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An o XXII • N º 5429• 23 / 1 0 / 2 0 1 8 • Ed it o r : Re f i na l d o C h i l e ngue
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Dívida pública na África subsaariana negócios

Sonhos
dos jovens

é uma “bandeira vermelha” a piscar

A consultora Capital Eco-
associados
a estímulos
contribuem
para o
nomics considera que o nív- desenvolvimento
el geral de dívida pública na
África subsaariana é como
páG 3 E
B
uma “bandeira vermelha a
piscar”, alertando que a dív-
economia e
ida é “muito menos estável Metical fecha T
do que parece”. semana estável
“As preocupações sobre o face ao euro e
aumento da dívida pública USD
em África têm-se focado em páG 4
Moçambique e na Zâmbia,
mas a situação no resto do sociedade
continente é menos estável
do que parece à primeira
Reabertura das
vista”, lê-se numa nota en-
“torneiras”
páG 5
viada aos investidores, e a
que a Lusa teve acesso.
Na análise, que já incorpora
política
os últimos dados divulgados M´tumuke na
pelo Fundo Monetário Inter- China para
nacional (FMI) este mês, o reforço da
analista John Ashbourne es- cooperação
creve que “uma crise... bilateral
paG 2 páG 6

tiku 15!
Liberdade de
expressão
- R. Chilengue
páG 5

Dívida pública na África subsaariana
A situação é pior em Angola, Gana, Nigéria e Zâmbia, mas a Nigéria é o país mais preocupante
porque 60% da receita federal serve apenas para pagar a dívida – diz nota enviada aos
investidores da consultora Capital Economics
A consultora Capital Econom-
ics considera que o nível ger-
al de dívida pública na África
subsaariana é como uma
“bandeira vermelha a pis-
car”, alertando que a dívida
é “muito menos estável do
que parece”.
“As preocupações sobre o
aumento da dívida pública
em África têm-se focado em
Moçambique e na Zâmbia,
mas a situação no resto do
continente é menos estável
do que parece à primeira
vista”, lê-se numa nota envi-
ada aos investidores, e a que
a Lusa teve acesso.
Na análise, que já incorpora
os últimos dados divulgados
pelo Fundo Monetário In-
ternacional (FMI) este mês,
o analista John Ashbourne
escreve que “uma crise a
toda a escala pode não es-
tar iminente, mas os juros
da dívida vão subir em toda
a região” no futuro próximo.
O nível da dívida pública face
correio da manhã • outubro 2018
economia & negócios
ao PIB na África subsaariana
está nos 55%, em linha com
o valor para os mercados
emergentes no geral, e só
alguns países, como Angola
ou Moçambique, têm per-
centagens superiores, mas
este valor não espelha, diz a
Capital Economics, os verda-
O ano de 2017
deiros perigos.
caracterizou-se
“Primeiro, os rácios da dív-
ida face ao PIB têm dispara-
por uma
do nos últimos anos, e as
tendência de
experiências passadas sug-
erem que as crises da dívida
aumento de preços
estão associadas com súbi-
de Janeiro a Abril
tos aumentos no endivida-
mento, mais do que com a
dívida a atingir um número
arbitrário do PIB”, lê-se na
nota, que acrescenta que a
subida do endividamento
nos últimos anos foi de 12
pontos percentuais nos
mercados emergentes, mas
foi de 27 pontos percen-
tuais na África subsaariana.
“Em Moçambique, Angola e
Zâmbia o rácio subiu mais
2
de 30 pontos percentuais”,
aponta a Capital Economics.
Em segundo lugar, a con-
sultora britânica afirma que
olhar apenas para o rácio da
dívida face ao PIB “dá uma
impressão errada do nível
da dívida dos governos afri-
canos” porque a maior parte
dos governos não consegue
taxar a economia informal, o
que faz com que, por exem-
plo, “o PIB da Nigéria seja
maior que o da Irlanda, mas
os recursos financeiros de
Abuja representem apenas
um terço do tamanho de
Dublin”.
Por outro lado, adiantam, as
dívidas dos governos afri-
canos, quando medidas em
função dos custos reais de
endividamento, “são muito
mais caras que o rácio face
ao PIB sugere”, o que se tor-
na mais evidente quando se
compara o custo de servir a
dívida com as receitas que
os governos coletam.
Os custos de servir a dívida
subiram em toda a região, e
“são agora mais altos do que
em qualquer outra parte do
mundo emergente; enquan-
to a maior parte dos gover-
nos africanos costumava
dedicar 10% das receitas
ao pagamento aos credores,
estes níveis subiram para
20 ou 30%  na  maior parte
dos países”, lê-se na análise
assinada por John Ash-
bourne.
“A situação é pior em Ango-
la, Gana, Nigéria e Zâmbia,
mas a Nigéria é o país mais
preocupante porque 60%
da receita federal serve ap-
enas para pagar a dívida”,
lê-se na análise, que isenta
a China da responsabilidade
de favorecer um aumento
das dívidas.
Os analistas muitas vezes
culpam a China, “mas o pa-
pel de Pequim é frequente-
mente exagerado”, diz,
citando um estudo da ONG
Comité para o Jubileu da
Dívida, que concluiu que a
dívida africana aos chineses
representa apenas 20% da
dívida externa total.
“Assim, o fardo de qualquer
reestruturação motivada por
uma crise da dívida cairia es-
sencialmente nos credores
privados, e não nos gover-
nos ocidentais ou agências
de desenvolvimento, como
foi o caso no passado”, diz a
Capital Economics, usando o
exemplo do incumprimento
financeiro de Moçambique
para realçar que “as nego-
ciações emperradas com os
credores privados mostram
bem como esses esforços
podem pesar nos mercados
e na economia”.
redacção

Sonhos dos jovens associados
a estímulos contribuem para
o desenvolvimento
A valorização das ideias
e dos sonhos dos jovens
pode contribuir para o de-
senvolvimento sustentável
de Moçambique, principal-
mente se estiver associada
ao estímulo à inovação e ao
empreendedorismo, defen-
deu Alfredo Lemos, director
de Operações do Standard
Bank, durante o encerramen-
to da segunda edição do
#ideate Bootcamp, um pro-
grama de imersão empre-
sarial organizado pelo banco,
através da sua Incubadora de
Negócios, com o suporte téc-
nico da ideiaLab.
A iniciativa, que decorreu
entre os dias 18 e 20 de Ou-
tubro e que contou com a
participação de 42 jovens,
foi concebida para transmitir
ferramentas essenciais para
elevar uma ideia aos níveis
de implementação e cresci-
mento, ajudando os jovens,
correio da manhã • outubro 2018
negócios
em particular, a resolver os
problemas das comunidades
de forma simples e criativa,
para além de gerar postos de
trabalho.
Conforme explicou Alfredo
Lemos, através do #ideate
Bootcamp, o Standard Bank
pretende contribuir activa-
mente para o crescimento
do País, “criando um espaço
onde os jovens possam ex-
por as suas ideias e sonhos
e aprender a transformá-los
em negócio”.
“Estamos implantados em
Moçambique há 124 anos
e julgamos ser importante
retribuir o que o País tem
dado ao Standard Bank. Que-
remos, através do apoio aos
jovens, ajudar a resolver os
principais problemas das
comunidades nos diversos
sectores, tais como o agro-
-negócio, a saúde, o comér-
cio, entre outros”, disse o
3
director de Operações do
Standard Bank.
Durante os três dias, foram
transmitidas aos partici-
pantes ferramentas impor-
tantes para a estruturação
de uma ideia de negócio,
bem como formas de abor-
dar o mercado no qual se
pretende implementar a
ideia.
Na formação, os partici-
pantes foram submetidos
ao processo de Lean Star-
tup e Design Thinking para
entender os desafios da
comunidade e validar os
seus pressupostos; design
e construção de um Produto
Mínimo Viável (MVP) e con-
strução do Value Proposition
Canvas e do Business Model
Canvas das várias ideias de
negócio.
No fim, os jovens fizeram
um Pitch (apresentação)
dos seus projectos, tendo
aplicado os conhecimentos
adquiridos na formação e
as sugestões colhidas do
público  interpelado nas ar-
térias da cidade durante o
processo de validação das
ideias.
Para a coordenadora do
#ideate Bootcamp, Adelina
Nhanala, os participantes
demonstraram maturidade
e dedicação durante a for-
mação, o que contribuiu
para a qualidade das ideias
por si apresentadas.
“As soluções que eles apre-
sentaram para os proble-
mas das comunidades são
inovadoras e diferentes
umas das outras. A entrega,
por parte dos jovens, e as
ferramentas adquiridas du-
rante o #ideate Bootcamp
foram importantes para
esta evolução”, realçou
Adelina Nhanala, para quem,
depois desta formação, os
participantes já se sentem
estimulados a apostar no
empreendedorismo.
Por sua vez, os partici-
pantes consideraram que a
formação serviu, principal-
mente, para despertá-los
para as oportunidades que
o mercado oferece, para
além transmitir ferramentas
para tirar proveito delas (as
oportunidades).
“Os jovens têm falta de
plataformas ou iniciativas
como o #ideate Bootcamp,
que ajudam a abrir as nos-
sas mentes. Cheguei aqui
sem saber como materia-
lizar as minhas ideias, mas
durante os três dias apren-
di muito e já me sinto pre-
parado e com ferramentas
necessárias para dar corpo
aos projectos que tenho”,
afirmou José Psico Júnior,
um dos participantes.
Yúnicie Monjane é em-
preendedora (beleza e
venda de roupa plus size) e
considerou que os conteú-
dos ministrados no #ideate
Bootcamp mudaram a sua
visão sobre o mercado no
qual actua.
“Há muita coisa que vai
melhorar no meu negócio.
Graças ao #ideate Boot-
camp já sei lidar como os
meus clientes e como me
comportar perante eles,
já sei que estratégias devo
usar para abordar o merca-
do, etc. Acho que esta for-
mação devia ser contínua”,
defendeu Yúnicie Monjane.
redacção
 correio da manhã • outubro 2018

economia & negócios

Metical fecha semana

estável face ao euro e USD
A moeda moçambicana, o A semana passada foi a
Metical, fechou a última primeira com cinco dias
semana sem oscilações úteis de transações, após
de relevo face ao euro e três semanas mais curtas,
ao dólar norte-americano, com menos um dia cada,
de acordo com as taxas de devido a feriados e à re-
câmbio diárias divulgadas alização das eleições au-
pelo Banco de Moçambi- tárquicas.
que (BM). Taxas de câmbio médias de
Durante a última semana, o referência do euro em meti-
euro foi oficialmente com- cais:
prado em Moçambique a
uma média de 69,15 meti- Euro compra venda
cais enquanto a venda foi 19/Out 68,74 70,08
feita em média a 70,52 me- 18/Out 68,97 70,34
ticais, ou seja, praticamente 17/Out 69,29 70,65
sem diferenças em relação à 16/Out 69,39 70,77
semana anterior. 15/Out 69,37 70,76
Em relação ao dólar norte-
-americano, cada unidade Média 69,15 70,52
da moeda norte-americana
foi comprada em média, na Taxas de câmbio médias de
última semana, a 59,95 me- referência do dólar america-
ticais, enquanto a venda foi no em meticais:
feita em média a 61,14 me- USD compra venda
ticais. 19/Out 59,98 61,16
A “nota verde” é a moeda 18/Out 59,95 61,14
que serve de base de cál- 17/Out 59,96 61,14
culo às taxas de câmbio de 16/Out 59,93 61,12
referência para as outras 15/Out 59,92 61,12
moedas em Moçambique e
também não registou osci- Média 59,95 61,14
lações. Fonte: Banco de Moçambique

PREVISÃO DE TEMPO
CANAL DO TEMPO

TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

23 Outubro 24 Outubro 25 Outubro 26 Outubro 27 Outubro
FONTE

27º 16º 29º 17º 31º 18º 31º 18º 28º 19º

Ficha técniica
Primeiro jornal ilustrado transmitido por FAX, E-mail e entregue por estafeta no ende- cDH/R
reço desejado (só cidade de Maputo), de 2ª a 6ª-feira.
Propriedade da SOJORNAL Sociedade Jornalística, Avenida Filipe Samuel Magaia,
528-3º Flat 6, Maputo Moçambique - C.P. 1756
website: www.correiodamanhamoz.comE-Mail: correiodamanha@tvcabo.co.mz /
redaccao@correiodamanhamoz.com / editor@correiodamanhamoz.com
Tel.: Redacção: 21305322/3 - Editor: 21305326 - Fax: 21305321/8; móvel: 841404040
Os artigos de opinião inseridos nesta edição são da inteira responsabilidade dos respectivos autores e não
reflectem necessariamente o ponto de vista nem a linha editorial deste jornal.

4

Reabertura das “torneiras”
Reabertura da “torneiras”
Tímida e paulatinamente,
parece que as “torneiras”
dos parceiros de cooperação
de Moçambique se estão
reabrindo, depois de terem
sido fechadas em 2016
quando foram descobertas
as chamadas dívidas ocultas
contraídas durante o consu-
lado do presidente Arman-
do Emílio Guebuza.
Só esta semana pelo menos
dois sinais substanciais des-
sa “abertura” foram dados
publicamente em Maputo
Efectivamente, o Banco
correio da manhã • outubro 2018
economia, negócios & sociedade
Mundial anunciou esta
segunda-feira que vai dis-
ponibilizar 50 milhões de
dólares norte-americanos
para o apoio a institutos e
centros técnico-profissio-
nais de Moçambique em
2019.
O anúncio foi feito pelo di-
rector-geral da Autoridade
Nacional de Educação Profis-
sional, Edmundo Jossefa.
“Estamos a falar de 20 insti-
tuições de educação profis-
sional, isto é, escolas do en-
sino técnico e de centros de
formação profissional que
5
são tutelados pelo Ministé-
rio do Trabalho, Emprego e
Segurança Social”, afirmou
Edmundo Jossefa.
A verba será usada a partir
de Junho do próximo ano e
é parte de um envelope fi-
nanceiro de 90 milhões de
dólares norte-americanos
prometidos em 2006 pelo
Banco Mundial para o pro-
cesso de requalificação e
reapetrechamento do en-
sino técnico-profissional
moçambicano.
“Os institutos devem ser au-
tónomos. Uma instituição
de ensino técnico é uma em-
presa de formação e de edu-
cação ao mesmo tempo”,
declarou Edmundo Jossefa.
A autonomia vai permitir
que as instituições de edu-
cação profissional tenham a
frase
Quando se respeita alguém, não queremos forçar a sua
alma sem o seu consentimento
Simone de Beauvoir (1908-1986), escritora e filósofa
liberdade de definir os crité-
rios de admissão e cursos a
ministrar.
Outro sinal de “reabertura”
foi dado esta segunda-feira
Na abertura de uma reunião
de três dias envolvendo to-
dos os secretários provin-
ciais, membros do corpo di-
rectivo da Cruz Vermelha de
Moçambique (CVM).
No encontro, foi anunciada
a retomada de ajuda de al-
guns parceiros relevantes da
CVM que haviam interrom-
pido auxílios alegadamente
devido à crise financeira
mundial.
A reunião da CVM é orien-
tada por especialistas da
Federação Internacional da
Cruz Vermelha baseada em
Genebra.
redacção

M´tumuke na China
para reforço da
cooperação bilateral
O ministro da Defesa mo-
çambicano, Atanásio
M´tumuke, iniciou esta
segunda-feira uma de visi-
ta de nove dias à República
Popular da China, a convite
do seu homólogo chines,
Wei Fenghe, para o reforço
da cooperação bilateral no
domínio militar.
Um comunicado do Mi-
nistério da Defesa de Mo-
çambique diz que Atanásio
M´tumuke vai participar no
Fórum Internacional de De-
fesa de Beijing e visitar em-
presas da indústria de Defe-
sa da República Popular da
China.
À margem do fórum, o
ministro da Defesa Nacional
moçambicano vai manter
conversações com o seu
homólogo da China, para uma
abordagem sobre questões
relacionadas com o reforço
da cooperação bilateral no
domínio da defesa.
O Presidente moçambica-
correio da manhã • outubro 2018
política & internacional
no, Filipe Nyusi, disse em
Setembro em Pequim que
a China tornou-se num dos
maiores investidores no
país: no período entre 2013
e o primeiro semestre deste
ano, foram aprovados 149
projectos correspondentes
a 751 milhões de dólares
norte-americanos de inves-
timento directo estrangeiro,
susceptíveis de criar cerca
de 20 mil postos de traba-
lho, referiu.
Nyusi destacou a presença
da China nos sectores do tu-
rismo, ecoturismo, agricul-
tura, agroindústria, minera-
ção, produção de energia e
infraestruturas.
“A República Popular da Chi-
na é o maior investidor na
indústria hoteleira e está
também na aquacultura e
pescas onde os volumes de
produção têm estado a cres-
cer anualmente”, sublinhou
Nyusi.
redacção
Presidente Cyril
Ramaphosa está doente
O Presidente da República
da África do Sul, Cyril Ra-
maphosa, está doente e o
seu gabinete tem estado a
cancelar uma série de pro-
gramas anteriormente agen-
dados pelo estadista.
Ramaphosa foi representado
neste Domingo na cerimónia
dos 100 anos do aniversário
da falecida combatente anti-
-apartheid, Albertina Sisulu,
realizada no Soweto.
Hoje o presidente sul-afri-
cano faltou a cerimonia dos
100 anos do aniversario da
falecida combatente anti-
-apartheid, Albertina Sisulu.
Segundo Kusela Diko, porta-
-voz do chefe do Estado sul-
-africano, Cyril Ramaphosa
tem infecção respiratória e
está a receber tratamento
médico tendo cancelado sua
participação em eventos pú-
blicos por conselho médico.
Presidente Cyril Ramaphosa
devia ter viajado para Repú-
blica Democrática do Congo
segunda-feira (15Out) para
participar na reunião da co-
missão bi-nacional entre os
dois países, mas a viagem
foi cancelada.
Kusela Diko disse que Rama-
phosa estava a registar me-
lhoras, mas na quinta-feira
o parlamento anunciou o
adiamento da presença do
Presidente na sessão de per-
guntas e respostas ao chefe
do Estado citando proble-
mas de saúde.
O porta-voz do parlamento
sul-africano, Moloto Motha-
po, disse que a presença do
chefe do Estado foi adiada
com base no conselho médi-
co para uma data a anunciar.
Ramaphosa foi representado
sexta-feira (19Out) no jantar
de Gala do Dia Nacional do
jornalista sul-africano.
O líder sul-africano foi igual-
mente representado pelo
seu vice-presidente, David
Mabuza, na conferência na-
cional de saúde realizada
semana finda em Joanesbur-
go.
De 65 anos de idade, Cyril
Ramaphosa assumiu o po-
der em Fevereiro deste ano
na sequência da resignação
de Jacob Zuma, cujo manda-
to na chefia do estado sul-
-africano devia terminar em
2019.
Mas Zuma foi pressionado
pelo seu partido ANC a dei-
xar o poder por causa de
escândalos de governação,
incluindo alegações de cor-
rupção generalizada com
envolvimento da família
milionária Gupta, de origem
indiana.
Cyril Ramaphosa foi vice-
-presidente de Jacob Zuma
desde 2009 sendo que em
Dezembro de 2017 foi elei-
to presidente do ANC no
Congresso 54 do movimen-
to político mais antigo em
África.
Entretanto, o poderoso sec-
tor da economia sul-afri-
cana, sensível a situação
política do país, ainda não
reagiu a doença de Rama-
phosa talvez pela pronta co-
municação prestada através
da Presidência da República
sobre o estado de saúde do
líder sul-africano.
THANGANI WA TIYANI,
CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL