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A tradi��o do Origami"

Desde os mais remotos tempos, a gar�a (tsuru) ocupa um lugar privilegiado no mundo
do origami. Primordialmente, ela simboliza a paz. At� hoje, fazer mil gar�as em
origami significa sempre um desejo a ser realizado: a recupera��o de um, doente, a
felicidade no casamento, a entrada para a Universidade, a obten��o de um bom
emprego.

A primeira refer�ncia sobre a tradi��o das 1.000 gar�as se encontra relatada no


livro "senbazuru Orikata" (dobradura de 1.000 gar�as) de Ro Ko An, publicado em
1797. Nessa �poca, o papel utilizado era o "washi", artesanal, fino e resistente,
cuja fabrica��o data do per�odo Nara (710-794). H�beis artistas podiam obter de 10
a 100 gar�as em uma �nica folha de papel, conforme dobras e cortes que efetuassem.
Ainda hoje, o m�todo b�sico - tipo gar�a - estabelecido pelo "Senbazuru" obdece a
mesma seq��ncia

H� ainda outros dois livros que s�o considerados rel�quias da arte do origami:
"Orikata Tehon Tyusingura" datado de 1800 e o "Kayaraso"de 1845.

Finalmente, existem ainda os "origami tsuki" que funcionavam como um selo de


qualidade, conferindo autenticidade a documentos de valor (ap�lices de seguros,
escrituras, etc...) ou atestando a origem do fino trabalho dos artes�os de espadas.
Tamb�m eram usados em oferendas religiosas nos templos.

Como se pode depreender do exposto, � dif�cil dissociar o origami do cotidiano


japon�s. Desde os imemoriais tempos em que, guardar um quimono, pela manh� e �
noite, era uma verdadeira aula de origami e at� hoje, quando o manuseio de
min�sculos componentes eletr�nicos exige a total explora��o da chamada motricidade
fina.

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