Cantado. Palavras tantas De cores sem paisagem, lâminas doces que se enroscam nos olhos cegos de razão certa. No veludo da roupa, Nos lábios de um verso Que espreita pela janela o poeta Que reclama de tudo e ri muito pouco, Quando já sem conseguir dominar-se – pensa ele Na tentativa lúcida de se fechar a porta. Aguenta-te diz como se segurasse Não mova um passo a não ser que o absoluto Da certeza no teu bolso, na tua face te assegure uma ordem.