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EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA

Quando publique Aforismos poéticos, tinha consciência de que não se tratava


de um livro de poemas, mas de um canteiro em que, em cova rasa, semeei sementes
de poemas que, se germinadas, poderiam resultar em colheita farta.
Isso foi percebido pela sensibilidade da competente poeta Adriana Moulin, que
encarregou-se de agricuidar da fragilidade da semente, que em suas mãos,
transformou-se em fronde coberto de flor e fruto... A colheita, apresenta-se agora
neste Aforismos a quatro mãos, livro que nasceu de um livro, e que, tenho certeza,
encontrará acolhida no celeiro do coração do leitor... É este o meu desejo.

Ribamar Silva

Não sei se saberia explicar, pois ainda não descobri se há um motivo para eu
fazer poesia com as palavras que me cercam, que povoam a minha mente e me
atordoam ao ponto de virarem versos...
Sei apenas que no momento em que li os poemas deste grande poeta e meu
amigo – Ribamar Silva – fui tomada por uma onda, uma inspiração que ultrapassou
o tempo e todas as barreiras visíveis. Os versos fluíam com a naturalidade da chuva
que cai, com a simplicidade das nuvens que seguem o seu curso, impelidas pelo
vento, sem questionamento... E a cada aforismo eu era tomada pelo lirismo e
inebriava-me completamente.
Foi assim...
Hoje, mais do que nunca, eu acredito que as amizades, assim como os amores,
são feitos no céu e desdobrados na terra, para que possam se transformar em
poemas inteiros, metades que antes eram, mas que encontraram o seu fim... ou o
seu começo.
Os poemas em negrito são do poeta Ribamar que, com toda a sua sensibilidade,
tocou profundamente a minha alma, desfazendo-a em linhas de costurar palavras,
que antes vagavam soltas pelo universo, mas que encontraram abrigo no mundo
dos seus versos.

Adriana Moulin

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