Você está na página 1de 3

Cinco dicas para empreender no ramo de doces e chocolates

A comercialização de alimentos e bebidas costuma ser um ramo sempre


atrativo para quem pensa em abrir o próprio negócio. A aproximação de
datas comemorativas com forte apelo gastronômico (como a Páscoa, famosa
pela venda de ovos e outros produtos de chocolate) é um fator estimulante

para os potenciais empreendedores.

Porém, é preciso levar em conta alguns pontos antes de tomar a decisão de


abrir um empório, uma doceria ou outro tipo de estabelecimento que venda

itens comestíveis.

Veja abaixo cinco dicas que podem ajudar o empreendedor na decisão:

1 - Segundo Roberto Kanter, consultor de empresas e professor da FGV do


Rio, o primeiro passo (e que vale para qualquer negócio) é definir com
clareza o público-alvo, fazer pesquisa de mercado para encontrar referências
positivas no setor e decidir se possui talento/vocação para produzir os

produtos ou se deve se alinhar a uma franquia.

“Importante entender que montar uma revenda de pudins ou bolos usando


a cozinha de casa é interessante no início, mas não pode ser levado em
consideração enquanto modelo de negócio a médio e longo prazo”. É
preciso ainda aprender sobre mix de produtos e/ou serviços que vai oferecer
em termos de variedade de categorias (bolos, biscoitos, brigadeiros,
refrigerantes, sucos, etc.), de sortimento (marcas que vendem cada uma das
categorias) e profundidade (tipos diferentes de produtos de cada categoria,

tamanhos diferentes e a quantidade necessária em estoque de cada uma).

2 - Jamais optar por um negócio somente porque ele “está na moda”.


Kanter explica que o empreendedor precisa se identificar com o produto e,
naturalmente, gostar de interagir com pessoas. “Quem não gosta de vender
e se conectar com outras pessoas não deve montar um comércio”, diz.
“Entrar em um mercado só porque o mesmo parece promissor ou ainda
porque está baseado em algum modelo consagrado ou de sucesso não são
boas portas de entrada”, concorda o especialista em varejo Caio Camargo.
Ele destaca que entender e conhecer bem o negócio ainda é uma das
grandes chaves para o sucesso. “Buscar qualificação e cursos em áreas que
não domina, como a administração financeira, pode também ajudar a

alcançar seus objetivos.”

3 - “Testar” os produtos com parentes, eventuais colegas de trabalho e


amigos para saber a real aceitação do produto é fundamental. Outros
pontos importantes são ter um diferencial, seja em termos de ingredientes
(sem fugir muito do tradicional), na forma de apresentação e/ou,
principalmente, no atendimento, e como atingir potenciais consumidores

e/ou novos nichos de mercado.

4 - Cuidados com a higiene, a validade e a entrega rápida são essenciais


quando se trata do ramo da venda de alimentos. “Todo negócio que envolve
alimentação de algum tipo, mesmo que não preparada no local, deve tomar
cuidados em relação à validade e conservação. Produtos como chocolates
sofrem muito com o calor, e se não estiverem expostos de maneira
apropriada podem se tornar pouco atrativos e estragar com maior

velocidade”, aponta Camargo.

5 - Comunicação, divulgação e promoção: aproveitar datas nas quais a


procura por doces e chocolates é alta, como a Páscoa, e oferecer produtos
diferentes pode ajudar a incrementar as vendas. Mas para isso não basta
inovar na mercadoria, tem que informar e atrair o cliente. “Só lembramos da
Páscoa poucas semanas antes, então o empresário precisa se planejar com
antecedência para a data, contatar potenciais clientes e sondar a demanda
para não produzir ou comprar demais e ficar com sobras muito específicas
da data, como ovos de chocolate”, frisa o diretor da Expo Brasil Chocolate,

feira especializada no doce, Luis Machado.

Como os consumidores buscam bom sortimento e bons preços, vale expor


de maneira volumosa os produtos especiais para a data e/ou usar materiais
de decoração para ambientar a loja. “O empreendedor pode fazer
promoções, oferecendo brindes para compras de maior volume e, nos dias
mais próximos à Páscoa, trabalhar o consumidor para compras maiores,
evitando o encalhe de produtos e oferecendo vantagens do tipo ‘pague 2 e
leve 3’”, indica Álvaro Furtado, presidente do Sindicato do Comércio Varejista

de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga).

Você também pode gostar