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Eficiência Energética

Sérgio Ferreira de Paula Silva


3239-4712
sergio@eletrica.ufu.br

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Conceitos

Qualidade de Vida
Conjunto de parâmetros que determina as condições de vida de uma pessoa,
proporcionando-lhe bem estar físico e mental e satisfação pessoal.

Ar puro, saneamento básico, consumo de energia, moradia, segurança, trabalho, lazer e


acesso aos bens de consumo, são, entre outros, parâmetros que nos permitem avaliar a
qualidade de vida de um indivíduo.

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Conceitos

Racionamento de Energia
Conceito mutilador da qualidade de vida. Tem duração determinada e é implantado em
situações emergenciais quando há crise de abastecimento de energia, por algum motivo
qualquer.

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Conceitos

Conservação da Energia
Conceito socioeconômico que traduz a necessidade de se retirar do planejamento da
expansão do sistema elétrico, a componente referente ao desperdício. Isso permite a
redução dos investimentos no setor elétrico, sem comprometer o fornecimento de energia e
a qualidade de vida.

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Conceitos

Como Conservar a Energia?


Dois caminhos:
1) Vertente humana:
O cidadão recebe informações compatíveis, que o auxiliam a se inserir no contexto
da nova situação, induzindo-o à mudança de hábitos, atitudes e futura mudança de
comportamento. Realizada através de campanhas educativas, conscientização e motivação
dos envolvidos através de informativos internos, folhetos, cartazes, slogans, adesivos,
palestras, concursos, visitas, mensagens eletrônicas, etc.

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Conceitos

Como Conservar a Energia?

2) Vertente Tecnológica
Através de treinamento específico, o técnico é inserido nas questões da eficiência
energética, entrosando-se com novas técnicas e tecnologias, tanto de equipamentos como
de processos, reduzindo significativamente o consumo de energia de uma instalação, sem
comprometer o produto final.

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Conceitos

Uso Eficiente de Energia


Conceito de conteúdo tecnológico voltado para a utilização de processos e equipamentos que
tenham o melhor desempenho na produção dos serviços com um menor consumo de energia.

Utilizando-se, por exemplo, equipamentos eficientes, estaremos contribuindo para o combate


ao desperdício.

Eficiência energética = realização de um determinado trabalho com o menor


consumo de energia possível. É a redução do consumo de insumos energéticos
mantendo o conforto e a produtividade das atividades dependentes de energia.

Para o uso eficiente da energia é necessário difundir a informação e o conhecimento aplicado.

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Conceitos

Energia consumida

𝐸ú𝑡𝑖𝑙 𝐸𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠


𝜂= = =1−
𝐸𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 𝐸𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 𝐸𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎
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O uso da energia no Brasil
Consumo final de energia

Fonte: BEN 2018.

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O uso da energia no Brasil
Oferta interna de energia

Fonte: BEN 2018.

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10
O uso da energia no Brasil
Consumo final de energia

Fonte: BEN 2018


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O uso da energia no Brasil
Consumo de energia na indústria

Fonte: BEN 2017.

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12
O uso da energia no Brasil
Consumo residencial de energia

Fonte: BEN 2018


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13
O uso da energia no Brasil
Consumo de energia no setor comercial

Fonte: BEN 2017.

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14
O uso da energia no Brasil
Consumo de energia no setor público

Fonte: BEN 2017.

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15
O uso da energia no Brasil
Matriz elétrica brasileira

Fonte: BEN 2018.

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16
O uso da energia no Brasil
Fluxo de energia elétrica

Fonte: BEN 2018.


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O uso da energia no Brasil
Redução das perdas no consumo total de eletricidade

Fonte: BEN 2018.


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O uso da energia no Brasil
Balanço de energia útil

Fonte: BEU 2005

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O uso da energia no Brasil
Balanço de energia útil

Fonte: BEU 2005

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Custo Energia Elétrica - UFU

R$6.470.600,80 – últimos 12 meses


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Políticas e Programas de EE

Fonte: INMETRO

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Políticas e Programas de EE

Fonte: ANEEL
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Políticas e Programas de EE

Fonte: Resultado PROCEL 2014


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Políticas e Programas de EE

Fonte: Resultado PROCEL 2014


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Políticas e Programas de EE

Fonte: Conselho Nacional de Política Energética


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Gerenciamento Energético
Justificativas

Entre os vários custos gerenciáveis em uma empresa, seja no setor industrial ou comercial, a energia vem assumindo,

cada vez mais, uma importância crescente, motivada pela redução de custos decorrentes do mercado competitivo, pelas

incertezas da disponibilidade energética ou por restrições ambientais. De qualquer forma, seja qual for a motivação,

promover a eficiência energética é essencialmente usar o conhecimento de forma aplicada, empregando os conceitos da

engenharia, da economia e da administração aos sistemas energéticos.

Antes de realizar qualquer atividade é preciso conhecer e diagnosticar a realidade energética, para então estabelecer

as prioridades, implantar os projetos de melhoria e redução de perdas e acompanhar seus resultados em um processo

contínuo.

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.


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Gerenciamento Energético
Programa de Gestão Energética (PGE)
É um conjunto de estratégias, táticas, ações e controles destinados a converter um conjunto de recursos em

resultados, atendendo a determinados objetivos específicos e submetido a um conjunto de influências diversas.

A implantação de um Programa de Gestão Energética (PGE) deve ser a primeira iniciativa ou ação visando à redução de

custos com energia em uma empresa. A importância da implantação do PGE deve-se ao fato de que ações isoladas, por

melhores resultados que apresentem, tendem a perder o seu efeito ao longo do tempo. Um PGE deve ser estruturado de

forma que os resultados de sua implementação se mantenham e as ações adotadas não percam seu efeito ao longo do

tempo.

A empresa deve entender que o PGE não trata de:

■ racionamento de energia;

■ redução na qualidade dos produtos fabricados ou dos serviços prestados; ou

■ ações mesquinhas de economia ou de poupança.

Fonte: Guia Gestão Energética, Eletrobrás/PROCEL, 2005.


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Gerenciamento Energético
O PGE é constituído de três ações básicas, tendo a CICE (Comissão Interna de Conservação da Energia) como sua

gestora: Diagnóstico Energético, Controle dos Índices e Comunicação do Programa e seus resultados.

O PGE é uma alternativa para mostrar ao mercado que a empresa está comprometida com esses valores.

Aliás, para reivindicar a certificação ISO 14000 é exigida a implantação de um programa de conservação.
Fonte: Guia Gestão Energética, Eletrobrás/PROCEL, 2005.
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Gerenciamento Energético

O SUCESSO DA GESTÃO
ENERGÉTICA DEPENDE
FUNDAMENTALMENTE DO
COMPROMETIMENTO DA
DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Fonte: Guia Gestão Energética, Eletrobrás/PROCEL, 2005.


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Gerenciamento Energético
A CICE foi instituída na administração pública federal pelo Decreto 99.656, de 26/10/90

Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE)


A constituição da CICE tem por objetivo propor, implementar e acompanhar medidas efetivas de utilização racional de

energia, bem como controlar e divulgar as informações mais importantes. A CICE poderá ser composta por representantes do

empregador e dos empregados, seu dimensionamento dependerá do porte da empresa, deverá abranger atividades

administrativas, técnicas e de comunicação. Assim sugere-se que ela contenha pelo menos três integrantes, sendo um o

coordenador. Em empresas de maior porte, cada setor/área deve ter um participante na CICE. São atribuições da CICE:
Realizar ou contratar um Diagnóstico Energético;
Controlar e acompanhar o faturamento de energia;
Avaliar o cumprimento de metas fixadas no plano de trabalho;
Propor medidas de Gestão de Energia Elétrica;
Realizar, periodicamente, inspeções nas instalações e procedimentos visando identificar desperdícios;
Conscientizar e motivar os empregados;
Participar de processos de compra que envolvam consumo de energia;
Designar agentes, representantes ou coordenadores para atividades específicas relativas à conservação de energia.

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.


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Gerenciamento Energético

O GERENCIAMENTO ENERGÉTICO DE QUALQUER


INSTALAÇÃO REQUER O PLENO CONHECIMENTO
DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS EXISTENTES, DOS
HÁBITOS DE UTILIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO, DOS
MECANISMOS DE AQUISIÇÃO DE ENERGIA E DA
EXPERIÊNCIA DOS USUÁRIOS E TÉCNICOS DA
EDIFICAÇÃO
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Gerenciamento Energético

Principais fases de um projeto de Eficiência Energética

CONHECIMENTO: Como é gasta a energia?

PLANEJAMENTO: Aonde intervir? Qual o investimento e retorno?

EXECUÇÃO: Mediante técnicas efetivas e pessoal qualificado.

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.

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Gerenciamento Energético

Ações de Gestão de Energia Elétrica

Capacitação;

Monitoração da utilização da energia elétrica;

Planejamento das ações;

Diagnóstico Energético;

Implementação das medidas eficientizadoras;

Conscientização.

Fonte: Plano de Gestão Energética (apresentação). Prof. Tomaz Nunes, UFC.

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Gerenciamento Energético

Metas do diagnóstico energético


Identificar os principais problemas energéticos, suas causas e responsabilidades.

Priorizar os problemas e quantificar suas repercussões internas e externas.

Apresentar soluções para os problemas identificados.

Analisar a viabilidade econômica das ações de eficiência energética.

Preparar o início das ações técnicas definidas e implantá-las.

Acompanhar os resultados

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.

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Gerenciamento Energético

Etapas de um diagnóstico energético


Levantamento de dados e informações sobre o suprimento e os usos finais da energia nos processos produtivos da

indústria, com o objetivo principal de avaliar a situação atual, pontos positivos e negativos, que permitam a definição de

ações de melhorias a serem implementadas. As principais etapas de um diagnóstico energético compreendem:

Levantamento de dados gerais da empresa

Estudo dos fluxos de materiais e produtos

Caracterização do consumo energético

Avaliação das perdas de energia

Desenvolvimento dos estudos técnicos e econômicos das alternativas de redução de perdas

Elaboração das recomendações e conclusões

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.

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Gerenciamento Energético
Diagramas de Sankey

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.


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Gerenciamento Energético
Conteúdo típico de um Relatório de Auditoria Energética

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.


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Gerenciamento Energético
Conteúdo típico de um Relatório de Auditoria Energética

Fonte: Eficiência Energética: Teoria e Prática, 1ª ed. 2007, Eletrobrás/PROCEL, FUPAI.


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A norma ISO 50001
Quais fatores levaram a sua criação?
O mau uso da energia pode trazer consequências graves, como alterações climáticas, aumento da poluição e
escassez de recursos naturais.

Figura 01 – Tripé da sustentabilidade

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A norma ISO 50001
Objetivos
Reduzir custos;
Reduzir a emissão de gases de efeito estufa e aprimorar o cumprimento da legislação;
Melhorar a segurança no fornecimento de energia;
Aprimorar o desempenho do negócio;
Envolver a alta administração;
Formalizar a política energética e seus objetivos;
Integrar com sistemas de gestão existentes;
Estimular a inovação.

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A norma ISO 50001

Benefícios

Melhorar a imagem e reputação da marca;


Aprimorar continuamente;
Diferenciar-se dos concorrentes;
Conduzir a constante inovação e aumentar a competitividade.

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A norma ISO 50001
Benefícios

Ao otimizar o desempenho energético, a empresa consegue reduzir gastos e, ao


mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento sustentável.

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A norma ISO 50001
De forma geral, qual é a sua filosofia?
Obter melhorias do desempenho energético através do desenvolvimento de um Sistema de Gestão de
Energia (SGE).

Mas o que é um SGE?


“Conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos para estabelecer uma política e objetivos
energéticos, processos e procedimentos para atingir tais objetivos.”
Fonte: Norma NBR ISO 50001:2011.

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A norma ISO 50001
Como implementar um SGE?
✓ Desenvolver uma política para o uso mais eficiente da energia;

✓ Fixar metas e objetivos;

✓ Implementar de fato os planos da ação;

✓ Medir os resultados;

✓ Rever a forma como a política funciona;

✓ Melhorar constantemente a gestão de energia.

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A norma ISO 50001

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A norma ISO 50001
Certificação
Implementar o SGE;
Comprovar os resultados;
Auditoria em primeiro estágio;
Auditoria em segundo estágio;
Certificação válida por três anos;
Auditorias de manutenção da certificação.

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