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Porquê apolítico?

Tem-se por vezes a pretensão de considerar apolítica toda a pessoa que incide em atitudes
passivas, inativas ou isentas de conteúdo. Há mesmo quem defenda que ser apolítico não é
sequer uma posição possível de manter ou sequer de equacionar. Outros há ainda, que acham
que quem assim pensa estará a ser igualmente ignorante ou socialmente irresponsável. Pois
bem, não me enquadro em nenhuma destas situações. Antes considero ter conhecimentos
suficientes para ver com clareza, quando não de forma privilegiada, o quanto a política é a
maior parte das vezes um logro uma ilusão. Posso entender que o procedimento da política
não tem na realidade a intenção de ajudar pessoas, antes acaba invariavelmente por
priveligiarapenas os próprios agentes participantes na sua dinâmica.

Sou portanto apolítico atento e observador dos grandes temas nacionais e globais. Já não sou
mais o cidadão simples doador iludido do seu voto aos políticos com o objetivo de os vir a
tornar em poder. O absurdo de tudo isto é que o alvo da política já é contrário ao ser humano.
De forma utópica e ilusória já não se tem na realidade como objetivo dar respostas e
resultados concretos às pessoas. Antes, satisfazem-se clientelas.

Aristóteles (Filósofo) e Bismark (Estadista alemão) definiam o termo política como a arte de
governar os povos e a arte do possível, respetivamente. Sendo assim, muitas pessoas
(políticos?!), supostamente esforçam-se por demonstrar e aplicar esse “dom” que afinal
raramente possuem. Outros, designadamente ilustres filósofos, estadistas e intelectuais
tratam o termo política com sarcasmo e por vezes com desprezo.

Como apolítico entendo por conseguinte, que conheço o carácter perverso da política, que
consegue iludir até os mais bem-intencionados. E os partidos políticos, como púlpito
privilegiado dos políticos são as instituições mais corruptas do mundo segundo a “Tranparency
International” (TI).

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