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Ato antijurídico/abuso de direito x ato ilícito stricto sensu – o ato ilícito stricto sensu nasce

de uma contrariedade ao direito, por se configurar em situações nas quais é detectada uma
violação à ordem jurídica. Além disso, é preciso existir a imputabilidade do agente, que diz
respeito à capacidade de compreensão do caráter ilícito da conduta que se pratica (culpa
lato sensu). A ilicitude se configura quando estão presentes a conduta do agente contrária
ao ordenamento jurídico, culpa ou dolo, nexo de causalidade e dano. Logo, trata-se de
uma concepção subjetiva de ilicitude, pois traz a culpa como elemento necessário à
configuração do ato ilícito.

O ato antijurídico, por sua vez, é constatado no instante da violação do elemento axiológico
da norma. Instala-se a contrariedade entre o comportamento comissivo ou omissivo do
indivíduo e o fundamento valorativo-material do preceito. Assim, o comportamento,
aparentemente, atende ao direito, mas em seu exercício concreto surge a violação de ordem
material, posto descumprido o sentido axiológico da norma.

Ato jurídico stricto sensu x negócio jurídico – ambos são fatos humanos, que resultam da
manifestação de vontade. No ato jurídico, os efeitos da manifestação de vontade são “ ex
lege”, enquanto no negócio jurídico, os efeitos resultam da vontade das partes.

Assim, o princípio da autonomia privada se faz presente com maior intensidade nos
negócios jurídicos. No entanto, vale lembrar que não há liberdade plena de
regulamentação, visto que há questões de ordem pública.

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