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20/09/2018

Fundamentos
Logísticos

Prof. Leonardo Martins de Freitas


LM25F@yahoo.com.br
(85) 9.9949-9287

Unidade 1
Conceitos fundamentais de logística
1.1 - Evolução histórica da logística
1.2 - Conceitos de logística
1.3 – A missão da logística dentro das empresas
1.4 – O mercado – cenário atual, globalização e competitividade
1.5 – A logística como vantagem competitiva

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Logística - Conceitos
• Segundo Ballou (1993), A logística trata de todas as atividades de
movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo dos produtos
desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de
consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os
produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de
serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

• “A Logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de


todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora
até o consumidor [...]” (MARTINS; ALT, 2005, p.252).

Logística - Evolução

Primórdios
• Até 1940 a evolução era lenta pois as vendas e comercialização era local;
• “arte prática de movimentar exércitos” Barão Antoine Henri Jomini (1779-1869), general do
exército francês sob o comando de Napoleão Bonaparte

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Logística - Evolução
Primeira Fase: pós-guerra 1940 ~ 1960
• As indústrias se voltavam para o atendimento de um mercado consumidor repleto de
demandas, porém, com métodos de padronização rígidos (Uma cor, um Modelo...)
• Os estoques eram controlados manualmente e demandava certo tempo para que a
comunicação de reposição chegasse aos fabricantes.
• O desenvolvimento tecnológico estava concentrado nas linhas de produção;
• O transporte visava a movimentação de grande quantidade e as transportadoras que
praticavam preços reduzidos eram as mais requisitadas, unicamente por isso.

Logística - Evolução
Segunda Fase: a diversificação 1960 ~ 1980
• Os produtos ganhavam novas cores e novos tamanhos e surgiam também outras linhas de
consumo;
• A indústria alimentícia ganhava destaque especial;
• Aumento da Complexidade de controle dos estoques;
• Inchaço nas operações devido muitos processos manuais de controles que se faziam
necessários;
• Os custos com transporte e distribuição também aumentavam consideravelmente: era a crise
do petróleo de 1970;

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Logística - Evolução
Segunda Fase: a diversificação 1960 ~ 1980
• E muitas outras restrições eram aplicadas nas atividades logísticas causando a disparada dos
custos dos produtos;
• Transportes multimodais ganhavam espaço para reduções nos custos;
• Inicio do desenvolvimento da Informática

Logística - Evolução
Terceira Fase: melhorias na cadeia de suprimentos 1980 ~ 1990
• O planejamento logístico conquistava seu espaço.
• Comunicação melhor e bem mais flexível dentro da empresa e entre seus fornecedores e
clientes, embora ainda não sendo a ideal, pois nem todos os setores se comunicavam de
forma ampla.
• Eletrônica e Informática superavam as informações estritamente manuais através do EDI
(traduzido como Intercâmbio Eletrônico de Dados);
• Nascia o sistema de código de barras e o controle dos estoques, que diminuía o tempo de
reposição, custos e necessidade de estoque;

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Logística - Evolução
Terceira Fase: melhorias na cadeia de suprimentos 1980 ~ 1990
• No Brasil, éramos apresentados à globalização e, após o ano de 1980, os processos ficavam
mais velozes, repletos de informações e a comunicação era primordial,
• A Internet estava nos primeiros passos;
• Inicio da logística aplicada de forma estratégica;
• Apresentação do Sistema Kaizen (melhoria contínua) desenvolvido pelos japoneses da Toyota
na década de 1950;
• Apresentação do sistema Just in Time (no tempo certo), que tinham sua filosofia e seus
métodos aplicados em muitos segmentos.

Logística - Evolução
Quarta Fase: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - A partir de 1990
• O Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) continua com o
fluxo de materiais, de dinheiro e de informações, mas passa a ser visto definitivamente de
forma estratégica (ganho de competitividade);
• Mercado passa a ser Global;
• A Logística passou a ser grande geradora de oportunidades de negócios;
• As parcerias compartilham informações na cadeia de suprimentos e se firmam numa
integração mais próxima e mais focada no nível de serviço;
• O E-commerce se instala num segmento e logo passa a ser um mercado cuja revolução
alimenta todos os anseios do mundo consumidor;

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Logística - Evolução
Quarta Fase: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - A partir de 1990
• Os consumidores passam a demandar produtos otimizados e personalizados e querem
recebê-lo em casa. A Tecnologia da Informação é real!
• Os desafios da Logística ganham outra dimensão com novos mercados e com a terceirização
de serviços, passando a lidar com um enorme quantidade de informações para que os
estoques diminuam, e aumente a qualidade;
• Busca de redução dos custos e os prazos e agregação de valor ao cliente com melhorias
contínuas.
• Surgimento da logística reversa (Preservação e desenvolvimento sustentável)

Logística – Dentro das Empresas


Inbound Outbound
Entrada Saída
FORCECEDOR INDUSTRIA CLIENTE

Logística Reversa
Visão Sistêmica ( integração)
• Eficiência
• Rapidez
• Estratégia (Planejamento e técnica)
• Baixo Custo Supply Chain Management (SCM)

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Logística – Dentro das Empresas


O que é Custo?
• Custo é o somatório dos bens e serviços consumidos ou utilizados na produção de novos
bens ou serviços, traduzidos em unidades monetárias.
(Mendes do Nascimento, Jonilton)

Custo X Preço X Valor

Logística – 4 P´s de Kotler

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Logística – Dentro das Empresas

Logística – Dentro das Empresas


Segundo Novaes (2004), a Fase V
diz respeito a Logística Reversa e
Sustentabilidade.
• Preocupação com o meio
Ambiente;
• EPR (Extended Product
Responsability);
• Responsabilidade social
Empresarial.

ECR – Efficient Consumer Response

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Logística de Distribuição (outbound)


A logística como vantagem competitiva:
• Redução dos Custos; (Velocidade de resposta, eficiência, alianças,
padronizações, cargas consolidadas);

• Disponibilidade; (Ruptura);

• Agregar valor ao Produto; (tempo é dinheiro);

• Melhorias em outros departamentos ( marketing, Vendas, Produção,


desenvolvimento de produto etc...);

Unidade 2
Cadeia de Suprimentos
2.1 – Globalização
2.2 - A revolução da Cadeia de Suprimentos
2.3 – Modelo geral da Cadeia de Suprimentos
2.4 – Integração das operações logísticas
2.5 – Transformação digital das empresas

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Globalização
A globalização é um dos processos de aprofundamento internacional da
integração econômica, social, cultural e política, que teria sido impulsionado pela
redução de custos dos meios de transporte e comunicação dos países no final do
século XX e início do século XXI.

Embora vários estudiosos situem a origem da globalização em tempos modernos,


outros traçam a sua história muito antes da era das descobertas e viagens ao Novo
Mundo pelos europeus. Alguns até mesmo traçam as origens ao terceiro milênio
a.C.

Globalização
• Grandes navegações;
• Comércio;
• Fontes de matérias prima;
• Informação;
• Tecnologia;
• ......

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Globalização
Milton Friedman, usou um Lápis, para exemplificar a importância da Globalização:

Madeira – América do Sul


Aço – Minério da África e transformação EUA ( a serra que derrubou a arvore)
Borracha – Malásia
Cola, tinta amarela, parte de latão........ Milhares de pessoas cooperaram para
que fosse possível fazer um Lápis.

Globalização
Pontos positivos
• Comunicação;
• Tecnologia avançada;
• Conforto;
• Economia;
• Crescimento;
• Agilidade;
• Praticidade;
• Valorização;
• Visão ampla do mundo.

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Globalização
Pontos negativos
• Conflitos políticos, econômicos, culturais e sociais;
• Demasiada concorrência;
• Impactos no ecossistema;
• Preconceito;
• Discriminação;
• Poluição;
• Competição;
• Irresponsabilidade

A revolução da Cadeia de Suprimentos


Devido a globalização, a logistica assumiu um papel chave dentro das empresas,
portanto:
• Aumento de complexidade;
• Visão Global;
• Taxa de cambio;
• Comunicação (língua, cultura etc...);
• Profissional diferenciado;
• Ferramentas tecnológicas ( GPS, geolocalização, sistemas etc...)
• Dificuldade na tomada de decisão X Decisões rápidas.

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Modelo geral da Cadeia de Suprimentos

A revolução da Cadeia de Suprimentos


Consideramos como componentes da cadeia de suprimentos (SCM), os principais
tópicos:
• Planejamento de demanda ( previsão);
• Colaboração de demanda (processo de resolução colaborativa para determinar
consensos de previsão);
• promessa de pedidos (quando alguém promete um produto para um cliente,
levando em conta o tempo de duração e restrições);
• Otimização de rede estratégica (quais produtos as plantas e centros de
distribuição devem servir ao mercado) – mensal ou anual.

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A revolução da Cadeia de Suprimentos


• Produção e planejamento de distribuição (coordenar os planos reais de
produção e distribuição para todo o empreendimento) – diário
• Calendário de produção – para uma locação única, criar um calendário de
produção viável – minuto a minuto
• Planejamento de redução de custos e gerência de desempenho – diagnostico do
potencial e de indicadores, estratégia e planificação da organização, resolução
de problemas em real time, avaliação e relatórios contábeis, avaliação e
relatórios de qualidade.

Integração das operações logísticas

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Integração das operações logísticas


A integração das operações logistica, é bastante afetada pelos diferentes sistemas
produtivos:

MTS – Make to Stock – Produção para estoque:


Produtos padronizados ( de prateleira), baseados em previsões de demanda

ATO – Assemble to order – Montagem sob encomenda:


Os subconjuntos, grandes componentes e materiais diversos são armazenados até
o recebimento do pedido

Integração das operações logísticas


MTO – Make to order – Produção sob encomenda:
Quando a produção só inicia após o recebimento do pedido formal.

ETO – Engineering to order – Engenharia sob encomenda:


Quando o projeto só inicia, após o recebimento do pedido formal

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Integração das operações logísticas

Transformação digital das empresas


O termo informática, fusão de informação e automática, foi utilizado
pela primeira vez, na França, em 1962, quando Philippe Dreyfus, diretor
do Centre National de Calcul Életronique de Bull usou para designar seu
projeto de Société d’Informatique Appliquée. O consenso hoje é que
informática se refere a qualquer processo de automação, por meio de
sistemas computacionais, no tratamento da informação.

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Transformação digital das empresas

Transformação digital das empresas


WMS ( Warehouse Management System) - É um sistema de gestão de armazéns,
que otimiza todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) e administrativas
(fluxo de informações) dentro do processo de armazenagem:
• Recebimento;
• Inspeção;
• Endereçamento;
• Estocagem;
• Separação;

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Transformação digital das empresas


• Embalagem;
• Carregamento;
• Expedição;
• Emissão de documentos;
• Inventário, entre outras.

De forma integrada com o objetivo de maximizar os recursos e minimizar


desperdícios

Transformação digital das empresas

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Transformação digital das empresas


Funções do WMS
Essenciais
• Recebimento • Análise de qualidade

• Arrumação • Reabastecimento

• Contagem de ciclos • Embalagem

• Separação • Cross-docking

• Gerenciamento de tarefas • Controle de estoque

• Embarque

Transformação digital das empresas


Funções do WMS
Avançadas
• Gerenciamento de pátio

• Gerenciamento de mão de obra

• Otimização de armazéns
• Serviços de valor agregado

• Gerenciamento de devoluções

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Funções do WMS
Função Benefício
Arrumação Aumento de produtividade e da utilização do
espaço cúbico
Interconexão de Roteirização de empilhadeiras por demanda,
tarefas em vez de por tarefas, áreas ou
sequenciamentos predeterminados
Separação/ Separação direta a partir de um ou mais
reabastecimento locais, incluindo separação de produtos com
data de validade expirada. Facilita o
reabastecimento dos estoques nos locais de
separação quando apropriado
Armazenagem em Localizador de slots ou produtos variados para
slots melhorar a utilização do espaço

Funções do WMS
Função Benefício
Cross-docking Facilitar o recebimento direto para o fluxo de
embarques
Visibilidade do Rastreamento de lotes específicos de estoque
estoque no armazém, bem como a visibilidade diárias
dos recebimentos
Solução para as filas Identificação de maneiras alternativas de
em tarefas resolver de modo rápido ou eficiente bloqueios
ou filas nas tarefas
Estratégia de Rotinas de apresentação de estratégia de
separação separação selecionadas

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Funções do WMS
Função Benefício
Correção de erros Capacidade de identificar, resolver e corrigir
erros de dados em tempo real. Capacidade de
identificar e resolver diferenças em pedidos de
compra
Simulações Apresentação de cenários de apoio à decisão
em tempo real para ajudar a tomada de
decisão operacional
Produtos devolvidos Facilita o processamento e a realização de
auditoria em programa de logística reversa

Contagem de ciclos Capacidade de conduzir e calcular contagens


em tempo real

Transformação digital das empresas

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Transformação digital das empresas

Transformação digital das empresas


O TMS é uma solução que gerencia todo o processo de transporte online e
permite ao usuário visualizar e controlar a operação e as entregas de forma
ampla e integrada. Este sistema confere uma visão geral de todos os
processos, além de te ajudar com algumas atividades, como:
• Emissão de conhecimentos e manifesto de cargas;
• Visualização de embarques, coletas e entregas;
• Cadastro de taxas e tarifas;
• Andamento das entregas e controle das operações;
• Controle das cargas e relatórios sobre as entregas;
• Visualização do faturamento e prazo médio de recebimento.

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Transformação digital das empresas


Um TMS bem estruturado tem algumas funcionalidades, como:
• Planejamento – controle orçamentário e análise das variáveis, montagem
de orçamento do transporte, montagem das rotas, cálculo de
dimensionamento de equipamentos e da renovação da frota;
• Operação – controle de transbordo, de entrega e coleta e rastreamento
lógico das cargas;
• Custos – de operação e de manutenção;
• Suprimentos – controle de materiais em oficinas próprias, de requisições e
de compras;
• Rastreamento – transmissão de dados via wireless, interface com
rastreadores GPS e com tecnologias embarcadas nos veículos e leitores de
código de barras;

Transformação digital das empresas


• Faturamento do transporte – requisição de transporte, registros de notas
fiscais, cadastro (de clientes e terceiros, de taxas e tarifas, da rede de
transportes), ordem de coleta, emissão de conhecimentos e manifestos de
carga e emissão de fatura de cobrança dos clientes;
• Controle de Estoque – controle dos produtos, dos pedidos, das compras e
das movimentações, entre outros;
• Expedição – controle do envio de uma mercadoria para algum destino;
• Análise de Rentabilidade – informações sobre como cada cliente rende
para a empresa.

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Transformação digital das empresas

Transformação digital das empresas

Customer Relationship Management

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Transformação digital das empresas


Código de barras
É a colocação de códigos legíveis por computadores em itens,
caixas, contêineres, paletes e até vagões de carga para facilitar a
coleta e troca de informações logísticas.

Transformação digital das empresas


Benefícios do código de barras
• Embarcadores
• Melhoria na preparação e no processamento de pedidos;

• Eliminação de erros de embarque;

• Redução do tempo de mão de obra;


• Melhoria na manutenção de registros;

• Redução no tempo de estoque físico.

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Transformação digital das empresas


Benefícios do código de barras
• Armazenamento
• Melhoria na preparação, no processamento e no embarque de pedidos;

• Oferece controle de estoque acurado;

• Acesso do cliente a informações em tempo real;


• Considerações de acesso acerca da segurança das informações;

• Redução nos custos de mão de obra.

Transformação digital das empresas


Benefícios do código de barras
• Transportadoras
• Integridade das informações sobre o faturamento do frete;

• Acesso do cliente a informações me tempo real;

• Melhoria da manutenção de registros das atividades de embarque de


clientes;
• Rastreabilidade de cargas;

• Monitoramento de produtos incompatíveis em veículos;

• Redução do tempo de transferência de informações.

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Transformação digital das empresas


Benefícios do código de barras
• Atacadistas / Varejistas
• Precisão do estoque em unidades;

• Acurácia dos preços nos pontos de venda;

• Melhoria da produtividade nas caixas registradoras;


• Redução no tempo do estoque físico;

• Aumento da flexibilidade do sistema.

Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID
É uma forma de tecnologia de radiofrequência usada para identificar um
produto ou contêiner a medida que ele se movimenta pelas instalações ou um
equipamento de transporte.

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Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID
Chips ativos
• Emanam ondas de rádio constantemente, para que o produto possa ser
localizado em um armazém ou loja usando receptores localizados em toda a loja;

• São alimentados por baterias e permitem os processos de leitura e escrita.

Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID
Chips passivos
• Só respondem quando são eletronicamente estimulados ao se passar o
produto por um portal relativamente pequeno que possui leitoras embutidas.

• São usados para rastrear a entrada e a saída em torno de uma instalação.

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Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID

Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID
Vantagens:
• Capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas
ativas;

• Detecção sem necessidade da proximidade da leitora para o reconhecimento


dos dados;

• Durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização ;


• Contagens instantâneas de estoque, facilitando os sistemas empresariais de
inventário;

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Transformação digital das empresas

• Precisão nas informações de armazenamento e velocidade na expedição;

• Localização dos itens ainda em processos de busca;

• Melhoria no reabastecimento com eliminação de itens faltantes e aqueles


com validade vencida;

• Prevenção de roubos e falsificação de mercadorias.

Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID
Desvantagens:
• O custo elevado da tecnologia RFID em relação aos
sistemas de código de barras;

• O preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita


apenas ao microchip anexado ao produto;

• O uso em materiais metálicos e condutivos pode afetar o


alcance de transmissão das antenas;

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Transformação digital das empresas


Tecnologia RFID
• A padronização das frequências utilizadas para que os produtos possam
ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme;

• A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das


etiquetas coladas nos produtos.

• Para esses casos existem técnicas, de custo ainda elevado, que bloqueiam
a funcionalidade do RFID automaticamente quando o consumidor sai
fisicamente de uma loja.

Transformação digital das empresas


EDI - Electronic
Data
Interchange

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Transformação digital das empresas


ECR – (eficiente consumer response) - Estratégia na qual o varejista, o
distribuidor e o fornecedor trabalham muito próximos para eliminar
custos excedentes da cadeia de suprimentos e melhor servir ao
consumidor.

Transformação digital das empresas

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Unidade 3
Gestão da Cadeia de Suprimentos – Supply Chain Management (SCM)
3.1 - Integração das Cadeias de Suprimentos
3.2 - Origem do Supply Chain Management - SCM
3.3 - Ferramentas do SCM
3.4 - Processos de parceria

Supply Chain Management - SCM


SCM – é a integração dos processos de negócios desde o usuário final
até os fornecedores originais(primários) que providenciam produtos,
serviços e informações que adicionas valor para os clientes e
stakeholders. (Nogueira, 2012)

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Supply Chain Management - SCM


São seus componentes (Revisão slide 24):

• Planejamento de Demanda(previsão);

• Colaboração de demanda (processo de resolução colaborativo para


determinar consensos de previsão);

• Promessa de pedidos (data prometida);

• Otimização de rede estratégica (Quais produtos em quais nós);

• Produção e planejamento de distribuição (coordenar os planos de


produção e distribuição de todo o empreendimento);

Supply Chain Management - SCM


• Calendário de produção - para uma alocação única – minuto á minuto;

• Planejamento de redução de custos e gerência de desempenho


(potencial, indicadores, resolução de problemas em real time etc..)

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Modelo geral da Cadeia de Suprimentos

Supply Chain Management - SCM


O Controle desse fluxo de materiais, para distribuidor ou fabricante, tem
dois objetivos básicos:

• Melhorar o serviço ao cliente; (aumento de vendas)

• Maximizar os lucros; (redução de Custo)

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SCM – Logistica de Suprimentos


Logistica de suprimentos

Caracteriza o inicio de um ciclo da cadeia logistica e tem como


elementos:

Desenvolvimento, especificação e projeto do produto, previsão de


demanda, planejamento das necessidades (materiais e recursos),
desenvolvimento de novas fontes de fornecimento, compras e seus
controles.

SCM – Logistica de Suprimentos


Análise das informações de necessidades

São a formalização para o suprimento, pelos clientes, de suas demandas


de qualquer natureza.
Informações relativas ao item
• Código;

• Dados descritivos;

• Criticidade;

• Valor estimado

• Restrições( perecibilidade, condições especiais de estocagem)

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SCM – Logistica de Suprimentos


• Itens equivalentes e permutáveis

Informações relativas a demanda do item

• Quantidades e datas requeridas;

• Consumo médio previsto;


• Estoque base (demanda incerta)

Informações quanto à aplicação ou uso do item

• Lotes de consumo;

• Equipamento (caso de sobressalentes);

• Quantidade de unidades instaladas por equipamento;

SCM – Logistica de Suprimentos


• Quantidade de unidades instaladas por equipamento;

• Quantidade de equipamentos;

• Locais de uso;

• Usuários.

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SCM – Logistica de Suprimentos


Análise do mercado supridor

Informa os fatores que influenciam o tempo de ressuprimento(lead time)


do item.
• Origem do material;
• Natureza do item ( prateleira, fabricação específica);

• Tipo de mercado ( monopólico, oligopólio etc..)

• Localização do fornecedor;

• Transporte (tempo e modais)

• Qualidade dos fornecedores ( qualidade do produto, cumprimento de prazos)

SCM – Logistica de Suprimentos


• Lote de fabricação;

• Evolução de preços.

• Fatores internos que influem no tempo de compra ( aprovações, etc..)

Análise dos custos logísticos

Levantamento dos custos logísticos em todas as etapas do ciclo logístico


de suprimento.

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SCM – Logistica de Suprimentos


Determinação do modelo logístico de suprimento

I. Suprimento por compra, com aquisição a cada necessidade;

II. Suprimento sem formação de estoque, com a utilização de formas e


modalidades alternativas de suprimento;

III. Suprimento com formação de estoque (Ultimo caso)

SCM – Logistica de Produção


Logistica de produção

Tem inicio com o planejamento, programação e controle de produção e


estoque (PPCPE).

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SCM – Logistica de Produção


Classificação dos sistemas produtivos: (visto anteriormente slide 29)

• MTS – Make to Stock – Produção para estoque:

• ATO – Assemble to order – Montagem sob encomenda:

• MTO – Make to order – Produção sob encomenda:

• ETO – Engineering to order – Engenharia sob encomenda:

SCM – Logistica de Produção


Sistemas de administração da produção

São sistemas de informação para apoio a tomada de decisões táticas e


operacionais, referentes às seguintes questões logísticas básicas (MPR):

• O que produzir?

• Quanto produzir?

• Quando produzir e comprar?

• Com que recursos produzir?

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SCM – Logistica de Produção


Atividades básicas do PPCPE

• Previsão de vendas / Carteira de pedidos ( analisar);

• Planejamento agregado à produção;

• MPS – master planning schedule (Planejamento mestre da produção);

• Planejamento das necessidades materiais (Lista BOM);

• Controle de estoque (otimização do uso);

• Planejamento e controle da capacidade;

SCM – Logistica de Produção


• Controle de produção;

• S&OP – sales and operations planning ( alinhamento estratégico de


longo prazo)

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Supply Chain Management - SCM


Processos para o bom desemprenho do gerenciamento logístico

Planejamento;

Sistema integrado;

Fluxo de Materiais;

Simplificação;

Seleção de equipamentos;

Padronização;

Flexibilidade

Supply Chain Management - SCM


Manutenção ( processos e equipamentos);

Obsolescência (substituir imediatamente, métodos e materiais);

Controle.

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Supply Chain Management - SCM


Atividades de importância para logística nas organizações

Atividades primárias (Chave):


• Transporte;
• Manutenção de estoques;

• Processamento de pedidos;

Supply Chain Management - SCM


Atividades de importância para logística nas organizações

Atividades de apoio:
• Armazenagem (projetos, dimensionamento etc..);
• Manuseio de materiais (movimentação interna);

• Embalagem de proteção (projeto);

• Obtenção (deixar o produto disponível para o sistema logístico);

• Programação do produto (Fluxo de distribuição);

• Manutenção de informação (custo e desempenho);

• Gestão de pessoas (pessoas melhor preparadas proporcionam melhores resultados).

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Unidade 4
Tecnologia da informação em logística
8.1 – Sistemas de Informação: SRM, B.I., BSC.
8.2 – Ferramentas dos processos logísticos: Just in Time, Kanban, VMI, CPFR, Transit Point.

SUPPLIER RELATIONSHIP MANAGEMENT (SRM)


SRM é a sigla para o inglês Supplier Relationship Management (Gestão de
Relacionamento com Fornecedores) e remete a uma abordagem abrangente
para gerenciamento de interações de uma empresa com as organizações que
fornecem os produtos e serviços que ela utiliza como matéria prima ou
componente de seus produtos e serviços, ou ainda, para utilização interna.

O objetivo da gestão de relacionamento com fornecedores (SRM) é racionalizar


e tornar mais eficaz os processos entre uma empresa e seus fornecedores, assim
como gestão de relacionamento com clientes (CRM) tem a intenção de
simplificar e tornar mais eficaz os processos entre uma empresa e seus clientes.

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SUPPLIER RELATIONSHIP MANAGEMENT (SRM)


Alguns processos que podem ser parametrizados para fazer uma boa gestão de
relacionamento com seus fornecedores:

• Critérios de aceitação do fornecedor;

• Categorização das compras (Subdividir em categorias para facilitar as


comparações ex.: itens produtivos, matéria-prima.);

• Monitoramento de performance dos fornecedores;

• Tomada de decisões.

Business Intelligence (BI)


B.I. – refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e
monitoramento de informações que oferecem suporte a gestão de negócios. É
um conjunto de técnicas e ferramentas para auxiliar na transformação de dados
brutos em informações significativas e uteis a fim de analisar o negócio. As
tecnologias BI são capazes de suportar uma grande quantidade de dados
desestruturados para ajudar a identificar, desenvolver e até mesmo criar uma
nova oportunidade de estratégia de negócios.

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Business Intelligence (BI)

Balanced Scorecard (BSC)


Medir é importante?

“O que não é medido não é


gerenciado”.

“Também não se pode medir o que


não se descreve”.
Robert S. Kaplan & David P. Norton
Mapas Estratégicos, 2004

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Balanced Scorecard (BSC)


O que é o Balanced Scorecard?
O Balanced Scorecard ou Painel de Desempenho Balanceado é um
modelo de gestão que auxilia as organizações a traduzir a estratégia em
ações operacionais que direcionam o comportamento e o desempenho.
Portanto, Traduz a estratégia da organização em objetivos,
indicadores, metas, planos de ação e responsáveis constituindo a base de
um processo de monitoramento e gerenciamento.

Balanced Scorecard (BSC)


Visão e Estratégica
BSC - estrutura
Perspectiva Financeira
“Se formos bem
sucedidos, como
cuidaremos dos
nossos acio-
nistas?” Perspectiva do Cliente
“Para realizar a visão,
como devo cuidar dos
clientes?”

Processos Internos
“Para satisfazer os
clientes, em que
processos devo ser
excelente?”
Inovação e Aprendizado

“Para realizar a visão,


Estrutura para a tradução da como a organização
estratégia em termos deve aprender e
melhorar?”
operacionais

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Financeira
Ampliar mix de receitas

Clientes
Aumentar a confiança dos clientes em
nossa orientação Financeira

Processos
Internos Conhecer os Desenvolver Efetuar a
segmentos de novos venda
clientes produtos cruzada

Aumentar a produtividade dos funcionários


Aprendizado e
crescimento
Desenvolver Ter acesso a Alinhar as
habilidades informações metas
estratégicas estratégicas pessoais

Financeira Crescimento da receita


Ampliar mix de receitas
% receita de novos produtos
Clientes
% vendas cruzadas
Aumentar a confiança dos clientes
em nossa orientação Financeira Índice de retenção de clientes

Processos
Internos Investimentos em P&D de
novos produtos
Desenvolver novos produtos
No. Novos produtos lançados

Aprendizado e
Receita por funcionário
crescimento
Tempo com cliente
Aumentar a produtividade
Volume de vendas por vendedor
dos funcionários

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Balanced Scorecard (BSC) - Interfaces

Ferramentas dos processos logísticos - JIT


Just in Time – é um sistema de administração da produção que determina que
tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora exata. Com este
sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no
momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou
entregues a tempo de serem vendidos ou montados. Utilizando este Sistema é
possível reduzir significativamente o custo da logística de abastecimento.

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Ferramentas dos processos logísticos - Kanban


Sistema Kanban é uma metodologia de programação de compras, de produção e
de controle de estoques extremamente precisa e ao mesmo tempo barata.
“Kanban” é o termo japonês que significa cartão. Este cartão age como
disparador da produção de centros produtivos ou materiais em estoque,
indicando a necessidade a serem produzidos, reabastecidos ou comprados.

Ferramentas dos processos logísticos - Kanban


como funciona?
Basicamente o Kanban possui três campos: To Do (para fazer), Doing (Em
execução) e Done (Finalizado). Mas nada impede que sejam criados novos itens.
Os campos são abastecidos com cartões, que trazem informações sobre a tarefa
a ser executada, o nome da pessoa responsável e a hora que foi pedido. Cada
cartão deve conter apenas uma tarefa.
Conforme o profissional vai desenvolvendo o trabalho, ele mesmo vai mudando
o cartão de lugar, para Doing e Done, escrevendo a próxima tarefa a ser
desenvolvida e indicando um responsável.

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Ferramentas dos processos logísticos - Kanban


Para facilitar, a empresa pode usar cores diferentes de cartões para identificar o
andamento das atividades (em dia, atrasadas ou com impedimento) ou o
departamento responsável (vendas, desenvolvimento, design e conteúdo) e
ainda separar os primeiros cinco minutos do dia para fazer uma avaliação geral
do quadro e definir novas diretrizes.

Obs. Existem vários tipos e formas de sistema Kanban portanto é necessário


desenvolver um sistema que seja adequado ao seu processo. (Exemplo reposição
de parafusos pelo fornecedor)

Ferramentas dos processos logísticos - VMI


O VMI (vendor management inventory – estoque gerenciado pelo fornecedor) é
uma ferramenta que possibilita ter em estoque uma quantidade menor de
produtos, que serão reabastecidos conforme a política de estocagem da
organização, sem comprometer o atendimento.
Conforme Pires (2004) o termo VMI foi cunhado no começo dos anos 1990 nos
EUA em projetos implementados por grandes varejistas, como Wal Mart. Apesar
dessa sua origem, a prática logo se popularizou e passou a ser vista por muitas
empresas de manufatura como forma de diminuir ou frear o crescente poder
dos varejistas. A principal característica desta ferramenta destaca que:

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Ferramentas dos processos logísticos - VMI


VMI é um sistema de parceria, onde o fornecedor é o responsável por abastecer
o estoque de seu cliente, sempre que existir a necessidade de reposição de um
determinado produto, cabendo ao fornecedor abastecer seu cliente no
momento certo.

Ferramentas dos processos logísticos - CPFR


O CPFR – Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment – (algo como
planejamento colaborativo, previsão e reabastecimento) é um programa que
pretende aproximar os participantes de uma cadeia de abastecimento nas suas
diferentes interfaces: produção, planejamento, previsão de vendas e reposição.
É considerado um plano mais realista, incidindo no elemento-chave da cadeia,
o cliente/consumidor final. É na prática uma forma de melhorar a busca em
resultados, principalmente nos custos, melhorando as relações entre parceiros e
distribuidores, fortificando a previsão de demanda x distribuição, atingindo a
melhoria de processo e melhor servindo o consumidor final.

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Ferramentas dos processos logísticos - CPFR


Em busca dessa melhoria toda nos processos, o CPFR passa por algumas
mudanças internas como:
- abertura/melhoria nas comunicações;
- melhoria nas respostar entre a empresa e o consumidor (SAC ou outros canais
de comunicação);
- aumento nos processos Inter empresas;
- formatos de dados diferenciados, novos ERP’s entre empresas;
- fluxo de informações partilhadas, com ênfase nos dados de planejamento,
reposição de mercado e cadeia de distribuição direta.

Ferramentas dos processos logísticos - Transit Point


Uma característica básica do sistema transit point é que os produtos recebidos já
têm os destinos definidos, ou seja, já estão pré-alocados aos clientes e podem
ser imediatamente expedidos para entrega final. (Nogueira, 2012)

(Estrutura física similar ao Cross docking)

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Ferramentas dos processos logísticos - Transit Point

Ferramentas dos processos logísticos - Transit Point


Vantagens: Desvantagens:
• Não há necessidade de estoque; • Requer sincronização dos
• Produtos já possuem destino definido; fornecedores e demanda;
• Baixo investimento de instalação; • Gestão sem uma visão orientada
• Melhor gerenciamento da demanda; da cadeia de suprimentos;
• Melhor utilização dos recursos; • Veículos menores para transporte;
• Etc.. • Depende de volume de produtos
suficiente para montar as cargas.

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