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Aula 8

Jejum

Todo cristão foi chamado por DEUS para realizar algo na terra e, para cada chamado de vida, existe
também um respaldo e uma garantia dada pelo próprio SENHOR, isto é, uma capacitação para que o
chamado possa ser cumprido. Quando DEUS chama-nos, Ele capacita-nos, dando condições para
que lutemos. Duas armas poderosas para isso são a oração e o jejum. Já vimos um pouco sobre a
oração e agora veremos um pouco sobre algo que está relacionado ao tema da oração: o jejum.

A definição da palavra jejum no dicionário é: "abstinência ou abstenção total ou parcial de


alimentação em determinados dias por penitência ou prescrição religiosa ou médica". Para nós,
cristãos, jejum não é uma simples abstinência de alimentos, mas é abrir mão de algo que agrada a
nossa carne para, então, agradar a DEUS.

Jejum: uma necessidade.

A direção que DEUS nos dá é muito clara: a oração e o jejum não são facultativos e, sim, necessários
para qualquer pessoa que deseje relacionar-se com Ele. Muitos, porém, pensam que jejuar é uma
forma de se barganhar e de se tentar convencer DEUS das necessidades próprias; outros, ainda,
usam o jejum para fazer certas exigências ou para cobrarem respostas de DEUS.

A motivação ao se jejuar.

Antes de iniciarmos um jejum, precisamos saber que a motivação dele exerce grande influência na
resposta dada por DEUS, ou seja, quanto mais a motivação estiver centrada na vontade de DEUS,
mais eficiente e mais simples será o jejum; por outro lado, quanto mais a motivação estiver afastada
da vontade de DEUS, menos eficiente e mais complicado será o jejum.

Uma das motivações corretas aos propósitos de DEUS seria a de afligir a alma como um sinal de
humilhação e dependência do SENHOR: isso é reconhecer o senhorio de DEUS sobre si próprio.
Outra motivação válida é a de enfraquecer a carne e fortificar o espírito. A briga entre a nossa carne e
o nosso espírito, pode ser comparada a uma gangorra, em que quanto mais um lado é abaixado, mais
o outro sobe: quanto mais a nossa carne diminui, é mortificada e anulada, tanto mais nosso espírito
cresce, é vivificado e prevalece, permitindo nossa entrada na presença de DEUS. O inverso, contudo,
não deixa de ser verdadeiro: quanto mais o nosso espírito é anulado, mais a nossa carne prevalece.

Nossa motivação não pode ser a de querer ouvir somente o que nos agrada, mas sim de ouvir o que
precisamos; não é somente escutar o sim de DEUS, mas também o Seu não. Jejuamos para receber
direção e conselho de DEUS, quer seja na forma de aprovação, quer seja na forma de correção.

Benefícios do jejum.

O jejum é uma prática fundamental para quem quer tornar-se um servo de DEUS, pois é uma forma
de aproximar-se dEle, ser santificado, consolado, ajudado, receber direção do SENHOR e renovar as
forças para enfrentar as batalhas por vir em seu ministério e na própria vida cotidiana. O jejum
aproxima o homem de seu Criador. Através dele, mortificamos nossa carne e vivificamos nosso
espírito, tornando-nos mais sensíveis ao ESPÍRITO SANTO. DEUS não fala com a nossa carne, mas
sim com o nosso espírito, dessa forma, através do jejum, mostramos para a nossa carne que ela não
tem o domínio sobre nossa vida.

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O jejum santifica-nos, pois passamos a viver de uma forma tão sensível a DEUS que seus valores e
princípios passam a se enraizar na nossa vida. Assemelhamo-nos aos traços do caráter de DEUS e
nos afastamos dos traços do caráter de satanás.

Através do jejum, entregamos maior liberdade ao ESPÍRITO SANTO de nos encher e nos revestir e, a
partir disso, recebemos maior autoridade, força, consolo e direções mais claras a serem tomadas.

O jejum é uma estratégia que DEUS revelou ao homem para:

- Aproximá-lo de DEUS: É impossível alguém manter uma vida de jejum e oração e permanecer
vivendo no âmbito natural das coisas. O jejum e a oração conduzem o homem ao plano espiritual e
permite um relacionamento mais vivo entre a criatura e o Criador, em que a voz de DEUS é tão nítida
que se torna impossível ficar indiferente às Suas direções.

- Resistir ao diabo: Quanto mais fortalecido é o homem através do jejum e da oração, mais
discernimento ele terá para saber o que agrada e o que desagrada a DEUS, o que agrada e o que
desagrada ao diabo, e maior será a oposição que ele fará ao pecado e a seus próprios desejos carnais.

- Combater o bom combate: o jejum é uma arma de guerra, podendo ser defensiva ou ofensiva.
Através do jejum recebemos condições de nos mantermos de pé e em vantagem sobre o inimigo.

A oração torna-se indispensável no jejum.

Oração e jejum caminham juntos na vida do cristão, e compreendemos isso através das seguintes
relações:

- O jejum não funciona sem a oração: De nada adianta jejuarmos sem orarmos. Quando jejuamos e
não oramos, na verdade estamos fazendo um regime das comidas que mais gostamos, ou ainda,
apenas estamos nos privando daquilo que é agradável ao nosso gosto. Para que o jejum funcione, é
obrigatório investir tempo em oração.

- A oração funciona sem o jejum: toda a oração feita a DEUS é poderosa; Ele aguarda uma oração de
seus servos para agir. Uma oração por si só muito pode nos seus efeitos, pois ela tem o poder de
transformar qualquer situação. Qualquer tempo investido em oração jamais será um desperdício,
sendo certo que, muito tempo investido gera muito retorno nas respostas e pouco tempo investido,
pouco retorno nas respostas; em ambos os casos, porém, haverá o retorno de DEUS. Embora a
eficácia de uma oração não esteja condicionada à prática do jejum, poderá ocorrer, num caso
pontual, de DEUS mostrar que, além da oração, faz-se necessária também uma campanha de jejum.

O poder da oração é multiplicado com o jejum: o segredo de termos respostas mais rápidas e
eficientes às nossas orações está em unirmos o jejum a elas. Quando oramos e jejuamos ao mesmo
tempo, temos a expectativa de vermos nossas petições atendidas, sonhos realizados, desejos do nosso
coração satisfeitos, por meio de suprimento das nossas necessidades físicas, materiais, sentimentais
e espirituais. Nem sempre, porém, nossos sonhos são os sonhos de DEUS. Isso quer dizer que nem
sempre as respostas de DEUS coincidirão com as nossas expectativas e vontades, mas com o jejum
acrescentado à oração, torna-se mais fácil ouvir, de forma mais nítida e rápida, a resposta de DEUS
para a nossa oração, quer seja o Seu sim, quer seja o Seu não. Dessa forma, seremos extremamente
objetivos no plano que Ele tem para nós; não ficaremos andando em círculos, pois, para uma
resposta negativa que levaria seis meses para escutarmos, levará no máximo um mês, por exemplo.
Acrescentar o jejum à oração, por vezes, é uma exigência que o próprio DEUS faz-nos para que
tenhamos respostas, direções e capacitação espiritual para os desafios por vir e, assim, encurtemos
aqueles períodos de paralisia espiritual, em que temos a impressão de que a nossa vida não flui e
nem crescemos espiritualmente. Com o jejum, há um fluir mais limpo e mais rápido em nossa vida
espiritual e as respostas de DEUS são mais claras; nossa obediência torna-se mais fácil e menos
dolorosa, pois ao jejuarmos, conectamos nosso espírito ao ESPÍRITO SANTO de DEUS e essa
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intimidade criada faz com que nossos sonhos sejam os mesmos sonhos Dele. Toda oração tem poder,
mas uma oração acompanhada de jejum multiplica e potencializa esse poder.

Jejum X Eu.

Quando jejuamos, estamos plantando para colher o fruto lá na frente. Tudo o que DEUS faz aqui na
terra é em resposta à oração e esta, acompanhada do jejum, torna-se ainda mais eficaz e poderosa.

Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça
contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que
quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. (Gálatas 5:16-18)

Há uma luta constante no nosso interior: nosso espírito em guerra contra a nossa carne. Precisamos
destronar o “eu” da nossa vida para que DEUS seja posto como único SENHOR do nosso coração.
Quando temos a motivação correta, isto é, o culto somente a DEUS, nosso espírito prevalece sobre a
nossa carne, mas quando temos a motivação incorreta, isto é, o culto ao “eu”, nossa carne prevalece
nessa batalha. Sempre existiu e sempre existirá um trono no coração do homem e DEUS nos criou
para entregarmos o lugar desse trono somente a JESUS. Quando agimos contra a vontade de DEUS,
cedemos o lugar desse trono ao nosso “eu” e a satanás, por isso, todos nós precisamos destronar da
nossa vida tudo o que não provém de DEUS, para que JESUS se assente no trono do coração.

O jejum vem mudar-nos.

O escritor cristão Kenneth Hagin fez a seguinte afirmação sobre o jejum: “o jejum não muda a DEUS.
Ele é o mesmo antes, durante e depois do seu jejum. Mas jejuar, mudará você. Vai lhe ajudar a
manter-se mais suscetível ao Espírito de DEUS”.

O jejum não fará com que DEUS seja mais gracioso, misericordioso ou bondoso conosco; Seu amor
não aumentará a cada vez que jejuarmos, bem como nosso jejum jamais fará com que DEUS tenha
dó da nossa situação. Na verdade, o jejum é feito exclusivamente para nós, para mudar-nos: nosso
caráter é aperfeiçoado cada vez que jejuamos e a maneira de enxergarmos o mundo a nossa volta é
mudada. Antes de iniciarmos um jejum, enxergamos a situação com olhos carnais, durante e,
principalmente, após o jejum, passamos a enxergar a mesma situação com os olhos de DEUS. A
diferença nisso está em saber como se portar diante das adversidades.

Jejuar é relacionar-se com DEUS.

Jejum é uma forma de se ter um relacionamento com DEUS, através dos seguintes aspectos:
- aproximar-se de DEUS;
- ser santificado;
- ser consolado;
- ser ajudado;
- receber direção de DEUS;
- renovar as forças.

Não é o jejum por si só que resolverá os problemas da nossa vida ou definirá nosso êxito. Nossa fé
não pode ser depositada no jejum, mas sim no DEUS que opera através do jejum. Nossa vitória será
definida por todo um conjunto formado por jejum, acrescido da oração, da fé e de qualquer outra
direção do ESPÍRITO SANTO, estando DEUS no controle de tudo.

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Jejuar é válido em qualquer situação.

Se realmente compreendermos a importância de depender de DEUS e buscarmos a direção do


ESPÍRITO, vamos entender o quanto o jejum é necessário e fundamental para nós. O jejum não é só
uma arma para os momentos críticos, mas também é uma arma do nosso dia a dia.

Não espere para jejuar somente quando as coisas estiverem mal, mas antes que isso aconteça, tenha
o hábito de jejuar, a fim de manter-se conectado ao Pai, aprendendo e recebendo Sua direção.
Não espere a enfermidade te assolar ou a crise financeira chegar para, então, iniciar uma campanha
de jejum e oração. Antecipe-se aos eventuais problemas e lutas, através de jejum e oração, mantendo
a enfermidade afastada de sua vida ou pedindo a DEUS direções com relação a como administrar os
bens, como investir ou como não se corromper depositando o amor neles.
Isso, claro, não quer dizer que jamais enfrentaremos lutas caso ajamos assim, pois a cada prova
enfrentada e superada, vivemos um crescimento e aprendizado espirituais, dando mais um passo em
direção a DEUS.

Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no deserto estes quarenta
anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não
os seus mandamentos. (Deuteronômio 8:2)

Quando DEUS coloca-nos numa situação adversa, Ele está querendo ver onde está centrado o nosso
coração, se no reino dEle ou se no nosso próprio reino. DEUS tem uma pergunta diária a cada um de
nós: qual é a motivação do seu coração: agradar a homens ou Mim?

Quando antecipamo-nos aos problemas jejuando e orando, o número de desertos proporcionados por
DEUS pode ser reduzido bastante e os proporcionados por satanás são reduzidos a, praticamente,
nenhum.

Jejum é uma direção dada por DEUS.

Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam os discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como
também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem? E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos
das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e
então, naqueles dias, jejuarão. (Lucas 5:33-35)

Os fariseus eram os religiosos da época de JESUS, doutores observadores da Lei entregue a Moisés,
que gostavam de estar perto das coisas de DEUS, mas a dureza de seus corações não lhes permitia
estar com o próprio DEUS; cultuavam as coisas de DEUS: os símbolos, o templo, os rituais, as
vestes, mas esqueciam-se de cultuá-lO e adorá-lO.

JESUS foi questionado por eles sobre o porquê de seus discípulos não jejuarem. O SENHOR, então,
foi bastante claro ao afirmar que, enquanto Ele estivesse aqui na terra, isso não seria necessário;
seria, porém, a partir do momento que Ele fosse tirado do meio deles no momento de sua assunção
ao céu. Os discípulos, naquela época, enxergavam JESUS com seus próprios olhos naturais e hoje,
nós, os Seus discípulos, enxergamos JESUS através de olhos espirituais, ou seja, através do
ESPÍRITO SANTO temos nossa visão aberta e podemos visualizar DEUS agindo na nossa vida.

Jejum não salva, mas gera intimidade com DEUS aqui na Terra.

O cristão não precisa jejuar para ser salvo, uma vez que a salvação não depende disso, antes, o que
traz a salvação é a fé em CRISTO e a graça de DEUS. Quando o cristão jejua, recebe muito mais as
coisas de DEUS aqui na terra: mais unção, intimidade, santidade, limpeza do caráter, poder de
DEUS, autoridade espiritual, respostas às orações, revelação de DEUS, conhecimento da palavra,
enfim, mais do Reino de DEUS, dentre outras coisas. Estes são, porém, benefícios secundários do

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jejum, os quais jamais podem tomar o lugar de DEUS no nosso coração. O propósito primário do
jejum deve ser sempre o de agradar a DEUS e de aproximarmo-nos do Criador.

O jejum tem a capacidade de limpar o caráter da pessoa, visto trazer à tona uma série de
deformidades que, até então, estavam ocultas. Todo aquele que quer ser transformado à imagem e
semelhança de JESUS deve fazer do jejum uma prática constante na sua vida, pois através dele os
pecados ocultos e as distorções de caráter, tais como, ciúme, raiva, medo ou egoísmo, são aflorados e
expostos, para que haja remoção e cura pelo poder de DEUS.

Tipos de jejum

1 - Jejum parcial: é o jejum em que há a abstinência de qualquer tipo de alimento, e somente ingere-
se água. Contudo, existem diversas variáveis para esse tipo de jejum: não ingerir alimento sólido; ou
então, não ingerir líquidos, exceto água; somente ingerir legumes; ou ainda não ingerir carne. Jejum
é algo muito particular, variando de pessoa para pessoa, de necessidade para necessidade, de caso
para caso.

2 – Jejum completo: é o jejum em que há a abstinência de tudo que possa ser ingerido; em que não
ingerimos água e nem qualquer tipo de alimento. É necessário muito cuidado com esse jejum, pois a
água não é considerada um alimento, mas sim uma necessidade para que o corpo humano funcione.
Os médicos advertem que o período máximo que o corpo humano suporta em abstinência de água,
sem prejudicar a saúde, é de três dias. Por um período maior que esse, o corpo humano já começa a
ter seu funcionamento prejudicado. É muito importante que o cristão cuide de seu corpo ao jejuar,
pois durante o jejum, a luta é contra a carne (sua natureza e impulsos) e não contra o corpo (físico).

Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por
três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o
rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci. (Ester 4:16)

Ester convocou todo o povo judeu a fazer um jejum completo por ela, isto é, sem a ingestão de
qualquer tipo de alimento e também de água, para que alcançasse o êxito em um propósito
específico.

Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-
no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. (Atos 9:8 e 9)

Paulo também passou por uma experiência de jejum completo diante de DEUS quando se converteu
ao cristianismo, permanecendo três dias sem ingerir alimento e água.
A bíblia relata-nos uma exceção no que diz respeito a um jejum total por mais de três dias, ocorrida
quando Moisés permaneceu quarenta dias sem alimento ou água, enquanto recebia as duas tábuas
com os dez mandamentos dados por DEUS. Esse acontecimento, porém, foi algo excepcional, uma
vez que, as condições em que Moisés estava, permitiam a ausência de qualquer tipo de alimento, até
mesmo de água. Ele esteve simplesmente envolvido pela glória de DEUS por todos esses quarenta
dias; era como se estivesse vivendo não mais aqui nessa terra, mas no céu, junto a DEUS.

Concluímos, assim, que o jejum somente é necessário enquanto não vamos para a glória, não somos
arrebatados ou não falecemos em CRISTO. Justamente por isso que JESUS nos diz, naquele texto,
que, enquanto Ele estivesse aqui na terra, seus discípulos não precisariam jejuar, mas depois de Sua
partida, o jejum seria algo obrigatório na vida de qualquer um que quisesse seguí-lO.

Quando formos arrebatados e estivermos face a face com JESUS, já estaremos com corpos
glorificados, não teremos mais doença no corpo e, tão pouco, na alma, estaremos íntimos com o Pai,
por isso, não será mais necessário jejuar, visto que nossa natureza carnal, as doenças, o
distanciamento de DEUS, não mais existirão.

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Jejum que agrada a DEUS.

Mas qual o jejum que agrada e qual o jejum não agrada a DEUS?

E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus
rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que
jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
(Mateus 6:16-18)

Agradar a DEUS com jejum ou qualquer outra coisa, dependerá da nossa motivação. Jejuar com o
objetivo de mostrar-se aos homens contradiz as direções dadas por DEUS, sendo essa atitude
totalmente contrária ao propósito básico do jejum, pois, ao invés de anular a carne, a pessoa inflama-
a, se auto-promovendo e exaltando-se. A motivação errada conduz o homem ao afastamento de
DEUS, ao invés de aproximá-lo.

O jejum é algo muito particular entre você e DEUS, ou seja, Ele mostrará o motivo do jejum e o que
jejuar, e as outras pessoas não precisarão notar que você está fazendo isso. Outra pessoa somente
saberá que jejuamos se for um jejum coletivo, como por exemplo, o jejum de uma igreja, de um
ministério, de uma família ou, ainda, se for para edificar a fé de alguém, repartindo experiências e
testemunhos. O jejum funciona quando é feito para DEUS e não para homens. Jejum não foi feito
para se exibir como alguém super espiritual, mas sim para relacionar-se com DEUS.

As perguntas mais comuns que fazemos são: o que vou deixar de comer ou beber? Quantas horas no
dia? Por quanto tempo? É importante sabermos que a resposta sempre será dada pelo SENHOR,
sempre respeitando a sua saúde, seu trabalho, sua família, etc.

O jejum não está limitado à abstinência de comida e bebida, mas é válido para qualquer coisa que
agrada a carne, como televisão e internet, por exemplo. Se estivermos gastando tempo demais em
frente a uma televisão, sem investir tempo com DEUS, é provável que esteja na hora de jejuarmos a
TV, passando a investir tempo com SENHOR. Se ficávamos por três horas em frente da TV, por
exemplo, podemos usar essas mesmas três horas buscando a DEUS. Partindo desse raciocínio,
podemos jejuar tantas outras coisas que roubam a nossa comunhão com Ele: internet, bate-papo on
line, novelas, futebol, copa do mundo, programas de auditório, horas e horas ao telefone, compras no
shopping, cinema, vídeo game. Maneiras de matarmos nossa carne e aproximarmo-nos de DEUS não
faltam; Ele deverá sempre estar em primeiro plano em relação a todas as demais atividades da nossa
vida. O tempo reservado para DEUS tem de ser sempre maior que o tempo disponibilizado a qualquer
outra atividade; isso vale, inclusive, para o trabalho. Quando passamos oito horas de um dia no
trabalho, precisamos fazer com que DEUS esteja conosco durante essas oito horas do dia.

A leitura da palavra de DEUS, meditação e vivência dela, são indispensáveis enquanto se jejua; unida
a isso, vem a oração, para obter-se a direção de dEle. A base da vida de qualquer cristão é resumida
em um tripé, composto de oração, jejum e leitura da Palavra. Nossa salvação é gratuita, mas a unção
e o Reino de DEUS são conquistados com muito esforço, pois para se viver o poder de DEUS é
necessário pagar o preço, por meio de consagração, leitura e meditação da palavra e, como resultado,
a revelação do SENHOR virá sobre as nossas vidas.

Devemos sempre nos perguntar se nosso jejum é válido, se está na direção de DEUS, se o propósito
coincide com o dEle ou veio da nossa carne, afinal, possuímos uma natureza pecaminosa e desejos
próprios, que nem sempre coincidem com os de DEUS. Todos nós estamos sujeitos ao pecado, porém,
não andamos na prática dele, por isso, temos de ter o hábito de confessar nossas transgressões, para
que o jejum agrade a DEUS e não seja feito de maneira mecânica e fria. Ele agrada-se mais de um
testemunho de ajuda ao próximo do que de um jejum. De nada vale jejuar e ter uma vida de fachada,
de nada adianta fazer um voto com DEUS e viver com o uso de máscaras.

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Propósitos do Jejum

1 - Consagração

Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém, seja homem seja
mulher, fizer voto especial, o voto de nazireu, a fim de consagrar-se para o SENHOR, abster-se-á de
vinho e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará
beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas. Todos os dias do seu nazireado não comerá
de coisa alguma que se faz da vinha, desde as sementes até às cascas. Todos os dias do seu voto de
nazireado não passará navalha pela cabeça; até que se cumpram os dias para os quais se consagrou
ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente a cabeleira. Todos os dias da sua consagração
para o SENHOR, não se aproximará de um cadáver. Por seu pai, ou por sua mãe, ou por seu irmão, ou
por sua irmã, por eles se não contaminará, quando morrerem; porquanto o nazireado do seu DEUS está
sobre a sua cabeça. Por todos os dias do seu nazireado, santo será ao SENHOR. (Números 6:1-8)

Voto de nazireu era uma consagração a DEUS que envolvia abstinência de produtos derivados de uva
e também de certas atitudes, como tocar em cadáver, contaminando-se com impurezas e cortar o
cabelo.

Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera
com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não
deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. (Lucas 2:36 e 37)

Ana não saia do templo, mas orava e jejuava com freqüência. Ela estava o tempo todo com o
SENHOR. A vida dessa mulher girava em torno do SENHOR e não o contrário: DEUS girava em torno
dela; Ele era o centro de sua vida, e não ela mesma. Esse propósito de jejum gera intimidade com
DEUS.

2 – Buscar a direção de DEUS

Precisamos estar sensíveis à voz do ESPÍRITO SANTO, pois DEUS quer revelar-Se ao seu povo e, para
que isso aconteça, é necessário que haja uma preparação das nossas vidas, a fim de recebermos os
segredos de DEUS.

Através do jejum podemos buscar a revelação e a direção que DEUS tem para nós, para nossa
família, nossa igreja, nossa nação, etc. DEUS se revelará para aqueles que O buscarem e se
prepararem para receber os seus segredos.

E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e
escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. (Êxodo 34:28)

Após o jejum, Moisés recebeu das mãos do próprio DEUS os segredos para se viver através dos
mandamentos. Foram direções a serem seguidas por toda uma nação, para que houvesse bom êxito
em tudo que eles fizessem. Quando jejuamos, somos capacitados a receber segredos e novidades de
DEUS para transformar quaisquer situações a nossa volta.

3 – Perdão

DEUS não quer saber se temos condições de perdoar o próximo, pois a verdade é que não temos. O
que Ele quer saber é se estamos dispostos a perdoar (liberar, pedir e aceitar o perdão). O perdão vem
de DEUS, é um sentimento divino.

Ao SENHOR, nosso DEUS, pertence a misericórdia, e o perdão. (Daniel 9:9)

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O segredo é se abrir para isso e buscar a intimidade com DEUS para poder viver o perdão (perdoar,
ser perdoado, etc.). Devemos perguntar diariamente ao ESPÍRITO SANTO para quem temos de pedir
perdão, pois, às vezes, fazemos o mal para alguém sem percebermos.

Quando temos dificuldade em perdoar alguém, precisamos jejuar para romper com essa barreira.

4 – Consolo

Na nossa vida temos momentos de tristeza e é por isso que o ESPÍRITO SANTO é chamado de
Consolador.

E tomaram os seus ossos, e os sepultaram debaixo de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias. (1
Samuel 31:13)

Nessa passagem, o povo não jejuou pelos mortos, mas sim para o seu próprio conforto e consolo
durante aquele período de tristeza.

5 – Arrependimento

O pecado fecha a porta para a entrada de DEUS no nosso coração, mas o arrependimento é a chave
que abre essa porta para Ele entrar com a Sua santidade. O arrependimento é diferente de remorso,
pois ele gera nojo a qualquer tipo de pecado; o remorso, por sua vez, é o sofrimento e o tormento da
mente em função da culpa, da acusação e da opressão, lançadas por satanás. O arrependimento é a
real mudança e a conversão aos princípios e valores instituídos por DEUS: aquele que se arrepende
passa a não mais admitir qualquer situação na sua vida que o afaste de DEUS.

Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com
jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao
SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em
benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si
uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o SENHOR vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião,
santificai um jejum, convocai uma assembléia solene. E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos
no SENHOR vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no
primeiro mês, a temporã e a serôdia. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de
mosto e de azeite. E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo
destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós. E comereis abundantemente e
vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR vosso Deus, que procedeu para convosco
maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado. (Joel 2:12-15 e 23-26)

Toda vez que o cristão jejua por arrependimento de pecados, DEUS muda a sua condição: da
escravidão, DEUS o conduz para uma condição de liberdade.

Congregaram-se em Mispa, tiraram água e a derramaram perante o SENHOR; jejuaram aquele dia e ali
disseram: Pecamos contra o SENHOR. E Samuel julgou os filhos de Israel em Mispa. (1 Samuel 7:6)

A origem da palavra arrependimento fornece-nos uma idéia de respirar profundamente, isto é,


analisamos com profundidade, com detalhes, a nossa condição e retornamos aos valores de CRISTO.
Aquilo que nós damos valor precisa ser a mesma coisas que DEUS valoriza.

Um real arrependimento conduz a uma real conversão e, como conseqüência disso, a uma real
comunhão com DEUS. Um falso arrependimento, no entanto, conduz a uma falsa conversão e falsa
comunhão com DEUS.

6 – Cura

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O jejum pode ser feito com o propósito de ver a cura do SENHOR sendo manifesta.

Quanto a mim, porém, estando eles enfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha
alma com jejum e em oração me reclinava sobre o peito. (Salmo 35:13)

DEUS quer curar Seu povo, não importando qual seja a enfermidade: física, doença hereditária,
ferida na alma ou nos sentimentos; não importa! O jejum trás mais rapidamente a cura em todos os
aspectos da vida.

7 – Vida Ministerial

A seguir, foi JESUS levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar
quarenta dias e quarenta noites, teve fome. (Mateus 4:1 e 2)

JESUS tinha um chamado aqui na terra: a missão de oferecer salvação à humanidade. Para iniciar
essa chamada ministerial, Ele jejuou; encheu-Se do ESPÍRITO SANTO para as lutas que enfrentaria.
Chegado o momento de iniciar Sua vida ministerial, JESUS preparou-se através de um jejum. Isso
vale para qualquer cristão: para dar início à vida ministerial, é necessário encher-se do ESPÍRITO
SANTO e receber capacitação de DEUS por meio do jejum.
O jejum faz-se necessário não somente para iniciar um ministério, mas para qualquer tarefa a ser
realizada ao longo deste. Se iniciarmos a caminhada com um jejum, devemos também iniciar cada
passo dentro dela com um jejum. Isso nada mais é do que realizar jejuns pela própria vida
ministerial, de modo a receber direção, capacitação e confirmação do chamado.

8 – Intercessão

Tudo o que DEUS já fez de bom para cada um de nós, queremos também que Ele faça para aqueles
que ainda não experimentaram o sabor da salvação, da realização de promessas, de milagres e curas,
de experiências vivas e poderosas com o ESPÍRITO SANTO, dentre tantas outras coisas. Se quisermos
ver mudanças na vida dos outros, DEUS chama-nos a jejuar por eles como forma de intercessão.

E buscou Davi a Deus pela criança; e jejuou Davi, e entrou, e passou a noite prostrado sobre a terra. (2
Samuel 12:16)

Um grande sonho nosso é o de ver toda a nossa família salva, liberta e restaurada e isso somente é
possível se for pelas mãos de JESUS. Creio que todos os cristãos oram por isso diariamente e isso é o
que realmente deve ser feito, mas precisamos injetar um combustível nas regiões celestiais: o jejum.
Jejuar e orar em intercessão a favor do próximo pode ser a maneira mais rápida e eficaz de se gerar
mudanças na vida das pessoas. A oração é como uma bomba que abala o reino das trevas, porém o
jejum e a oração permitem que essa bomba tenha seus efeitos de devastação multiplicados; isso é
demonstrado no tempo e nos resultados.

Não podemos acomodar-nos com a obra que DEUS está fazendo na nossa vida, antes temos também
de querer que ela estenda-se a todas as pessoas.

9 - Guerra Espiritual

Entendemos por guerra espiritual qualquer confronto com as trevas. Podemos citar como alguns
exemplos disso a conquista de almas, de cidades e territórios, o confronto com principados,
potestades e demais demônios, a proteção nas batalhas, o mapeamento espiritual, etc. Para envolver-
se em qualquer forma de guerra espiritual, é obrigatória a prática do jejum como uma forma de
preparação para essas lutas.

Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. (Mateus 17:21)

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O bom êxito, em determinados confrontos, tem como fator determinante o jejum, pois, ao mesmo
tempo, que ele nos fortalece, enfraquece o inimigo. Isso, em hipótese alguma quer dizer que o poder
de DEUS dependa do jejum, mas sim que Ele delega funções e autoridades para seus soldados,
portanto, tais soldados também devem portar-se de forma responsável e obediente ao seu
Comandante. Uma pessoa que sabe de sua importância dentro do combate, enxerga-se como um
verdadeiro soldado, contudo, uma pessoa que não tem a consciência daquilo que representa para
DEUS nessa guerra, fatalmente tende a enxergar-se como um número a mais na multidão. Lembre-
se: DEUS chama-nos por nome e sobrenome, e não por um número de série.

Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe
pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso. Porque tive vergonha
de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe
havíamos dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua
força e a sua ira, contra todos os que o abandonam. Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus,
e ele nos atendeu. (Esdras 8:21-23)

O cristão jamais deve se esquecer que o confronto com as trevas é real. O lado inimigo também jejua
para obter a vitória, mas o nosso DEUS é infinitamente maior do que o deus deles.

10 - Agradecimento / Gratidão / Adoração

Jejuamos para agradar a DEUS, como forma de gratidão pelo que Ele tem feito por nós, por amor a
Ele e como forma de sacrifício vivo a DEUS.

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de DEUS, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício
vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional. (Romanos 12:1)

Todo jejum é uma forma de sacrifício vivo, santo e agradável. Dizemos que é um sacrifício, pois, o
jejum orientado por DEUS, trará consigo dificuldades e lutas para ser realizado, mas, ao serem
vencidas tais dificuldades e lutas, alcançaremos a vitória. Existe, portanto, um sabor gratificante em
entregar-se e sacrificar-se para DEUS. Jejuar não é fácil; é um sacrifício e, como o próprio nome
sugere, é difícil. É um sacrifício vivo porque, ao matarmos a nossa carne, automaticamente
estaremos vivificando nosso espírito junto a DEUS; jejum gera vida espiritual naquele que o faz. É
um sacrifício santo porque ao jejuarmos, separamo-nos da corrupção da carne, fazemos oposição ao
pecado e nos aliamos à santidade de DEUS. E finalmente é um sacrifício agradável, pois, trocamos
aquilo que agrada a nossa carne, para agradar a DEUS e, sendo assim, dizemos que os sonhos e
maneiras de DEUS são mais importantes que os nossos sonhos e a nossa maneira de se agir.

11 – Por propósitos específicos dados por DEUS

DEUS formou-nos com propósitos específicos de vida e, para que cada plano de DEUS realmente
ocorra na nossa vida, precisamos jejuar, a fim de conhecermos a vontade do SENHOR e recebermos
as promessas dEle.

JESUS, quando estava vivendo na terra, disse que Ele e DEUS eram um só, pois as motivações e os
sonhos de JESUS eram os mesmos de DEUS, a maneira de JESUS pensar era a mesma da de DEUS
e a submissão de JESUS à autoridade de DEUS, era total.

Eu e o Pai somos um. (João 10:30)

Nossos sonhos devem ser os mesmos dEle, nossa maneira precisa ser espelhada na dEle e a nossa
submissão necessita estar completamente enraizada na autoridade de DEUS. Isso é ser um com
DEUS.

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Exemplos de jejuns:

É importante reforçar que a bíblia não determina regras e fórmulas para o jejum. Vimos até aqui que
eles podem variar de acordo com os seus propósitos. Portanto, cada cristão é livre para orar a DEUS
e ver quando jejuar, como e o que jejuar. Mas a bíblia deixa-nos algumas direções a serem seguidas
para os jejuns. Além do jejum de três dias, há pelo menos outros dois exemplos bíblicos:

a) Jejum de 40 dias
Esse jejum serve para fortalecimento, enchimento do ESPÍRITO SANTO e para lutar e guerrear.
Representa o plantio para a posterior colheita dos objetivos de vida, sendo uma preparação para a
conquista futura.
Exemplos: JESUS (Mateus 4:2); Moisés (Êxodo 34:28); Jejum anual da Igreja Bola de Neve.

b) Jejum de 21 dias
Esse jejum serve para receber as respostas de DEUS à suas perguntas: sim, não, espere ou siga em
frente. Serve também para enfraquecer e matar a carne: jejuamos para anular, em nossas vidas, a
vaidade, o orgulho e tudo que agrada a nossa carne.

Qual seria a nossa reação e resposta se DEUS dissesse-nos: “Filho, a partir de hoje, quero que você
jejue aquilo que a sua carne mais gosta, até a volta de JESUS”? DEUS jamais irá forçar-nos a algo.
Lembre-se, porém, que jejum é sacrifício e, quanto menos sacrifício de nossa parte, menos unção de
DEUS será derramada; por outro lado, quanto mais sacrifício de nossa parte, mais unção, mais
intimidade, mais autoridade, mais revelação, mais plenitude, mais Reino de DEUS farão parte da
nossa vida.

Mais importante que iniciar um jejum é cumprir o propósito estabelecido, pois todo jejum é um voto
feito a DEUS. Cabe ressaltar que votos são alianças firmadas entre pelo menos duas partes, que
devem ser cumpridas conforme acordadas.

Quando a DEUS fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o
voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. (Eclesiastes 5:4 e 5)

DEUS não viola votos, Ele não volta atrás, cancelando acordos e tratados e o maior exemplo de voto é
o reconhecimento de JESUS como único SENHOR e Salvador pessoal. Já imaginou se DEUS
quebrasse esse voto? Ou seja, durante toda a nossa vida guardamos a fé em JESUS, cumprimos os
Seus mandamentos, honramos a nossa parte da aliança, porém no final da nossa vida e na hora de
carimbar o passaporte para o céu, recebemos a seguinte notícia de DEUS: “mudei de idéia e voltei
atrás na nossa aliança, no nosso pacto. Sinto muito, queira por gentileza retirar-se daqui”. Ainda
bem que DEUS é fiel, e isso jamais aconteceu ou vai acontecer; Ele jamais quebrará um voto ou uma
aliança estabelecida. Se um voto for quebrado, com toda a certeza isso ocorrerá por causa do homem
e não por causa de DEUS. Contudo, levando-se em conta o fato de não sermos DEUS e, às vezes,
errarmos, Ele oferece-nos a chance de arrependimento e pedido de perdão, caso tenhamos quebrado
algum voto ou algum jejum durante a campanha.

Passos para a prática do jejum:

Ao praticarmos o jejum, precisamos observar alguns passos:

1 – Acertar-se com DEUS e com o próximo; arrepender-se dos pecados e pedir perdão a DEUS e ao
próximo.

2 - Orar e conversar com o ESPÍRITO SANTO; ver qual é a vontade de DEUS, expondo os propósitos e
os objetivos, pedindo ajuda, auxílio e a força necessária para o sustento durante o jejum.

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3 - Combinar com DEUS o tipo, o tempo e os demais detalhes. Toda a direção será dada por Ele.

O cristão possui armas espirituais, sendo duas delas, o jejum e a oração. Com o uso dessas armas
abrimos espaço para JESUS viver na nossa vida e vencer as nossas batalhas, além de conhecermos
cada vez mais o SENHOR. Caso você nunca tenha feito um jejum, encorajo-te a fazer, mas caso já
tenha feito, encorajo-te a fazer disso uma prática constante em sua vida. Dessa forma, DEUS te dará
experiências tremendas na sua caminhada com JESUS.

Questões relacionadas ao estudo.

1) Com suas palavras, defina o que é o jejum cristão.


2) Por que o jejum sempre deve ser acompanhado de oração?
3) Através de quais pontos o jejum atua no relacionamento entre DEUS e o homem?
4) Escolha três propósitos de jejuns e comente-os mencionando a causa de sua escolha.

Aula prática.

Nessa semana, peça para DEUS te mostrar algum motivo para jejuar. Inicie um propósito na sua
vida: jejue e ore para testemunhar o que DEUS operou.

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