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COMPÓSITOS

MATERIAIS II

• Formados por dois


materiais a nível
macroscópico
• Enorme gama de
propriedades
• Excelentes rigidez e
resistência
específicas
• Fibras e matriz
cerâmicas resistem a
Arlindo Silva

altas temperaturas
MATERIAIS II TIPOS DE MATERIAIS COMPÓSITOS

COMPÓSITOS COMPÓSITOS COMPÓSITOS COMPÓSITOS


PARTÍCULAS DE FIBRAS LAMINARES NATURAIS

• Betão • Fibras de • Contrapla- • Madeira


carbono, cado
• Asfalto Kevlar, vidro,
etc • Laminados
• Cermet de fibras e
• Matriz de resina
epoxy,
poliester, • Sandwich
PEEK, etc
Arlindo Silva
Arlindo Silva MATERIAIS II
MATERIAIS II
COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA

MATRIZ REFORÇO

Fibras Fibras Fibras


Termoplásticos Termoendurec. Cerâmicos Metais
plásticas Carbono Vidro
PET EP, PF SiC
PP HM E
PP PEEK Al2O3 Arame
Aramid HS S
etc etc B

MATRIZ DO COMPÓSITO REFORÇO DO COMPÓSITO

Transmite os esforços mecânicos Elemento que suporta os


aos reforços (fibras), mantendo- esforços no compósito, é em
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os em posição, e contribuindo geral de elevadas resistência e


com alguma ductilidade (em geral rigidez.
pequena) para o compósito.
Alguns arranjos típicos
de fibras em cada
camada de compósito
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a) Fibras unidireccionais
contínuas

b) Fibras descontínuas
orientadas de modo
aleatório

c) Fibras unidirecionais
tecidas ortogonalmente
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ARRANJOS TÍPICOS DE
CAMADAS EM
COMPÓSITOS LAMINARES
MATERIAIS II

a) Compósitos unidireccionais

b) Compósitos tipo 0/90

c) Compósitos tipo +θ/-θ

À direita: Disposição aleatória


de fibras longas
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Arlindo Silva MATERIAIS II
PREVISÃO DE PROPRIEDADES

PROPRIEDADES PREVISÍVEIS A resistência mecânica é


MATERIAIS II

fortemente dependente da ligação


• DENSIDADE entre fibras e matriz, sendo por
isso difícil de prever teóricamente !
• MÓDULOS de ELASTICIDADE

• CONDUTIVIDADE TÉRMICA E
ELÉCTRICA

ρCOMP . = V f ρ f + Vm ρ m

E L = V f E f + Vm E m

1 V f Vm
= +
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ET E f E m
CONTROLO DE PROPRIEDADES
RAZÃO L/d DAS
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FIBRAS

Quanto maior fôr


este valor, maior
será a resistência
da fibra e
consequentemente
do compósito onde
se insere
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CONTROLO DE PROPRIEDADES
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ORIENTAÇÃO DAS
FIBRAS

A resistência será
máxima quando as fibras
estiverem orientadas
com o esforço (sendo
mínima na direcção
perpendicular)

Variação de propriedades com a


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orientação das fibras para uma liga de


Titânio reforçada com fibras de Boro
CONTROLO DE PROPRIEDADES
PROPRIEDADES DAS FIBRAS
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Devem usar-se fibras com


grandes resistência e rigidez
específicas.
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CONTROLO DE PROPRIEDADES
PROPRIEDADES DA MATRIZ LIGAÇÃO FIBRA-MATRIZ
MATERIAIS II

Matrizes poliméricas têm em Se não houver boa aderência da


geral baixa resistência e baixo matriz à fibra, não há distribuição
ponto de fusão de esforços eficiente
Matrizes metálicas têm maior Existem fibras de Boro com
resistência e maior ponto de revestimento de SiC, para
fusão, mas são mais pesadas aumentar a aderência
Podem ser usadas matrizes
cerâmicas para resistência a O coeficiente de expansão
temperaturas extremamente térmica deve ser muito
elevadas, perdendo-se semelhante entre fibras e matriz
tenacidade

FRACÇÃO EM VOLUME DE FIBRAS


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Quanto maior fôr este valor, maior será a resistência do compósito,


até um valor limite de 80%, a partir do qual deixa de haver
“molhagem” total das fibras pela matriz.
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(a) Fraca aderência entre as fibras e a matriz


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(b) Excelente aderência entre fibras e matriz


PRODUÇÃO DE FIBRAS E PRÉ-FORMAS

PRODUÇÃO DE FIBRAS
MATERIAIS II

Fibras metálicas, de vidro e


poliméricas são produzidas
por trefilagem e por spinning
com diâmetros até 0,01mm.

Fibras de Boro são fabricadas


por CVD (chemical vapor
deposition).

Fibras de Carbono são


produzidas por carbonização
de um filamento orgânico
(pitch) que pode ser PAN ou
um polímero celulósico.
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PRODUÇÃO DE FIBRAS E PRÉ-FORMAS

APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
MATERIAIS II

PRIMA

As fibras podem ser adquiridas


em forma de fios ou cabos, ou
sob a forma de pré-
impregnados (de resina não
polimerizada a baixa
temperatura) com um
determinado arranjo.

No caso de matrizes metálicas,


a impregnação das fibras é feita
em banho de metal fundido, por
electrodeposição ou por
recobrimento (figura ao lado)
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sendo ligadas as duas partes


por difusão ou fusão parcial.
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PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS
Arlindo Silva MATERIAIS II
PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS
PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS
Perfis de fibra de
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vidro em resina
expoxy produzidos
por pultrusão
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PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS
PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS
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Produção automática de filmes reforçados com fibras curtas


PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS
MATERIAIS II
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Produção de uma peça pelo processo RTM


COMPÓSITOS AVANÇADOS
MATERIAIS II

COMPÓSITOS DE MATRIZ
METÁLICA

Podem ser usados a


temperaturas superiores em
relação aos compósitos de
matriz polimérica

Possuem maior resistência


mecânica que o metal da
matriz não reforçado

Atenua-se a vantagem das


maiores resistência e rigidez
específicas
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COMPÓSITOS AVANÇADOS

COMPÓSITOS CERÂMICO-CERÂMICO
MATERIAIS II

Possuem uma maior tenacidade à fractura em relação ao cerâmico


não reforçado

Usados apenas em aplicações de elevada temperatura (+ 1000ºC)


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Arlindo Silva MATERIAIS II
COMPÓSITOS TIPO SANDWICH
Arlindo Silva MATERIAIS II
COMPÓSITOS TIPO SANDWICH
COMPÓSITOS NATURAIS - MADEIRA
MATERIAIS II
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COMPÓSITOS NATURAIS - MADEIRA
MATERIAIS II
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Arlindo Silva MATERIAIS II
APLICAÇÕES DE COMPÓSITOS

Motor de foguete produzido por “filament winding”


Roda em corte, mostrando os
disco de travão em carbono
de um Boeing 757. O uso de
carbono em discos de travão
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justifica-se pela necessidade


de dissipar uma grande
quantidade de energia,
gerando uma temperatura
bastante elevada, apenas
suportável por este material.
Os travões de automóveis de
Fórmula 1, por exemplo, são
também em carbono, pelas
mesmas razões
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Airbus A310-300
MATERIAIS II
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No “fin” traseiro, reduziu-se o peso em 20%, em relação ao alumínio. É construído


em 95 peças, enquanto anteriormente compreendia 2076 peças. Dimensões do fin:
8,3m de altura e 7,8m de largura.
Perspectiva explodida de um Airbus A320,
mostrando os componentes em compósito
desta aeronave.
MATERIAIS II
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MATERIAIS II
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Aplicações estruturais de compósitos num Boeing 737-300.


MATERIAIS II
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Aplicações estruturais de compósitos num Boeing 757: a


poupança em peso ronda os 600kg.
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Testes estruturais no estabilizador


horizontal de um Boeing 777
MATERIAIS II

As aplicações estruturais de compósitos num Boeing 767 rondam os 3%


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em peso, mas esta pequena percentagem equivale a um ganho em peso


de 635kg. Cerca de 30% da superfície exterior é em compósito, trazendo
benefícios em termos de corrosão e resistência à fadiga.
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A aeronave Bell Boeing V-22 Osprey


de rotor inclinavel, possui 60% em
peso de compósitos na sua estrutura
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Pás do rotor de um helicóptero Sea


King, mostrando a estrutura interna
em compósito. Com a aplicação de
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compósitos consegue-se maior


velocidade das pás e menor
transmissão de vibrações à estrutura.
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Uso de compósitos num Harrier AV-8B II. Cerca de 26% do peso desta aeronave é
em compósito, na sua grande maioria de carbono/epoxy.
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Estabilizador horizontal do Harrier AV-


8B II a entrar no autoclave para iniciar o
processo de cura.
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Hélices em compósito da Dowty Rotol (á esquerda). À direita, a secção


transversal das pás usadas numa aeronave e num hovercraft.
Pás de hélice de (da
esquerda para a direita)
um Saab SF340, duas
pás de teste, uma pá Bell
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LCAC e uma pá de um
Piper Cheyenne 400LS.
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Desmoldação de uma pá em
compósito e corte transversal
dessa mesma pá, mostrando
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os componentes em compósito
usados na sua construção.
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O primeiro chassis totalmente em compósito apareceu em 1981 (McLaren MP4-
1). O chassis da figura é o Prost AP-01 em fibra de carbono/epoxy, depois de um
acidente (Canadá 1997). O habitáculo é sujeito, por regulamento, a testes de
impacto, tendo sofrido dois
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embates laterais nos muros de


betão do Circuito, o primeiro
dos quais a cerca de 180km/h.
Num chassis em alumínio, o
piloto teria certamente perdido
a vida. Os compósitos
vulgarizaram-se na F1 a partir
de 1983.
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O casco do navio da figura é
feito em estrutura sandwich
com faces em Kevlar/epoxy e
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núcleo em espuma de PVC,


obtendo-se com esta
construção uma maior
resistência ao impacto com
menor peso. As velas são
também reforçadas com fibras
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Uma prancha de windsurf é
normalmente feita em kevlar/epoxy ou
vidro/epoxy nos componentes a azul
MATERIAIS II

da figura. O mastro é particularmente


importante, pois a sua deformação
elástica determina a forma da vela e,
por conseguinte, a eficiência e a
velocidade da prancha.
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O quadro (que já nem sequer tem a forma tradicional de
um quadro...) da bicicleta da figura é feito em carbono/
epoxy, bem como as jantes das rodas. Consegue-se
maior rigidez e menor peso em relação às estruturas de
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alumínio. Além disso, o design pode e deve ser alterado


para maximizar os benefícios do novo material.
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Aplicações diversas de compósitos em artigos de desporto e
lazer. A sua utilização destina-se, em geral, a poupar peso,
ganhando rigidez e resistência e, por vezes, permitindo um
design mais atractivo que as ligas metálicas, devido à
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facilidade de moldagem.
Arlindo Silva
Arlindo Silva MATERIAIS II

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