Você está na página 1de 1

DEVEMOS REDUZIR A INTENSIDADE DA DOR PARA TRATAR A DOR

CRÔNICA?
Blog das Dores Crônicas

Aparentemente, uma pergunta um tanto quanto fácil de


responder e ao mesmo tempo causa um certo tom arrogante. É algo tão lógico
que seria ilógico pensar ao contrário. Quem seria o louco desvairado capaz de
achar que reduzir a intensidade da dor não é o foco do tratamento da dor
crônica? Talvez essa seja exatamente a questão. Talvez o foco deva ser outro,
ganhando-se tempo e “saúde pra dar e vender”. * O direito ao alivio da
dor! Desde a publicação da Carta de Montreal no Congresso Mundial de
Dor em 2010 (eu estava lá) e diversos outros documentos dolorosos, tornou-se
oficial o direito ao alivio da dor de diversas formas. Com analgésicos ou sem
analgésicos, com dor ou sem dor. * Mensure a intensidade da dor, mas “de
leve”! Não existe nada mais subjetivo e individual do que a intensidade da
dor e por isso tenta-se ao extremo transformar esta experiência em números.
Fato esse que acaba gerando um grande foco para se mensurar a intensidade
sempre. Porém, é uma medida que merece uma clássica “limpa no face” e será
um problema a medida que a dor se torna persistente. * A intensidade da dor
recebe cartão vermelho na dor crônica! Torna-se uma meta irreal e muitas
vezes errada a busca pela redução da intensidade da dor. Como? O que? Você
é louco? A maioria dos pacientes com dor crônica não conseguem sua
resolução completa da dor. A subjetividade da dor atrapalha as medidas
objetivas como o impacto, resposta e outras psicossociais. Portanto, usar a
intensidade da dor é “over” na dor crônica. * A intensidade da dor atrapalha a
escolha do tratamento!

Você também pode gostar