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Universidade da Madeira

Liga Portuguesa Contra o


Cancro

Isabel Castro Nº 2025707


Carina Rodrigues Nº 2052307
Beatriz Pestana Nº 2046307

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Introdução

O tema do nosso trabalho é a Liga Portuguesa Contra o Cancro.


Neste trabalho iremos apresentar a instituição, dar a conhecer as
suas principais actividades, a sua missão, os seus objectivos a
curto prazo, as pessoas que dão vida à instituição, a estrutura da
instituição. Iremos ainda desenvolver sobre qual a estratégia da
instituição, qual as características individuais do doente oncológico,
que é por assim dizer o “cliente” da instituição, visto que é por
causa do doente que a instituição existe e funciona. Abordaremos
também o comportamento do doente, a análise swot e a
responsabilidade que a instituição tem perante a sociedade, isto é,
perante os doentes oncológicos.
Os factores que nos levaram a escolher esta instituição foram o
surgimento de novos tipos de cancro, o crescente número de
vítimas de cancro na nossa região e a curiosidade em saber se
havia alguma entidade que se preocupasse com tais factos e que
medidas realiza para fazer frente a esta situação dramática.
Com este trabalho esperamos ficar a conhecer o funcionamento
de uma instituição que não visa o lucro, mas sim o interesse e o
desenvolvimento social.

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Apresentação

A Liga Portuguesa Contra o Cancro é uma Associação Cultural e de


Serviço Social, declarada de utilidade pública e isenta de IRC. É
uma instituição não governamental.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro é uma instituição que se divide
em cinco núcleos regionais:
· Núcleo Regional do Norte – Porto, a Liga Portuguesa Contra o
Cancro foi fundada em 2 de Dezembro de 1963;
· Núcleo Regional do Centro – a Liga Portuguesa Contra o
Cancro tem sede em Coimbra, foi criada em 30 de Julho de
1971;
· Núcleo Regional do Sul – Lisboa, Beja, Évora, Portalegre e
Santarém (8 distritos e 110 concelhos);
· Núcleo Regional dos Açores – Na ilha Terceira em Angra do
Heroísmo foi criada em 1965;
· Núcleo Regional da Madeira – Iniciou a sua actividade em
1987, localizada no edifício Elias Garcia, bloco 2 1º A. A
instituição foi fundada pela Maria de Lurdes Sá Fernandes,
que faleceu em 2006, vítima de um cancro na cabeça. Até ao
fim dos seus dias ela manteve-se sempre activa e preocupada
com Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Funcionários da instituição
No núcleo Regional da Madeira da Liga Portuguesa Contra o
Cancro existem apenas três trabalhadores assalariados (dois
secretários e um técnico de informática). As restantes pessoas
que prestam serviços à instituição são voluntários, não obtendo
qualquer fim lucrativo.

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Voluntários da Liga Portuguesa Contra o
Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro fornece cursos de formação
aos seus voluntários.
Para ser-se voluntário, apenas é necessário querer sê-lo, ter
alguma disponibilidade de compromisso (uma ou duas horas por
semana), é preciso saber ouvir os doentes e dedicar-lhes
atenção.
Um voluntário da Liga, apesar de não ser remunerado
monetariamente, acaba por receber muito mais do que dá, isto é,
ganha uma determinada experiência de vida e enriquece o seu
interior, através da convivência e ajuda para com os outros
doentes oncológicos.

Tarefas dos voluntários


Os voluntários prestam serviço no hospital, ao visitar os doentes
que se encontram a fazer tratamentos de quimioterapia e
radioterapia.
A Liga destaca certos voluntários para falarem com os doentes,
ouvirem os seus desabafos e prestarem apoio aos doentes.

Missão da Liga Português Contra o Cancro


A Liga Portuguesa promove a prevenção primária e secundária
do cancro, a humanização da assistência ao doente oncológico,
o apoio social e a formação e investigação em oncologia.
As finalidades da Liga são:
· A divulgação de informação sobre o cancro e promove
também a educação para a saúde, no que toca à sua
prevenção;
· Contribui para resolver as situações dos doentes
oncológicos em todas as fases da história natural da
doença;
· Coopera com instituições envolvidas na área da oncologia,
nomeadamente com os centros do Instituto Português de
Oncologia de Francisco Gentil;
· Estimula e apoia a formação e a investigação em
oncologia;
· Estabelece e mantém relações com instituições idênticas,
nacionais e estrangeiras;

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· Contribui para o apoio social e a humanização da
assistência ao doente oncológico;
· Desenvolve isoladamente ou em colaboração com outras
entidades e estruturas para a prevenção primária,
diagnostico, tratamento e reabilitação em cancro.

Actividades da Liga Portuguesa Contra o


Cancro
As principais actividades da liga são:
· Divulgar ao público em geral e a certos grupos de risco
em particular, das noções elementares sobre o cancro,
o seu rastreio e profilaxia, isto é, o conjunto de medidas
para prevenir a doença;
· Cooperar com organismos regionais de saúde;
· Apoiar a participação de médicos e enfermeiros em
congressos e avisos voltados para a oncologia;
· Colaborar de forma activa no programa “semana da
Europa Contra o Cancro”;
· Criar nas escolas de 2º e 3º ciclos da região o Clube
Caça Cigarros, com o propósito de evitar o uso de
tabaco;
· Ajudar mensalmente de forma financeira os doentes
oncológicos que procuram esta instituição;
· Fornecer próteses mamárias e soutiens às doentes
mastectomizadas, assim como, cabeleiras às doentes
que fazem tratamentos de quimioterapia;
· Organizar convívios quinzenais para os doentes, na
sede, com lanche oferecido pelos voluntários e
programa de animação, passeio anual com almoço,
festas ao longo do ano (no Natal, Carnaval, Páscoa)
tudo com o objectivo de distrair e confortar
espiritualmente os doentes;
· Visitar os doentes no seu domicílio e no centro
hospitalar do Funchal, quando estes estão internados.

Apoio Social

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O Apoio Social a doentes é uma das mais importantes
actividades da Liga.
O Apoio Social traduz o auxílio ao doente oncológico mais
carenciado, cuja situação socio-económica não lhe permite
suportar o conjunto de despesas inerentes a uma situação
oncológica.
Este Apoio Social concretiza-se no pagamento de
despesas de medicação, deslocações para tratamentos,
próteses mamárias. É fundamental a intervenção da Liga
principalmente quando se verificam lacunas nas
comparticipações por entidades públicas ou problemas de
ordem burocrática.
A atribuição destes apoios é feita de forma directa, através dos
núcleos da Liga ao doente, ou ainda de forma indirecta, através de
solicitações de saúde, mediante a apresentação dos casos sociais
devidamente comprovados pelos profissionais de saúde das
respectivas instituições.

Assistência Domiciliária
A Liga Portuguesa Contra o Cancro presta assintência domiciliária
através de suporte financeiro, que permite a formação de equipas
de trabalho e respectivas deslocações.

Linha Cancro
Número Verde de apoio à pessoa com cancro da Liga Portuguesa
Contra o Cancro, com o apoio da Roche Farmacêutica Química.
O objecitvo desta Linha é informar e apoiar a pessoa com cancro,
a sua família ou amigos, em aspectos que digam respeito à doença,
dúvidas ou perguntas ligadas á doença.

808 255 255 – horário de funcionamento das 17 ás 22 horas (2ª a


6ª feira)

Bolsas e Prémios

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A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) no âmbito das suas
finalidades estatuárias, estabeleceu diversos Prémios e Bolsas de
investigação em Oncologia.

Peditório Nacional
O Peditório Nacional é uma grande prova da generosidade das
populações para com a Liga e do grande apreço pelo trabalho
realizado.
Através deste Peditório a população sente os objectivos da Liga e
procura participar na realização dos seus projectos com donativos,
que são a principal fonte financiadora de todas as actividades
desenvolvidas.
A cada Núcleo Regional cabe organizar, na sua área, o Peditório
anual, que conta com a dedicação dos seus funcionários e com o
admirável apoio e trabalho de muitos voluntários e clubes de serviço
à comunidade, com especial referência aos Escuteiros, Paróquias,
Rotários, etc.
Anterior a tudo isto, está todo um trabalho anual, no intuito de
visitar cada zona da área correspondente a cada Núcleo, para
assim preparar o Peditório, fazer listagens do número de pessoas
envolvidas em cada zona e organizar as Caixas Mealheiro a serem
entregues.
A colaboração com a Liga tem merecido grande importância por
parte de toda a população.

Um Dia Pela Vida


Um Dia Pela Vida é um evento organizado pela Liga Portuguesa
Contra o Cancro no âmbito de um programa internacional
promovido pela American Cancer Society e patrocinado pela Sanofi
Aventis.
Informa, educa, apoia as comunidades locais e angaria fundos
para os programas de prevenção e actividades da Liga Portuguesa
Contra o Cancro.
Este evento desenrola-se numa atmosfera de festa, com
espectáculos, música, jogos e outras actividades. Grupos de
pessoas participam numa caminhada simbólica à volta de um

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caminho, que representa o empenho constante de todos na luta
contra o cancro. A caminhada começa de manhã e termina depois
do anoitecer.
Um Dia Pela Vida é acima de tudo uma reunião de comunidade,
onde todos podem participar: famílias, amigos, hospitais, escolas,
organizações comunitárias, etc., partilhando todos um objectivo
comum – apoiar a missão da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Este evento teve início em Coruche e decorreu entre Outubro de
2004 e Março de 2005. Desde então já teve lugar em Mértola,
Azeitão, Lamego, Ponte de Lima, Redondo, Elvas, Trofa e Caldas
da Rainha, decorrendo actualmente em Seia.
Todos tiveram um grande sucesso em termos de adesão das
comunidades a esta causa.

Resumindo, Um Dia Pela Vida inclui a prevenção, a angariação


de fundos e muito divertimento! Representa a esperança de que
aqueles que, infelizmente, foram levados pelo cancro não serão
esquecidos, e que aqueles que estão a combater o cancro serão
apoiados e que um dia o cancro será vencido.

Vencer e Viver
Vencer e Viver é um movimento da Liga Contra o Cancro que visa
apoiar as mulheres mastectomizadas, pois o cancro, principalmente
o cancro da mama, é a 2ª maior causa de morte das mulheres .

Objectivos da Liga para o Futuro


De acordo com a Presidente Isabel Aguiar, do Núcleo Regional da
Madeira e de acordo com as condições aqui na Região da Sede da
Liga Portuguesa Contra o Cancro, espera-se no futuro poder
aumentar o espaço para esta Sede e que preferêncialmente se
localize no centro do Funchal, para deste modo, facilitar a
deslocação dos doentes a este estabelecimento e para permitir

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melhores condições para os apoiar de acordo com as suas
necessidades. Espera-se também que a Liga cresça, mais forte,
com mais voluntários para poderem assim ir de encontro com o que
a população espera da instituição.

Objectivos da Instituição

A Liga Portuguesa Contra o Cancro tem como objectivo


fundamental prestar apoio monetário, moral a todas as pessoas que
socorrem a esta instituição. Um outro objectivo, não menos
importante, é sensibilizar as pessoas para a prevenção da doença
cancerígena.
Estratégia da Instituição : A estratégia da Liga Portuguesa
Contra o Cancro é o caminho que a instituição escolheu para

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alcançar os seus objectivos. Assim, tendo em conta que a
instituição tem por objectivo prestar apoio moral e sobretudo
monetário ( cabeleiras, próteses mamárias ), sabemos que para
obter esse dinheiro para as cabeleiras, as próteses, a instituição
organiza peditórios nas ruas mais movimentadas do Funchal, na
saída das escolas e à porta dos cemitérios. A instituição estabelece
uma semana para fazer o peditório que se realiza, geralmente, nos
últimos dias de Outubro e princípio de Novembro a fim que coincida
com o dia das almas. Neste dia as pessoas, normalmente, vão ao
cemitério visitar os seus entes queridos e daí estarem mais
sensibilizados e desta forma contribuírem com algum dinheiro para
uma causa tão nobre como a da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Fazer o peditório no dia das almas, nos cemitérios, nas
escolas e nas ruas é deste modo a estratégia que instituição utiliza
para angariar dinheiro para auxiliar os doentes cancerígenos.

Os princípios das escolas de gestão


A instituição como grupo humano : A Liga Portuguesa Contra
o Cancro não é uma aglomeração de indivíduos sem afectividade,
esta instituição é constituída por um grupo humano, isto é, por um
reduzido número de indivíduos mas que lutam e trabalham todos
em prol do sucesso da instituição. Para esta instituição, sucesso
não significa ter lucro, ou poder financeiro, mas sim conseguir
prestar auxílio a todos os doentes que a ela recorrem. Da instituição
fazem parte ainda todos os indivíduos que por ela trabalham sem
receber nenhum tipo de recompensa ou pagamento monetário.
Estes indivíduos são pessoas ligadas à instituição pelos laços do
afecto e do amor ao próximo, ao necessitado doente. Estas
pessoas são os voluntários que disponibilizam algum do seu tempo
para fazerem os peditórios, visitarem os doentes ao hospital,
conversarem com os doentes.
A instituição como organização hierarquizada :Toda a
organização para ser eficaz deve ser gerida de acordo com os
princípios de administração que nos indicam que para gerir é
necessário existir autoridade ( a autoridade reside em regras e
procedimentos escritos ) e uma organização hierarquizada.
A instituição é gerida segundo os
princípios da administração, isto é, a instituição presidida pela
senhora Isabel Aguiar que é a pessoa que detém a autoridade
máxima na instituição.
A instituição como lugar de decisões : A Liga Portuguesa
Contra o Cancro é um lugar de decisões. Por vezes, estas mesmas

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decisões podem ser óptimas, porém são satisfatórias na medida em
que todas elas visam a concretização da missão e dos objectivos da
instituição. Aqui o indivíduo não procura defender os seus
interesses pessoais mais que os interesses do colectivo, mas sim o
contrário. Os membros da instituição visam defender os interesses
dos doentes de cancro. Sempre que a instituição se depara com
algum problema ou conflito, esses são resolvidos de forma simples
e com recurso à experiência, ou seja, a instituição procura aplicar
no presente as mesmas soluções que aplicou no passado para a
resolução do problema ou conflito.
A empresa como um sistema aberto : A instituição produz os
seus outputs perante os inputs. Por outros termos, os “outputs” da
instituição são todos os tipos de auxílio ou ajuda que presta ao
doente, como por exemplo: cabeleiras, próteses mamárias, etc. os
“inputs” da instituição são todos os donativos que utiliza para depois
adquirir os “outputs”. Assim, os “inputs” da Liga Portuguesa Contra
o Cancro são todos os meios de que ela disponibiliza para auxiliar o
doente, enquanto que o output traduz esse auxílio de maneira
afectiva.
A instituição como um sistema organizado e regulado : A
instituição está mais ou menos estruturada em torno de um centro
de comando. Diferentes unidades participam na actividade da
instituição. Estas unidades permanecem ligadas entre elas por
diferentes fluxos. Por outros termos, a instituição está estruturada
em torno da presidente, depois temos outras diferentes unidades
que participam na actividade da instituição e que são apenas duas
secretárias, um informático e alguns voluntários. Todas estas
pessoas estão ligadas entre si pelas ordens que recebem da
presidente ou pelas informações que trocam entre si.
Autoridade da instituição : A autoridade é o direito de decidir,
de dirigir as outras pessoas na execução das tarefas ou
desempenho de determinados deveres tendo como finalidade a
prossecução dos objectivos da instituição.
O poder da instituição : o poder é definido como a capacidade
de exercer influência. Esta evidencia-se na mudança de
comportamento de um indivíduo como consequência das acções de
outro indivíduo. A Liga Portuguesa Contra o Cancro é
uma instituição que ostenta poder, isto é, esta instituição tem a
capacidade de exercer influência, uma vez que através de toda a
informação que ela divulga sobre o cancro, a instituição muda o
comportamento das pessoas que a essa mesma informação têm
acesso. Por outros termos, toda a informação que a instituição
divulga leva o indivíduo a investir, a apostar cada vez mais na

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prevenção da doença.
O poder é ainda entendido como a habilidade para atingir
determinados fins. Neste caso, o poder da instituição é a habilidade
que ela dispõem para alcançar os seus objectivos.

Estrutura da Instituição
A estrutura da instituição é formada pelos órgãos sociais que em
conjunto formam a direcção do núcleo regional:

· Presidente
· Secretário Geral
· Tesoureiro
· 5 Vogais ( o número de vogais tem de ser sempre ímpar
por causa das eleições )
· Conselho Fiscal
· Três administradores assalariados
· Voluntários ( actualmente a liga tem cerca de 40 )

Todos estes órgãos têm horário de funcionamento excepto os


voluntários.

Resposta da Instituição relativamente à


procura dos doentes
A instituição sente dificuldades em responder de maneira efectiva
à procura de todos os doentes, uma vez que o número de doentes
com cancro tem vindo a aumentar consideravelmente e os recursos
económicos da instituição mantêm-se estagnados.

O Comportamento dos doentes


Os doentes recorrem à instituição em busca de apoio monetário e
psicológico.
Normalmente, é a instituição que aborda os doentes, mas por
vezes são os próprios doentes que recorrem à instituição. Alguns
desses doentes dirigem-se à instituição devido à influência de

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amigos, vizinhos, familiares e até mesmo por recomendações
médicas.

As Características Individuais do doente


Cada doente apresenta características próprias :
Características Sócio demográficas:

· Idade – desde os 18 anos ( os doentes oncológicos com


idades inferiores aos 18 são tratadas noutra instituição )

· Profissão – profissões diversas ( médicos, advogados,


funcionários públicos, agricultores, estudantes, entre outros
)

· Rendimento – variável consoante a profissão do doente

Características Psicográficas:

· Estilos de Vida – os doentes apresentam variados estilos


de vida, por exemplo : doentes fumadores ou não
fumadores, doentes sedentários ou activos, doentes com
diferentes tipos de alimentação (saudável ou não )

· Valores – doentes com diferentes crenças, religiões


(cristianismo, judaísmo, ateísmo )

Características Psicológicas:

· Necessidades – são os desvios físicos ou psicológicos


ressentidos pelos doentes entre o efectivamente sentido e
a situação ideal. As necessidades dos doentes criam por
vezes um estado de tensão, que nem sempre leva o
doente a agir. As necessidades do doente da instituição
podem ser conscientes ou também inconscientes. Os
doentes possuem necessidades expressas ( o que o
doente diz ) ; necessidades reais ( o que ele necessita );
necessidades latentes (as que ele não tem consciência);
necessidades imaginárias (as com que ele sonha) e
necessidades profundas (as que o motivam secretamente).
Contudo, a instituição não consegue dar resposta a todas

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estas necessidades, sendo que apenas satisfaz aos
doentes as necessidades expressas e reais. Estas
necessidades expressas e reais dizem respeito ao apoio
psicológico, ao carinho, à atenção, que a instituição lhes
dedica e também às próteses, as cabeleiras e ao apoio
monetário que a instituição fornece ao doente.

· Motivações – são uma força psicológica que levam o


doente a agir de forma a saciar uma necessidade por ele
sentida para diminuir o nível de tensão. As motivações do
doente são o resultado das necessidades de afiliação que
ele sente, ou seja, resulta da necessidade que o doente
sente de estabelecer fortes amizades e para que deste
modo o doente sinta que não está sozinho na luta contra o
cancro.

· A atitude do doente – consiste na predisposição do doente


a avaliar e a reagir de maneira favorável ou desfavorável
em relação à Liga Portuguesa Contra o Cancro. A atitude
do doente pode ser decomposta em três elementos:
cognitivo, que diz respeito ás crenças do doente
relativamente à instituição. Neste elemento a instituição
comunica aos doentes informações suplementares sobre
os vários tipos de cancro, as maneiras de prevenção da
doença; afectivo, que diz respeito aos sentimentos e
reacções emocionais positivas ou negativas desenvolvidas
em torno da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Aqui a
instituição utiliza histórias de pessoas que tiveram a
doença e que sobreviveram, para causar reacções
emocionais noutras pessoas que tenham a doença e
também na sociedade geral, para que esta colabore com a
causa da instituição; conativo, que traduz a intenção do
doente para procurar, recorrer ou não à instituição.

· O conceito de si próprio – consiste na percepção que o


doente tem de si mesmo. O doente vai adoptar um
comportamento consoante a imagem que tem de si próprio:
o conceito de si efectivo traduz a maneira como o doente
se vê. O doente da instituição vê-se como um ser frágil e
sensível, como alguém que está seriamente doente e que
precisa de todo o tipo de apoio, quer seja monetário ou
apenas psicológico; o conceito de si ideal diz respeito à
maneira como o doente gostaria de se ver. O doente

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oncológico gostaria de ver-se num futuro muito próximo
como um paciente totalmente recuperado, sem vestígios de
doença; o conceito de si percebido pelos outros traduz a
forma como o doente pensa que a sua envolvente o vê.
Por vezes o doente pensa que a sociedade os discrimina
por serem doentes que estão sentenciados à morte, por
serem pessoas frágeis que não podem trabalhar devido à
doença. Outras vezes, o doente pensa que a sociedade o
vê como um ser humano débil que precisa de muito apoio.

Concorrentes da Instituição
A instituição Liga Portuguesa Contra o Cancro não tem
concorrência, isto é, não existem outras instituições na Madeira que
se dediquem à mesma causa que é dar apoio aos doentes
oncológicos.

Análise Swot

Pontos Fortes Pontos Fracos


Oportunidades Adequação Adequação
estratégica estratégica
-Tirar o máximo -Minimizar os efeitos
partido dos pontos dos pontos fracos
fortes para aproveitar para aproveitar ao
ao máximo as máximo as
oportunidades. oportunidades.
Ameaças Adequação Adequação
estratégica estratégica
-Tirar o máximo -Minimizar os efeitos
partido dos pontos dos pontos fracos
fortes para minimizar para minimizar o
o efeito das efeito das ameaças.
ameaças.

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Pontos Fortes:

· Mudança do corpus directivo da instituição


· Peditório Anual
· O esforço dos voluntários actuais e uma maior
aproximação dos voluntários antigos à causa da instituição

Pontos Fracos:

· Reduzido número de voluntários

Oportunidades:

· Possibilidade de realizar o peditório nos cemitérios e nas


Igrejas no dia das Almas. É uma forma de sensibilizar as
pessoas para angariar mais fundos monetários para a
instituição.

Ameaças:

· Crise económica que se tem instalado na sociedade, o que


prejudica o valor final angariado pelo peditório anual, daí
que o peditório de 2007 tenha sido visivelmente inferior ao
ano passado.

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Conclusão
Após esta primeira versão do trabalho, o nosso grupo concluiu
que a Liga Portuguesa Contra o Cancro é uma instituição de grande
responsabilidade social. Esta instituição não foi criada com a
finalidade de gerar lucro e riqueza. A sua finalidade é e sempre foi
prestar auxílio aos doentes oncológicos, ajudá-los nas suas
necessidades financeiras, fornecer-lhes apoio espiritual e moral ou
até mesmo transmitir-lhes apenas uma palavra amiga, de incentivo
à vida e à luta.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro tem como objectivos a curto
prazo ( dentro de aproximadamente um ano ) ter uma carrinha para
poder transportar os doentes oncológicos e os voluntários da liga
até ao hospital e construir um espaço maior e com melhores
condições, localizado mais no centro do Funchal.
A estratégia utilizada pela instituição para conseguir alcançar os
seus objectivos é criar peditórios para obter dinheiro para ajudar os
doentes e ir ao encontro das pessoas nas ruas, nas praias, nas
escolas de modo a sensibilizá-las e consciencializá-las de que a
melhor forma de travar o cancro é a prevenção.
Com este trabalho aprendemos quais as características do doente
oncológico e que estas são das mais variadas, isto é, o cancro não
ataca apenas uma parte específica da sociedade, o cancro não se
revela apenas nos pobres ou nos incultos. O cancro não escolhe a
religião, a cor, a raça, as crenças, os valores dos doentes, ele
apenas se manifesta e se desenvolve em qualquer indivíduo.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro é de certa forma a vontade e
o desejo da sociedade ( voluntários ) em ajudar outros membros da
mesma sociedade ( doentes oncológicos ).

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Bibliografia

· www.ligacontracanro.pt
· Algumas informações fornecidas pela Presidente Isabel
Aguiar da instituição do Núcleo Regional da Madeira.

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