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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
1
Natal, 11/12/2007
1. OBJETIVO.......................................................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 4
3. PROJETO SOLICITADO ................................................................................................. 6
4. ESTADO DA ARTE ........................................................................................................... 7
4.1 Eixos ............................................................................................................................... 7
4.1.1 Constituição dos eixos ............................................................................................. 8
4.1.2 Eixos Maciços.......................................................................................................... 8
4.1.3 Eixos vazados........................................................................................................... 8
4.1.4 Eixos cônicos ........................................................................................................... 9
4.1.5 Eixos roscados ......................................................................................................... 9
4.1.6 Eixos ranhurados...................................................................................................... 9
4.1.7 Eixos Flexíveis....................................................................................................... 10
4.1.8 Danos sofridos por Eixos ....................................................................................... 10
4.1.9 Conexões e Concentrações de Tensões.................................................................. 10
4.1.10 Análise de tensões atuantes em eixos .................................................................. 11
4.1.11 Velocidades Críticas de Eixos ............................................................................. 11
4.2 Chaveta ......................................................................................................................... 12
4.3 Mancal........................................................................................................................... 17
4.4 Rolamento ..................................................................................................................... 18
4.4.1 Aplicação de rolamentos........................................................................................ 18
4.4.2 Tipos de rolamentos............................................................................................... 19
4.4.3 Defeitos comuns dos rolamentos ........................................................................... 23
4.4.4 Dimensionamento do Rolamento........................................................................... 24
4.4.5 Vida do rolamento.................................................................................................. 27
4.5 Engrenagens.................................................................................................................. 29
4.5.1 Elementos básicos das engrenagens....................................................................... 29
4.5.2 Tipos de engrenagem ............................................................................................. 30
4.5.3 Lei do Engrenamento............................................................................................. 33
4.5.4 Linha de Engrenamento ......................................................................................... 33
4.5.5 Ângulo de Pressão.................................................................................................. 34
4.5.6 Engrenagens cilíndricas de dentes retos ................................................................ 34
4.5.7 Forças no engrenamento reto ................................................................................. 35
4.5.8 Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais....................................................... 36
4.5.9 Ângulo de hélice .................................................................................................... 37
4.5.10 Forças no engrenamento helicoidal ..................................................................... 38
4.6 Correias ......................................................................................................................... 39
4.6.1 Características das transmissões por correias ........................................................ 40
4.6.2 Tipos de correia...................................................................................................... 41
4.6.3 Capacidade de transmissão de potência................................................................. 43
4.6.4 Forças atuantes em uma correia............................................................................. 43
4.7 Polia .............................................................................................................................. 44
4.7.1 Generalidades......................................................................................................... 44
4.7.2 Tipos de polias ....................................................................................................... 45
4.7.3 Relação de transmissão (i) para correias e polias em V......................................... 48
4.7.4 Cuidados exigidos com polias em “V” .................................................................. 48
4.7.5 Alinhamento de polias ........................................................................................... 49
4.8 Seleção de material ....................................................................................................... 50
4.9 Corrosão........................................................................................................................ 59
4.9.1 Meios Corrosivos ................................................................................................... 61
4.9.2 Formas de corrosão ................................................................................................ 62
4.9.3 Velocidade de Corrosão......................................................................................... 63
2
4.9.4 Características das Películas Protetoras ................................................................. 64
4.9.5 Velocidade de Crescimento das Películas.............................................................. 65
4.9.6 Corrosão-Fadiga..................................................................................................... 65
4.9.7 Métodos que melhoram a Resistência á Corrosão ................................................. 66
4.10 Critérios de Resistência............................................................................................... 68
4.10.1 Coeficiente de segurança Tensão equivalente ..................................................... 68
4.10.2 Critérios de Dimensionamento ............................................................................ 69
4.10.3 Aplicação em Eixos ............................................................................................. 72
4.11 Fadiga.......................................................................................................................... 77
4.12 Fator de Segurança...................................................................................................... 82
5. PLANILHA DE CÁLCULOS.......................................................................................... 83
5.1 Esforços nos Elementos ................................................................................................ 83
5.1.1 Representação 2D dos Elementos.......................................................................... 83
5.2 Esforços atuantes no Plano Horizontal xz .................................................................... 88
5.3 Esforços atuantes no Plano Vertical xy ........................................................................ 92
5.4 Cálculos de esforços resultantes ................................................................................... 96
6. DIMENSIONAMENTO ................................................................................................... 97
6.1 Seleção e Especificação dos Materiais ......................................................................... 97
6.2 Análise pelo Critério de Resistência ........................................................................... 107
6.3 Análise de Critério de Fadiga ..................................................................................... 110
6.4 Análise de Falha.......................................................................................................... 112
6.4 Cálculo de Mancais de Rolamento ............................................................................. 116
6.5 Análise de Rigidez ...................................................................................................... 118
6.5.1 Planilha de Rigidez do Plano Horizontal ............................................................. 120
6.5.2 Planilha de Rigidez do Plano Vertical ................................................................. 121
6.5.3 Planilha de Deflexão ............................................................................................ 122
6.5.4 Planilha de Rigidez do Plano Horizontal Corrigida............................................. 123
6.5.5 Planilha de Rigidez do Plano Vertical ................................................................. 124
6.5.6 Planilha de Deflexão Corrigida............................................................................ 125
6.6 Cálculo dos Mancais definitivos................................................................................. 125
6.7 Velocidade Crítica ...................................................................................................... 128
6.7.1 Planilha de Velocidade Crítica............................................................................. 129
6.8 Configuração Final do Eixo ........................................................................................ 130
7. Conclusão......................................................................................................................... 131
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1. OBJETIVO
A presente monografia tem como objetivo o projeto de um eixo de transmissão,
determinando satisfatoriamente os diâmetros do eixo, seleção dos mancais de rolamentos,
satisfação da análise da rigidez do sistema e velocidade crítica, tudo isso em função do
material escolhido para confecção, e das especificações e condições exigidas pelo projeto em
questão.
A realização deste projeto exige bastante trabalho em equipe, fixação de conhecimento
básicos da Engenharia Mecânica, a capacidade de avaliação técnica e econômica. Nesse
projeto será colocado em prática os ensinamentos transmitidos pelas disciplinas exigidas no
currículo do curso de Engenharia Mecânica e preparação para situações da vida profissional.
2. INTRODUÇÃO
Um projeto em engenharia consiste na criação de idealizações de processos ou sistemas
para que sua estrutura (projeto) seja capaz de realizar suas funções básicas em condições de
trabalho previamente estudadas e definidas. O problema de engenharia nasce da necessidade
ou desejo de modificar um certo estado em um outro; a dificuldade reside no grande número
de alternativas de soluções possíveis. Na realidade, se não há alternativa, não existe o
problema; a característica de um problema de engenharia é exatamente a possibilidade de
várias soluções alternativas.
No ato de projetar, é necessária a existência de uma seqüência de trabalho,
primeiramente temos que fazer o reconhecimento e a confirmação das verdadeiras
necessidades, para com isso definir o problema, depois; realizamos um estudo de diferentes
saídas do problema e fazemos a seleção de um deles a fim de dar início ao anteprojeto,
organizando as especificações dos componentes mais importantes.
Um bom projetista deve estar sempre prevenido contra a tendência de exclusão à
primeira vista; o que primeiramente parecia de difícil execução pode, na realidade, redundar
em economia de material ou de consumo de energia; pode resultar em um movimento mais
suave e conveniente etc. Logo que se observa várias soluções que satisfaçam as exigências
estabelecidas, deve-se comparar uma com as outras e proceder a uma avaliação das
particularidades de cada solução. Freqüentemente, alguns cálculos aproximados já revelam
que uma ou outra solução não produzem o efeito desejado ou redundam em despesas
elevadas.
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Alguns critérios orientarão a escolha, uns já fixados na definição, outros não. Poderão
ser, entre outros: eficiência de operação, custo, rentabilidade, peso, volume, aparência, etc.
Infelizmente, para o projetista esses fatores não podem ser sistematizados numa seqüência de
preferências a serem seguidas. A decisão dependerá muito do projetista e do problema
específico que tem diante de si.
No eixo de transmissão em questão, foram tomadas decisões nas quais tentou – se
obedecer as condições estabelecidas, sempre fazendo o uso do bom senso, condições de
segurança, funcionabilidade e custo; cada qual com sua devida importância. Sendo que este
último fator atuará como um diferencial do projeto.
Na sua elaboração foi seguida uma série de parâmetros, desde uma seqüência de
trabalho incluindo uma análise minuciosa do que está sendo proposto (desenhos,
dimensionamentos dos componentes, análises dinâmica e estática) até uma confirmação das
verdadeiras necessidades do projeto. Na realização deste além de se levar em consideração os
limites impostos pela ciência , foi tomado o devido cuidado com relação aos fatores
econômicos e de segurança, sob risco dos mesmos serem inviáveis. Assim, tentamos
adicionar o maior número de ensinamentos possíveis à execução do projeto, considerando-se
os aspectos práticos e econômicos.
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3. PROJETO SOLICITADO
Desenvolvimento de um projeto de um eixo de transmissão para atender a um
conjunto de especificações e características definidas a seguir: O eixo deve ter fixado a ele
uma polia com 580mm de diâmetro, localizada 600 mm à direita do mancal esquerdo,
pesando 400 N. Esta polia recebe, através de uma transmissão por correia trapezoidal cujo
sulco da polia tem um ângulo face a face de 39o, 50 kW de potência a uma velocidade de
rotação de 1.350 rpm de um eixo cuja posição fica à direita e abaixo da polia formando um
ângulo de 55o com a vertical e, ainda, seu sentido de giro é horário quando observado da
extremidade esquerda do referido eixo de transmissão. Uma engrenagem, com diâmetro
primitivo de 350 mm, fixada sobre o eixo a uma distância de 300 mm à direita do mancal
esquerdo, pesando 260 N, entrega 25% da potência horizontalmente à direita. Uma
engrenagem, com diâmetro primitivo de 315 mm, pesando 235 N, localizada 300 mm à
esquerda do mancal esquerdo, em balanço, entrega 25% da potência verticalmente para cima.
Uma engrenagem, com diâmetro primitivo de 375 mm, pesando 270 N, fixada sobre o eixo a
uma distância de 300 mm à esquerda do mancal direito, entrega 30% da potência
horizontalmente à esquerda. Finalmente, uma outra engrenagem, com um diâmetro primitivo
280 mm, pesando 210 N, que está localizada 300 mm à direita do mancal direito, em balanço,
entrega a potência restante a uma outra engrenagem que se localiza abaixo e à direita do eixo
a ser projetado, do ponto de vista de um observador situado na extremidade esquerda do eixo,
formando um ângulo de 40° com a vertical. Todas as engrenagens, exceto a engrenagem
localizada 300 mm à esquerda do mancal esquerdo e a que se localiza 300 mm à direita do
mancal direito, estando ambas em balanço, que devem ser fixadas sobre o eixo, têm dentes
retos com ângulo de pressão de 20°, enquanto as engrenagens referidas anteriormente têm
dentes helicoidais com ângulo de pressão de 20o e ângulo de hélice de 30o. O sentido da
hélice, em cada uma das referidas engrenagens, é como indicado no desenho esquemático. A
distância compreendida entre os mancais de apoio do elemento mecânico solicitado é de
1.200 mm. O eixo solicitado é para ser utilizado em um dos equipamentos de uma indústria
de produtos farmacêuticos, na qual a corrosão pode ter grande influência e, como
conseqüência, contaminar os produtos fabricados por esta indústria, em particular, aqueles
produzidos pelos equipamentos acoplados ao eixo a ser projetado. O carregamento que estará
presente agindo sobre o eixo pode conter prováveis choques pesados. O projeto deve ser
desenvolvido levando em conta todos os argumentos e críticas de um projetista. A largura de
todos os elementos fixados sobre o eixo a ser projetado é de 75 mm. A figura mostrada, em
seguida, representa uma idéia esquemática do eixo de transmissão, cujo projeto está sendo
solicitado. Pede-se, também, para que seja desenvolvido um programa no micro computador
(CAD), o qual deve representar uma solução mais geral do projeto solicitado.
Figura 3.1
6
4. ESTADO DA ARTE
4.1 Eixos
Eixos são elementos de máquinas que têm função de suporte de outros componentes
mecânicos e não transmitem potência. As árvores, além de suporte, transmitem potência.
Geralmente, na prática, usa-se apenas o termo eixo para denominar estes componentes. Quando
móveis, os eixos transmitem potência por meio do movimento de rotação.
Os eixos são construídos em aço, com baixo e médio teor de carbono. Os eixos com
médio teor de carbono exigem um tratamento térmico superficial, pois estarão em contato
permanente com buchas, rolamentos e materiais de vedação. Existem, também, eixos
fabricados com aços-liga, altamente resistentes.
O termo comumente usado “Árvore” é um elemento que gira transmitindo potência.
Um “Eixo” é um elemento fixo suportando rodas rotativas, polias, etc. Uma “Árvore de
transmissão” é a que é acionada por uma máquina motriz; a potência é retirada da árvore
através de correias ou correntes, geralmente em diversos pontos ao longo de sua extensão.
As principais solicitações nos eixos são: Flexão Simples, Torção Simples, Flexo-torção.
Porém, há casos em que o cisalhamento, a tração ou a compressão pode ser
desprezado.
Os eixos, devido à sua própria função, são solicitados a flexo-torção, e quase sempre
há predominância de uma das solicitações componentes. Dificilmente os valores de Momento
Torçor (Mt) e Momento Fletor (Mf) são da mesma ordem de grandeza. Nestes, para
facilidade de cálculos, o eixo poderá ser dimensionando à flexão simples ou à tração simples,
à segundo da predominância, porém baixando bastante a tensão de trabalho correspondente
afim de levar em conta o efeito da solicitação desconsiderada.
Para dimensionar um eixo submetido a Flexo-torção, utiliza-se a seqüência
apresentada em seguida:
1. Torque no eixo;
2. Esforço na transmissão;
3. Momento Fletor no Plano Vertical (PV);
4. Momento Fletor no Plano Horivontal (PH);
5. Momento Fletor Resultante (Mr);
6. Momento Ideal (Mi);
7. Diâmetro da Árvore.
Portanto são elementos mecânicos utilizados para articulação de um ou mais
elementos de máquinas. Quando móveis, os eixos transmitem potência por meio do
movimento de rotação.
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4.1.1 Constituição dos eixos
Os eixos e árvores são fabricados em sua grande maioria de aços ou ligas de aço, pois os
materiais metálicos apresentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais.
Por isso, são mais adequados para a fabricação de elementos de transmissão:
• eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço ao carbono;
• eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel;
• eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço
cromo-níquel;
• eixo para vagões são fabricados em aço-manganês.
Quando os eixos e árvores têm finalidades especificas, podem ser fabricados em cobre,
alumínio, latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos eixos e
árvores.
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Figura 4.2 – Eixo Vazado
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Figura 4.5 – Eixo Ranhurado
M máx c πd 4 d
σx = →I = ec=
I 64 2
T c πd 4
d
τ xy = máx → J 0 = ec=
J0 32 2
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Portanto, deflexão torna-se uma função apenas da rigidez do eixo, das massas próprias e
dos elementos, de seus suportes, do amortecimento do sistema e do desequilíbrio das massas
em relação ao eixo de giro.
Quando se inicia uma rotação, o eixo tende a girar em torno do eixo geométrico, sendo
que em uma certa velocidade de rotação, a força centrífuga do centro de massa deslocado se
iguala às forças de deflexão do eixo. A essa velocidade dá-se o nome de Velocidade Crítica.
Assim, a vibração no eixo seria de forma violenta devido a mudança de direção da força
centrífuga durante a rotação do eixo. Para o cálculo da velocidade critica, considera-se o eixo
submetido a um carregamento estático onde atuam, somente, a força peso das engrenagens e
da polia.
Existem várias velocidades criticas à serem determinadas para os mancais, mas apenas a
primeira e, se necessário, a segunda se fazem interessantes para o projetista, pois as outras
velocidades são de magnitude muito elevadas que ficam fora da gama de velocidades usuais
de operação.
A velocidade critica dos mancais é determinada seguindo a equação de Rayleigh-Ritz.
30 g ∑ W.y R
ωc =
π ∑ W.y 2
R
onde:
wc= velocidade crítica.
W = carga estática sobre o eixo.
yR = deflexão sob as cargas estáticas.
g = aceleração da gravidade local 9,81m/s².
4.2 Chaveta
A chaveta é um elemento mecânico fabricado em aço. Sua forma, em geral, é
retangular ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça.
A chaveta tem por finalidade ligar dois elementos mecânicos. As chavetas classificam-se em:
chavetas de cunha, chavetas paralelas e chavetas de disco.
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Figura 4.6 - Chaveta
• Chavetas de Cunha
As chavetas tem esse nome porque são parecidas com uma cunha. Uma de suas
faces é inclinada, para facilitar a união de peças.
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As chavetas longitudinais podem ser de diversos tipos: encaixada, meia-cana,
plana, embutida e tangencial.
• Chavetas Encaixadas
São muito usadas. Sua forma corresponde a do tipo mais simples de chaveta de
cunha. Para facilitar seu emprego, o rasgo do eixo é sempre mais comprido que a chaveta.
• Chavetas Meia-Cana
Sua base é côncava (com o mesmo raio do eixo). Sua inclinação é de 1:100, com
ou sem cabeça. Não é necessário rasgo na árvore, pois a chaveta transmite o movimento
por
efeito do atrito. Desta forma, quando o esforço no elemento conduzido for muito
grande, a chaveta desliza sobre a árvore.
• Chaveta Plana
Sua forma é similar a da chaveta encaixada, porém, para sua montagem não se
abre rasgo no eixo. É feito um rebaixo plano.
• Chavetas Embutidas
Essas chavetas tem os extremos arredondados. O rasgo para seu alojamento no
eixo possui o mesmo comprimento da chaveta. As chavetas embutidas nunca tem cabeça.
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Figura 4.12 – Chaveta Longitudinal
• Chavetas Tangenciais
São formadas por um par de cunhas, colocados em cada rasgo. São sempre
utilizados duas chavetas, e o rasgo são posicionados a 120º. Transmitem fortes cargas e
são utilizadas, sobretudo, quando o eixo está submetido a mudança de carga ou golpes.
• Chavetas Transversais
São aplicadas em união de peças que transmitem movimentos rotativos e
retilíneos alternativos.
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Figura 4.15 – Chaveta Longitudinal
As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus extremos, eles
podem ser retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para fixar a chaveta ao
eixo.
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Figura 4.18 – Chaveta Longitudinal
4.3 Mancal
Mancal é um suporte de apoio de eixos e rolamentos que são elementos girantes de
maquinas.
Os mancais classificam-se em duas categorias: mancais de deslizamento e mancais de
rolamento.
Mancais de deslizamento - são concavidades nas quais as pontas de um eixo se apóiam.
Por exemplo, na figura seguinte, as duas concavidades existentes nos blocos onde as pontas
de um eixo se apóiam são mancais de deslizamento.
Mancais de rolamento - São aqueles que comportam esferas ou rolos nos quais o eixo
se apoia. Quando o eixo gira, as esferas ou rolos também giram confinados dentro do mancal.
Por exemplo, se colocarmos esferas ou rolos inseridos entre um eixo e um bloco, conforme
figura ao lado, o eixo rolará sobre as esferas ou rolos.
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4.4 Rolamento
Os rolamentos podem ser de diversos tipos: Fixo de uma carreira de esferas, de contato
angular de uma carreira de esferas, autocompensador de esferas, de rolo cilíndrico,
autocompensador de uma carreira de rolos, autocompensador de duas carreiras de rolos, de
rolos cônicos, axial de esfera, axial autocompensador de rolos, de agulha e com proteção.
Os rolamentos projetados para suportar cargas que atuam na direção do eixo são
chamados de rolamentos axiais.
Muitos tipos de rolamento radiais são capazes de suportar, também, cargas combinadas,
isto é, cargas radiais e axiais.
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4.4.2 Tipos de rolamentos
Admite cargas axiais somente em um sentido e deve sempre ser montado contra
outro rolamento que possa receber a carga axial no sentido contrário.
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figura 4.25 - Rolamento autocompensador de esferas
20
É um rolamento adequado aos mais pesados serviços. Os rolos são de grande diâmetro
e comprimento.
Devido ao alto grau de oscilação entre rolos e pistas, existe uma distribuição uniforme
da carga.
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Figura 4.30 - Rolamento axial autocompensador de rolos
• Rolamento de agulha
Possui uma seção transversal muito fina em comparação com os rolamentos de rolos
comuns.É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado.
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4.4.3 Defeitos comuns dos rolamentos
Os defeitos comuns ocorrem por:
• desgaste;
• fadiga;
• falhas mecânicas.
¾ Desgaste
¾ Fadiga
A origem da fadiga está no deslocamento da peça, ao girar em falso. A peça se
descasca, principalmente nos casos de carga excessiva.
¾ Falhas mecânicas
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Goivagem é defeito semelhante ao anterior, mas provocado por partículas estranhas
que ficam prensadas pelo rolete ou esfera nas pistas.
Carga Estática
Quando o rolamento estiver atuando parado ou oscilações, é dimencionado por meio
da capacidade carga estática (C0).
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C 0 = f s ⋅ P0
Sendo:
C0 Capacidade de carga estática (kN)
fs Fator de esforço estático
P0 Carga estática equivalente (kN)
Limite Inferior de ƒs
Condição de Operação Rol. De Esferas Rol. de Rolos
Requer baixo ruído em especial 2 3
Casos com vibração e choque 1.5 2
Casos de operação normal 1 1.5
Carga Dinâmica
Quando o rolamento atuar com movimento (n ≥ 10rpm), é dimensionado por meio
da capacidade de carga dinâmica (C).
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Carga Dinâmica Equivalente (P)
Determina-se a carga dinâmica equivalente quando houver a atuação simultânea
radial e axial no rolamento. A carga dinâmica equivalente constitui-se de um suposta
carga resultante, sendo definida por meio de:
Sendo:
P Carga dinâmica equivalente (kN)
Fr Carga radial (kN)
Fa Carga axial (kN)
X0 Fator radial
Y0 Fator axial
fl
C= ⋅P
fn
Sendo:
C Capacidade de carga dinâmica (kN)
P Carga dinâmica equivalente (kN)
fn Fator de rotação
fl Fator de esforços dinâmicos
fl
C= ⋅P
fn ⋅ ft
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Sendo:
C Capadidade de carga dinâmica (kN)
P Carga dinâmica equivalente (kN)
fn Fator de rotação
fl Fator de esforços dinâmicos
ft Fator de temperatura
3 / 10
⎛C ⎞
Rolamento de Rolos: L = ⎜ ⎟
⎝P⎠
Onde:
6
L Vida Nominal ( 10 rev. )
P Carga no rolamento equivalente
C Capacidade de carga
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Lna Duração até a fadiga (h)
a1 Fator de probabilidade
a2 Fator de matéria-prima
a3 Fator das condições de serviço
Lh Vida nominal do rolamento
Confiabilidade (%) 90 95 96 97 98 99
Duração L10 L5 L4 L3 L2 L1
a1 1 0,62 0,53 0,44 0,33 0,21
Tabela .4.1 – coeficiente de confiabilidade
9 Fator a2 (matéria-prima)
O fator a2 considera as características da matéria-prima e respectivo tratamento
térmico. Para aços de alta qualidade recomenda-se a2 = 1, e ele se altera para altas
temperaturas.
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4.5 Engrenagens
Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir
movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas pra variar o
número de rotações e o sentido da rotação de um eixo para o outro.
Diâmetro primitivo (Dp): É o diâmetro intermediário entre De e Di. Seu cálculo exato é Dp
= De - 2m.
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Pé do dente (f): É a parte do dente que fica entre Dp e Di.
De − Di
Altura do dente (h): É a altura total do dente ou h = 2,166 . m
2
Espessura de dente (e): É a distância entre os dois pontos extremos de um dente, medida à
altura do Dp.
Vão do dente (V): É o espaço entre dois dentes consecutivos. Não é a mesma medida de e.
Passo (P): Medida que corresponde à distância entre dois dentes consecutivos, medida à
altura do Dp.
Módulo (M): Dividindo-se o Dp pelo número de dentes (z), ou o passo (P) por π, teremos
um número que se chama módulo (M). Esse número é que caracteriza a engrenagem e se
constitui em sua unidade de medida. O módulo é o número que serve de base para calcular a
dimensão dos dentes.
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Possuem dentes inclinados em relação ao eixo de rotação da engrenagem. Podem
transmitir rotação entre eixos paralelos e eixos concorrentes. Podem ser utilizadas nas
mesmas aplicações das E.C.R. Neste caso são mais silenciosas.
(a) (b)
figura 4.40 - Engrenagens Cilíndricas Helicioidais – a: Eixos paralelos; b: Eixos concorrentes
9 Engrenagens Cônicas
Possuem a forma de tronco de cones. São utilizadas principalmente em aplicações
que exigem eixos que se cruzam (concorrentes). Os dentes podem ser retos ou
inclinados em relação ao eixo de rotação da engrenagem. Exemplos deste tipo de
engrenagens estão mostrados na figura 28.
31
Figura 4.42 - Parafuso Sem Fim (Coroa)
9 Pinhão-Cremalheira
Neste sistema, a coroa tem um diâmetro infinito, tornando-se reta. Os dentes
podem ser retos ou inclinados. O dimensionamento é semelhante às engrenagens
cilíndricas retas ou helicoidais. Na Figura 30 está mostrado um exemplo destas
engrenagens.
Consegue-se através deste sistema transformar movimento de rotação em
translação.
32
4.5.3 Lei do Engrenamento
As rodas dentadas 1 e 2 giram em torno de O1 e O2, de tal forma que se seus flancos,
transfere à roda 2 uma velocidade angular instantânea ω2. Onde, n1 e n2 são respectivamente
as rotações dos eixos da roda 1 e 2. E ainda, r1 e r2 são raios primitivos das engrenagens.
i=
ω1 n1 r2 g2
ω 2 = n 2 = r1 = g 1
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Figura 4.45 - Linha do Engrenamento
34
O Arco da Circunferência Primitiva compreendido entre dois dentes consecutivos é
chamado de Passo.
35
n Rotação
MT Momento Torçor
v Velocidade Tangencial
d0 Diâmetro
α0 Ângulo de pressão
π ⋅ d0 ⋅ n d0 ⋅ n
v= =
60 × 100 1910
75 ⋅ N M ⋅2
Ft = Ft = d
v ou d0
N
M t = 71620
n
71620 ⋅ N ⋅ 2
Ft =
n ⋅ d0
FT
Fn =
cos⋅ α 0 e Fr = Ft ⋅ tg α 0
36
pequena altura, de modo a limitar o contato nas proximidades das circunferências supra
citadas. Porém se a altura dos dentes for pequena, o arco de ação poderá se tornar
insuficiente, fazendo com que dois dentes em contato se afastem antes que os outros dois
iniciem o engrenamento.
Para se obter um arco de ação suficiente, com dentes de pequena altura, usa-se Dentes
Helicoidais. De fato, imaginando um dente reto cortado, e suas partes deslocadas como se
nota logo que para haver continuidade de engrenamento será suficiente, para cada parte, um
arco de contato igual a 1/3 do total.
A inclinação da hélice (β) é ângulo entre uma tangente à superfície da hélice e uma
geratriz do cilindro primitivo. Uma vez que as engrenagens helicoidais são, naturalmente
não-intermutáveis (uma hélice à direita se engrena com uma a hélice à esquerda, quando os
eixos são paralelos), não existem valores padrões de inclinação da hélice. Os ângulos de
hélice mais comuns variam de 15o a 25o, porém para certos tipos específicos de engrenagens
este valor poderá ser inferior.
37
Figura 4.50 - Ângulo de hélice
É interessante notar que o esforço axial aumenta quando a inclinação da hélice cresce,
esta inclinação fica limitada pelo esforço axial originado. Por outro lado, quanto maior a
inclinação da hélice, para determinada largura da face, maior a cobertura dos dentes e mais
gradual será a transferência da carga.
38
Sendo:
Ft Força tangencial
Fn Força normal (atuando na linha de engrenamento)
Fr Força radial
N Potência
n Rotação
MT Momento Torçor
v Velocidade Tangencial
d0 Diâmetro
α0 Ângulo de pressão
4.6 Correias
A transmissão de rotação entre duas árvores paralelas pode ser obtida através de
polias fixadas nas árvores e envolvidas por um ou mais elementos flexíveis, as correias.
A possibilidade de transmissão é resultante do atrito gerado entre esses elementos,
conseguido mediante uma compressão inicial da correia, quando em repouso.
Em funcionamento a polia condutora arrasta a correia e esta a polia conduzida,
vencendo a resistência oferecida. Como conseqüência a polia motora traciona a correia de um
lado tenso e folga do outro lado frouxo.
Como a capacidade de transmissão é função do ângulo de abraçamento, faz-se o lado
tenso o inferior. Durante o funcionamento podem ser observados dois fenômenos típicos:
39
deslize – devido a uma tensão inicial insuficiente ou a ocorrência de uma sobrecarga
resistente excessiva, a resistência de atrito entre a correia e a polia não for suficiente, a
correia escorregará sobre a polia;
creep – no funcionamento normal, um elemento da correia, quando atinge o primeiro
ponto de contato com a polia motora, possui uma velocidade igual a tangencial da polia e
encontra-se deformada por tração, sob a tensão atuante no lado tenso. Ao longo do arco
de contato essa tensão varia para menos, até aquela do lado frouxo, com a diminuição da
deformação. Como conseqüência o elemento considerado sofre um encurtamento em
sentido contrário ao movimento, o que redunda em velocidades absolutas menores, a
proporção que o elemento se aproxima da saída com um escorregamento relativo entre a
correia e a polia.
40
(a) (b)
Figura 4.52 - (a) Cones de polias permitindo diferentes relações de velocidades, (b) correia cruzada.
O afastamento entre as árvores (distância entre eixos) não deve ser inferior a um certo
valor que depende do tipo de correia usada, afim de que a transmissão se faça de maneira
eficiente.
Correias Trapezoidais - possuem lados inclinados que se encaixam nas ranhuras (em
V) das polias, conforme pode ser verificado na figura abaixo. Atualmente, alguns fabricantes
fazem os lados inclinados ligeiramente convexos, de maneira que ao sofrer encurvamento em
torno da polia, os lados convexos tornam-se retos, tendo maior área de contato com a polia, o
que proporciona maior força de atrito.
41
Figura 4.54 - Correia trapezoidal
42
4.6.3 Capacidade de transmissão de potência
Como as correias trapezoidais têm seções retas padronizadas, as potências estão
tabeladas em função destas seções, e do tipo de serviço, velocidade, e diâmetro da polia
menor.
A ocorrência de sobrecargas, de partidas pesadas, de funcionamento contínuo, etc,
dita condições de serviço muito severas, de modo que as correias que se destinam a trabalhar
sob tais condições devem ser mais vigorosas que aquelas que, funcionando sob a mesma
potência nominal, suportam condições de serviço mais suaves. Por esta razão, deve-se
procurar nas tabelas, as potências conforme o tipo de serviço, que estão classificados abaixo.
• Serviço leve:
9 Serviço intermitente – não mais de 6 horas de trabalho intermitente por dia. Potência
resistente nunca excedente à capacidade do motor.
• Serviço normal:
Onde o arranque inicial ou as sobrecargas momentâneas nunca excedem 150% da
carga normal.
9 Serviço contínuo (6 a 16 horas por dia).
Por exemplo: Padarias; Compressores centrífugos; Compressores rotativos;
Transportadoras; Ventiladores centrífugos; Peneiras e separadores; Lavanderias; Oficinas
mecânicas; Bombas.
• Serviço pesado:
Onde o arranque inicial ou as sobrecargas momentâneas nunca excedem 200% da
carga normal.
9 Serviço contínuo (16 a 24 horas por dia).
Por exemplo: Cerâmica; Caçamba e baldes elevadores; Ventiladores de hélice;
Laminadores; Esmeris; Eixos de transmissão; Moinhos; Fábricas de papel; Imprensa;
Serrarias.
• Serviço extra-pesado:
Onde o arranque inicial ou as sobrecargas momentâneas excedem 200% da carga
nominal.
9 Serviço contínuo (16 a 24 horas por dia, 7 dias por semana). Onde arranques,
sobrecargas momentâneas e outras ocorrem freqüentemente.
Por exemplo: Parafusos sem fim; Ventiladores de minas.
43
α
F1 f ⋅β sen ( )
=e 2
F2
Onde:
F1 -Força de tenso.
F2 -Força do lado frouxo.
f -Coeficiente de atrito.
β -Arco de contato entre a correia e a polia em radianos.
α - Ângulo de flanco da correia trapezoidal.
4.7 Polia
4.7.1 Generalidades
As polias são peças cilíndricas movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas
correias. Uma polia é constituída de uma coroa ou face na qual se enrola a correia. A face é
ligada a um cubo de roda mediante disco ou braços. Os materiais que se empregam para
construção das polias são: ferro fundido (mais utilizado), aços, ligas leves e materiais
sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar porosidades, pois do contrário a correia
irá se desgastar rapidamente.
44
Figura 4.57 - Transmissão por correia.
A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta
apresente forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (canais)
e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada.
45
Figura 4.60 - Polia trapezoidal de múltiplos canais.
46
Polia de aro plano
47
Polia em “V” múltipla
Para as correias em V, deve-se tomar o diâmetro nominal médio da polia (Dm) para
os cálculos.
O diâmetro nominal calcula-se pela fórmula:
48
9 apresentar os canais livres de graxa, Óleo ou tinta e corretamente dimensionados para
receber as correias.
49
Figura 4.65 – Alinhamento das polias
50
Metais não-ferrosos
- Alumínio e ligas de alumínio
- Magnésio e ligas de magnésio
- Zinco e ligas de zinco
- Cobre e ligas de cobre
Materiais não-metálicos
- Madeira
- Materiais plásticos artificiais
- Materiais cerâmicos
- Materiais especiais
- Fator função
Tendo as informações descritas anteriormente como ponto de partida, estabelecemos
uma condição que o material deve resistir à corrosão.
Pode-se considerar a corrosão como um ataque gradual e contínuo do material por parte de
um meio circunvizinho, que pode ser a atmosfera um meio químico, líquido ou gasoso. Num
aspecto muito difundido e aceito, definimos corrosão como a deterioração de um material,
geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a
esforços mecânicos.
Sendo a corrosão, em geral, um processo espontâneo, está constantemente
transformando os materiais metálicos de modo que a durabilidade e desempenho dos mesmos
deixam de satisfazer os fins a que se destinam.
Como resultado das reações químicas entre os materiais e os elementos agressores
contidos nestes meios, têm-se mudanças graduais no material, sendo exatamente visível pela
alteração das características da superfície. Para evitar ou minimizar os efeitos da corrosão,
51
deve-se conferir ao material a propriedade de "passividade" o que assegura, a certos tipos de
materiais, permanecia inertes frente aos ataques.
Os aços-carbono, em geral, caracterizam-se normalmente por não serem passivos,
entretanto a condição de passividade pode ser – lhes conferida, em maior ou menor grau, pela
adição de elementos de ligas em suas composições. O cromo (Cr) é o elemento mais
importante e quando usado em teores acima de 10% é o mais eficiente de todos, na maioria
das condições, entretanto elementos como níquel (Ni) e o molibdênio (Mo) são também de
grande valor.
Tomando-se como base as informações fornecidas, no projeto proposto, observa-se
que não foi indicado o meio circunvizinho, o que dificulta a seleção, uma vez que se torna
praticamente impossível escolher um aço que atenda a todas as possíveis formas de corrosão.
Entretanto, sabe-se que a corrosão atmosférica é uma realidade por este motivo deve-se
prevenir o eixo contra possíveis contatos com o produto que venha a realizar ataques
corrosivos.
Os problemas de corrosão são freqüentes e ocorrem nas mais variadas atividades,
como nas indústrias químicas, petrolíferas, petroquímicas, naval, de construção civil,
automobilística além de outras mais.
Estes problemas podem causar grandes perdas econômicas de forma direta ou
indireta, cabendo a nós solicitarmos um material que evite esses prejuízos. Alguns destes
problemas que ocorrem com mais freqüência são citados a seguir:
9 Custos de substituição das peças ou equipamentos que sofreram corrosão,
incluindo-se energia e mão-de-obra;
9 Os custos e a manutenção dos processos de proteção, cabendo ao engenheiro
minimizar a necessidade dessa manutenção;
9 Paralisações acidentais;
9 Perdas de produto;
9 Perdas de eficiência;
9 Contaminação de produto.
Outros itens que devem ser levados em consideração com a corrosão são as questões
de segurança, tentando prevenir quando acontece; por exemplo, corrosões localizadas, que
em muitas vezes resultam em fraturas repentinas de partes críticas em máquinas ou
estruturas, causando desastres que podem envolver perdas de vidas humanas; vazamentos em
tubulações de gasolina, gás natural, ou em tanques de combustíveis podem causar explosões
e incêndios de grandes proporções também como degradação do meio-ambiente.
52
Devemos observar a corrosão localizada que pode ser, às vezes, mais prejudicial do
que a corrosão generalizada, visto que cria pontos de concentração de tensões que levarão o
metal á ruptura por fadiga.
Dados obtidos afirmam que cerca de 30 bilhões de dólares poderiam ser
economizados se todas as medidas economicamente viáveis fossem usadas para prevenção
contra corrosão. A partir de trabalhos realizados pela NACE (National Association of
Corrosion Engenieers), o custo da corrosão em países desenvolvidos gira em tomo de 3,5 a
4,0% do produto interno bruto (PIB) e 6% para os países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento. Anualmente, cerca de 2% da tonelagem de metais usados em todo o
mundo são destruídos pela corrosão. Para finalizar, cerca de 25% da produção anual de aço
destina-se a substituir as peças distribuídas pela corrosão.
Devido a todos os itens citados acima é de fundamental importância solicitar um
material que atenda todas as necessidades de prevenção contra a corrosão.
- Fator solicitacão
Uma das considerações fundamentais do projeto é que a resistência do eixo deve ser a
maior que as tensões a ele aplicadas de tal forma a proporcionar segurança e confiabilidade.
Desta forma durante a seleção do material toma-se importante conhecer a natureza
dos esforços atuantes (cortantes, fletores, torsores, outros), procurando estabelecer relações
primárias que facilitem a escolha do material. Além disso, deve-se considerar a presença de
efeitos como choques e vibrações. Assim sendo, pode-se restringir a seleção aos materiais
dúcteis que permitem a absorção de sobrecargas.
Por outro lado, observa-se a necessidade de elevada rigidez, uma vez que o eixo
possui comprimento relativamente elevado (1800 mm), tal rigidez, em primeira avaliação,
pode ser obtida por meio da utilização de materiais com elevado módulo de elasticidade.
Verifica-se ainda a necessidade da existência de ressaltos e chavetas para apoiar e
fixar os elementos do sistema de transmissão, que provocam sensível diminuição da
resistência do eixo, uma vez que causam o efeito de concentração de tensão afetando
diretamente no processo de falha. Desta forma se faz necessária à utilização de um material
com boas propriedades mecânicas.
Para considerações acima, podemos analisar as características de tenacidade e
ductilidade do material.
Onde a tenacidade, em outras palavras, pode ser definida como "a capacidade do
material deformar-se antes de romper" ou como "a capacidade do material absorver
considerável quantidade de energia sem romper".
53
E a ductilidade é a deformação plástica total até o ponto de ruptura.
54
Aqui iremos comparar alguns materiais que foram listados anteriormente no Estado
da Arte. Como estão indicados na carta, os elastômeros apesar de possuírem uma menor
massa específica em relação aos aços, os elastômeros possuem uma baixo módulo de
elasticidade (E) comparando com os mesmos aços assim, já não corresponde com o que nos
foi solicitado no projeto, pois com um baixo Módulo de Young significa uma baixa rigidez.
A madeira da mesma forma que os elastômeros, apesar de possuir um módulo de elasticidade
bem maior que os elastômeros, possui um módulo de Young menor que os aços. Portanto
para essa primeira carta de Asbhy podemos concluir que o material que melhor atende as
funções requeridas são os Aços.
55
Vale Salientar que o material que melhor satisfaz as exigências do projeto é aquele
no qual possui uma alta resistência mecânica e uma baixa massa específica, como já foi
decretado anteriormente.
Então através da segunda Carta do Asbhy podemos observar que os polímeros
possuem uma massa específica menor que os aços, porém possuem também uma menor
resistência mecânica em relação aos mesmos. Já os compósitos possuem uma menor massa
específica em relação aos aços e uma resistência mecânica equivalente aos aços atendendo os
requisitos citados. Porém, não podemos afirmar ainda com tanta certeza que os compósitos
são os melhores materiais para a fabricação do projeto, pois não sabemos se eles irão atender
os requisitos das outras propriedades.
56
Na quarta Carta de Asbhy é relacionado módulo de Elasticidade (E) e a resistência mecânica
(σ):
Nessa quarta Carta temos que escolher os materiais que possuem uma alta resistência
mecânica e um módulo de elasticidade alto também. Assim no lado direito superior temos as
cerâmicas no qual possuem valores de ambas propriedades altas, porém as cerâmicas são
materiais frágeis por isso não atendem ao projeto.
Já os compósitos e os aços possuem valores de resistência e módulos de elasticidade
relativamente altos. Sendo os melhores materiais, para essa Carta, porém ainda não podemos
afirmar qual o melhor material pois ainda faltam propriedades a serem analisadas como o
fator custo por unidade de volume.
Na décima quarta carta de Abshy é relacionado o módulo de Young (E) e o custo
relativo por unidade de volume.
57
Através dessa Carta podemos perceber que apesar dos aços e dos compósitos
possuírem um módulo de Young relativamente próximos,mesmo assim os compósitos têm
um valor menor, o custo relativo por unidade de volume dos compósitos é maior. Portanto,
podemos concluir que, para essa Carta, os aços são os que melhor atendem o projeto.
Na décima quinta e última Carta de Asbhy selecionada temos uma relação entre a
resistência mecânica (σ) e o custo por unidade de volume.
58
Com o auxílio dessa Carta percebemos que, novamente, os aços comparados com os
compósitos possuem uma maior resistência mecânica e menor custo relativo por unidade de
volume.
Portanto, através da análise das Cartas de Asbhy, concluímos que os aços são os
materiais que melhor atendem ao projeto solicitado
4.9 Corrosão
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica
do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. Ao se considerar o emprego
de materiais na construção de equipamentos ou instalações é necessário que estes resistam à
ação do meio corrosivo, além de apresentar propriedades mecânicas suficientes e
características de fabricação adequadas. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de
materiais, sejam metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não metálicos,
como plásticos, cerâmicas ou concreto. A ênfase aqui descrita será sobre a corrosão dos
materiais metálicos. Esta corrosão é denominada corrosão metálica. Dependendo do tipo de
59
ação do meio corrosivo sobre o material, os processos corrosivos podem ser classificados em
dois grandes grupos, abrangendo todos os casos deterioração por corrosão:
- Corrosão Eletroquímica;
- Corrosão Química.
Os processos de corrosão eletroquímica são mais freqüentes na natureza e se caracterizam
basicamente por:
• Necessariamente na presença de água no estado líquido;
• Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande maioria na
temperatura ambiente;
• Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de elétrons na
superfície metálica.
Em face da necessidade do eletrólito conter água líquida, a corrosão eletroquímica é
também denominada corrosão em meio aquoso. Nos processos de corrosão, os metais reagem
com os elementos não metálicos presentes no meio, O2, S, H2S, CO2 entre outros,
produzindo compostos semelhantes aos encontrados na natureza, dos quais foram extraídos.
Conclui-se, portanto, que nestes casos a corrosão corresponde ao inverso dos processos
metalúrgicos, vide figura 66
Figura 4.66
Os processos de corrosão química são, por vezes, denominados corrosão ou oxidação
em altas temperaturas. Estes processos são menos freqüentes na natureza, envolvendo
operações onde as temperaturas são elevadas.
Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por:
• ausência da água líquida;
• temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho da água;
• Interação direta entre o metal e o meio corrosivo.
Como na corrosão química não se necessita de água líquida, ela também é
denominada em meio não aquoso ou corrosão seca.
Existem processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em
serviço, que não se enquadram na definição de corrosão.
60
Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente partículas do
material. Embora esta perda de material seja gradual e decorrente da ação do meio, tem-se
um processo eminentemente físico e não químico ou eletroquímico. Pode–se, entretanto
ocorrer, em certos casos, ação simultânea da corrosão, constituindo o fenômeno da corrosão-
erosão.
Outro tipo de alteração no material que ocorre em serviço, são as transformações
metalúrgicas que podem acontecer em alguns materiais, particularmente em serviço com
temperaturas elevadas. Em função destas transformações as propriedades mecânicas podem
sofrer grandes variações, por exemplo apresentando excessiva fragilidade na temperatura
ambiente. A alteração na estrutura metalúrgica em si não é corrosão embora possa modificar
profundamente a resistência à corrosão do material, tornando – o, por exemplo, susceptível à
corrosão intergranular.
Durante o serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da fluência,
que é uma deformação plástica do material crescente ao longo do tempo, em função da
tensão atuante e da temperatura.
61
Este sulfato de sódio reage posteriormente com os óxidos formados destruindo
também, as películas protetoras.
A ação combinada do vanádio e sulfato de sódio é muito mais acentuada, sobretudo
em cinzas contendo cerca de 85% de V2O5 e 15% de Na2SO4.
62
Os processos corrosivos de natureza química ocorrem, normalmente, em temperaturas
elevadas, porque na temperatura ambiente o sistema não possui energia para reação.
Pelo fato destes processos serem acompanhados de temperaturas elevadas, são
comumente conhecidos por processos de corrosão ou oxidação em altas temperaturas.
A corrosão química é um produto da era industrial e ocorre em equipamentos que
trabalham aquecidos, tais como: fornos, caldeiras, unidades de processo, etc.
63
A massa deteriorada pode ser calculada pela equação de Faraday:
m = e.i.t
m = massa desgastada, em g;
e = equivalente eletroquímico do metal;
i = corrente de corrosão, em A;
t = tempo em que se observou o processo, em s.
A corrente l de corrosão é, portanto, um fator fundamental na maior ou menor
intensidade do processo corrosivo e o seu valor pode ser variável ao longo do processo
corrosivo.
A corrente de corrosão depende fundamentalmente de dois fatores:
Diferença de potencial das pilhas (diferença de potencial entre áreas anódicas e
catódicas) - DV;
• Resistência de contato dos eletrodos das pilhas (resistência de contato das áreas
anódicas e catódicas) - R;
• A diferença de potencial - DV - pode ser influenciada pela resistividade do eletrólito,
pela superfície de contato das áreas anódicas e catódicas e também pelos fenômenos
de polarização e passivação.
A velocidade de corrosão pode ser, ainda, alterada por outros fatores que serão
tratados no item seguinte e que influenciam de modo direto ou indireto na polarização ou na
passivação.
O controle da velocidade de corrosão pode se processar na área anódica ou na área
catódica, no primeiro caso diz-se que a reação de corrosão é controlada anodicamente e no
segundo caso catodicamente. Quando o controle se dá anódica e catodicamente diz-se que o
controle é misto.
64
aderência: as películas mais finas são, de modo geral, mais aderentes quando a rede
cristalina do produto de corrosão é semelhante a do metal tem- se normalmente maior
aderência da película. Películas mais aderentes são mais protetoras;
refratariedade: as películas para serem protetoras não devem fundir a baixas
temperaturas;
plasticidade: as películas muito duras fraturam com facilidade, tendendo a ser menos
protetoras;
porosidade: está intimamente ligada à impermeabilidade da rede cristalina. Quanto
menos porosa mais protetora é a película;
4.9.6 Corrosão-Fadiga
65
anódica em relação ao restante do material, logo a presença de um eletrólito no interior da
trinca provoca corrosão e acelera a progressão da mesma.
A associação dos dois efeitos causa a falha do material em um número muito menor
de ciclos do que se o fenômeno de fadiga ou corrosão isoladamente.
Com a ocorrência dos dois efeitos as curvas de fadiga ficam profundamente
modificadas e mesmo para os metais ferrosos desaparece o limite de fadiga quando se tem
corrosão fadiga.
• Revestimentos
Os revestimentos constituem-se em películas interpostas entre o metal e o meio
corrosivo, ampliando a resistência a corrosão do material metálico. Esta película pode dar
ao material um comportamento mais nobre, como é o caso das películas metálicas mais
catódicas que o metal de base, ou protegê-lo por ação galvânica, ou ainda, se constituem
numa barreira entre o metal e o meio e desta forma aumentar a resistência de contato das
áreas anódicas e catódicas das pilhas de corrosão. Os revestimentos podem ser: metálicos,
não metálicos inorgânicos ou orgânicos e a sua utilização pode ser no aumento da
resistência à corrosão atmosférica, na imersão e na corrosão pelo solo.
• Inibidores de Corrosão
O aumento da resistência à corrosão pelo uso dos inibidores de corrosão constitui-
se em uma técnica muito utilizada, especialmente quando o meio corrosivo é líquido e
trabalha em circuito fechado.
Os inibidores são compostos químicos adicionados ao meio que promovem
polarização anódica ou catódica, ou são formadores de película que aumentam a
resistência de contato das áreas anódicas e catódicas das pilhas de corrosão.
66
• Técnicas de Modificação do Meio Corrosivo
Além dos inibidores que agem através do meio corrosivo há outras técnicas
importantes de modificação do meio, dentre elas vale destacar a desaeração e o controle
do pH.
A desaeração consiste na retirada de oxigênio do meio, sendo o oxigênio um
agente despolarizante, com a sua retirada favorece-se a polarização catódica com a
conseqüente diminuição da intensidade do processo corrosivo.
Os processos de retirada de oxigênio podem ser químicos ou mecânicos.O
processo químico é realizado pelos seqüestradores de oxigênio, enquanto que a retirada
do processo mecânico é feita em desaeração por arraste do oxigênio por um outro gás,
comumente vapor, ou em câmara de vácuo onde a descompressão propicia a saída de
gases.
O controle de pH visa favorecer a passivação dos metais, que se tornam passivos
com o pH ligeiramente básico. Cuidados especiais deve-se ter com os metais anfóteros
que perdem a resistência à corrosão em meios muito básicos e com a precipitação de
compostos de cálcio e magnésio que se tornam insolúveis em pH elevado, podendo trazer
problemas de incrustação.
Estes dois métodos de aumento da resistência a corrosão são muito utilizados em
sistemas de água de refrigeração, água de caldeira, água de injeção em poços de petróleo,
em fluidos diversos como os de perfuração de poços de petróleo e os de complementação.
Destaca-se ainda, como métodos que reduzem as taxas de corrosão o controle de
velocidade relativa metal/eletrólito e o controle de temperatura.
67
O seu emprego encontra maior interesse para eletrólitos de alta agressividade
(eletrólitos fortes), como por exemplo um tanque metálico para armazenamento de
ácidos.
A proteção anódica não só propicia a formação da película protetora mas
principalmente mantém a estabilidade desta película. O emprego de proteção anódica é
ainda muito restrito no Brasil, porém tem grande aplicação em outros países na indústria
química e petroquímica.
multiplicada pelo mesmo coeficiente de segurança do estado de tensão leva o material à falha
por tração.
68
Note-se, aqui, que o conceito de falha está associado à falência do funcionamento do
equipamento no qual o corpo se insere. Por exemplo, para um material dúctil, normalmente a
falência ocorre quando a tensão simples de tração atinge o valor da tensão de escoamento
(Syp). para os materiais frágeis, que não apresentam deformação plástica representativa, a
falência ocorre quando a tensão de tração atinge o valor da tensão limite de ruptura (Sult).
Assim, para executar o dimensionamento:
σr
σ eq × N ≤ σ r ou σ eq ≤
N
Cada uma destas teorias propõe um critério para a causa da fala do material.
As experiências feitas em tempos recentes mostram que, entre as teorias apresentadas,
algumas são equivalentes e outras são apenas de interesse histórico, já que não apresentam
resultados compatíveis com os obtidos.
Neste texto apresentar-se-á os critérios baseados em algumas destas teorias.
69
4.10.2.1 Critério da máxima tensão de cisalhamento ou Critério de Tresca
Este critério se baseia no fato que para os materiais dúcteis o principal mecanismo de
deformação plástica é o de escorregamento nos planos de maior densidade atômica.
quando ela apresentar a mesma tensão de cisalhamento máxima que o estado da tensão.
τmáx τmáx
σ σ
σ3 σ 2 σ1 σ3 σ2 σeq
figura 4.69 – Círculos de Mohr para um estado de tensão e para uma tensão equivalente.
Sabendo-se que as tensões de cisalhamento máxima nos dois círculos de Mohr podem
ser determinadas por:
σ1 − σ 3 σ eq
τ máx = τ máx =
2 2
A igualdade das duas expressões fornece:
σ1 − σ 3 σ eq
=
2 2
σ eq = σ1 − σ 3
U=
1+ ν
6×E
[
(σ1 − σ 2 )2 + (σ1 − σ 3 )2 + (σ 2 − σ 3 )2 ]
(1)
O mesmo fato acontece com a tensão equivalente já que nesta situação σ1= σeq e σ2
= σ3 =0. Para a tensão equivalente, a energia de distorção fica:
70
1+ ν
U= × 2 × σ 2eq
6×E (2)
Igualando-se as expressões 1 e 2 tem-se:
(σ1 − σ 2 )2 + (σ1 − σ 3 )2 + (σ 2 − σ 3 )2 = 2 × σ 2eq
ou seja:
(σ1 − σ 2 )2 + (σ 1 − σ 3 )2 + (σ 2 − σ 3 )2
= σ eq
2
Note-se, também, que no caso da solicitação chamada hidrostática (σ1= σ2= σ3), as
tensões equivalentes para os dois critérios possuem valor igual a zero. Assim, não é possível
dimensionar nesta situação por um destes critérios.
Critério de Coulomb-Mohr
Este critério é particularmente interessante para materiais que apresentam resistências
diferentes quando solicitados à tração e à compressão. Este tipo de comportamento, em geral,
é apresentado pelos materiais frágeis.
A figura 4.70 mostra os dois círculos de Mohr para a tensão de ruptura à tração e à
compressão de um material frágil qualquer.
Compressão
Tração
σ
σC σT
Figura 4.70 – Círculos de Mohr para um material que resiste à tração e à compressão.
A proposição deste critério e que os estados são igualmente perigosos quando forem
tangentes à reta apresentada na figura.
A tensão equivalente para este critério é:
σ eq = σ1 − k × σ 3
Onde:
71
σT
k=
σC
Figura 4.71
Note-se aqui, que o critério de Von Mises é aquele que mais se aproxima dos
resultados experimentais.
figura 4.72 - barra circular solicitada por um momento fletor e um momento de torção
72
No ponto A, indicado na seção, atuam a máxima tensão normal (σmáx) e a máxima
tensão de cisalhamento (máx- )حque valem:
M T
σ máx = máxτ =
W Wt
Ao se isolar o ponto A, para estudo, representando as tensões que atuam no plano da
seção, se obtém:
Observando-se a figura 4.73, nota-se que o plano Q é um dos planos principais. Isto é
fato já que a tensão de cisalhamento resultante no plano é igual a zero.
No plano *, existe uma tensão de cisalhamento que igual, mas com sinal contrário, à
tensão de cisalhamento que atua no plano da seção (O).
Assim, as tensões em cada plano ficam:
Plano da seção (O):
M T
σO = τO = (3)
W Wt
Plano (*):
T
σ * = 0 τ * = −τ O = − (4)
Wt
Plano (Q):
σQ = 0 τ Q = 0 (5)
Com estes dados, é possível construir o Círculo de Mohr para o plano da seção (O) e o plano
*.
73
το Plano O
σ2 σ
σ3 σ1
τ∗ =−το σο
το Plano O
σ2 σ
σ3 σο σ1
σo/2 Raio
2
⎛σ ⎞
RAIO = ⎜ o ⎟ + τ o2
⎝ 2 ⎠ (6)
Assim, as tensões principais ficam:
2
σO σ ⎛σ ⎞
σ1 = + Raio = O + ⎜ o ⎟ + τ o2
2 2 ⎝ 2 ⎠
σ2 = 0
2
σ σ ⎛σ ⎞
σ 3 = O − Raio = O − ⎜ o ⎟ + τ o2
2 2 ⎝ 2 ⎠ (7)
Quando se dimensiona o eixo pelo critério de Tresca, é possível escrever:
σ eq = σ1 − σ 3
σO ⎛σ ⎞
σ eq = + Raio − ⎜ O − RAIO ⎟
2 ⎝ 2 ⎠
σ eq = 2 × Raio
(8)
Quando se substitui o valor do RAIO na expressão 8 se encontra:
74
2
⎛σ ⎞
σ eq = 2 × ⎜ o ⎟ + τ o2
⎝ 2 ⎠ Î
σ eq = σ 02 + 4τ o2
(9)
Quando se substitui as expressões 3 na expressão 15, se obtém:
2
⎛ T ⎞
2
⎛M⎞
σ eq = ⎜ ⎟ + 4⎜⎜ ⎟⎟
⎝W⎠ ⎝ W t ⎠ (10)
2 2
⎛M⎞ ⎛ T ⎞
σ eq = ⎜ ⎟ +⎜ ⎟
⎝W⎠ ⎝W⎠
M2 + T 2
σ eq =
W
M2 + T 2
σ eq =
πd3
32
32 M2 + T 2
σ eq =
πd3 (12)
O dimensionamento é feito limitando-se a tensão equivalente ao valor da tensão
admissível à tração; assim, se obtém:
32 M2 + T 2
≤σ
πd3
32 M2 + T 2
d≥3
πσ (13)
Quando o dimensionamento é feito pelo critério de Von Mises, a tensão equivalente
fica:
75
(σ1 − σ 2 )2 + (σ1 − σ 3 )2 + (σ 2 − σ 3 )2
σ eq =
2
Ao se substituir o conteúdo das expressões 7 se obtém:
2 2
⎛ σO ⎞ ⎛σ ⎞
+ RAIO ⎟ + (2 × RAIO) + ⎜ O − RAIO ⎟
2
⎜
σeq = ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
2 (14)
Quando são efetuados os produtos apresentados na expressão 14, a tensão equivalente
fica:
2
⎛σ ⎞
2⎜ O ⎟ + 6(RAIO)
2
σeq = ⎝ 2 ⎠
2
2
⎛σ ⎞
σ eq = ⎜⎜ O ⎟⎟ + 3(RAIO)
2
⎝ 2 ⎠ (15)
Quando se substitui, na expressão 15a expressão 6, se encontra:
⎛σ ⎞
2
⎛⎛ σ ⎞
2
⎞
σ eq = ⎜⎜ O ⎟⎟ + 3⎜ ⎜⎜ O ⎟⎟ + τ O2 ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎜⎝ 2 ⎠ ⎟
⎝ ⎠
σ eq = σ O + 3τ O2
2
(16)
Quando se substitui as expressões 3 na expressão 16, se obtém:
2
⎛ T ⎞
2
⎛M⎞
σ eq = ⎜ ⎟ + 3⎜⎜ ⎟⎟
⎝W⎠ ⎝ W ⎠
t
(17)
Lembrando que para uma seção circular:
πd3 πd3
W= Wt =
32 e 16 Î W t = 2W (11)
é possível escrever:
2 2
⎛M⎞ ⎛ T ⎞
σ eq = ⎜ ⎟ + 3⎜ ⎟
⎝W⎠ ⎝ 2W ⎠
2 2
⎛M⎞ 3⎛ T ⎞
σ eq = ⎜ ⎟ + ⎜ ⎟
⎝W⎠ 4⎝W ⎠
3 2
M2 + T
σ eq = 4
W
76
3 2
M2 + T
σ eq = 4
πd3
32
3 2
32 M2 + T
σ eq = 4
πd3 (18)
Lembrando, mais uma vez, que o dimensionamento é feito limitando-se a tensão
equivalente ao valor da tensão admissível à tração; assim, se obtém:
3 2
32 M2 + T
4 ≤σ
πd3
3 2
32 M2 + T
d≥
3 4
πσ (19)
OBS:- Devemos observar que as expressões (9) e (16) fornecem a tensão equivalente, de
acordo com Tresca e Von Mises, respectivamente, para um ponto qualquer onde atuam uma
tensão normal e uma tensão de cisalhamento em um único plano.
4.11 Fadiga
4.11.1 Critério de Falha por Fadiga
• Soderberg
É o critério mais conservador, pois elimina a necessidade de invocar a curva do
escoamento e liga Se ou Sf ao limite de escoamento Sy .(entender como Sy = σy, Sm = σm, e
• Goodman Moddificado
Tanto a curva de Goodman quanto a parábola de Gérber passam pelo limite de fadiga
corrigido Se ou pela resistência à fadiga Sf no eixo da amplitude de tensão e por Sut no eixo
de tensões médias, onde:
77
Onde: Sa / Se + Sm / Sut = 1 (para Goodman);
Sa / Se + (Sm / Sut )2 = 1 (para Gérber).
As figuras 4.63 e 4.64 trazem respectivamente uma comparação entre estes critérios e o
diagrama completo destas teorias.
78
fator de concentração de tensão (Ke). Isto é possível graças a um gráfico onde se relaciona Kt
com a razão r/d.
• Resistência à fadiga teórico(Sn’)
Também é utilizado como fator de correção do limite de resistência à fadiga e é dado por:
Sn’ = 0,5Sut para limite de ruptura de até 1400 MPa, ou Sn’ = 700 MPa para um limite de
ruptura acima de 1400 MPa
• Fator de acabamento superficial (Ka)
Esse fator depende do processo de fabricação usado para o eixo. Para diferentes
processos teremos diferentes acabamentos superficiais e consequentemente fatores influentes
na resistência à fadiga. Alguns processos estão relacionados na tabela abaixo.
Processo de Fator a(MPa) Expoente b
fabricação
Usinado ou 4,51 -0,265
Estirado a Frio
57,7 -0,718
Laminado a Quente
79
• Fator de tamanho (Kb)
O fator de tamanho depende apenas da dimensão da peça, e influencia apenas peças
sob carregamentos de flexão e torção. A partir do diâmetro da seção determina-se o fator, ver
tabela abaixo.
Para eixos com diâmetro Kb
< 7,6 mm 1,0
30 < d < 50 0,85
d > 50 mm 0,75
Tabela 4.5 – Fator de tamanho.
• Fator de confiabilidade (Kc)
A partir da combinação de cargas na qual o eixo estará submetido será determinado o
valor do fator de carga se considera a dispersão nos ensaios. Na tabela abaixo veremos alguns
valores do Kc variando com o grau de confiabilidade selecionado.
80
Figura 4.78 - Fator de concentração de tensão teórico.
Para encontrar o índice de sensibilidade ao entalhe, utiliza-se o gráfico abaixo:
81
Assim temos que:
Sn = Ka . Kb . Kc . Kd . Ke . Kf . Sn’
A qualidade de um projeto pode ser medida por meio de muitos critérios. É sempre
necessário calcular um ou mais coeficientes de segurança para estimar a probabilidade de
falha. Pode haver normas de projetos, de legislatura ou aceitos de forma geral, que também
devem ser dotados.
Um coeficiente de segurança ( também chamado de fator de segurança) pode ser expresso de
muitas formas. Ele é tipicamente a razão entre duas quantidades que possuem as mesmas
unidades, tais como ( resistência) / (tensão atuante), (esforço crítico ) / (esforço aplicado),
entre outros. Um coeficiente de segurança é sempre adimensional.
A forma de expressão de um fator de segurança pode ser geralmente escolhida com
base no tipo de esforço exercido sobre a peça. Por exemplo, considere o esforço sobre a
parede de uma torre cilíndrica de água que nunca pode estar “mais do que cheia” de um
líquido de densidade conhecida dentro de uma gama de temperaturas conhecidas. Uma vez
que este esforço é altamente previsível ao longo do tempo, a razão entre a resistência do
material e a tensão na parede de um tanque cheio pode ser uma definição apropriada para o
coeficiente de segurança. Observe que nesse exemplo que a possibilidade de a ferrugem
reduzir a espessura da parede ao longo do tempo deve ser considerada.
Um outro fator complicador é introduzido quando as magnitudes das cargas aplicadas
esperadas não são previsíveis com exatidão. Isso pode ser verdade em praticamente qualquer
aplicação na qual o uso (e portanto, o carregamento) da peça ou do dispositivo seja
controlado por humanos.
Uma vez que pode haver mais de uma forma de falha em potencial para qualquer
elemento da máquina, pode haver mais de um valor para o coeficiente de segurança N. O
menor valor de N para qualquer peça é o mais importante, uma vez que ele prevê a forma
mais provável de falha. Quando N é reduzido a 1, a tensão sobre a peça é igual à resistência
do material ( ou a carga aplicada é igual a carga que provoca falha, etc.) e a falha ocorre.
Portanto desejamos que N seja sempre superior a 1.
Escolher um fator de segurança é quase sempre uma proposição confusa para o
projetista iniciante. O coeficiente de segurança pode ser pensado como uma medida da
incerteza do projetista quanto aos modelos analíticos e teorias de falhas, bem como dados de
propriedades do material utilizado, e deve ser escolhido apropriadamente. Quão maior do que
1 deve ser N depende de muitos fatores, inclusive de nosso nível de confiança no modelo no
82
qual os cálculos são baseados, de nosso conhecimento da variação das possíveis condições de
cargas em serviço e da nossa confiança nas informações de resistência do material
disponíveis. Se tivermos feito testes extensos em protótipos físicos de nosso projeto para
provar a eficácia de nosso modelo de engenharia e de nosso projeto, e se tivermos gerado
dados experimentais sobre as resistências do material específico, será possível utilizar um
coeficiente de segurança menor. Se nosso modelo não tiver sido tão bem testado ou se as
informações das propriedades dos materiais forem menos confiáveis, um N maior é
recomendável. Na ausência de qualquer norma de projeto que possa especificar N para os
casos particulares, a escolha do coeficiente de segurança envolve uma decisão de engenharia.
Uma abordagem razoável é determinar as maiores cargas esperadas em serviço (
inclusive possíveis sobrecargas) e as mínimas resistências esperadas dos materiais, e
baseando os coeficientes de segurança nesses dados. Assim, o coeficiente de segurança torna-
se uma medida razoável de incerteza.
5. PLANILHA DE CÁLCULOS
83
“(...)O eixo deve ter fixado fixado a ele uma polia de 580mm de diâmetro, localizada a
600mm à direita do mancal direito, pesando 400N. Esta polia recebe, através de uma
transmissão por correia trapezoidal cujo o suco da polia tem um ângulo de face a face de
39°, 50kW de potência a uma velocidade de rotação de 1350rpm de um eixo cuja a posição
fica à direita e abaixo da polia formando um ângulo de 55° com a vertical e, ainda, seu
sentido de giro é horário quando observado da extremidade esquerda do referido eixo de
transmissão.(...)”
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ELEMENTO
Potência recebida por transmissão 50Kw
Velocidade de rotação (W) 1.350rpm
Diâmetro 580mm
Localização 600mm à direita do mancal esquerdo
Peso 400N
Observador Localizado na extremidade esq. do eixo de transmissão
Sentido de giro Horário
Tabela 5.1 – Características da polia
⎡ μ .α ⎤
F1 ⎢ ⎥
⎣ sen ( β / 2 ) ⎦
Como:
=e .
F2
Considerando a transmissão é de 1 : 1 ou seja, o caso mais crítico (ramos paralelos), β
= 180o ou β = π rad; e assumindo f = 0,35; temos.
1350rev 2π 1 min
w= × × = 141,3rad / s
min 1rev 60s
v = w × r ⇒ 141,3 × 0,29 = 40,997m / s
⎡ μ .α ⎤ ⎡ 0 , 3.π ⎤
F1 ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
= e ⎣ sen ( β / 2) ⎦ = e ⎣ sen (39 / 2 ) ⎦ ⇒ F1 = 26,95.F2
F2
P=
(F 1 − F 2 )v ⇒ 50 = (26,95F 2 − F 2 )40,997 ⇒
1000 1000
F1 = 1266,6 N
F2 = 47 N
84
“(…)Uma engrenagem, com diâmetro primitivo de 350mm, fixada sobre o eixo a uma
distância de 300mm à direita do mancal esquerdo,pesando 260 N, entrega 25% da potência
horizontalmente á direita(…)”
85
Ângulo de Hélice 30º
Peso 235N
Ângulo de pressão 20°
Tabela 5.2 – Características da engrenagem 2
86
Pot = 0,30 × 50 KW = 15 KW
Pot 15000
T3 = ⇒ ∴T3 = 106,10 N .m
ω 141,37
1 1
Ft3 = T3 . ⇒ 106,10. ⇒ Ft3 = 565,87 N →
rp 0,1875
87
Pot = 0,20 × 50 KW = 10 KW
Pot 10000
T4 = ⇒ ∴T4 = 70,74 N .m
ω 141,37
1 1
Ft 4 = T4 . ⇒ 70,74. ⇒ Ft 2 = (387,052 N → )+ ( 324,775 N ↑)
rp 0,140
88
+↑∑ Fz = 0 => 204,34 – V1 = 0 => V1 = 204,34 N
89
+↑∑ Fz = 0 => 204,34 – 424,34 – 505,26 + 1076,04 – V4 = 0 => V4 = 350,78 N
90
Figura 5.8 – Esforços Cortante (V) e de Momento Fletor (Mf) no Plano Horizontal xz
91
5.3 Esforços atuantes no Plano Vertical xy
De acordo com o posicionamento dos elementos mostrados na figura 3.1, temos os
seus respectivos esforços no Diagrama de Corpo Livre do plano xy:
Rby = 243,39 N
Ray = 1958,947 N
Seção a – a : (0 ≤ x ≤ 0,3m)
92
Seção b – b : (0,3 ≤ x ≤ 0,6m)
93
Seção e – e : (1,2 ≤ x ≤ 1,5m)
94
95
5.4 Cálculos de esforços resultantes
96
Figura 5.10 – Diagramas de Momento Torsor e Momento Fletor Resultante
6. DIMENSIONAMENTO
Propriedades do material:
98
Tabela 6.3- Propriedades Térmicas
100
Tabela 6.7 – Propriedades mecânicas do 4340H
101
Aço Inoxidável
Os aços inoxidáveis caracterizam-se por uma resistência à corrosão superior à dos
outros aços. Sua denominação não é totalmente correta, porque na realidade os próprios aços
ditos inoxidáveis são passivos de oxidação em determinadas circunstâncias. A expressão,
contudo, é mantida por tradição,
Quanto à composição química, os aços inoxidáveis caracterizam – se por apresentar um teor
mínimo de Cromo (Cr) na ordem de 12%.
A resistência à corrosão destes aços é explicada por várias teorias. Uma das mais bem aceita
é a teoria da camada protetora constituída de óxidos. Segundo essa teoria, a proteção é dada
por uma fina camada de óxidos, aderente e impermeável, que envolve toda a superfície
metálica e impede o acesso de agentes agressivos. Outra teoria julga que a camada seja
formada por oxigênio adsorvido. Entretanto o que parece estar fora de dúvida é que, para
apresentarem suas características de resistência à corrosão, os aços inoxidáveis devem
manter-se permanentemente em presença de oxigênio ou de uma substância oxidante.
Existe uma grande variedade de tipos de aços inoxidáveis; só a ASTM define mais de
80 tipos diferentes. Os tipos convencionais, mais antigos, costumam ser classificados em três
grupos , de acordo com a estrutura metalúrgica predominante na liga, em temperatura
ambiente:
9 Aços inoxidáveis férríticos: basicamenete ligas Fe-Cr-Ni, não temperáveis.
9 Aços inoxidáveis martensíticos: basicamente ligas Fe-Cr, não temperáveis.
9 Aços inoxidáveis austeníticos: basicamente ligas Fe-Cr, temperáveis.
102
resistência à corrosão e custo não muito elevado, cabendo por isso a esse tipo cerca de 50%
de todas as aplicações dos aços inoxidáveis em geral.
Propriedades do material:
103
Características desse material: Possui uma melhor resistência a corrosão do que o
302, alta ductilidade. Essencialmente não-magnético, poderá possuir uma pequena
magnetização quando trabalhado a frio. Baixa susceptibilidade à corrosão intergranular.
104
Para o aço AISI 4340H:
105
dimensionamento do eixo proposto, sendo assim, caso a resistência última à tração for abaixo
de 1000MPa o eixo tomará dimensões que não satisfaz o projeto proposto.
106
Tabela 6.21- Propriedades Mecânicas aço AISI 1020
107
2
⎛ σ −σ y ⎞
τ máx = ⎜⎜ x ⎟⎟ + τ xy
2
⎝ 2 ⎠
S
τ máx = yp σy =0
2N
sendo assim :
S yp ⎛σ ⎞
≥ ⎜ x ⎟ + τ xy
2
2N ⎝ 2 ⎠
onde :
Mc πd 4 d
σx = →I = ec=
I 64 2
Tc πd 4
d
τ xy = → J 0 = ec=
J0 32 2
Substituindo as equações chegamos à seguinte expressão:
S yp 16
= 2
M máx + Tmáx
2
2 N πd 3
32 N
d ≥3 2
M máx + Tmáx
2
π .S yp
Os valores de Mmáx e Tmáx devem ser corrigidos devido ao efeito de choques, de acordo
com a tabela de fatores demonstrados no “Estado da Arte”, no Item 4.1.10:
De acordo com a tabela utilizaremos os seguintes valores:
Km = 1,7
Ks = 1,3
Figura 6.1
Seção a-a
M máx = 1,7 x 239,14 ⇒ M máx = 406,54 N .m
T máx = 1,3x88,42 ⇒ T máx = −114,95 N .m
108
Seção b-b
M máx = 1,7 x123,19 ⇒ M máx = 209,423N .m
T máx = 1,3 x176,84 ⇒ T máx = −229,892 N .m
Seção c-c
M máx = 1,7 x 425 ⇒ M máx = 722,5 N .m
T máx = 1,3 x176,84 ⇒ T máx = 229,892 N .m
Seção d-d
M máx = 1,7 x 257,46 ⇒ M máx = 437,682 N .m
T máx = 1,3 x176,84 ⇒ T máx = 229,892 N .m
Seção e-e
M máx = 1,7 x116,13 ⇒ M máx = 197,421N .m
T máx = 1,3 x70,74 ⇒ T máx = 91,962 N .m
109
Seção a-a d = 25mm
Seção b-b d= 28mm
Seção c-c d=34mm
Seção d-d d=31mm
Seção e-e d=25mm
Figura - 6.2
110
Sn = Ka . Kb . Kc . Kd . Ke . Kf . Sn’
Fator de confiabilidade(Kc)
Pode-se adotar um determinado grau de confiabilidade para qualquer vida
desejada.admitindo-se uma confiabilidade de 99% e fazendo uso da tabela abaixo, utiliza-se
Kc = 0,814.
111
Kt: é o fator de concentração de tensão teórico;
Kts: é o fator de concentração de tensão geométrico.
k f = 1 + 0,91 ⋅ (1,80 − 1)
k f = 1,7462.
1 1
ke = =
k f 1,7462
k e = 0,578
Fator de efeitos diversos (Kf)
Adota-se como sendo unitário por não ter sido levado em consideração.
Kf = 1
Sendo assim, vem que:
Sn = Ka . Kb . Kc . Kd . Ke . Kf . Sn’
Sn = 0,65 x 0,75 x 0,814 x 1,0 x 0,578 x 1,0 x 645
Sn = 148 MPa
Do critério de Sodeberg:
112
S yp S yp S syp S syp
= σ méd + σ r × e = τ méd + τ ×
N Sn N S sn
113
2
⎡ ⎛ S yp ⎞⎤
⎢.σ a .⎜⎜ ⎟⎟⎥
S yp
= ⎣⎢ ⎝ S n ⎠⎦⎥
+ (τ m )
2
2N 4
Onde :
M a .c 32M a ⎛ π .D 4 D⎞
σa = = ⎜⎜ I = e c= ⎟
I π .D 3 ⎝ 64 2 ⎟⎠
M a = M máx
Tm .c ⎛ π .D 4 D⎞
τm = ⎜ J0 = e c= ⎟
J 0 ⎜⎝ 32 2 ⎟⎠
Tm = Tmáx
Os valores de d, Tmáx e Mmáx são considerados na seção crítica, assim:
S n = 148MPa
M Máx = 722,5 N ⋅ m
TMáx = 229,89 N ⋅ m
S ut = 1280 MPa
S yp = 860 MPa
2
S yp 32 ⎛ S ⎞
= ⎜⎜ M Máx . yp ⎟⎟ + (TMáx ) 2
N π .d 3 ⎝ Sn ⎠
2
32 N ⎛ S ⎞
d =
3
⎜⎜ M Máx . yp ⎟⎟ + (TMáx ) 2
π .S yp ⎝ Sn ⎠
2 2
32 N ⎛⎜ S yp 1 ⎞ ⎛ TMáx
⎟ +⎜
⎞
⎟
d =
3
M Máx . .
π ⎜ S n S yp ⎟⎠ ⎜⎝ S yp ⎟
⎝ ⎠
2 2
32.N ⎛ M Máx ⎞ ⎛ TMáx ⎞
d =
3
⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜ ⎟
π ⎜ ⎟
⎝ Sn ⎠ ⎝ S yp ⎠
π .d 3
N=
2 2
⎛M ⎞ ⎛ TMáx ⎞
32. ⎜⎜ máx ⎟⎟ + ⎜ ⎟
⎜ ⎟
⎝ Sn ⎠ ⎝ S yp ⎠
π .(0,034) 3
N=
2 2
⎛ 722,5 ⎞ ⎛ 229,89 ⎞
32. ⎜ 6 ⎟
+⎜ 6 ⎟
⎝ 148.10 ⎠ ⎝ 860.10 ⎠
N = 0,78
114
Feito os cálculos, verificou-se que o fator de segurança encontrado,N = 0,78, foi
menor que o fator de segurança global, N = 2. Dessa forma precisa-se recalcular o diâmetro
de modo que seja garantido um fator de segurança que dê na faixa de segurança maior, que
no caso é de valor 2, devido o critério de falha.
Com as equações da tensão normal e da tensão de cisalhamento faz-se a substituição
das mesmas na equação do critério de falha e isola-se o diâmetro crítico. Dessa forma,
garante-se qual o diâmetro mínimo para o fator de segurança N = 2.
2 2
32.N ⎛ M Máx ⎞ ⎛⎜ TMáx ⎞⎟
d =
3
⎜⎜ ⎟⎟ +
π ⎜ ⎟
⎝ S n ⎠ ⎝ S yp ⎠
2 2
32.N ⎛ M Máx ⎞ ⎛ TMáx ⎞
d =3 ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜ ⎟
π ⎜ ⎟
⎝ Sn ⎠ ⎝ S yp ⎠
2 2
32. × 2 ⎛ 425 × 1,7 ⎞ ⎛ 229,89 × 1,3 ⎞
d = 3 ⎜ 6 ⎟
+⎜ 6 ⎟
π ⎝ 148 × 10 ⎠ ⎝ 860 × 10 ⎠
d c = 46mm
PROPOSTA DE EIXO
Seção a-a d = 35mm
Seção b-b d= 42mm
Seção c-c d=51mm
Seção d-d d=47mm
Seção e-e d=40mm
Figura – 6.3
115
6.4 Cálculo de Mancais de Rolamento
Todos os mancais estão submetidos à esforços radiais e axiais, sendo os esforços
radiais mais significativos do ponto de vista de aplicação da carga, conseqüentemente os
esforços axiais serão suportados pelo rolamento sem que venha à comprometer seu pleno
funcionamento.
Foi considerado um tempo mínimo de vida útil desse rolamento de 10.000 horas,
tendo-se em vista paradas na produção e outros imprevistos.
Força Radial resultante no mancal “A”:
2 2
FAr = RAv + RAh ⇒ FAr = (424,34) 2 + (1958,947) 2 = 2004,4 N
n = 1350rpm
60 × n × Lh 60 × 1350 × 10000
L= = = 810 milhões de rotação.
106 106
Mancal ‘A’
F
Como a ≤ e , de acordo com o fabricante de rolamentos o X=1 e o Y=0.
Fr
Carga Dinâmica
F 324,12 N
Aa
= = 0,16
V .FAr 1 ⋅ 2004,4 N
P = XVFAr + YFAa
P = 1 ⋅ 1 ⋅ 2004,4 + 0 ⋅ 324,12
P = 2004,4 N
p
⎛C ⎞
L = ⎜ ⎟ , para rolamentos de esferas p=3;
⎝P⎠
116
p
⎛C ⎞
L=⎜ ⎟
⎝P⎠
C = 3 L⋅P
C = 3 810 ⋅ 2004,4
C = 18684,41N
Como a carga dinâmica foi de 18684,41N e o nosso diâmetro para o mancal ‘A’ tem
que ser no mínimo de 35mm foi selecionado o rolamento SKF 6207 que pode suportar uma
carga dinâmica de ate 25500N além de garantir o encosto e suportar uma rotação de até
5000rpm sendo lubrificado de graxa.
Mancal ‘B’
F 291,71N
Ba
= = 0,24
V .FBr 1 ⋅ 1210,2 N
Fa
Como ≥ e , de acordo com o fabricante de rolamentos o X=0,56 e o Y=1,8.
Fr
Carga Dinâmica
P = XVFAr + YFAa
P = 0,56 ⋅ 1 ⋅ 1210,2 + 1,8 ⋅ 291,71
P = 1202,79 N
p
⎛C ⎞
L = ⎜ ⎟ , para rolamentos de esferas p=3;
⎝P⎠
p
⎛C ⎞
L=⎜ ⎟
⎝P⎠
C = 3 L ⋅P
C = 3 810 ⋅1202,79
C = 11212,04 N
117
Como a carga dinâmica foi de 11212,04N e o diâmetro para o mancal ‘B’ tem que ser
no mínimo de 40mm foi selecionado o rolamento SKF 16008 que pode suportar uma carga
dinâmica de ate 13300N além de garantir o encosto e suportar uma rotação de ate 5000rpm
sendo lubrificado de graxa.
118
Dividimos o eixo em estações de acordo com as mudanças de seções e carregamento,
ver figura abaixo. Para a configuração do eixo elaborado, temos 12 estações (localizadas no
centro dos elementos e nos encostos) mostradas abaixo para o plano vertical e da mesma
forma para o plano horizontal.
Figura – 6.4
119
6.5.1 Planilha de Rigidez do Plano Horizontal
120
6.5.2 Planilha de Rigidez do Plano Vertical
121
6.5.3 Planilha de Deflexão
122
diâmetros. Obtivemos, então, os resultados que satisfizeram a condição de rigidez que estão
representados na planilha.
123
6.5.5 Planilha de Rigidez do Plano Vertical
C orrigida
124
6.5.6 Planilha de Deflexão Corrigida
n = 1350rpm
60 × n × Lh 60 × 1350 × 10000
L= = = 810 milhões de rotação.
106 106
Mancal ‘A’
F
Como a ≤ e , de acordo com o fabricante de rolamentos o X=1 e o Y=0.
Fr
Carga Dinâmica
F 324,12 N
Aa
= = 0,16
V .FAr 1 ⋅ 2004,4 N
P = XVFAr + YFAa
P = 1 ⋅ 1 ⋅ 2004,4 + 0 ⋅ 324,12
P = 2004,4 N
p
⎛C ⎞
L = ⎜ ⎟ , para rolamentos de esferas p=3;
⎝P⎠
p
⎛C ⎞
L=⎜ ⎟
⎝P⎠
C = 3 L⋅P
C = 3 810 ⋅ 2004,4
C = 18684,41N
126
Como a carga dinâmica foi de 18684,41N e o nosso diâmetro para o mancal ‘A’ tem
que ser no mínimo de 60mm foi selecionado o rolamento SKF 6012 que pode suportar uma
carga dinâmica de ate 29600N além de garantir o encosto e suportar uma rotação de até
5000rpm sendo lubrificado de graxa. Foi observado também que ele garantirá uma maior
rigidez ao eixo devido ao fato de possuir uma espessura (B) maior que a do rolamento
selecionado anteriormente.
Mancal ‘B’
F 291,71N
Ba
= = 0,24
V .FBr 1 ⋅ 1210,2 N
Fa
Como ≥ e , de acordo com o fabricante de rolamentos o X=0,56 e o Y=1,8.
Fr
Carga Dinâmica
P = XVFAr + YFAa
P = 0,56 ⋅ 1 ⋅ 1210,2 + 1,8 ⋅ 291,71
P = 1202,79 N
p
⎛C ⎞
L = ⎜ ⎟ , para rolamentos de esferas p=3;
⎝P⎠
p
⎛C ⎞
L=⎜ ⎟
⎝P⎠
C = 3 L ⋅P
C = 3 810 ⋅1202,79
C = 11212,04 N
Como a carga dinâmica foi de 11212,04N e o diâmetro para o mancal ‘B’ tem que ser
no mínimo de 65mm foi selecionado o rolamento SKF 16013 que pode suportar uma carga
dinâmica de ate 21200N além de garantir o encosto e suportar uma rotação de ate 5000rpm
sendo lubrificado de graxa, com a utilização desse mancal. Foi observado também que ele
127
garantirá uma maior rigidez ao eixo devido ao fato de possuir uma espessura (B) maior que a
do rolamento selecionado anteriormente.
30 g ∑ W.y R
ωc =
π ∑ W.y 2
R
onde:
wc= velocidade crítica.
W = carga estática sobre o eixo.
yR = deflexão sob as cargas estáticas.
g = aceleração da gravidade local 9,81m/s².
128
6.7.1 Planilha de Velocidade Crítica
129
De acordo com a análise da velocidade crítica obtemos a tabela acima com
cálculo Velocidade Crítica ωc encontrada, onde obtemos uma segurança de aproximadamente
358% para a velocidade a qual o eixo irá ser solicitado (1350 rpm).
130
7. Conclusão
A elaboração de um projeto requer um amplo conhecimento e análise minuciosa sobre
o elemento a ser projetado. Fatores como carga atuante, momentos envolvidos, a temperatura
do trabalho, entre outros, influenciam diretamente o projeto. Outro detalhe importante para o
sucesso é a quantidade de informações sobre os materiais utilizados, vimos que a quantidade
de informação sobre o material é essencial para o sucesso de um projeto.
Como mostrado acima podemos dizer que temos como ponto primordial, no que se
trata de analise de dimensionamento, a analise de rigidez, pois verificamos que é o fator
determinante para o dimensionamento do eixo. O aumento elevado dos valores dos
diâmetros, após a analise de rigidez, nos mostrou isso. As considerações que devem ser feitas
a respeito desta são de grande importância no estudo no comportamento vibratório do
elemento que é um fator de decisão durante a solicitação de trabalho do eixo, pois é durante
esta solicitação que se realiza a verdadeira análise dinâmica. É importante que não se esqueça
dos fatores de segurança, os quais devem ser utilizados da melhor forma possível, para que
não se tenha um alto custo, e um superdimensionamento desnecessário, pois existe a
necessidade de se produzir um eixo o quanto mais leve possível.
Conclui-se que mesmo a polia transmitindo maior potência, observamos que nas
engrenagens se obtive grandes diâmetros. Isto aconteceu devido este tipo de elemento de
transmissão, não contar com uma flexibilidade, durante a sua solicitação.
Os estudos desenvolvidos utilizando-se da análise de resistência à fadiga, usando
fatores de concentrações de tensões adequados e levando em conta as tensões variáveis, dão
uma maior segurança nas análises básicas.
É importante salientar que a configuração do eixo final deste trabalho, no que diz
respeito à distribuição dos elementos, não é a mais desejável, pois esta tende a sobrecarregar
um trecho mais que outro, o ideal seria que as seções fossem as mais uniformes e contínuas
possíveis, mas não foi o resultado esperado por causa do lato custo que isso implicaria.
Esse trabalho nos proporcionou uma visão crítica das fases de um projeto, que cada
decisão deve ser bem analisada, estudada e requer uma verdadeira investigação a todo
instante. Uma revisão teórica foi necessária para podermos aprofundar no projeto, o que
permitiu uma boa interação com os assuntos até aqui estudados.
131
BIBLIOGRAFIA
1. FREIRE. José de Mendonça, MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA:
1981.
132
8. SHIGLEY, Joseph Eduard, ELEMENTOS DE MÁQUINAS. Rio de Janeiro: LTC –
11. http://www.cimm.com.br
12. http://www.skf.com.br
13. http://www.gerdau.com.br
16. http://www.iope.com.br/3i_corrosao.htm
17. Notas de Aula Prof. João Carlos Morilla - Universidade Santa Cecília
19. Norton, Robert L. Projeto de Máquinas :uma abordagem integrada. Porto Alegre:
Bookman 2004.
20. www.matweb.com
133
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