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SACERDOTE E MÉDIUM

O objetivo deste texto é explorar o comportamento humano e a relação


Sacerdote e Médium (por sacerdote entendam Dirigente, Padrinho, Madrinha, Babá,
Babalaô, Pai ou Mãe de Santo se preferir) esta relação também existe simplesmente
como Guia e Médium.
Frequentemente esta relação é trocada por Pastor e Ovelha.
Muitos preferem ser ovelhas ou galinhas por comodidade, outros
simplesmente pressionam águias e leões para que se comportem como galinhas e
ovelhas.
O próprio Cristo que é tido como o “cordeiro” de Deus, assim o é apenas por
uma questão de interpretação da Igreja Católica, pois para muitos no cristianismo
primitivo, que não passou por Roma, Jesus é o Leão de Judá.
Temos ainda muito a aprender sobre esta matéria na Umbanda, pois
precisamos demais alcançar acima de tudo maturidade e independência espiritual.
Nosso relacionamento entre guias, sacerdotes, médiuns e consulentes ainda é de
grande dependência e voltado ao ego.
Muitos usam a umbanda como banheiro para se limpar ou como pronto
socorro. A maioria a tem como muletas para caminhar na vida.
Podemos observar esta questão no simples fato de que quando um médium
se frustra ou se desilude com seu dirigente espiritual ele, na maioria das vezes, deixa
de ser umbandista. Quando um dirigente desencarna, o terreiro fecha e os médiuns
abandonam a prática mediúnica.

Por isso eu digo:


“O Terreiro é Umbanda,
mas, a Umbanda não é o terreiro,
logo, o Terreiro não é A Umbanda
e sim uma parte dela;
nem todos os terreiros juntos são A Umbanda,
a Umbanda é mais,
muito mais do que podemos conceber.
Eu sou Umbandista,
mas, não sou A Umbanda...
sou apenas uma parte dela,
uma fração,
um grão,
uma semente,
uma centelha...”

“Ninguém depende de nada para ser Umbandista.”


O objetivo maior de ter um Guia em nosso caminho é ter uma orientação para
nos tornarmos Guias de nós mesmos. Podemos ter muitos Guias e Mestres
encarnados e desencarnados, mas o objetivo maior será sempre aprendermos a
ouvir nossos corações, nossa alma, ir além da mente e do espírito, crescer e
descobrir um universo dentro de nós.
Aprender a busca real de nossa felicidade.
Muitos são mestres de si mesmos sem nenhuma literatura, sem doutrina ou
conhecimento, muita gente encontra felicidade, harmonia e tranquilidade em uma
vida simples e isenta de pretensões.
Esta vida moderna, de competições e disputas, é talvez o maior entrave da
busca espiritual.
Temos na Umbanda uma oportunidade real de experiência, vivendo na pele o
Orixá e a presença de guias espirituais, no entanto é preciso ter profundidade no que
se vive, pois aí é que está a diferença:
“Qual é nossa relação Mestre e Discípulo na Umbanda?”

TEXTOS DO CURSO DE UMBANDA SAGRADA -


POR: ALEXANDRE CUMINO

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