alguns fotógrafos a querer fazer todas as suas fotografias oposto ao 22 da extrema dirieta da escala o que fez a marca para 3
com a menor abertura do diafragama. Embora isto realmente pro- metros ficar oposto ao 22 do lado esquerdo da escala. Esta é a fun-
porcione resultados, representa uma visão simploria da questão que ção primordial dessa importante escala que infelizmente não todas
geralmente leva a um desperdiço desse importante recurso além de as objetivas possuem. Todas as distâncias entre os dois extremos
forçar o fotografo a utilizar sempre velocidades lentas para compen- com a indicação da mesma abaertura estarão dendro da distância
sar a pequena abertura. Em determinadas situações fotográficas e hiperfocal. Esta regulagem garante que tanto a arvore como o pano-
necessário lançar mão do reurso chamado distância hiperfocal . rama no infinito estarão nitidos.
Para obtermos a distância hiperfocal da objetiva é necessário traba-
lhar o anel de foco junto com a abertura do diafragma. Isto significa
que quando se deseja o máximo de profundidade de campo de for-
ma a garantir que objetos em primeiro plano e em terceiro plano
(infinito) estejam em foco torna-se necessário deslocar o anel de foco
para um ponto intermediário entre esses dois planos além de fechar
o diafragma ao máximo. Desta forma, e só desta forma, a distância
hiperfocal poderá garantir foco entre objetos que se encontram em
diferentes planos dentro da imagem.
Vejamos um exemplo concreto. Numa situação como a mos-
trada ao lado, é desejável ter o panorama em foco mas a arvore em
primeiro plano também é um assunto importante e poderia ficar

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RESUMO DAS CARACTERISTICAS DAS OBJETIVAS: racterística é determinada principalmente pela distância focal da ob-
jetiva. Objetivas grande angulares (de pequena distância focal) tem
A função de toda objetiva é de formar a imagem que será registra- um ângulo de cobertura maior que as normais. Por outro lado as
da no filme fotográfico, no dispositivo de captação digital ou no filme objetivas de grande distância focal tem um angulo de cobertura mais
cinematográfico. As caracteristicas da imagem formada são deter- reduzido De forma geral podemos estabelecer a regra que : quanto
minadas principalmente pela distância focal da objetiva, a sua aber- menor a distância focal de uma objetiva, maior será o seu angulo
tura relativa e a abertura de diafragma utilizada. As principais de cobertura e maior será também a sua profundidade de campo.
caracteristiacas de uma objetiva são:
3. ABERTURA RELATIVA . As objetivas também tem uma abertura
1 DISTÂNCIA FOCAL. Toda objetiva tem uma distância focal. A relativa. A abertura relativa de uma objetiva representa a sua máxi-
distância focal de uma objetiva é a medida em milimetros, centimetros ma capacidade de transmissão de luz. A abertura relativa é derivada
da distância focal dividida pelo diâmetro efe-
tivo da mesma.
4.PODER DE COBERTURA.
O poder de cobertura de uma objetiva
descreve a capacidade dessa objetiva de
cobrir um determinado tamanho de negati-
vo. O poder de cobertura não deve ser con-
fundido com o angulo de cobertura. E um fa-
tor importante sobretudo quando se está fa-
zendo uso de lentes intercambiáveis.
5. A PROFUNDIDADE DE CAMPO.
A profundidade de campo diz respeito
ao poder de uma objetiva de estender o seu
alcance de foco além e aquem do objeto fo-
f 2.8 f4 f5.6 f.8 f11 f16 f22 calizado. Diferentes objetivas possuem di-
ferentes profundidades de campo. Via de re-
Fig 3.11 O efeito do diafragma sobre a abertura relativa de uma objetiva. gra as objetivas grande angulares possu-
em por si uma grande profundidade de cam-
po e as tele-objetivas pouca. É possível au-
ou em polegadas do seu centro óptico até o ponto onde ela produz mentar a profundidade de campo de qualquer objetiva mediante o
uma imagem nítida de um objeto situado no infinito. fechamento da iris ou diafragma. Este fenômeno é devido ao fato
de que ao diminuirmos a abertura estamos trabalhando com as
2. ANGULO DE COBERTURA. O ângulo de cobertura de uma
objetiva refere-se a área que esta pode cobrir a sua frente. Esta ca-

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partes centrais dos elementos e reduzindo os efetos de refração . A IMPORTÂNCIA DO PODER DE COBERTURA
7. A IRIS.
O diafragma ou iris e dispositivo utilizado para reduzirmos a É muito comum as pessoas confundirem os termos ângu-
abertura da objetiva. Dessa forma podemos controlar a quantidade lo de cobertura e poder de cobertura. Já vimos que o ângulo
ou intensidade da luz que atinge o filme. As aberturas do diafragma de cobertura de uma objetiva representa o ângulo do campo vi-
são calibradas em pontos "f ". Cada pontode diafragam representa sual que ela capta à sua frente. O poder de cobertura por outro
a matade da luz do anterior. Ainda outro fator afetado pelo fecha- lado, refere-se à area, formato ou o tamanho do negativo para o
mento da iris é a profundidade de campo (Ver item 6 nesta página e qual essa objetiva foi projetada. Embaixo vemos o caso de uma
ilustrações na página seguinte). objetiva cujo poder de cobertura é insuficiente para cobrir o ne-
gativo inteiro. este fenômeno ocorre quando utilizamos uma obje-
8. A DISTÂNCA HIPERFOCAL tiva feita para “cobrir” uma area de imagen menor numa câmara
De forma simplificada a distância hiperfocal é aquela que irá
que possui um formato de filme maior. Um exemplo: recentemen-
porporcionar a maior profundidade de campo para uma determina-
da objetiva. Infelizmente em muitas objetivas não existe escala de
te o meu cunhado comprou uma camara digital Nikon D-70 com
profundidade de campo na objetiva. Nestes casos a melhor regra a uma lente 18mm. Coloquei essa objetiva na minha Nikon N-80 o
seguir é de focalizar a objetiva em um ponto que fique aproximada- resultado foi esse que vemos abaixo. A lente possui um poder de
mente entre o ponto mais distante e o ponto mais próximo que se cobertura menor que
deseja ter em foco. Um exemplo: Quando desejamos que o horizon- aquele necessario
te situado no infinito esteja em foco a logica seria focalizar a objetiva para o filme 35mm
no infinito. Mas se desejamos outros objetos em segundo plano e que como se sabe é
até em primeiro plano tambem em foco o anel de foco da objetiva bem maior que um
deve ser regulado para o objeto em segundo plano e não no infinito. CCD. (Ver tamanhos
Desta forma quando o dia- relativos de filme vs.
fragma for fechado para a CCD no capítulo IX)
menor abertura possível o
ganho em profundidade se
extenderá até o infinito e in-
cluirá o primeiro plano tam-
bém.

Fig. 3.13 Quando se


Fig. 3.12 utiliza uma objetiva feita para um formato menor numa câmara de formato maior é
possivel que aconteça o efeito de vinheta na imagem como no exemplo acima.
Isto é o resultado de um poder de cobertura insuficiente da objetiva em relação ao
tamanho do filme.
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A IMPORTÂNCIA DA ABERTURA DO DIAFRAGMA NA PROFUN-


DIDADE DE CAMPO.
O efeito causado pelo fechamento do diafragma pode ser
dramático como podemos ver nas imagens abaixo. O recurso de
profundidade de campo tornou-se um elemento de linguagem na
fotografia e quem sabe bem explorá-lo tem uma exelente ferramen-
ta ao seu dispor. Vale a pena estudar o texto ao lado e conhecer
bem o efeito produzido por ambas as situações.

Figuras 2.24e 2-25. As ilustrações nesta


página mostram como o fechamento extre-
mo do diafragma pode afetar a profunidade
de campo de uma objetiva. A primeira foto-
grafia foi feita com o diafragma totalmente
aberto. A segunda com a menor abertura (f
22). Vemos que as duas fotos são bastante
diferentes esteticamente e conceitualmente
devido a profundidade de campo . Este recur-
so é um dos mais importantes da fotografia
pois como pode se ver passa de um simples
reurso técnico assumindo o nível de lingua-
gem. Cada uma das fotografias comunica coi-
sas completamente diferentes. Na primeira
foto a mensagem é única. Não há como con-
fundir: o rosto da moça é o destaque, o resto
é pano de fundo. Na segunda fotografia a men-
sagem é dividida entre o fundo e o primeiro
plano. A fisionomia da moça é atraente mas a
riqueza de informação no segundo plano cha-
ma a nossa atenção para os detalhes da tex-
tura das folhas caídas, e outros pormenores
que colocam o primeiro plano em relação ao Fig.3.14 Abertura do Fig. 3.15 Abertura do diafrag-
segundo dando outros significados a foto. diafragma: f2.8 ma: f22

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OS TIPOS DE OBJETIVAS

Agora que já vimos as caracte-


rísticas comuns a todas as objeti-
vas iremos fazer uma análise dos
diferentes tipos de objetivas exis-
tentes. Basicamente existem qua-
tro tipos de objetivas:
(1) as normais,
(2) as grande angulares,
(3) as tele objetivas,
(4) as zoom.
Além destes quatro tipos básicos existem também:
(5)as objetivas para aplicações especiais
(6)as lentes suplementares

1. AS OBJETIVAS NORMAIS:
Fig 3.16A regra da diagonal do negativo é a melhor forma de podermos
Uma objetiva normal é definidia como tendo uma distância determinar se uma objetiva é normal ou não para o formato que está sendo
utilizado.
focal igual à diagonal do negativo para o qual ela será utilizada.
(Ver figuras 3.16 e 3.17) Esta regra é muito útil pois dentre todas
as que encontramos é a mais fácil de verificar e a mais “objetiva”.
Vejamos o exemplo a direita e abaixo: O formato 35 mm mede
al
24 x 36 mm e a sua diagonal é de 43mm, esta deveria ser a on
ag
Di mm
distância focal "normal" para esse formato. ( Ver Fig. 3.17). 43 35mm
Outra forma de se descrever uma objetiva normal é pelo seu
ângulo de cobertura . Diz-se que as objetivas normais se aproximam
do ângulo de visão do olho humano que é de aproximadamente
50o graus. Este critério porém parece bastante relativo uma vez
que é necessário fecharmos um dos nossos olhos e olhar fixamente
a nossa frente para chagarmos a uma aproximação deste angulo. Fig 3.17. A diagonal do negatiavo 35mm é de 43mm aproxima-
damente. Obs. A largura do filme inteiro é de 35 mm mas a
diagonal da área da imagem é que deve ser medida.

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2. AS OBJETIVAS GRANDE ANGULARES As objetivas grande angulares tem as suas desvantagens.


Por definição uma grande angular tem uma distância focal infe- Em primeiro lugar por serem objetivas de grande ângulo de cober-
rior a diagonal do negativo para o qual ela será utilizada. Isto tura representam a cena com uma distorção conhecida como
quer dizer que o seu ângulo de cobertura também será maior que 'distorção esférica’ isto é elas reproduzem linhas retas como cur-
o normal (acima dos 50 graus de uma objetiva normal). (Veja exem- vas. Hoje as grande angulares modernas possuem um alto grau
plo abaixo) de correção deste defeito mas ele é praticamente impossível de
Existem objetivas do tipo "olho de peixe" que tem distânci- eliminar por completo. O defeito porém pode ser usado como um
as focais muito pequenas ( 7 ou 8mm) e portanto um angulo de efeito. O uso de grande angulares em close-ups de rostos distorçe
cobertura que pode ultrapassar os 180 graus. as objetivas grande a fisionomia de forma singular. Uma vantagem das grande angula-
angulares mais utiizadas porém são aquelas com uma distância res é a sua grande profundidade de campo o que permite planos
focal entre 20 e 35 mm. A objetiva grande angular possibilita en- onde quase tudo está em foco.
quadrar um campo maior do que seria possível com uma lente
normal ou com a própria visão sem virar o pescoço. 3. AS TELEOBJETIVAS
Estas objetivas são ideais para grandes panoramas ou para es- Uma teleobjetiva é justamente aquilo que o seu nome su-
paços pequenos. Servem ainda para a fotografia de grupos, pré- gere. "Tele" significa distância, como em; tele- visão, tele-scópio,
dios embarações em todas as situações em que precisamos tele-fone. A teleobjetiva serve para aproximar objetos que se en-
cobarir visualmente uma area maior do que seria possível nor- contram a distância. Por definição qualquer objetiva com uma dis-
malmente. tância focal MAIOR do que a diagonal do negativo é uma tele obje-
tiva. Isto significa que uma objetiva de 80mm é uma teleobjetiva
como também o é uma de 800mm. A diferença entre as duas é
uma diferença em grau. A teleobjeiva de 800mm possui uma dis-
tancia focal dez vezes maior que a de 80mm. O seu angulo de
180 cobertura será dez vezes mais agudo e a imagem será dez vezes
graus maior que a da objetiva de 80mm.
As teleobjetivas por sua construção física, são maiores e
mais pesadas que as outras objetivas. Para melhor entendermos
isto é só lembrarmos que uma teleobjetiva de 800mm tem que ter
nada menos do que 80 centímetros entre o centro do seu eixo
optico e o plano foca do filmel. Isto significa que ela tem que ter no
minimo 80cm de comprimento. É por isto que as teleobjetivas são
Fig.3.18 Uma grande angular com uma distância focal a metade da diagonal compridas e também são mais lentas que outras objetivas porque
do negativo terá um angulo de cobertura o dobro do normal. Neste caso a transmitem menos luz. Geralmente uma teleobjetiva acima dos
objetiva olho de peixe de 7.5mm tem um angulo de cobertura de aproxima- 300mm tem uma abertura maior que f5.6 ou f8. As que possuem
damente 180 graus ou seja; metade de um circulo!.
aberturas maiores como as renomadas 300mm f2.8 muito
utulizadas por fotógrafos de esportes custam dez vezes mais que
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CAPITULO III © Thomaz. W.M. Harrell

as de aberturas menores. 4. AS OBJETIVAS ZOOM


Uma desvantagem das teleobjetivas é que devido ao fato Até o presente momento discutimos objetivas de distância
que elas aumentam a imagem a sua tendência é de aumentar tam- focal fixa (normais, grande angulares e teleobjetivas). As objetivas
bém os efeitos de vibrações e por isto devem ser utilizadas monta- do tipo zoom apresentam um caso único em que a sua distância
das num tripé ou outro suporte sólido e estável. focal pode ser variável. Na objetiva zoom, um ou mais grupos de
Ainda tra característica das teleobjetivas é uma profundida- elementos ópticos internos são movidos para modificar a distância
de de campo reduzida e um achatamento da imagem com perda focal. Isto representa uma grande vantagem uma vez que torna
de perspectiva chamada por muitos de "compressão".
Apesar de todas as suas desvantagens as teleobjeticas pos-
sibilitam um tipo defotografia que seria virtualmente impossivel sem
elas. Já mencionamos os fotogrfos de esporte mas fotógrafos de
vida silvestre, zoologos, e fotojornalistas principalmente os
fotografos de guerra dependem muito deste tipo de objetiva. É gra-
ças a eles e as suas teleobjetivas que podemos ficar no cntro da
ação.

Fig 3.19. Teleobjetiva de 400mm com abertura de diafragma de


2.8 da maraca Canon.. Fig.3.20 A Objetiva Zoom pode mudar a sua distância focal mdiante
um complexo deslocamento de seus elementos internos. Aqui mostrada
objetiva Nikon 50 - 300mm.

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AS OBJETIVAS © Thomaz. W.M. Harrell

possível fotografar ou filmar cenas variando a distância focal sem


necessidade de trocar objetivas na câmara. As primeiras objeti- 5. OBJETIVAS ESPECIAIS
vas zoom apareceram nos anos 30 e foram sendo utilizads princi-
palmente em filmadoras e depois em câmaras de televeisão e de Existe um grande número de objetivas para aplicações especiais
video Foram aperfeiçoadas atravéz dos tempos até o ponto em e seria impossível mencionar todas aqui mas vale a pena descre-
que hoje é impensável uma filmadora ou camcorder não ser equi- ver algumas das mais importantes.
pada com uma objetiva zoom. A.) OBJETIVAS DE DISTÂNCIA FOCAL EXTREMA
Em primeiro lugar poderíamos deixar claro que as objeti-
A RELAÇÃO DA ZOOM vas com distâncias focais extremas são consideradas objetivas
As primeiras zoom não possuiam uma relação muito grande isto especiais já que são utilizadas para propósitos muito especficos.
é; a sua capacidade de mudar de distância focal não passava de Nesta categoria podemos incluir as extremas olho de peixe ou as
3 ou 4 vezes. Hoje não é nada incomum encotrarmos objetivas super tele-objetivas.
com relações de 15 ou 20 vezes. B.) OBJETIVAS E LENTES SUPLEMENTARES
As zoom demoraram para ser utilizadas em larga escala Nesta classe são incluiidas objetivas que acopladas a ou-
principalmente na fotografia still,devido ao fato que as objetivas tras objetivas modificam as características ópticas das mesmas.
fixas produziam imagens de maior resolução e eram muito mais Este tipo de objetiva inclui desde lentes de aproximação até su-
leves. Embora a questão tamanho ainda seja um fator que plementos que tranformam uma objetiva normal em teleobjetiva ou
desfavorece o uso de uma zoom para todas as aplicações, a grande angular. Este tipo de objetiva torna-se hoje bastante popular
questão da qualidade da imagem é praticamente nula hoje. uma vez que muitas câmaras ( principalmente camcorders, câma-
O uso de objetivas zoom tornou-se praticamente padrão ras digitais, e algumas câmaras fotográficas.) amadoras ou semi-
nos anos 60 e 70 na televisão. Depois disto, é que elas passaram profissionais são fabaricadas com objetivas incorporadas que não
a ser utilizadas nas câmaras de vídeo, no cinema e finalmente na podem ser substituidas.
fotografia. C.) OBJETIVAS SNORKEL
Hoje em dia as objetivas zoom são cada vez mais comuns A tecnologia de fibras ópticas possibilitou o desenho de objetivas
em camaras de todos os tipos. A sua praticidade está mais do que podem ser acopladas numa extremidade de um chicote de
que comprovada sobre as objetivas de distância focal fixa uma fibras ópticas e o outro extremo na câmara. Desta maneira a obje-
vez que o fotógrafo não precisa ficar trocando de objetiva no meio tiva pode ser colocada em lugares outrora completamente inaces-
de um trabalho. Com a ajuda da computação, novos desenhos e síveis para uma câmara. As aplicações são múltiplas e quase
formulas opticas se tornaram possíveis aportanto rudução de custo inesgotáveis. A medicina a ciência, a engenharia e a publicidade
ao mesmo tempo que se verifica um aumento qualitativo. tem se aproveitado muito destes recursos.
D.) OBJETIVAS ANTI VIBRAÇÃO
Sempre a vibração ou trepidação foi um problema para a fotogra-
fia uma vez que o resultado produz fotografias tremidas. Até certo
ponto o uso de velocidades de obturador mais elevadas resolvia
parte do problema. Posteriormente foram criados sistemas tre-

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CAPITULO III © Thomaz. W.M. Harrell

mendamente complexos para diminuir os efeitos da trepidação. A seguem uma numeração padronizada pela qual cada ponto repre-
Dynalens é um sistema que utiliza objetivas que posssuem um senta a metade da luz do anterior. O diafragma ou iris controla ou-
fluido compensador interno que minimiza os efeitos de movimen- tros fatores como a profundidade de campo e a distância
tos bruscos quando fotografando ou filmando de helicópteros ou hiperfocal da lente.
aviões. Algumas das soluções mais modernas utilizam sistemas Vimos também que as objetivas podem ser classificadas em
eletrônicos de compensação de movimento que oferecem resulta- cinco grandes categorias sendo estas as normais, grande angula-
dos surpreendentes. res, teleobjetivas, lentes zoom, e objetivas especiais.

E.) OBJETIVAS CATADIOPTRICAS


As objetivas catadióptricas são uma solução para limitar o
desconfortável tamanho de teleobjetivas extremas. Como se sabe,
uma objetiva com uma distância focal de 1000mm teria que ter no
mínimo um metro de comprimento. (Ver definição de distância focal) O
desenho de objetivas catadioptricas permite reduzir este tamanho Fig. 3.21. Objeitva catadióptrica
para menos da metade por meio de espelhos. (Veja fig 3.21. par-
ticularmente o diagrama com a trejetoria da luz.) A maior desvan-
tagem deste tipo de objetiva é que devido ao sistema de espelhos
estas objetivas não podem possuir um diafragama e são portanto
de abertura fixa. Uma segunda desvantagem do seu desenho é
que elas costumam ter uma abertura relativamente pequena ge-
ralmente entre f-6 ou f-8 dependendo da sua distância focal. Mui-
tas objetivas catadioptricas são verdadeiros
telescópios e na verdade o seu desenho é derivado de um tipo de
telescópio. A característeica mas evidente destas objetivas é que
elas são “gordas” ou seja, são mais largas do que compridas.
Resumo
Vimos que as objetivas são nada menos do que “o olho de vidro”
da câmara. A distância focal das objetivas determina o seu campo
visual e portanto como elas representam uma cena. Esse fator junto
com o diâmetro efetivo dos seus componentes óticos determina a
abertura relativa ou a sua capacidade máxima de transmitir luz. O
diafragma é um dispositivo incorporado as objetivas cuja primordial
função é de controlar a quantidade de luz que passa para o filme. As
aberturas do diafragma são determinadas pela abertura relativa e

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