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Bibliografia: [Tu], [Sp], [Le], [Ha], [Hi], [Hr]...
§1. Variedades
Queremos fazer cálculo: objeto precisa ser localmente um espaço
vetorial. Exemplo: Sn.
Espaço topológico, vizinhança, cobrimento.
Base enumerável.
Hausdorff (T2).
OBS: Base enumerável e Hausdorff são herdados por subespaços.
Espaço topológico localmente Euclideano: cartas, coordenadas.
Dimensão, notação: dim M n = n.
Variedade topológica = Espaço topológico + localmente Eucli-
deano + Base enumerável + Hausdorff.
Exemplos: Rn, gráficos, cúspide. Não é variedade: ‘ × ’.
Cartas (C ∞–)compatı́veis, funções de transição, atlas (C ∞).
Exemplo: Sn.
Estrutura diferenciável = Atlas maximal.
Variedade = Variedade diferenciável = Variedade topológica +
Atlas maximal.
Exemplos: Rn, Sn, U ⊂ M n, GL(n, R), gráficos, var. produto.
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§2. Funções diferenciáveis entre variedades
Definição, composição, difeomorfismo, difeomorfismo local.
Exemplos: Função a/desde produto; toda carta é difeo c/imagem.
Derivadas parciais, matriz Jacobiana, Jacobiano.
Grupos de Lie, exemplos: Gl(n, R), S1, S3.
Translações a esquerda e direita em G : Lg , Rg .
§3. Quocientes
Exercı́cio: Mostre que em qualquer quociente de espaço topológico existe uma única
estrutura topológica mı́nima, chamada topologia quociente, tal que a projeção é continua
(i.e., a topologia final de π). Mas o quociente de uma variedade não necessariamente é
uma variedade...
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f difeomorfismo local ⇒ f∗p isomorfismo ⇒ a dimensão é preser-
vada por difeomorfismos locais.
Recı́proca: Teorema da função inversa (tem que valer!).
Como toda carta x é difeomorfismo com imagem e como
x∗p(∂/∂xi|p) = ∂/∂ui|x(p) ∀1 ≤ i ≤ n,
então { ∂x∂ 1 |p, . . . , ∂x∂ n |p} é base de TpM ⇒ dim TpM = dim M .
Expressão local da diferencial.
Curvas: velocidade, expressão local.
Diferencial usando curvas: todo vetor é derivada de curva.
OBS: TpRn = Rn: se f ∈ Fp(U ), v ∈ TpM , então f∗p(v) = v(f ).
Derivadas de curvas, e cálculo da diferencial usando curvas.
Imersão, submersão, mergulho. Posto.
Exemplos: projeções e injeções em produtos de variedades.
Identificação do espaço tangente do produto de variedades:
Tp M × Tp 0 M 0 ∼
= T(p,p0)(M × M 0).
Definição 1. Um ponto p ∈ M se diz um ponto crı́tico de
f : M → N se f∗p não for sobrejetiva. Caso contrario, p se diz
ponto regular. Um ponto q ∈ N é um valor crı́tico de f se
for imagem de algum ponto crı́tico. Caso contrário, é um valor
regular de f (em particular, q ∈ N, q 6∈ Im (f ) ⇒ q é valor regular de f ).
§5. Subvariedades
Subvariedades regulares S ⊂ M , cartas adaptadas ϕS .
Codimensão. Topologia.
Exemplos: sin(1/t) ∪ I; pontos e abertos.
As ϕS dão atlas de S.
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Funções diferenciáveis desde e para subvariedades regulares.
Conjuntos de nı́vel: f −1(q). Conjuntos de nı́vel regulares.
Exemplos: Sn, SL(n, R): usar curva t 7→ det(tA) !!
Exercı́cio: S ⊂ M é subv. ⇐⇒ ∃ cobrimento C de S / S ∩ U é subv. de U, ∀U ∈ C.
πk := (x1 , . . . , xm ) 7→ (x1 , . . . , xk , 0, . . . , 0) ∈ Rn .
Exercı́cio: Conclua do exercı́cio anterior que, se f tem posto cte = k numa vizinhança
U de f −1 (q) 6= ∅, então U ∩ f −1 (q) é uma subv. regular de M m de dim m − k.
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OBS: Como “ter posto máximo” é uma condição aberta, se
uma função f é uma imersão (ou uma submersão) num ponto p,
então é uma imersão (ou uma submersão) numa vizinhança de p.
SL(n, R), SO(n), O(n), S3, U (n),... são todos grupos de Lie.
Subvariedades imersas e mergulhadas. Figura 8.
Identificar: p ∈ S ⊂ M ⇒ TpS ⊂ TpM ; S ⊂ Rn ⇒ TpS ⊂ Rn.
Exercı́cio: Ler (e entender!) a prova do Teorema de Sard (pode ver aqui).
§8. Orientação
Orientabilidade... fibrado! Exemplo: T M é orientável.
Faixa de Moebius: truque papel, nó: top. intrı́nseca vs extrı́nseca.
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Exemplo: Forma de Liouville em T ∗M : λ(w) := w ◦ π∗w .
Pull back: ϕ ∈ End(V , W ) ⇒ ϕ∗ ∈ End(W ∗, V ∗);
f : M → N ⇒ f ∗ : F(N ) → F(M ); f ∗ : Ω1(N ) → Ω1(M ).
Importância do pull-back!
Restrição de 1-formas a subvariedade i : S → M : w|S = i∗w.
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Dado X ∈ X (M ) definimos a multiplicação interior
iX : Ωk+1(M ) → Ωk (M )
por (iX ω)(Y1, . . . , Yk ) = ω(X, Y1, . . . , Yk ).
1) iX ω é tensorial (= F(M )-bilinear) em X e em ω.
2) ∀ ω ∈ Ωk (M ), σ ∈ Ωr (M ),
iX (ω ∧ σ) = (iX ω) ∧ σ + (−1)k ω ∧ (iX σ).
3) iX ◦ iX = 0.
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OBS: Numa variedade com bordo M , considerando a inclusão
inc : ∂M → M existe um campo exterior X ao longo de ∂M
(X ∈ Xinc). Logo, ∂M é orientável se M for, com uma orientação
induzida dada por inc∗iX ω.
Exemplos: Hn, [a, b]; B n, B n.
Exemplo: Se j = inc : Sn−1 = ∂B n → B n, Z(p) = p ∈ Xinc é
exterior ⇒ orientação σ em Sn−1⊂ B n via B n ⊂ Rn e dvRn :
X
∗
σ = j (iZ dvRn ) = (−1)i−1 xi dx1 ∧ · · · ∧ dx
ci ∧ · · · ∧ dxn. (2)
i
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§17. Outra forma de integrar (Spivak V.1 cap 8)
Se I k : [0, 1]k ,→ Rk é k-cubo, c: [0, R1]k → M é k-cubo singular.
c k-cubo singular, ω ∈ Ωk (M ) ⇒ c ω := [0,1]k c∗ω.
R
Pull-back: F : M → N ⇒ F ∗(= F #) : H k (N ) → H k (M ).
(F ◦ G)∗ = G∗ ◦ F ∗ ⇒ H k (M ) invariante da est. diferenciável(!).
∧ : H k (M ) × H r (M ) → H k+r (M ), [ω] ∧ [σ] := [ω ∧ σ] (boa).
H •(M ) := ⊕k∈ZH k (M ) é o anel de cohomologia de M .
De fato, H •(M ) é uma álgebra graduada anticomutativa, e F ∗
é um homomorfismo de álgebras graduadas.
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motópicas se existe uma função suave T : M × [0, 1] → N tal que
T0 := T ◦ i0 = f , T1 := T ◦ i1 = g, onde is(p) = (p, s).
É relação de equivalência nas funções: f ∼ g.
Exemplo: M é contrátil ⇔ IdM ∼ cte.
Proposição 9. Se M é uma variedade com ou sem bordo,
para todo k existe uma aplicação linear τ : Ωk (M × [0, 1]) →
Ωk−1(M ) (chamada de homotopia de cocadeias) tal que
i∗1 ω − i∗0 ω = dτ ω + τ dω, ∀ ω ∈ Ωk (M × [0, 1]).
R1 ∗
Prova: Defina τ (ω) = 0 is (i∂/∂t(ω))ds. Basta ver dois ca-
sos (identifiquemos via π1∗ e π2∗). Se ω = f dxI , dω = · · · +
(∂f /∂t)dt ∧ dxI , e portanto é o TFC. Se ω = f dt ∧ dxI , então
i∗1 ω = i∗0 ω = 0, e continha ⇒ dτ ω + τ dω = 0.
Mais do que diferenciável: H •(M ) é um invariante homotópico:
Teorema 10 (!!!!!!). f ∼ g ⇒ f ∗ = g ∗ (em H •(M )).
Prova: Imediata da Proposição 9. (O mesmo vale para a ho-
mologia singular: ver Teorema 2.10 pag 111 em [Ha] e a prova).
Corolário 11. M contrátil ⇒ H k (M ) = 0, ∀ k ≥ 1.
Corolário 12. (Lema de Poincaré) Z k (Rn) = B k (Rn) ∀k ≥ 1.
Corolário 13. M n comp. orient. n ≥ 1 ⇒ M n não contrátil.
Definição 14. f : M → N é uma equivalência homotópica
se existe g : N → M tal que g ◦ f ∼ IdM e f ◦ g ∼ IdN . Nesse
caso, dizemos que M e N são homotopicamente equivalentes,
ou que M e N tem o mesmo tipo homotópico: M ∼ N .
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Exemplo: M contrátil ⇐⇒ M ∼ ponto.
n
Teorema
R 22. Se M é variedade conexa e orientável, então
: Hcn(M n) → R é um isomorfismo (⇒ dim Hcn(M n) = 1).
R
Prova: Temos que ver que se M ω = 0, então ω = dβ com β
com suporte compacto. Rt
(a) Vale para M = R. Se g(t) = −∞ ω ⇒ ω = dg.
(b) Se vale para Sn−1, vale para Rn. Se ω ∈ Ωnc(Rn) ⊂
Ωn(Rn), como Rn é contrátil ω = dη para alguma η ∈ Ωn−1(Rn)
(mas η não tem nec. sup. compacto!). Agora, se Rω tem sup.
∗ 0
n
R
compacto (SPG, na bola B 1 ) e Rn ω = 0, temos Sn−1 j η =
∗
R R n−1
Sn−1 i η = Rn ω = 0 pelo teorema de Stokes, onde i : S →
Rn e j : Sn−1 → Rn \ {0} são as inclusões, e η 0 = η|Rn\{0}. Logo,
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por hipótese, j ∗[η 0] = 0. Mas j ∗ é um isomorfismo pois Sn−1 é
retrato por deformação de Rn \ {0}. Concluı́mos que η 0 = dλ
para alguma λ ∈ Ωn−2(Rn \ {0}). Em particular, se h : Rn → R
satisfaz h ≡ 1 fora de B1n e h ≡ 0 em Bn, β = η − d(hλ) ∈
Ωn−1(Rn) tem suporte em B1n, e ω = dβ.
Uma outra prova, mais explı́cita, de (b): Se ω = f dvRn R∈ Ωn (Rn ) tem sup. compacto (SPG,
1
em bola B1n ), então definimos g : Rn → R por g(p) = 0 tn−1 f (tp)dt, r : Rn \ {0} → Sn−1 ,
r(x) = x/kxk (retração), i : Sn−1 → Rn a inclusão e σ = iX dvRn ∈ Ωn−1 (Rn ) como em (2).
• RConta ⇒ w = d(gσ)R (porém gσ R não tem nec.∗ sup. compacto!)
∗
• Sn−1 (g ◦ i)i σ = B n f dvRn = Rn ω = 0 ⇒ i (gσ) = dλ, por hipótese.
• gσ = r∗ (i∗ (gσ)) = d(r∗ λ) fora de B1n , pois (i ◦ r)∗p = kpk−1 Πp⊥ , (i ◦ r)∗ σ(p) = kpk−n σ(p), e
g(p) = kpk−n (g ◦ i ◦ r)(p), se kpk ≥ 1.
• Se β := gσ − d(hr∗ λ) ⇒ w = d(gσ) = dβ, com sup(β) ⊆ B1n .
⇒ g é sobrejetora.
Outra forma: h é difeo local que preserva orientação em C \ {0},
e ∀u ∈ C \ {0}, h−1(u) possui k pontos ⇒ deg(h) = k.
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f
A → B → 0 ⇔ f epimorfismo
f
0 → A → B ⇔ f monomorfismo
f
0 → A → B → 0 ⇔ f isomorfismo
f
A→B→C →0⇒C∼ = B/Im f
0→A→B→C →0⇒C∼ = B/A
Proposição 30. (Teorema da dimensão na álgebra linear) Se
α β
0 → V 1 → V 2 → · · · → V k → 0 é exata ⇒ i(−1)i dim V i = 0.
P
β[ ]
Prova: Indução em k, trocando por 0 → V 2/Im α → V 3 → · · ·
Complexo de cocadeias: C = {C k }k∈Z + ‘diferenciais’ {dk }k∈Z:
d−1 d d
· · · C −1 → C 0 →0 C 1 →1 C 2 · · · , dk ◦ dk−1 = 0.
Soma direta de complexos de cocadeias.
a ∈ C k é uma k−cocadeia de C.
a ∈ Z k (C) := Ker dk ⊂ C k é um k−cociclo de C.
a ∈ B k (C) := Im dk−1 ⊂ C k é um k−cobordo de C.
A k-ésima cohomologia de C é dada por
H k (C) := Z k (C)/B k (C).
Se a ∈ Z k (C) ⇒ [a] ∈ H k (C) é a classe de cohomologia de a.
Um mapa de cocadeias ϕ : A → B é uma sequência {ϕk : Ak →
B k }k∈Z tal que d ◦ ϕk = ϕk+1 ◦ d. Isto nos dá aplicações ϕ∗ :
i j
H •(A) → H •(B). A sequência 0 → A → B → C → 0 é dita
exata curta se em cada nı́vel k ela for exata. Neste caso,
i∗ j∗
H k (A) → H k (B) → H k (C)
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é exata para todo k. Mas não é exata com 0 à direita ou à
esquerda... Porém:
i j
Teorema 31 (!!!!!!!). Se 0 → A → B → C → 0 é exata
curta, então existem homomorfismos (explı́citos e naturais)
δ ∗ : H k (C) → H k+1(A),
chamados homomorfismos de conexão, e que dão origem à
seguinte sequência longa de cohomologia:
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1 i∗ 1 1 j∗
0 → H (M ) → H (U ) ⊕ H (V ) → · · ·
δ∗
são exatas (pois M é conexa, e H (U ∩ V ) → H 1(M ) é a função
0
Mayer-Vietoris + Proposição 30 ⇒
χ(M ) = χ(U )+χ(V )−χ(U ∩ V ). (4)
Simplex ⇒ triangulações: sempre existe (pela base enumerável).
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Prova: Para cada n-simplex σi de T , sejam pi ∈ σio e uma
bolinha pi ∈ Bpi ⊂ σio (pensar pi como bolinha também). Seja U1
a união disjunta destas αn bolinhas, e Vn−1 = M \ {p1, . . . , pαn }.
Logo, (4) ⇒ χ(M n) = χ(Vn−1) + (−1)nαn.
Agora, para cada (n−1)-face τj de T , pegue uma bolinha “longa”
Bτj unindo as duas Bpi ’s de cada n-simplex adjacente a τj . Chame
de U2 à união destas αn−1 bolinhas (disjuntas). Pegue também
um arco (dentro de Bτj ) unindo os bordos das duas Bpi ’s , e
seja Vn−2 o complemento destes αn−1 arcos. De novo, (4) ⇒
χ(Vn−1) = χ(Vn−2) + (−1)n−1αn−1.
Indutivamente, temos Vn−3, · · · , V0, este último sendo uma união
de α0 conjuntos contráteis (cada um vizinhança de um vértice
de T ), de onde χ(V0) = α0 e χ(Vk ) = χ(Vk−1) + (−1)k αk .
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Modelo Platónico do sistema solar por Kepler; Circogonia icosahedra; Pedras de 2000 AC
28
Agora, como j ∗ : H k (Vi) → H k (N ) é isomorfismo para todo i
e para todo k, H k (N ) é isomorfo a H k (G) (exercı́cio). Logo,
Teorema 31 + Lema 39 ⇒
Teorema 40. Existe uma sequência longa exata:
δ∗
··· → Hck (M \N ) → Hck (M ) → H (N ) → Hck+1(M \N ) → · · ·
k
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Para provar que existe tal ρ, seja 2 = d(K, Rn \ U ) > 0 e, para
x ∈ Sn−1, t(x) := max{t : tx ∈ K} ≤ ρ(x) − 2. Em viz.
Vx de x temos que t|Vx < ρ(x) − < ρ|Vx pelo Lema 46 e a
definição de . Pegamos um subcobrimento finito {Vxi } de Sn−1
e uma partição da unidade {ϕi} subordinada a ele, e definimos
P
ρ = i(ρ(xi) − )ϕi. Logo, t < ρ < ρ, e K ⊂ Uρ ⊂ U .
↓ PD ⊕ PD ↓ PD ↓ PD ↓ PD ⊕ PD ↓ PD
(Hcl+1 (U ) ⊕ Hcl+1 (V ))∗ → Hcl+1 (U ∩ V )∗ → Hcl (M )∗ → (Hcl (U ) ⊕ Hcl (V ))∗ → Hcl (U ∩ V )∗
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References
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[Sp] Spivak, M.: A comprehensive introduction to differential
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