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Consideremos a função seno dada por f (x) = sen(x), ∀x ∈ R.O seu domı́nio é R e tem contra-
domı́nio é Df = [−1, 1]. Trata-se de uma função ı́mpar, já que sen(−x) = − sen x e o seu gráfico
é
y
1 −
x
-2π − 23 π -π − π2 π
2 π 3
2π 2π
−1 −
A função seno é uma função periódica de perı́odo 2π. Claramente esta função não é injectiva e,
como tal, à partida, não admite inversa. No entanto, podemos considerar infinitas restrições para
as quais a função seno admite inversa.
h π πi
Seja A = − , e consideremos a restrição da função seno a este intervalo, f|A , a qual
2 2
designamos por restrição principal. A função f|A é injectiva, pelo que podemos tomar a sua função
inversa arco-seno: h π πi
−1
f|A : [−1, 1] → − ,
2 2
x 7 → arcsen x
função essa que a cada x faz corresponder o arco cujo seno é x, tem por domı́nio [−1, 1] e contra-
h π πi
domı́nio − , . O seu gráfico é
2 2 y
π
2− • f (x) = arcsen(x)
| |
-1 1 x
• − π2 −
h π πi
Nota 1. Para cada x ∈ − , temos y = sen x ⇔ arcsen y = x.
2 2 h π πi
Nota 2. Restringindo a função seno a qualquer intervalo da forma kπ − , kπ + , com k ∈ Z,
2 2
obterı́amos uma função injectiva e podı́amos então falar da função que a cada x ∈ [−1, 1] faz
corresponder o arco cujo seno é x, nessa restrição.
1.2 Cos-seno e arco co-seno
Consideremos agora a função co-seno, dada por g(x) = cos(x), ∀x ∈ R. O seu domı́nio é R e tem
como contradomı́nio Dg = [−1, 1]. Trata-se de uma função par, já que cos(−x) = cos x e o seu
gráfico é
y
1 −
x
-2π − 23 π -π − π2 π
2 π 3
2π 2π
−1 −
A função co-seno é uma função periódica de perı́odo 2π. Claramente esta função não é injectiva
e, como tal, à partida, não admite inversa. No entanto, podemos considerar infinitas restrições
para as quais a função co-seno admite inversa.
Seja B = [0, π] e consideremos a restrição da função co-seno a este intervalo, g|B , a qual
designamos por restrição principal. A função g|B é injectiva, pelo que podemos tomar a sua função
inversa arco co-seno
−1
g|B : [−1, 1] → [0, π]
x 7→ arccos x
função essa que a cada x faz corresponder o arco cujo co-seno é x, tem por domı́nio [−1, 1] e
contradomı́nio [0, π]. O seu gráfico é y
• π−
π
2 − y = arccos(x)
| •|
x
-1 1
Nota 4. Restringindo a função co-seno a qualquer intervalo da forma [kπ, kπ + π], com k ∈ Z,
obterı́amos uma função injectiva e podı́amos então falar da função que a cada x ∈ [−1, 1] faz
corresponder o arco cujo co-seno é x, nessa restrição.
2
1.3 Tangente e arco tangente
π
Consideremos T = x ∈ R : x 6= 2 + kπ, k ∈ Z e a função tangente dada por h(x) = tg x, ∀x ∈
T .O seu domı́nio é T , tem contradomı́nio CDh = R e o seu gráfico é
- 23 π -π - π2 π
π 3 x
2 2π
A função tangente é periódica de perı́odo π, em todo o seu domı́nio. Esta função não é injectiva,
pelo que, à partida, não admite inversa. No entanto, podemos considerar infinitas restrições para
as quais a função tangente admite inversa.
i π πh
Seja C = − , e consideremos a restrição da função tangente a este intervalo, h|C , a qual
2 2
designamos por restrição principal. A função h|C é injectiva, pelo que podemos tomar a sua função
inversa arco tangente
−1 i π πh
h|C :R → − ,
2 2
x 7 → arctg x
função essa que a cada x faz corresponder o arco cuja tangente é x, tem por domı́nio R, contra-
i π πh
domı́nio − , e o seu gráfico é y
2 2
π
2−
− π−
2
i π πh
Nota 5. Para cada x ∈ − , temos y = tg x ⇔ arctg y = x.
2 2
3
1.4 Co-tangente e Arco co-tangente
- 32 π -π - π2 π
π 3 x
2 2π
Claramente que a função co-tangente não é injectiva e como tal, à partida, não admite inversa. No
entanto, podemos considerar infinitas restrições para as quais a função co-tangente admite inversa.
Seja D =]0, π[ e consideremos a restrição da função co-tangente a este intervalo, i|D , a qual
designamos por restrição principal. A função i|D é injectiva, pelo que podemos tomar a sua função
inversa arco co-tangente
−1
i|D :R → ]0, π[
x 7→ arccotg x
função essa que a cada x faz corresponder o arco cuja co-tangente é x, tem por domı́nio R,
contradomı́nio ]0, π[ e o seu gráfico é
y
π−
π
2−
4
1.5 Fórmulas Trigonométricas
Recordemos algumas fórmulas trigonométricas que relacionam as funções acima definidas. Come-
cemos pela chamada fórmula fundamental da trigonometria:
cos2 x + sen2 x = 1
sen x cos x
tg x = cotg x =
cos x sen x
1 1
1 + tg2 x = 1 + cotg2 x =
cos2 x sen2 x
sen(x ± y) = sen x cos y ± sen y cos x cos(x ± y) = cos x cos y ∓ sen x sen y
5
2 Funções Hiperbólicas
Definição 1. Definimos a função seno hiperbólico da seguinte forma
f :R → R
ex − e−x
x 7→ senh x =
2
O seu domı́nio e contradomı́nio é R e trata-se de uma função ı́mpar, pois senh(−x) = − senh x.
f :R → R
ex + e−x
x 7→ cosh x =
2
O seu domı́nio é R, o contradomı́nio é [1, +∞[ e trata-se de uma função par, pois cosh(−x) = cosh x.
g(x) = cosh(x) 2
−4 −3 −2 −1 1 2 3 x 4
−1
f (x) = senh(x)
−2
−3
−4