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NOVA ANDRADINA – MS
2018
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NOVA ANDRADINA – MS
2018
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“Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem.”
Salmos 128:2
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RESUMO
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the domestic employee in relation to the legal
evolution of their rights from the Federal Constitution of 1923 until Complementary Law
150/2015, exposing the concept of domestic employee in relation to other employees,
showing rights and guarantees. Through this analysis, it can be verified that
Complementary Law No. 150/2015 brought rights to domestic servants based on the
principles of the Federal Constitution of 1988. Thus, a detailed analysis of some of the
innovations brought by Complementary Law No. 150/2015. Finally, on the rights
granted to domestic servants and the Brazilian reality, what actually happens in the
day-day in relation to the condition of the domestic employer and the difficulty in hiring
a domestic employee.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
CONCLUSÃO............................................................................................................ 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
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INTRODUÇÃO
Por fim, no quarto capítulo será feita uma comparação dos direitos conferidos
aos domésticos com a realidade brasileira, sendo tratado dos pontos que estão
deixando as pessoas com receio de contratar um empregado doméstico, pela
exigências que a lei traz acerca dos direitos conferidos a esta categoria e a
inobservância do legislador na diferença da condição financeira do empregador
doméstico com o empregador não doméstico.
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Com a falta de amparo legal, começou se a usar o Código Civil de 1916, que
regulamentava as relações trabalhistas como sendo uma relação de “locação de
serviço”. (MARTINS, 2012, p. 03).
Com o advento da Lei n° 5859 de 1972, trouxe alguns direitos como, por
exemplo, benefícios e serviços da previdência social, férias anuais com o adicional de
um terço, etc.
Ainda que com enormes avanços, alguns direitos continuavam com pendencia
de regulamentação, não entrando em vigor. Isso gerou grande confusão, pois uma
parcela da doutrina defendia aplicação imediata, enquanto outra sustentava que
somente uma legislação infraconstitucional posterior lhes conferiria eficácia.
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A LC n° 150/2015 acabou com a discussão que havia antes dela sobre quantos
dias de trabalho caracterizariam o vínculo de emprego como empregado doméstico e
não como diarista. Ela define em seu artigo 1° o doméstico como aquele “que presta
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não
lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias
na semana”. Em seu Parágrafo Único do referido artigo veda o trabalho para os
menores de 18 anos.
Para aqueles que estão em dividas com o INSS de seu empregado, a nova lei
trouxe o Programa de Recuperação Previdenciária dos Empregadores Domésticos
(REDOM). Esse programa parcela a divida em 120 meses, isenta o devedor de multas
e garante desconto de 60% nos juros referente ao tempo que ficou sem recolher.
Por muitos anos houve duas correntes para a chamada “natureza continua”,
a primeira é o artigo 1º da antiga Lei n. 5.859, que foi revogada pela LC 150/2015
que, por sua vez, traz em seu texto a mesma expressão “natureza continua”; a
segunda derivou-se do artigo 3º da CLT, trazendo a expressão “natureza não
eventual”. A primeira corrente entende que a análise do trabalho continuo é feita
com os mesmos critérios da análise feita para o trabalho não eventual previsto na
CLT. Tendo entre os que defendem essa corrente (MARTINS, 2001, p. 135),
entende que quanto aos domésticos, “os serviços podem ser prestados em forma
continua e ininterrupta ou em forma periódica; uma vez por semana, três vezes
por semana, uma vez a cada quinze dias etc.”, não afetando a caracterização do
trabalhador doméstico.
Neste caso o motorista particular que por mais de 3 (três) dias na semana
comparecer a residência para levar as pessoas ou a família para realizar atividades
pessoais ou de trabalho será considerado empregado doméstico. Nesse sentido,
aproveita-se o seguinte julgado:
Será doméstico o empregado que laborar em sitio que não explore atividade
econômico-lucrativo. Nesse sentido:
3 AS INOVAÇÕES DA LC N° 150/2015
3.4 Viagens
3.8 Férias
VII - (VETADO);
Vale ressaltar, que para os empregados que forem dispensados sem justa
causa, a LC 150/2015 dispõe sobre o direito destes em relação a multa de 40% sobre
os depósitos do FGTS.
3.11 Vale-transporte
3.12 Salário-família
No que tange a fiscalização do trabalho essa será feita pelo auditor fiscal do
trabalho, para verificar se as regras aplicadas ao contrato de trabalho doméstico estão
sendo cumpridas. Porém, essa fiscalização acontecerá por parte de agendamento do
empregador.
isso torna-se necessária uma atenção especial, para que essa categoria de
trabalhadores não pague pela não observância do legislador.
Portanto, é preciso que haja uma lei que observe os dois polos da relação
empregatícia para que se tenha o real cumprimento do que está previsto na legislação
por ambas as partes, empregado e empregador doméstico.
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CONCLUSÃO
Por outro lado, as famílias terão que se reorganizar financeiramente, pois com
a Lei Complementar nº 150/2015 os gastos para ter um empregado doméstico
aumentou e em muitos casos são incompatíveis com a realidade brasileira, pois a
condição de um empregador doméstico na maioria das vezes não é a mesma de um
empregador urbano e rural. Diante disso, o presente trabalho busca uma reflexão
sobre os benefícios previstos na LC nº 150/2015 e a efetivação desta no dia a dia dos
empregados e empregadores domésticos.
REFERÊNCIAS
CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho. 10 ed. São Paulo: Método, 2014.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc72.htm. Acesso
em 24 de maio de 2018.
Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil.
Rio de Janeiro, 05 de jan. 1916. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L3071.htm. Acesso em 23 de abril de 2018.
LEITE, Carlos Bezerra. A Nova Lei do Trabalho doméstico, São Paulo: Saraiva,
2015.
MARTINEZ, Luciano. Curso de direito do trabalho. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
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https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/253063852/recurso-de-revista-rr-
19331320105150067/inteiro-teor-253063875?ref=juris-tabs. Acesso em 05 de
março de 2018.