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Sted, Thc que an 3 jam oe cen pAb 1S A escolha do Estado social! Pestunilor dp Cert Etude dew Meunemerit Sariaun, Taber itti assasrandes te . CNRS 6 plinsar da ere des Pastis Ururtin em Se inetss ‘Svwiales THES Phi, Trane intervengaa do Estado para dar conta das dificuldades cla vida coletiva € colocada em questo pela nea-liberalis- mo, que denuncia seu custo exorbitante e 08 efeitos per- versos que cla proveca ao desrespunsabilizar o indivieluo © av asfixiar os recursns da soc jedade civil. Este posicionamento em relacac: an Estado tem suo pripria logica, derivade da Preponderincia dada 20 ponte de vista do individua em detrimento da coletive. Poder-se-ia Bosicoes preconcebidas e seus limites, bom coma sua ineapacidade de levar em conta a fate de que’ a individuo nae pode existir na soviedade sem um mining de apoios eoletivos. Corersesia entdo 0 tisea de the contrapor 4s prdprias pasicdes precuncebidas.e as Proprios limites da posicao contra ria. € previsamente oste o risco que serd assumida aqui. Sera delineaclus, de uma mancira hipetética-dedutiva / OS PressUPastos iniciaiy @ as principais articulagées lipicas do. regime de pensamenty no qual u Estacta & levado a “ullre criticar este posicionamenta, destacando suas 1 Law ety ex antersimnite pain avksvm ALIVLRCAEON, Ph: MMARTIN. fh SOVALNBLAIT.P; TAILLARID w 1 Heat a1 grein tke sonlal. Pari: Shien, LB Su ceproc fr neste numere ila Rowe Se wokuginn fi tuto znd pel avers, Tou locke Ania rut pauieena tiers Dera de Sidi glacde UTR, executar um papel prepanderante para regular os distuncionamentas soci- ais. Q leitor julgard por si mesmo sobre sua validade relativa @ sobre os limites evertuais desta abordagem. © papel sacial do Estado, que chamaremos de Estado social em lugar de Estada Providéncia por razGes que ficardo claras mais adiante, im- pie-se numa perspectiva que paderia ser qualificada como durkheimiana, tendo em vista que ela faz da integragda do individuo ao coletive uma preocupacao central. Quais saa 2s respensabilidades do Estado, que papéis ele executa, que dificuldades ele encontra enquante promotor da cocsia social? A partir dessas premissas, o Estado social é uma resposta, alids tardia, a uma velha questao que se coloca em toda seciedade, a qual, em sua forma mais geral, pode ser assim formulada: 0 que significa “ser protegida” através de que canais os individuos pertencendo a um coletivo podem beneficiar-se de recursos minimos para garantir sua sobrevivéncia quanda passam por necessidades e ndo podem enfrentar a situagao sozinhos? Quem thes consegue entdo essas garantias minimas contra os riscos da existéncia social, tratemn-se de dificuldades de ordem individual como a doenga, o acidente ou a invalidez, ou de desditas amplamente partithadas, camo an- tigamente as epidemias ou a fome ¢ hoje o desemprego de massa? O Estado social é uma das instancias capazes de intervir para procurar resolver eggas sitLagdes, em resume, para exorcizar os riscos de descolamento, de ruptura do lage social, de exclusio ou de desfiliagao que elas provocam. Mas nessa [ungdo de promator da coesdo social ele nao se contentou em responder de uma maneira pontual as situagbes criticas. Ele manifestou sua ambigdo mais elevada, estorgando-se para prevenir os riscos de dissociagac social através do desdobramento de regulamentagées gerais inscritas na legislacao (direito social ¢ proteyde social). Ele faz assim parte do plane gevernamental das sociedades modernas, (ie S@ aceitamos este tipa de pasicionamento du Estado social, ow se preferinnos os pressupostos que legitimam sua impartancia resultam varias sonseqiéncias quante ao métody de andlise a ser utilizado e quant a explicitacéo clos principais papéls que ele assume & das dificuldades que encontra para executé-los. Uma abordagem comparativa no espace e no tempo Esta posi¢te do problema exige em primeiro lugar uma abordagem histérica © comparativa, Porque, se relomamas a questo central, “o que significa ser protegido”, vemos imediatamente que efa admite respostas que variam de acordo com a8 estruturas soriais ¢ de acordo com os perio- dos histéricos, Para resumir, existe um Conjunto de protecGes que podem ser chamadas de prutegtes reconciliaté: a5, que 540 assurnidas pelo meio ambiente sacial imediato, por exempla, pela familia ou pela vizinhanga, e que ccanomizam a intervencdo de instancias @specializadas ¢, em consequéncia, a intervencao do Estado. Neste sentido, pode-se defender a tese de que existem sociedades sem social, isto &, sociedades sem instdin- Cias especializadas com esta finalidade ©, assim, sociedades nas quals o Cstado, mesmo que ele exista — a exi éncia ou ngo de sociedades sem Estada nd serd diseutida aqui ~ nao intervem come um agente protetor, a assisténcia das pessoas ou grupos cm dificuldades sendo relegada aa que chamarfamos hoje de sociedade civil, O Estade social é uma construgaa histérica cujo Surgimento pode ser datado e se pode mastrar em que condicdes sun presenga se impGe. Mas nas sociedades onde tal Estado existe nem sempre ele tem a mesma forga

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