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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS – CAMPUS MACEIÓ

CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES


ALUNO 1
ALUNO 2

PERÍODOS DA FILOSOFIA: Período Pré-socrático e Período Socrático

MACEIÓ
2017
ALUNO 1
ALUNO 2

PERÍODOS DA FILOSOFIA: Período Pré-socrático e Período Socrático

Trabalho de filosofia, apresentado ao Instituto


Federal de Alagoas, como meio de avaliação do
terceiro bimestre do ano letivo.
Orientador: Prof.

MACEIÓ
2017
1 INTRODUÇÃO
A palavra filosofia tem origem grega. É composta por duas outras palavras: philo e
sophia. Philo vem de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os
iguais. Sophia quer dizer sabedoria, a palavra sophos, sábio, vem dela.
Então, Filosofia significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. E o
filósofo é aquele que ama a sabedoria, tem o desejo do saber.
Mas, o que é a Filosofia? De primeira, pode-se dizer que ela é o ato de investigar
tudo, até o que as pessoas já ensinam como uma sendo uma verdade absoluta, é o
não aceitar sem antes investigar e compreender.
Ela é dividida em quatro grandes períodos, mas os dois primeiros têm como
referência o filósofo Sócrates de Atenas, e são eles:
1. Período pré-socrático ou cosmológico – final do século VII ao final do século V
a.C., tenta explicar tudo o que está no cosmo, a origem do mundo e as causas
das transformações na Natureza.
2. Período socrático ou antropológico – final do século V e todo o século IV a.C.,
investiga as questões humanas, é quando começa o surgimento da ética e da
moral.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Período Pré-socrático
Antes do surgimento da Filosofia, acreditava-se na cosmogonia, que é a explicação
mítica sobre a origem de todas as coisas. O período pré-socrático também pode ser
chamado de período cosmológico, porque os pensadores da época tentavam achar
uma explicação racional e sistemática (uma cosmologia) para o mundo (o cosmo),
que substituísse a cosmogonia.
Na cosmologia, acreditasse na physis (o elemento primordial eterno), que é
imperecível e dá origem a todos os seres variados e diferentes do mundo; seres
que, diferentes do próprio gerador, são perecíveis ou mortais.
Os principais filósofos pré-socráticos foram:
1. Os da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de
Mileto e Heráclito de Éfeso;
2. Os da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de
Tarento;
3. Os da Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia
4. Os da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de
Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
As idéias de alguns dos principais filósofos da época:
1. Tales de Mileto – nascido em Mileto, Tales acreditava que a água era o
principal elemento (physis). A matéria era água condensada e o ar, água
evaporada. Toda a Terra, ele sustentava, era um disco que flutuava num lago
gigantesco, cujas ondas e encrespações eram a causa dos terremotos.
2. Anaximandro de Mileto – discípulo de Tales, ele acreditava que o Universo teria
resultado de modificações ocorridas num princípio originário (arché). Esse
princípio seria o áperion, que se pode traduzir por infinito e/ou ilimitado.
3. Anaxímenes de Mileto – discípulo de Anaximandro. Para ele, o princípio de
todas as coisas estava no elemento ar: “e assim como nossa alma, que é ar,
nos mantém unidos, da mesma maneira que o vento envolve todo o mundo”
(apud Bornheim, [198?], p. 28).
4. Heráclito de Éfeso – para ele, o fogo era o elemento transformador. Acredita
que tudo está em movimento e as realidades se manifestam pelos seus
contrários. Heráclito diz: “Tudo flui (panta rei), nada persiste, nem permanece o
mesmo”, “a essência é a mudança” e “o verdadeiro é apenas como a unidade
dos opostos”. Enfatiza o caráter mutável da realidade: “Tu não podes entrar
duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sempre sobre ti”.
5. Parmênides de Eléia – ele destaca o imobilismo, a permanência, uma
afirmação oposta a de Heráclito, que fala que “a essência é a mudança”. Diz
que “o ser é, e o não ser não é”, a percepção do domínio do “ser” corresponde
a coisas percebidas pela mente, e o que é percebido pelas sensações é,
segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domínio do “não ser”.
6. Empédocles de Agrigento – a origem do Universo só poderia ser explicada pela
união de vários elementos. Segundo ele, os elementos primordiais são o fogo,
a água, o ar e a terra. Na sua teoria, esses elementos seriam misturados de
acordo com dois princípios universais opostos: o amor (philia), que leva a
harmonização; e o ódio (nekos), associado com a separação. Assim, o amor
seria responsável pela força de atração, enquanto o ódio, pela força de
repulsão.
7. Anaxágoras de Clazômena – diferente dos outros filósofos, ele não acredita
que uma coisa específica é o elemento de constituição de tudo, ele acredita
que tudo está em tudo, ele escreveu: “Mas os gregos não consideram
corretamente o nascer e o morrer: com efeito, coisa alguma nasce ou morre,
mas sim, a partir das coisas que existem, se produz um processo de
composição e divisão. Assim, eles deveriam chamar corretamente o nascer de
compor-se e o morrer de dividir-se.”. Nada morre, ela apenas se divide e dá a
possibilidade de formação de alguma outra coisa, por meio de partículas. Essas
partículas são pequenas sementes, chamadas de “homeomerias”, e o Universo
se constitui pela ação do Nous, inteligência. Assim, o Nous, que é ilimitado e
não se mistura com nada, age sobre as “homeomerias” organizando-as e
constituindo o mundo.
2.2 Período Socrático
O Período Socrático é marcado pelos sofistas e por Sócrates, é nesse período
que surge a ideia de democracia, onde havia igualdade dos homens adultos livres
perante a lei e a garantia a participação direta no governo polis. O homem não
precisa mais ser belo como os heróis ou bom como os poetas, mas sim, ser um
bom cidadão, aquele que, sabe falar em público e persuadir outros na política.
Os primeiros filósofos desse período foram os Sofistas. Alguns deles foram
Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas. Eles alegavam
que os filósofos cosmologistas e seus ensinamentos estavam repletos de erros e
contradições e não serviam para a vida de polis. Se chamavam de Mestres de
oratória e de retórica.
Os sofistas ensinavam a arte da persuasão e com eles se aprendiam argumentos
para todas as situações, mesmo que fossem de lados opostos.
Sócrates dizia que os sofistas não eram filósofos, pois não tinham amor a
sabedoria nem respeito pela verdade. Para os sofistas os erros e a mentira tinham
os mesmos valores da verdade. Porém haviam duas coisas que Sócrates
concordava com os sofistas, a primeira era que as características Belo e Bom não
eram suficientes para a nova sociedade grega, a segunda era de que os filósofos
cosmologistas possuíam pensamentos que se contradiziam entre si.
Sócrates propunha que antes de conhecer a natureza ou persuadir os outros se
devia conhecer a si mesmo. Ele era descrito pelo seu discípulo, Platão, como um
homem que andava pelas ruas e praças de Atenas indagando as pessoas que por
ali passavam sobre ideias e valores dos gregos.
A sua grande frase “Só sei que nada sei” vem do fato de que ele nunca tinha
respostas para as perguntas que fazia, diferente dos sofistas. Seguindo essa
lógica pode-se entender que a consciência da própria ignorância é o começo da
filosofia.
Sócrates procurava a definição de uma coisa, ideia ou valor quando fossem
verdadeiros, essa definição é chamada de essência e aquilo que o pensamento
conhece da essência é o conceito. A procura de Sócrates era pelo conceito e não
meras opiniões.
OPINIÃO X CONCEITO
Opinião – É instável, mutável, depende de cada um.
Conceito – É a verdade intemporal, universal e necessária para o pensamento.

Tudo que sabemos sobre Sócrates e seus pensamentos é relatado por seus
discípulos, tendo como destaque Platão. O que podemos dizer sobre o período
socrático é que teve seu foco nas descobertas de ideias, coisas e valores da Grécia.
Onde dois lados, um sendo o instintivo e tradicional e o outro, conceito e ideias,
tinham suas diferenças radicais e dividiam a filosofia da época. Foi no período
socrático também que começaram a surgir os conceitos de moral e política, tanto
quanto o de democracia e cidadania dentro da sociedade.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com Sócrates passa a surgir os questionamentos mais profundos na filosofia sobre
nós mesmos, é uma época de autoconhecimento, a verdade passa a ser uma
necessidade. É a época que surgem os conceitos de cidadania e igualdade,
moldando o mundo para algo mais parecido com o que é hoje.
Sua filosofia era muito perigosa para aqueles que detinham o poder, pois ela
buscava se livrar da ignorância, por isso, ao se recusar a renunciar a filosofia foi
condenado a tomar veneno por suas alegações.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OS PERÍODOS FILOSÓFICOS <disponível em>:


http://www.webartigos.com/artigos/os-periodos-filosoficos/5415/
FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS <disponível em>:
https://www.todamateria.com.br/filosofos-pre-socraticos/
OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS <disponível em>:
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/os-filosofos-pre-socraticos/
PARMÊNIDES DE ELÉIA <disponível em>:
https://educacao.uol.com.br/biografias/parmenides-de-eleia.htm
EMPÉDOCLES <disponível em>: https://www.todamateria.com.br/empedocles/
ANAXÁGORAS <disponível em>:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anax%C3%A1gorashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Anax%C
3%A1goras
ANAXÁGORAS DE CLAZÔMENA: à descoberta das homeomerias e da inteligência
ordenadora <disponível em>: http://filosofia-
bis.blogspot.com.br/2012/02/anaxagoras-de-clazomenas-descoberta-das.html
HERÁCLITO: o filósofo do fogo <disponível em>:
http://brasilescola.uol.com.br/quimica/heraclito-filosofo-fogo.htm
LIVRO INICIAÇÃO Á FILOSOFIA por Marilena Chaui.

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