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Observatório do Valongo
Efemérides dos
Principais
Fenômenos
Astronômicos
2019
OO Obbsseerrvvaattóórriioo ddoo V
Vaalloonnggoo ((O
OVV)) ddaa UUFFRRJJ é sede do primeiro curso
de graduação em Astronomia do Brasil, criado em 1958. Seu campus, localizado no
Morro da Conceição, centro da cidade do Rio de Janeiro, é um espaço promotor de
ensino, educação e cultura e abriga um acervo de enorme riqueza, incluindo a Pazos,
a mais antiga luneta fabricada no Brasil. Além de seus compromissos acadêmicos, o
OV oferece ao público diversas atividades como visitas guiadas às suas instalações,
sessões de observação dos astros com telescópios, palestras, cursos de introdução à
Astronomia, atividades com telescópios e planetário inflável em escolas, eventos
agregando arte e Astronomia, entre outros. Neste calendário de fenômenos
astronômicos para 2019, listamos as datas e os períodos com as melhores
oportunidades para observação dos astros e, indicamos também, alguns de nossos
cursos, eventos e atividades programadas para o público.
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A primeira imagem acima, feita pelo astrônomo Igor Borgo do Observatório do Valongo em 2018, mostra a região do centro da
nossa galáxia, a Via Láctea, partes das constelações de Escorpião e Sagitário, além do planeta Saturno, objeto mais brilhante na
imagem (Camera Canon 6D e lente Nikon 50mm). A segunda imagem é um registro do fotógrafo Rodrigo S. Coelho (câmera Nikon
D7200) para o eclipse lunar total ocorrido em julho de 2018 no Rio de Janeiro. Em primeiro plano, a enseada de Botafogo. Ao fundo,
os Morros da Urca e do Pão de Açúcar, a Lua e o planeta Marte (ponto brilhante no canto superior direito).
Eventos astronômicos mês a mês
JJaanneeiirroo
01 – Conjunção* entre Vênus e Lua (*todos os termos em asterisco estão explicados no glossário,
na parte final);
02 – Saturno em Conjunção com o Sol;
03 – Terra no periélio (ponto de maior aproximação com o Sol);
03- Chuva de meteoros Quadrantidas;
03 – Lua,Vênus, Júpiter e Mercúrio formaram belo alinhamento antes do
amanhecer na direção leste;
06 – Vênus em máxima elongação* (direção leste, antes do amanhecer)
06 – Eclipse solar* parcial: visível apenas no Japão, Coréias, extremo leste da
Rússia, Mongólia e China, norte do oceano pacífico e trecho oeste do Alaska;
21- Lua Cheia em evento de Superlua*;
21 – Eclipse lunar* total: visível no extremo oeste e norte da Europa e África,
em todas as Américas, incluindo toda a extensão do território brasileiro. No
Rio de Janeiro a faixa de totalidade do eclipse terá início às 01h 34min e
término às 04h 50min;
22- Conjunção entre Vênus e Júpiter: os planetas estarão separados por 2,5º
na constelação de Escorpião antes do amanhecer, à leste;
30 – Conjunção entre Júpiter e Lua;
31 – Conjunção entre Vênus e Lua (neste dia,Vênus, Júpiter, Lua e a estrela
Antares estarão alinhados, formando belo conjunto antes do nascer do Sol);
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M
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03 – Conjunção entre Mercúrio e Lua;
06 – Chuva de meteoros Eta-Aquaridas;
07 – Conjunção entre Lua e Marte;
08 – Quatro astros brilhantes em sequência na mesma noite: Júpiter, Saturno, Marte
e Lua (visíveis após as 03h);
19 – Conjunção entre Urano e Vênus (os planetas estarão separados por 1,5º, à
leste, antes do nascer do Sol);
20 – Conjunção entre Lua e Júpiter;
22- Conjunção entre Lua e Saturno;
JJuullhhoo
02 – Eclipse Solar* total: visível na região tropical sul do oceano pacífico, parte da
Oceania, Chile e Argentina. No Brasil, haverá eclipse parcial do Sol, visível nas regiões
Sul, Centro Oeste e parte das regiões Sudeste, Norte e Nordeste. No Rio de
Janeiro, o Sol ficará apenas 8% encoberto; o eclipse parcial terá início às 17h 03min e
término às 18h 42min, quando o Sol já estará abaixo do horizonte;
04 – Terra no afélio (ponto de maior afastamento do Sol);
05 – Conjunção entre Mercúrio e Marte (os planetas estarão separados por 4º, no
horizonte oeste, no começo da noite);
10 – Saturno em oposição;
16 – Eclipse lunar parcial: visível na África, Europa, Ásia, parte da América central e
em toda a América do Sul. No Rio de Janeiro, o eclipse terá início às 17h (quando a
Lua ainda estará abaixo do horizonte) e terá término às 19h 59min;
21 – Mercúrio em conjunção inferior com o Sol;
28 – Chuva de meteoros Delta-Aquaridas.
O Sol fotografado em dois momentos diferentes: durante a ocorrência de um surto de tempestade solar, em setembro
de 2017 (esquerda), mostrando a presença de diversas manchas escuras em sua superfície e durante o trânsito do
planeta Mercúrio, em maio de 2016 (direita). Mercúrio aparece nessa imagem como um pequeno disco escuro, na
borda esquerda do Sol. As imagens foram registradas no Observatório do Valongo com telescópio refrator Zeiss
(coudé) 150mm f/15. Créditos da imagem: Daniel Mello e Observatório do Valongo da UFRJ.
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02 – Marte em conjunção com o Sol;
04 – Mercúrio em conjunção superior com o Sol;
08- Conjunção entre Lua e Saturno;
10 – Netuno em oposição;
23 – Início da primavera às 04h 50 min (horário de Brasília);
O
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03 – Conjunção entre Júpiter e a Lua;
20 – Mercúrio em máxima elongação (à oeste, ao anoitecer);
21 – Chuva de meteoros Orionidas;
28 – Urano em oposição;
29 – Mercúrio,Vênus e Lua formarão belo triângulo no horizonte oeste logo após o
pôr do Sol;
30 – Conjunção entre Mercúrio e Vênus (os planetas estarão separados por 2º
(horizonte oeste, no começo da noite);
31 – Conjunção entre Lua e Júpiter.
N
Noovveem
mbbrroo
02 – Conjunção entre Lua e Saturno;
05 – Chuva de Meteoros Tauridas;
11- Mercúrio em conjunção inferior com o Sol;
11 – Trânsito* de Mercúrio em frente ao Sol: o trânsito será visível em todas as
Américas, África, Europa e Oriente médio; No Rio de Janeiro o evento terá início às
10h 35min e término às 16h 04 min;
17 – Chuva de meteoros Leonidas;
21- Vênus, Júpiter e Saturno em belo encontro no oeste, no começo da noite;
23 – Conjunção entre Vênus e Júpiter (os planetas estarão separados por 1,8º no
horizonte oeste, no começo da noite);
24 – Conjunção entre Lua e Marte;
28 – Conjunção entre Lua e Júpiter;
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Deezzeem
mbbrroo
Alguns fenômenos, por serem variáveis, não estão indicados nos mapas como as
posições da Lua durante o mês, a posição dos cometas e asteroides e a ocorrência
de chuvas de meteoros. Para estas últimas, recomenda-se a visualização a olho nu.
Por outro lado, para ver detalhes na superfície da Lua como montanhas e crateras, e
para observação de cometas e asteroides, sugerimos o uso de binóculos e
telescópios.
Para utilizar o mapa, coloque-o acima da cabeça e oriente a borda direita na direção
do horizonte do pôr do sol (horizonte Oeste, O). Créditos dos mapas: Chris Peat e
Heavens-Above.com. Adaptação e legenda: Daniel Mello e Observatório do Valongo.
Verão
Marte, constelações de Órion, Touro (Taurus), Gemêos (Gemini), Pégaso (Pegasus), Cão Maior
(Canis Major), Carina, Grou (Grus), Vela, Baleia (Cetus) e Andrômeda;
Júpiter, Constelações de Órion, Gemêos (Gemini), Leão (Leo), Cão Maior (Canis Major),
Carina, Centauro, Cruzeiro do Sul (Crux), Vela, Virgem (Virgo), Ursa Maior e Boieiro (Bootes);
Júpiter, Saturno, constelações de Centaurus, Cruzeiro do Sul (Crux), Virgem (Virgo), Boieiro
(Bootes), Libra, Hercules, Escorpião (Scorpius), Sagitário (Sagitarius), Pavão (Pavo), Águia (Aquila),
Corvo, Lyra e Cisne (Cygnus);
Nuvens e luas de Júpiter, luas e anéis de Saturno, aglomerado M7, fases de Vênus e galáxia
de Andrômeda.
Mapa lunar
Este mapa, recomendado para observações com binóculos e telescópios, contém as
principais regiões, vales, montanhas e crateras do lado visível da Lua. Para a correta
utilização do mapa, sugerimos que seja feita uma rotação de 180º para habitantes do
hemisfério sul da Terra. Créditos: Ralph Aeschliman.
Estes belos registros foram realizados pelo fotógrafo Leonardo Froes no radiotelescópio do Museu Aberto de
Astronomia - MAAS (esquerda, com câmera Canon 6D) e no Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini
(direita, com câmera Nikon D610), ambos em Campinas (SP). Eles mostram dois meteoros capturados contra o
magnífico fundo estrelado, contendo a Via Láctea (direita) e a galáxia de Andrômeda (esquerda).
Conjunção: Instante em que dois astros aparecem alinhados ou bem próximos um ao outro, do ponto de vista da Terra.
Uma conjunção pode ocorrer, por exemplo, entre um planeta e o Sol, um planeta e a Lua ou entre dois planetas.
Oposição: ocorre quando um planeta está em posição oposta ao Sol, quando observado da Terra. Em outras palavras,
indica que o planeta está a 180º da posição do Sol. Os instantes de oposição são os mais indicados para observação
dos planetas externos à órbita da Terra.
Máxima elongação: refere-se a uma posição especial para os planetas Mercúrio e Vênus, quando vistos da Terra. Nessa
configuração, esses planetas encontram-se em suas melhores posições para observação, tanto a leste (antes do
amanhecer), quanto a oeste (no começo da noite).
Eclipse lunar: Momento em que Sol, Terra e Lua estão perfeitamente alinhados, com a Terra posicionada entre o Sol e a
Lua. Nessa situação, os raios solares são interceptados pela Terra, que projeta na Lua sua sombra, produzindo o eclipse.
Os eclipses lunares podem ser totais, quando a Lua é completamente encoberta pela sombra da Terra ou parciais,
quando apenas parte da sombra terrestre é projetada na Lua.
Eclipse solar: Momento em que Sol, Terra e Lua estão perfeitamente alinhados, com a Lua posicionada entre a Terra e o
Sol. Nessa situação, os raios solares são interceptados pela Lua que projeta na Terra sua sombra, produzindo o eclipse.
Tais como os eclipses lunares, os solares podem ser totais ou parciais.
Superlua: Fenômeno que ocorre quando a Lua, na fase nova ou cheia, está em seu ponto de menor distância com a
Terra. Geralmente o termo superlua é mais utilizado para a Lua cheia que, devido ao fato de estar, nessa ocasião, mais
próxima da Terra, tem brilho geralmente maior que as outras Luas cheias ocorrentes durante o ano.
Trânsito: Em Astronomia, o trânsito se refere ao instante em que um astro, de menores dimensões, passa em frente a
um outro, de tamanho maior. Com relação aos planetas do Sistema Solar, para um observador na Terra, ocorrem
apenas os trânsitos dos planetas Mercúrio e Vênus em frente ao Sol, embora estes sejam eventos raros.
Aglomerado estelar: Refere-se a um conjunto de estrelas que, em geral, possuem propriedades similares como idade,
distância e brilho de suas componentes.
Nebulosa: região difusa formada, basicamente, por gás e poeira interestelar. Embora algumas nebulosas possam ser
restos de estrelas mortas, as maiores nebulosas conhecidas são regiões onde novas estrelas estão sendo formadas.
Galáxia: Enorme conjunto ou sistema contendo estrelas, planetas, nebulosas e poeira interestelar. Uma galáxia típica
como a Via Láctea ou Andrômeda pode conter até 200 bilhões de estrelas.
Contato
extensao@astro.ufrj.br, tel. (21) 2263-0685, r. 236.
Roberto Leher
Reitor
www.ov.ufrj.br