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1o Semestre 2013
Sinais Discretos
0.8
0.6
0.4
0.2
−0.2
−0.4
−0.6
−0.8
−1
0 2 4 6 8
n
10 12 14 16 18 20
Degrau Unitário
Para a ∈ R não inteiro, u[a] = 0. Assim, x[n] = u[n/2], n ∈ Z, é a seqüência que vale 1
para n = 0, 2, 4, 6, . . . e zero para os demais inteiros (negativos e positivos ı́mpares).
Impulso
Definição 3 (Impulso)
Considere n ∈ Z. O sinal discreto δ [n] (impulso unitário) é definido como
1 , n=0
δ [n] =
0 , n 6= 0
+∞ +∞
• x[n] par ⇒ ∑ x[n] = x[0] + 2 ∑ x[n]
n=−∞ n=1
+∞
• x[n] ı́mpar ⇒ ∑ x[n] = 0 , x[0] = 0
n=−∞
1
• xp [n] = x[n] + x[−n] é par
2
1
• xi [n] = x[n] − x[−n] é ı́mpar
2
• x[n] = xp [n] + xi [n] xp [n] é a parte par e xi [n] é a parte ı́mpar de x[n]
Exemplo: x[n] = −δ [n + 1] + 2δ [n − 1] + δ [n − 2]
Sinais Discretos e Convolução EA614 - Análise de Sinais 6/32
Cap1 – Sinais Discretos e Convolução
Sistemas Discretos
Definição 5 (Sistemas Discretos)
São sistemas cujas entradas e saı́das são seqüências enumeráveis de escalares reais ou
complexos.
x[n] − x[n − 1]
y [n] = , n∈Z
2
Para x[n] = (−1) , a saı́da é y [n] = (−1) . Para x[n] = 1n , tem-se y [n] = 0.
n n
Exemplo: A população anual de peixes em um lago (em termos percentuais) pode ser
descrita de maneira aproximada por
Sistemas Lineares
Invariante no tempo
y [n − m] = G {x[n − m]}
para qualquer m ∈ Z.
Exemplo:
y [n] = sen(x[n])
é um sistema discreto com memória, que pode ser descrito pela equação a diferenças
y [n] − y [n − 1] = x[n].
Sistema Causal
Exemplo:
+M
1
y [n] = ∑ x[n − k] , M > 0
2M + 1 k=−M
é não causal.
Exemplo:
y [n] = nx[n]
é um sistema causal não BIBO estável.
Exemplo:
y [n] = x[−n]
é um sistema não causal e BIBO estável.
Resposta ao Impulso
h[n] = G {δ [n]}
Exemplo: Somador
n
y [n] = ∑ x[k]
k=−∞
A resposta ao impulso é
n
h[n] = ∑ δ [k] = u[n]
k=−∞
Convolução e Propriedades
Definição 12 (Convolução)
Convolução é a operação
+∞
x[n] = x1 [n] ∗ x2 [n] = ∑ x1 [k]x2 [n − k]
k=−∞
Propriedade 2
Se
Convolução e Propriedades
Propriedade 3
O impulso é o elemento neutro da convolução, pois
+∞
x[n] = ∑ x[k]δ [n − k]
k=−∞
Propriedade 4
A convolução é comutativa, associativa e distributiva em relação à soma, isto é
x1 [n] ∗ x2 [n] ∗ x3 [n] = x1 [n] ∗ x2 [n] ∗ x3 [n] = x1 [n] ∗ x2 [n] ∗ x3 [n]
x1 [n] ∗ x2 [n] + x3 [n] = x1 [n] ∗ x2 [n] + x1 [n] ∗ x3 [n]
Convolução e Propriedades
Propriedade 5
x[n] ∗ δ [n − m] = x[n − m] , m ∈ Z
pois
+∞
∑ x[k]δ [n − k − m] = x[n − m]
k=−∞
n +∞ o +∞ +∞
∑ ∑ ∑
G {x[n]} = G x[k]δ [n − k] = x[k]G δ [n − k] = x[k]h[n − k]
k=−∞ k=−∞ k=−∞
Convolução e Propriedades
No exemplo do somador, a saı́da é a convolução da entrada com o degrau
n
y [n] = ∑ x[k] = x[n] ∗ u[n]
k=−∞
pois
+∞ n +∞
x[n] ∗ u[n] = ∑ x[k]u[n − k] = ∑ x[k] u[n − k] + ∑ x[k] u[n − k]
| {z } k=n+1 | {z }
k=−∞ k=−∞
=1 =0
Propriedade 6
Considere o sinal
Então,
x1 [n] ∗ x2 [n] = ∑ ak x1 [n − bk ]
k∈I
Propriedade 7
Sistemas lineares invariantes no tempo são causais se e somente se a resposta ao
impulso é nula para instantes negativos, ou seja
pois
−1 +∞
y [n] = x[n] ∗ h[n] = ∑ x[n − k]h[k] + ∑ x[n − k]h[k]
k=−∞ k=0
e, se h[k] 6= 0 para k < 0, a saı́da y [n] dependeria de valores futuros da entrada x[n].
h[n] = δ [n + 1]
é não causal, pois h[−1] = 1. Note que y [n] = x[n] ∗ h[n] = x[n + 1].
Propriedade 8
Sistemas lineares invariantes no tempo são BIBO estáveis se e somente se a resposta
impulso é absolutamente somável, isto é
+∞
∑ |h[n]| < +∞ ⇔ BIBO estável
n=−∞
+∞ +∞
|y [n]| ≤ ∑ |x[n − k]||h[k]| ≤ b ∑ |h[k]| < +∞
k=−∞ k=−∞
Auto-função
Exemplo:
Considere um sistema linear invariante no tempo cuja resposta ao impulso é dada por
Definição 13 (Auto-função)
Um sinal de entrada é denominado auto-função de um sistema se a saı́da
correspondente for igual ao sinal de entrada multiplicado por uma constante (em geral
complexa).
Auto-função
Propriedade 9
O sinal z n , z ∈ C, é uma auto-função para sistemas lineares discretos invariantes no
tempo se a somatória
+∞
H(z) = ∑ h[k]z −k
k=−∞
for finita, ou seja, se z pertence ao domı́nio Ωh de H(z), pois
+∞
y [n] = z n ∗ h[n] = ∑ h[k]z n−k = H(z)z n
k=−∞
Auto-função
A relação (temporal) entre saı́da e entrada em um sistema linear discreto invariante
no tempo é dada pelo “ganho complexo” H(z) quando x[n] = z n .
Transformada da Convolução
Transformada da Convolução
é dada por
z2
H(z) = H1 (z)H2 (z) = , |z| > 0.5
(z − 0.5)(z − 0.2)
pois
z z
H1 (z) = , |z| > 0.5, H2 (z) = , |z| > 0.2
z − 0.5 z − 0.2
Resposta em freqüência
Resposta em freqüência
Propriedade 11
∗
Se h[n] é real, então H exp(j ω ) = H exp(−j ω ) , isto é M(ω ) é uma função par e
φ (ω ) é uma função ı́mpar.
x[n] − x[n − 1]
y [n] = , n∈Z
2
n n
Para x[n] = z tem-se y [n] = H(z)z , resultando na função de transferência
(1 − z −1 )
H(z) =
2
Portanto, a resposta em freqüência é
1 − exp(−j ω )
H(z) = =
2
z=exp(j ω )
exp(j ω /2) − exp(−j ω /2)
= j exp(−j ω /2) = j exp(−j ω /2)sen(ω /2)
2j
Sinais Discretos e Convolução EA614 - Análise de Sinais 26/32
Cap1 – Sinais Discretos e Convolução
Resposta em freqüência
Portanto, tem-se
π ω
M(ω ) = |sen(ω /2)|, φ (ω ) =
sinal(ω ) −
2 2
M(ω ) e φ (ω ) são mostrados na Figura. Observe o crescimento de M(ω ) para ω de 0
a +π (filtro passa-alta) e a entrada z = (1)n corresponde à freqüência ω = 0 e que
z = (−1)n corresponde à freqüência ω = +π . Note também que, para ω > 0 ou para
ω < 0, a fase varia linearmente com a freqüência.
2
1.5
1
1
0.8
0.5
0.6
0.4
−0.5
0.2
−1
0
−1.5
ω ω
−0.2 −2
−4 −2 0 2 4 −4 −2 0 2 4
N(z)
H(z) = pois
D(z)
N(z) z 4z
H(z) = = 2 =
D(z) z − 0.25 (2z + 1)(2z − 1)
Note que os pólos são ±0.5, indicando que trata-se de um sistema BIBO estável.
Além disso, se o domı́nio de existência de H(z) for dado por
Ωh = {z ∈ C, |z| > 0.5}
tem-se que o sistema é causal.
Sinais Discretos e Convolução EA614 - Análise de Sinais 29/32
Cap1 – Sinais Discretos e Convolução
1.2 3
2
1
1
0.8
0
0.6
−1
0.4
−2
0.2
−3
ω ω
−4
−4 −2 0 2 4 −4 −2 0 2 4
1 1
Prova: y [n] = G {cos(ω n)} = G {exp(j ω n)} + G {exp(−j ω n)} =
2 2
1 1
= H exp(j ω ) exp(j ω n) + H exp(−j ω ) exp(−j ω n) =
2 2
1 1
= M(ω ) exp(j ω n + j φ (ω )) + M(ω ) exp(−j ω n − j φ (ω )) = M(ω ) cos(ω n + φ (ω ))
2 2
Sinais Discretos e Convolução EA614 - Análise de Sinais 31/32
Cap1 – Sinais Discretos e Convolução
−0.5z 2
H(z) = , 0.5 < |z| < 2
(z − 0.5)2 (z − 2)
−0.5z 2
H(z) = , 0.5 < |z| < 2
(z − 0.5)2 (z − 2)
H(z) = 0.385 exp(−j0.524) , H(z) = 0.854 exp(−j0.459)
z=exp(j π /3) z=exp(j π /5)