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DECISÃO
O impetrante afirma ainda, que a ata da dita sessão recebeu a nomenclatura de "Sessão
Ordinária com Solenidade", termo que não existe no RICMB, o qual prevê somente três
tipos de sessões - Ordinárias, Extraordinárias ou Solenes - não existindo nenhum tipo
híbrido.
Aponta ainda, como suposta ilegalidade, o fato do requerimento para recondução da mesa
diretora, ter sido anunciado e posto em discussão na mesma sessão, quando deveria ter
sido anunciado na sessão anterior.
Sustenta que a decisão ora agravada merece reparo, eis que "existente situação
configuradora de transgressão da ordem constitucional, o que autoriza a intervenção do
Poder Judiciário no controle dos atos do Poder Legislativo", alegando que não se trata de
questão interna corporis, como fundamentou o douto magistrado a quo.
É o relatório. DECIDO.
A tramitação por instrumento está justificada pela natureza da decisão combatida (tutela de
urgência).
A medida liminar requerida pela Recorrente, por seus termos, trata-se de antecipação dos
efeitos da tutela recursal.
Sabe-se que para a concessão de medida liminar, faz-se mister a presença do fumus boni
juris, concernente à relevância do fundamento do recurso, e o periculum in mora, que
consiste no perigo de dano irreparável. Neste caso, vislumbro, numa primeira e superficial
análise, a presença de ambos.
O risco de lesão grave ou de difícil reparação também se faz presente in casu, uma vez que
o início dos trabalhos legislativos e administrativos da Mesa Diretora biênio 2019/2020,
está na iminência de acontecer.
Por essas razões, recebo o agravo por instrumento e antecipo os efeitos da tutela recursal, a
fim de sustar os efeitos da Recondução Ocorrida na Primeira Sessão Ordinária com
Solenidade do Período Legislativo 2017 da Décima Segunda Legislatura da CMBV, que
declarou eleita e empossada a Chapa Única para o biênio de 2019/2020.
Publique-se.
Plantonista