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MARCELO ROSENTHAL
LÍNGUA PORTUGUESA – MATERIAL 07

1) (TRF) – Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas maneiras diferentes:

I. Entregues os documentos pelo correio, seguirão outras informações relativas ao processo.


Entregues os documentos, pelo correio seguirão outras informações, relativas ao processo.

II . A audiência será marcada de imediato pelo advogado e o promotor conjuntamente.


A audiência será marcada, de imediato, pelo advogado e o promotor conjuntamente.

III . É bom que se arquivem os processos que estão com o prazo vencido.
É bom que se arquivem os processos, que estão com o prazo vencido.

Com a pontuação diferente, ocorreu alteração de significado em:

a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

2) “O escândalo do Orçamento expôs definitivamente a indústria da miséria, seus exploradores – a


classe política – e os vícios do modelo centralista da administração pública.” Assinale o
comentário correto sobre o uso dos sinais de pontuação na frase acima.

a) o emprego de travessões em lugar das vírgulas, para destacar o aposto, foi utilizado a fim de
ser dada mais clareza à frase.
b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se trata de um
adjunto adverbial deslocado;
c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um aposto
explicativo;
d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo;
e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo e seu
complemento.

3) Em cada alternativa abaixo, transcreve-se um trecho do texto mediante introdução, em


destaque, de sinais de pontuação que não constam na redação original. A alternativa em que o
sinal de pontuação foi bem empregado é:

a) Somente no Rio, serão acompanhados 500 indivíduos durante um ano.


b) Todos os indivíduos do grupo estudado que fizeram testes de HIV nos CTAs, serão informados
sobre o programa e como podem participar.
c) Os voluntários terão dois médicos à disposição para o esclarecimento de dúvidas sobre AIDS e
doenças, sexualmente transmissíveis.
d) Com esse projeto, queremos: criar essa infra-estrutura no Brasil antes que se desenvolva um
produto eficaz – explicou Mauro Schechter, chefe de laboratório.
e) Comparando a quantidade de pessoas atendidas – nesses centros – com o número das quais
se interessam em participar de um teste em larga escala, avaliaremos se a população a que se
tem acesso é de tamanho suficiente para o teste – disse.

4) (CESPE-UnB) – “O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo.” Justifica-se o emprego


da vírgula porque:

a) as orações têm sujeito próprio.


b) As orações são coordenadas assindéticas.
c) A primeira oração é principal e a segunda, subordinada.
d) As orações são subordinadas.
e) A segunda oração é coordenada assindética.

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5) AFC - Assinale a opção em que o trecho foi transcrito com erro de pontuação.

a) A Independência Brasileira não foi uma revolução: ressalvadas a mudança no relacionamento


externo e a reorganização administrativa no topo, a estrutura econômico-social criada pela
exploração colonial continuava intacta, agora em benefício das classes dominantes locais.
b) Diante dessa persistência, era inevitável que as formas modernas de civilização, vindas na
esteira da emancipação política e implicando liberdade e cidadania, parecessem estrangeiras –
ou postiças, antinacionais, emprestadas, despropositadas etc., conforme as preferências dos
diferentes críticos.
c) A violência da adjetivação indica as contorções do amor-próprio brasileiro (de elite), obrigado a
desmerecer em nome do progresso, os fundamentos de sua preeminência social, ou vice-
versa, opção deprimente nos dois casos.
d) De um lado, tráfico negreiro, latifúndio, escravidão e mandonismo, um complexo de relações
com regra própria, firmado durante a Colônia e ao qual o universalismo da civilização burguesa
não chegava.
e) De outro lado, sendo posto em xeque pelo primeiro, mas pondo-o em xeque também, a Lei
(igual para todos), a separação entre o público e o privado, as liberdades civis, o parlamento, o
patriotismo romântico etc.
(SCHWARZ, Roberto, Cultura e política, p. 127-128)

MPOG – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

6) Marque a afirmação incorreta em relação ao texto seguinte.

1 A ética quixotesca está toda resumida naquele trecho da obra em que Dom Quixote
confessa a Sancho não saber o que realizava à custa de tantos trabalhos e de tantas penas. Não
3 se tratava, contudo, de decepção do utopista, pois é essencial não confundir quixotismo com
utopismo. Nosso herói não abandonou sua rotina acanhada de fidalgo manchego para fazer
um mundo melhor; muito menos inspirava-o um projeto para o homem ou para a sociedade.
6 Ele saiu em nome do ideal de emendar injustiças e punir delitos cometidos contra os mais
fracos, como mandava a ética cavalheiresca, não para impedir que, no futuro, eles voltassem
a ser praticados. O utopista, em comum com o racionalista, tem sempre um programa muito
9 preciso, e Dom Quixote tem um ideal, mas não tem projeto algum, o que é algo
eminentemente saudável numa época como a nossa, em que há demasiados projetos e poucos
ideais.
(Evaldo Cabral de Mello)

a) "está toda resumida"(l.1) pode ser substituída por resume-se toda.


b) A oração reduzida "não saber o que realizava à custa de tantos trabalhos"(l.2) pode ser
substituída por oração desenvolvida iniciada pela conjunção integrante que, fazendo-se
as adaptações necessárias.
c) Em "Não se tratava…"(l.2) o verbo é impessoal.
d) Se suprimidas as vírgulas usadas no segundo período do texto prejudicam-se sua
clareza, correção e legibilidade.
e) Em "inspirava-o"(l.7) o pronome refere-se ao sintagma "mundo melhor",(l.9) que o
precede no enunciado.

7) MPOG - Em relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto, assinale a opção correta.

O modo solidário de produção e distribuição parece à primeira vista um híbrido


entre o capitalismo e a pequena produção de mercadorias. Mas, na realidade, ele
constitui uma síntese que supera ambos. A unidade típica da economia solidária é a
cooperativa de produção, cujos princípios organizativos são: posse coletiva dos

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meios de produção pelas pessoas que as utilizam para produzir; gestão democrática
da empresa ou por participação direta (quando o número de cooperadores não é
demasiado) ou por representação; repartição da receita líquida entre os cooperadores
por critérios aprovados após discussões e negociações entre todos; destinação do
excedente anual (denominado sobras) também por critérios acertados entre todos os
cooperadores. A cota básica do capital de cada cooperador não é remunerada, somas
adicionais emprestadas à cooperativa proporcionam a menor taxa de juros do
mercado.
(Paul Singer)

a) Se a expressão “à primeira vista”(l.1) estivesse entre vírgulas, o período ficaria gramaticalmente


prejudicado.
b) O sinal de dois-pontos(l.4) justifica-se por anteceder citação de depoimento alheio ao autor do
texto.
c) As três ocorrências de sinal de ponto-e-vírgula (l.5, 7 e 9) têm justificativas gramaticais
diferentes.
d) Se o emprego de parênteses(l. 6,7, e 9) for substituído por vírgulas, a coerência do texto fica
prejudicada.
e) Os parênteses que isolam a expressão “denominado sobras”(l.9) podem, sem prejuízo para o
texto, ser substituídos por travessões ou por vírgulas.

Questão 8 a 15 – AFRF-

8- Em relação ao texto, assinale a opção correta.

IBGE e BNDES mostraram que a desesperança nas cidades pequenas empurra a força
de trabalho para as médias, que detêm maior dinamismo econômico. A carga da pesada
máquina administrativa das pequenas “cidades mortas” é paga pelas verbas federais do
Fundo de Participação dos Municípios. A economia local nesses municípios, como o IBGE
também já mostrou, é dependente da chegada do pagamento dos aposentados do
Instituto Nacional de Seguridade Social. O seminário “Qualicidade”, por sua vez,
confirmou que a favelização é produto de “duas ausências”, a do crescimento econômico
e a de política urbana. (Gazeta Mercantil, 17/10/2005, Editorial)

a) A forma verbal “detêm” (l.2) está no plural para concordar com “cidades pequenas” (l.2).
b) A expressão “é paga” (l.3) concorda com “máquina administrativa” (l.4).
c) As vírgulas após “municípios” (l.4) e após “mostrou” (l.5) justificam-se por isolar oração
intercalada entre termos da oração principal.
d) O emprego de dois-pontos após “duas ausências” (l.7), no lugar da vírgula, prejudica a correção
do período.
e) A presença de artigo definido feminino singular, em suas duas ocorrências (l.7 e 8), indica que
se pode subentender após o artigo a repetição da palavra “favelização”(l.7).

Leia o texto a seguir para responder às questões 9 e 10.

Enquanto o patrimônio tradicional continua sendo responsabilidade dos Estados, a


promoção da cultura moderna é cada vez mais tarefa de empresas e órgãos privados.
Dessa diferença derivam dois estilos de ação cultural. Enquanto os governos pensam sua
política em termos de proteção e preservação do patrimônio histórico, as iniciativas
inovadoras ficam nas mãos da sociedade civil, especialmente daqueles que dispõem de
poder econômico para financiar arriscando. Uns e outros buscam na arte dois tipos de
ganho simbólico: os Estados, legitimidade e consenso ao aparecer como representantes
da história nacional; as empresas, obter lucro e construir através da cultura de ponta,
renovadora, uma imagem “não interessada” de sua expansão econômica.
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações)

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9- Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes inferências a respeito do texto.

( ) O Estado e a sociedade civil são co-responsáveis por ações culturais, cada um no seu âmbito.
( ) Não existe preservação do patrimônio histórico sem produção de cultura de ponta.
( ) Ambos os estilos de ação cultural identificados no texto produzem ganhos simbólicos.
( ) Financiar iniciativas culturais inovadoras implica incorrer em riscos econômico-financeiros.
( ) A arte pode servir para camuflar interesses econômicos expansionistas.
( ) Só pela atuação cultural, os Estados podem tornar-se representantes da história nacional.

A seqüência de respostas corretas é

a) V-V-F-F-V-F
b) V-F-V-V-V-F
c) V-F-F-V-V-V
d) F-F-V-F-F-V
e) F-V-V-F-V-F

10- Assinale a alteração na pontuação que provoca incoerência textual ou erro gramatical no texto.

a) A substituição do ponto final depois de “cultural” (l.3) por dois-pontos.


b) A substituição dos dois-pontos depois de “simbólico” (l.7) pelo sinal de ponto-e-vírgula.
c) A substituição do sinal de ponto-e-vírgula depois de “nacional” (l.8) pela conjunção e.
d) A inserção de uma vírgula depois de “construir” (l.8).
e) A retirada da vírgula depois de “ponta” (l.8).

11- As opções trazem o diagnóstico e a indicação de correção do que estiver gramatical e


lingüisticamente errado no trecho abaixo. Assinale a letra que for verdadeira tanto para o
diagnóstico quanto para a indicação de correção.

Podemos prever o traço fundamental do comércio colonial: ele deriva imediatamente do


próprio caráter da colonização, organizada como ela está na base da produção de
gêneros tropicais e metais preciosos para o fornecimento do mercado internacional. É a
exportação desses gêneros, pois, que constituirá o elemento essencial das atividades
comerciais da colônia. O comércio exterior brasileiro é todo ele, pode-se dizer, marítimo.
Nossas fronteiras atravessavam áreas muito pouco povoadas, quando não inteiramente
indevassadas. A colonização portuguesa vinda do Atlântico, e a espanhola, quase toda do
Pacífico, mal tinham ainda engajado suas vanguardas, de sorte que entre ambas ainda
sobravam vastos territórios ocupados. Circunstância essa ditada por contingências
geográficas e econômicas, e que tem grande significação política e administrativa, pois
facilitou, pode-se dizer mesmo que tornou possível, o monopólio do comércio da colônia
que a metrópole pretendia para si. Foi bastante reservar-se a navegação, providência
muito mais simples que uma fiscalização fronteiriça – difícil, se não impraticável, nos
extensos limites do país.
(Caio Prado Júnior, História econômica do Brasil, com adaptações)

a) Diagnóstico do erro: vírgulas isolando a conjunção “pois”(l.4) Indicação de correção: suprimir a


vírgula posterior à referida conjunção.
b) Diagnóstico do erro: pontuação da expressão “vinda do Atlântico”(l.7). Indicação de correção:
colocá-la entre parênteses, sem a vírgula após “Atlântico”.
c) Diagnóstico do erro: falta de concordância verbal no verbo “tinham” (l.8). Indicação de correção:
empregar o referido verbo no singular.
d) Diagnóstico do erro: incoerência textual no emprego do adjetivo “ocupados” (l.9). Indicação de
correção: substituí-lo por inocupados.
e) Diagnóstico do erro: mau emprego do travessão, na linha 13. Indicação de correção: eliminá-lo.

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12- Assinale o segmento inteiramente correto quanto ao emprego dos sinais de pontuação. (Tome
os segmentos como partes consecutivas de um texto)

a) Vários autores acreditam que o romance, Frankenstein, de Mary Shelley foi decisivo para o
estabelecimento de uma visão negativa da ciência; mostrou pela primeira vez, a imagem do
cientista tomado pela paixão e pela loucura, “criando” um monstro que foge ao seu controle e
ameaça a sociedade. Surgia o “cientista louco” e a ciência como um instrumento perigoso e
incontrolável.
b) Segundo Wolpert, “foi Mary Shelley quem criou o monstro de Frankenstein não foi a ciência;
mas sua imagem é tão poderosa, que alimentou medos sobre a engenharia genética que difi
cilmente serão removidos”. Não se poderia imaginar que aquela alegoria seria tão nefasta para os
cientistas.
c) O livro de Mary Shelley é considerado o primeiro livro de fi cção científi ca, mas o tratamento
dado à figura dos cientistas, nas obras de ficção científica que o sucederam, não melhora a
imagem do cientista. Num estudo em que se pediu que crianças, adolescentes e adultos
definissem um cientista, por meio de desenho, a imagem que apareceu não foi positiva.
d) A visão estereotipada do cientista – cara de louco, olhos esbugalhados, cabelos desgrenhados é
difundida em diversos meios de comunicação muito poderosos (cinema, quadrinhos, desenhos
animados, televisão); isso, em nada contribui para facilitar o entendimento do que seja ciência.
e) Daí tive a idéia de montar um projeto de pesquisa! Se artistas convivessem com o cientista no
laboratório, se vissem os experimentos e a carga emocional que despertam no pesquisador, se
conversassem diariamente sobre seus trabalhos... Será que a ciência seria interpretada e
mostrada de outra forma?
(Diucênio Rangel, “O diálogo entre ciência e arte”, com adaptações)

13- No texto abaixo foram substituídos sinais de pontuação por números. Assinale a seqüência de
sinais de pontuação que devem ser inseridos nos espaços indicados para que o texto se torne
coerente e gramaticalmente correto. Desconsidere a necessidade de transformar letras minúsculas
em maiúsculas.

Os seres humanos sofrem sempre conflitos de interesse com os ressentimentos, facções,


coalizões e instáveis alianças que os acompanham(1) no entanto, o que mais interessa nesses
fenômenos conflituosos não é o quanto eles nos separam, mas quão freqüentemente eles são
neutralizados, perdoados e desculpados. Nos seres humanos(2) com seu extraordinário dom
narrativo, uma das principais formas de manutenção da paz é o dom humano de apresentar(3)
dramatizar e explicar as circunstâncias atenuantes em torno de violações que ameaçam introduzir
conflito na habitualidade da vida(4) o objetivo de tal narrativa não é reconciliar, não é legitimar,
nem mesmo desculpar, mas antes(5) explicar.(Jerome Bruner. Atos de signifi cação, com
adaptações)

a) ; , . : ,
b) ; - ; . ;
c) , ; - ; :
d) . , ; ; :
e) . , , . ,

14- Todo homem, como membro da sociedade, tem o direito à segurança social e à realização,
pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de
cada estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre
desenvolvimento de sua personalidade.
(Artigo XXII da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
O artigo acima está organizado em apenas um período sintático. Assinale a opção que o reescreve
em dois períodos sintáticos, preservando as relações semânticas entre as idéias originais.
a) Como membro da sociedade, todo homem tem direito à realização de sua dignidade e ao
desenvolvimento de sua personalidade. Tudo isso de acordo com o esforço nacional, a cooperação
internacional e a organização de recursos de cada estado.

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b) Todo homem membro da sociedade tem o direito à segurança social e à realização, pelo esforço
nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada
estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis
à sua dignidade. Tem também direito ao livre desenvolvimento de sua personalidade.
c) Já que membro da sociedade, todo homem tem o direito à segurança social e à realização e ao
livre desenvolvimento de sua personalidade; seja pelo esforço nacional, pela cooperação
internacional ou de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos,
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade.
d) Todo homem, como membro da sociedade, tem o direito à segurança social e à realização dos
direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento
de sua personalidade. Isso se dá pelo esforço nacional,
pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado.
e) Ao ser considerado membro da sociedade, todo homem tem o direito à segurança social e à
realização – pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e
recursos de cada estado, dos direitos econômicos,
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade – e ao livre desenvolvimento de sua
personalidade.

15) No entanto, acumulou-se certa experiência para sabermos quais caminhos não deveriam ser
tomados.

Qual dos itens a seguir apresenta, de forma correta e mais clara, a mesma significação do período
destacado?

a) Acumulou-se certa experiência porém para sabermos quais caminhos não deveriam ser
tomados.
b) Certa experiência foi acumulada, todavia, para sabermos quais caminhos não deveriam ser
tomados.
c) Para sabermos quais caminhos não deveriam ser tomados foi necessário, porém, que não
acumulássemos certa experiência.
d) Visto que certa experiência foi acumulada, porém os caminhos que não deveriam ser tomados
foram sabidos.
e) No entretanto, acumulou-se certa experiência que nos fez saber quais caminhos deveriam ser
tomados.

16) Os trechos a seguir foram reescritos modificando-se as pontuações originais que podem
provocar situações de inadequação gramatical. Julgue se as reescrituras estão corretas ou
incorretas.

1 – No campo dos dissídios coletivos, o fracasso na negociação direta transfere para os juízes dos
TRTs e ministros do TST uma responsabilidade gigantesca que muitas vezes, as próprias
diretorias das empresas evitam enfrentar – especialmente as estatais.
2 – Não são raros os casos em que os dirigentes fazem o papel de bonzinhos, deixando o
desempenho de algoz para o Poder Judiciário. Como reverter este quadro? Como forçar as partes
a negociar com todo o empenho? Penso que o “método da oferta final” pode ajudar.
3 – Por esse método, o julgador só pode optar por uma das duas propostas finais das partes.
Digamos que uma pede 100% de aumento, e a outra insiste em conceder apenas 10%. O juiz só
poderá escolher 100% ou 10%, ficando impedido de escolher qualquer valor intermediário.
4 – Esse é um exemplo pouco realista, e aqui usado, simplesmente, para acentuar que a restrição
aludida constitui uma poderosíssima pressão para as partes negociarem à exaustão.
5 – Ele eleva, extraordinariamente, o risco para as partes. Se o juiz decidir pelos 100%, arrasa a
empresa; se decidir pelos 10%, arrasa os trabalhadores.

17) Os trechos a seguir foram reescritos modificando-se as pontuações originais que podem
provocar situações de inadequação gramatical. Julgue se as reescrituras estão corretas ou
incorretas.

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1 – O traço de toda a vida é para muitos um desenho de criança esquecido pelo homem, e ao qual
este terá sempre de se cingir sem o saber.
2 – Os primeiros anos da vida foram portanto, os de minha formação instintiva ou moral, definitiva.
3 – Passei esse período inicial, tão remoto e tão presente em um engenho de Pernambuco, minha
província natal.
4 – A população do pequeno domínio, inteiramente fechado a qualquer ingerência de fora, como
todos os outros feudos da escravidão, compunha-se de escravos, distribuídos pelos
compartimentos da senzala, o grande pombal negro ao lado da casa de morada, e de rendeiros,
ligados ao proprietário pelo benefício da casa de barro que os agasalhava ou da pequena cultura
que ele lhes consentia em suas terras.
5 – No centro do pequeno cantão de escravos, levantava-se a residência do senhor, olhando para
os edifícios da moagem e tendo por trás da moagem, em uma ondulação do terreno a capela sob a
invocação de São Mateus.
(Joaquim Nabuco – com adaptações)

PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL

Estava no Brasil
1 A cooperação foi similar à da OperaçãoCondor, só que estritamente dentro da lei
e a favor da democracia. No último fim de semana, a Polícia Federal deteve em Foz do
Iguaçu, no Paraná, o general paraguaio Lino Oviedo, havia meses foragido, e cuja prisão
4
preventiva com fins de extradição tinha sido pedida pelo Paraguai. No apartamento no
qual se escondia, foram encontrados um revólver calibre 38, dez telefones celulares e uma
peruca. Oviedo, que já comandou uma tentativa de golpe em 1996, é acusado de tramar o
assassinato do vice presidente de seu país, Luis María Argaña, no ano passado. Preso, ele
7 poderá ser extraditado para o Paraguai, onde goza de grande simpatia popular e nenhuma
do governo. Com sua fama de golpista, Oviedo é o principal suspeito de ter planejado a
última quartelada para derrubar o governo do presidente Luis González Macchi, há um
mês. É um abacaxi para os paraguaios. Se livre e clandestino, é um incômodo para o
10
governo; dentro de uma prisão no Paraguai, Oviedo é um perigo ainda maior, pois estará
mais próximo e à vista de seus seguidores. O governo brasileiro não podia deixar de
prendero general paraguaio. Um dos compromissos dos países membros do MERCOSUL
13 é a adesão ao regime democrático. Dar cobertura a golpistas, como Oviedo, não é um
alento à democracia. O destino do general no Brasil está nas mãos do Supremo Tribunal
Federal, responsável por julgar o pedido de extradição.
Veja, 21/6/2000 (com adaptações)

18) Com relação à pontuação do texto LP-1, julgue os itens que se seguem.

1 A justificativa para a vírgula imediatamente posterior a “No último fim de semana” (L.2) é a
mesma que corresponde àquela posterior a “Preso” (L.7).

2 Se uma vírgula fosse inserida imediatamente após “apartamento” (L.4), as relações semânticas e
sintáticas do período do texto seriam mantidas inalteradas.

3 Na linha 3, a vírgula após “Oviedo” não tem justificativa gramatical, já que a oração posterior
introduz uma informação explicativa.

4 Na linha 6, seria correto suprimir a vírgula.

5 O último período do texto poderia ser corretamente reescrito com a locução adverbial “no Brasil”
entre vírgulas.

19) Em cada um dos itens seguintes, foi feita a reescritura de um período do texto LP-I. Julgue-os
quanto à manutenção do sentido original e à correção gramatical.

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1 Segundo período: Foi detido, na semana passada, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o general Lino
Oviedo, que tinha sua prisão preventiva decretada pelo governo paraguaio.
2 Terceiro período: Encontraram-se, no apartamento em que se escondia, um revólver calibre 38,
dez telefones celulares e uma peruca.
3 Quarto período: Acusa-se Oviedo, que, em 1996, já comandou uma tentativa de golpe, de
tramar, no ano passado, o assassinato do vice-presidente de seu país, Luis María Argaña.
4 Quinto período: Ele poderá ser extraditado e, preso, levado para o Paraguai, lugar onde goza de
grande simpatia popular e nenhuma do governo.
5 Último período: O destino do general no Brasil, que é responsável por julgar o pedido de
extradição, está nas mãos do Supremo Tribunal Federal.

20-Instituto Rio Branco - Cada uma das opções subseqüentes reproduz períodos do texto, aos
quais se acrescentaram uma ou mais vírgulas, que aparecem negritadas e sublinhadas, seguindo-
se uma justificativa. Assinale a opção em que é improcedente a justificativa apresentada para o
acréscimo da(s) vírgula(s).

a) O soldado e o marinheiro permutaram bofetadas, mais ou menos teóricas, numa esquina de


minha rua, por causa da namorada comum, que devia chamar-se Marlene. Justificativa: a
vírgula separa adjuntos adverbiais que expressam noções diferentes.
b) O duelo durou vinte minutos, e cinqüenta pessoas assistiram. Justificativa: a vírgula separa
orações coordenadas que, unidas pela conjunção “e”, têm sujeitos diferentes.
c) A dificuldade total foi reconstituir o delito, porque, tanto no inquérito policial quanto na formação
de culpa perante o juiz, as espontâneas e numerosas testemunhas prestaram depoimentos
inteiramente contraditórios. Justificativa: as vírgulas isolam o adjunto adverbial antecipado.
d) Como começara e como findara a luta, foi impossível apurar. Justificativa: a vírgula isola
oração subordinada adverbial antecipada.
e) Diante da premência da fome, frio e desabrigo, o primeiro material foi o mais próximo e a
primeira técnica, improvisada pela urgência vital. Justificativa: a vírgula indica elipse do verbo.

21-Instituto Rio Branco - Entre as opções a seguir, que formam em seu conjunto um texto, assinale
a que não apresenta erro de pontuação.

a) Segundo Gramsci, as várias ciências “humanas” fundadas no século XIX, como a sociologia e
a psicologia seriam filosofia de não-filósofos, misturas de observação empírica e
racionalizações burguesas; logo, ideologia fatalista com ares de neutralidade. O intelectual que
as professa não teria via de regra, condições mentais para viver o nexo entre vontade e
estrutura.
b) Ora, tanto os técnicos, quanto os humanistas postam-se aquém dessa relação, pois, é nos
pólos isolados da estrutura ou do sujeito, que recai a ênfase da sua vida mental. Mas, como é
possível propor a relação vontade-estrutura? Gramsci antecipa a tendência atual de acentuar o
caráter, próprio da política em face da economia.
c) Paradoxalmente, esse modo de pensar Gramsci o recebeu do seu maior adversário, Benedetto
Croce que sustentou a distinção da esfera ético-prática, dando-lhe, como princípio formal a
vontade. Para Croce, a vontade seria um grau consciente do nível econômico.
d) Para Gramsci, a vontade é, não só a condição de existência da política mas, um movimento
para edificar o homem livre, não se forma sem a consciência das necessidades materiais do
homem oprimido. Essa consciência das necessidades é o aguilhão que faz o militante
comunista, Antonio Gramsci, opor-se ao pensador liberal, Benedetto Croce.
e) O intelectual que ignora o tecido de vínculo e violência com que se amarram as classes sociais
não poderá atingir o limiar da “consciência da necessidade”, que é, por sua vez, condição para
que se produza uma vontade de agir sobre as estruturas. É preciso que ele se encaminhe para
uma teoria rigorosa, sem a qual os seus ímpetos de demolir estruturas poderão ser truncados
pela tecnologia míope ou diluídos pelo humanismo retórico.

Trechos adaptados de Alfredo Bosi. Op. cit., p. 243-4.

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22) AUDITOR – TCU

1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de cinquenta, pelo sociólogo William H.


Whyte, para explicar como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, tomando
decisões temerárias e causando grandes fracassos. Os manuais de gestão definem
groupthinking como um processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são
uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o desejo de coesão supera a
motivação para avaliar alternativas diferentes das usuais. Os sintomas são conhecidos:
uma ilusão de invulnerabilidade, que gera otimismo e pode levar a riscos; um esforço
coletivo para neutralizar visões contrárias às teses dominantes; uma crença absoluta na
moralidade das ações dos membros do grupo; e uma visão distorcida dos inimigos,
comumente vistos como iludidos, fracos ou simplesmente estúpidos.
12 Tão antigas como o conceito são as receitas para contrapor a patologia: primeiro,
é preciso estimular o pensamento crítico e as visões alternativas à visão dominante;
segundo, é necessário adotar sistemas transparentes de governança e procedimentos de
auditoria; terceiro, é desejável renovar constantemente o grupo, de forma a oxigenar as
discussões e o processo de tomada de decisão.

Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens com base na organização do texto acima.

1 - A sequência narrativa inicial, relatando a origem do termo “groupthinking” (l.1), não caracteriza o
texto como narrativo, pois integra a organização do texto predominantemente argumentativo.

2 - Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1)
corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou
para a correção gramatical do texto.

3 - No desenvolvimento da argumentação, o valor semântico das orações iniciadas por “tomando”


e “causando”, ambas na linha 3, permite interpretá-las como causa para a
conceituação de Whyte; por isso correspondem a porque tomavam decisões temerárias e
causavam grandes fracassos.

4 - Apesar de a definição de “groupthinking” (R.4-6) sugerir neutralidade do autor a respeito desse


processo, o uso metafórico de palavras da área de saúde, como “sintomas” (l.7), “receitas” (l.12) e
“patologia” (l.12), orienta a argumentação para o valor negativo e indesejável de groupthinking.

5 - Na linha 4, preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se inserir uma vírgula


imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as informações possam ser
tomadas como uma explicação — e não como uma caracterização — da expressão “processo
mental coletivo”.

6 - Nas linhas 7, 8 e 9, o uso do sinal de ponto e vírgula, para separar termos de enumeração,
preserva a hierarquia de informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na
estruturação sintática de alguns desses termos.

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