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Definições básicas

O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

por

Ênio Carlos da Silva Leite

Maio de 2022

Ênio Carlos da Silva Leite Pôr do sol topológico


Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Sumário

1 Definições básicas

Ênio Carlos da Silva Leite Pôr do sol topológico


Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Sumário

1 Definições básicas

2 O espaço projetivo RP n

Ênio Carlos da Silva Leite Pôr do sol topológico


Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Sumário

1 Definições básicas

2 O espaço projetivo RP n

3 Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

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Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Um p-simplexo s do Rn é o fecho convexo de uma coleção de (p + 1) pon-
tos {x0 , x1 , . . . , xp } no Rn , onde cada x1 −x0 , . . . , xp −x0 formam um conjunto
linearmente indepedndente. Os elementos x0 , x1 , . . . , xp são chamados
vértices de s.

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Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Um p-simplexo s do Rn é o fecho convexo de uma coleção de (p + 1) pon-
tos {x0 , x1 , . . . , xp } no Rn , onde cada x1 −x0 , . . . , xp −x0 formam um conjunto
linearmente indepedndente. Os elementos x0 , x1 , . . . , xp são chamados
vértices de s.

Exemplo
Os 0-simplexos são os pontos do Rn , os 1-simplexos são segmentos de
reta do Rn , os 2-simplexos são triângulos do Rn com sua fronteira e seu
interior e os 3-simplexos são tetraedros do Rn com sua fronteira e seu
interior.

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Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Seja s um simplexo ordenado com vértices x0 , x1 , . . . , xp . Definamos σp como sendo o
p
X
conjunto de todos os pontos (t0 , t1 , . . . , tp ) ∈ Rp +1 com ti = 1 e ti ≥ 0 para todo i =
i =0
0, . . . , p.

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Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Seja s um simplexo ordenado com vértices x0 , x1 , . . . , xp . Definamos σp como sendo o
p
X
conjunto de todos os pontos (t0 , t1 , . . . , tp ) ∈ Rp +1 com ti = 1 e ti ≥ 0 para todo i =
i =0
0, . . . , p.

Exemplo
O 0-simplexo σ0 n é o conjunto X formado pelo o elemento 1 ∈ R, 1-simplexo
σ1 é o conjunto (t0 , t1 ) ∈ R2 | ti = 1, ti ≥ 0 , e o 2-simplexo σ2 é o conjunto
n X o
(t0 , t1 , t2 ) ∈ R3 | ti = 1, ti ≥ 0 .

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Se X é um espaço topológico, um p-simplexo singular em X é uma aplicação contı́nua
ϕ : σp → X . Denotemos Cn (X ) o conjunto dos p-simplexos singulares de X .

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Se X é um espaço topológico, um p-simplexo singular em X é uma aplicação contı́nua
ϕ : σp → X . Denotemos Cn (X ) o conjunto dos p-simplexos singulares de X .

Exemplo
Os 0-simplexos singulares podem ser identificados como pontos de X , os 1-ximplexos sin-
gulares podem ser identificados como caminhos de X e os 2-simplexos singulares podem
ser identificados como na figuura a seguir.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Se X é um espaço topológico. Definamos Sn (X ) como sendo o grupo
abeliano livre cuja base é o conjunto de todos os n-simplexos singulares
de X .

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Se ϕ é um p-simplexo singular em X (ϕ : σp → X ) e i é um inteiro com
0 ≤ i ≤ p, definimos a i-ésima face de ϕ por ∂i (ϕ), um (p − 1)-simplexo
singular em X , por

∂i (ϕ)(t0 , . . . , tp −1 ) = ϕ(t0 , . . . , ti −1 , 0, ti , . . . , tp −1 ).

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Se ϕ é um p-simplexo singular em X (ϕ : σp → X ) e i é um inteiro com
0 ≤ i ≤ p, definimos a i-ésima face de ϕ por ∂i (ϕ), um (p − 1)-simplexo
singular em X , por

∂i (ϕ)(t0 , . . . , tp −1 ) = ϕ(t0 , . . . , ti −1 , 0, ti , . . . , tp −1 ).

Exemplo
No caso a seguir, ilustramos o caso p = 2 e i = 2.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
O operador bordo ∂ : Sp (X ) → Sp −1 (X ) é definido por
X
∂ = ∂0 − ∂1 + ∂2 − · · · + (−1)n ∂n = (−1)i ∂i .

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
O operador bordo ∂ : Sp (X ) → Sp −1 (X ) é definido por
X
∂ = ∂0 − ∂1 + ∂2 − · · · + (−1)n ∂n = (−1)i ∂i .

Proposição
A composição ∂p −1 ◦ ∂p em
∂p ∂p −1
· · · → Sp (X ) −→ Sp −1 (X ) −→ Sp −2 → · · ·

se anula para todo p, ou seja, ∂p −1 ◦ ∂p = 0.

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O espaço projetivo RP n
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Definição
Um elemento c ∈ Sp (X ) é um p-ciclo se ∂p (c ) = 0 e um elemento
d ∈ Sp (X ) é um p-bordo se existe e ∈ Sp +1 (X ) tal que d = ∂p +1 (e ).
Assim,
Zp (X ) = Ker(∂p ) = {c ∈ Sp (X )| c é um p-ciclo}
e
Bp (X ) = Im(∂p +1 ) = {d ∈ Sp (X )| d é um p-bordo}.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Um elemento c ∈ Sp (X ) é um p-ciclo se ∂p (c ) = 0 e um elemento
d ∈ Sp (X ) é um p-bordo se existe e ∈ Sp +1 (X ) tal que d = ∂p +1 (e ).
Assim,
Zp (X ) = Ker(∂p ) = {c ∈ Sp (X )| c é um p-ciclo}
e
Bp (X ) = Im(∂p +1 ) = {d ∈ Sp (X )| d é um p-bordo}.

Definição
Seja X um espaço topológico. Considere Sp (X ), ∂p : Sp → Sp −1 , Zp (X ) e
Bp (X ). O p-ésimo grupo de homologia singular de X , é

Ker(∂p ) Zp (X )
Hp (X ) = = .
Im(∂p +1 ) Bp (X )

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Proposição
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então

H0 (X )  Z.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Proposição
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então

H0 (X )  Z.

Teorema:(Sequência de Mayer Vietoris)


Seja U, V subconjuntos de um espaço topológico X , tais que X = Int (U )∪
Int (V ). Então existe uma sequência exata longa
∆ g∗ h∗ ∆ g∗
· · · → Hp (U ∩ V ) → Hp (U ) ⊕ Hp (V ) → Hp (X ) → Hp −1 (U ∩ V ) → · · ·

onde g∗ = (j1∗ (x ), −j2∗ (x )), h∗ (y , z ) = i1∗ (y ) + i2∗ (z ) e ∆ é o homomorfismo


conectante com j1 : U ∩ V → U, j1 : U ∩ V → V , i1 : U → X , i2 : V → X ,
denotando as inclusões naturais.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Exemplo
Se X = S 1 , então

Z para p = 0, 1
(
Hp (S 1 ) =
0 para p > 1.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Suponhamos que A , X e Y são espaços com A ⊆ X e X ∩ Y = ∅. Seja
f : A → Y uma função contı́nua. Consideremos X ∪ Y como um espaço
topológico no qual X e Y são ambos abertos e fechados, carregando suas
topologias originais. Seja ∼ a menor relação de equivalência sobre X ∪ Y
tal que x ∼ f (x ) para todo x ∈ A . O espaço X ∪ Y / ∼ é o espaço obtido
colando X a Y via f : A → Y .

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Suponhamos que A , X e Y são espaços com A ⊆ X e X ∩ Y = ∅. Seja
f : A → Y uma função contı́nua. Consideremos X ∪ Y como um espaço
topológico no qual X e Y são ambos abertos e fechados, carregando suas
topologias originais. Seja ∼ a menor relação de equivalência sobre X ∪ Y
tal que x ∼ f (x ) para todo x ∈ A . O espaço X ∪ Y / ∼ é o espaço obtido
colando X a Y via f : A → Y .

Temos que RP n = S n / ∼, onde ∼ é a menor relação de equivalência


sobre S n com x ∼ −x, para todo x.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Definição
Suponhamos que A , X e Y são espaços com A ⊆ X e X ∩ Y = ∅. Seja
f : A → Y uma função contı́nua. Consideremos X ∪ Y como um espaço
topológico no qual X e Y são ambos abertos e fechados, carregando suas
topologias originais. Seja ∼ a menor relação de equivalência sobre X ∪ Y
tal que x ∼ f (x ) para todo x ∈ A . O espaço X ∪ Y / ∼ é o espaço obtido
colando X a Y via f : A → Y .

Temos que RP n = S n / ∼, onde ∼ é a menor relação de equivalência


sobre S n com x ∼ −x, para todo x. Denotemos por π : S n → RP n a
aplicação quociente. Dizemos que RP n+1 é homeomorfo a D n+1 ∪π RP n ,
o espaço obtido colando uma (n + 1)-célula a RP n via π.

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Proposição 1
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então

H0 (X )  Z.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Proposição 1
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então

H0 (X )  Z.

Proposição 2
Se f : S n−1 → Y é contı́nua, com Y Hausdorff, então existe uma
sequência exata
f∗ i∗ ∆
· · · → Hn (S n−1 ) → Hn (Y ) → Hn (Yf ) → Hn−1 (S n−1 ) → · · ·
· · · → H0 (S n−1 ) → H0 (Y ) ⊕ Z → H0 (Yf ).

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Os grupos de homologia do espaço projetivo RP n


Os grupos de homologia do espaço projetivo RP n são


 Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n



n

Hi (RP ) = 



 Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.


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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Vamos usar indução sobre n para mostrar que


 Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n



n

Hi (RP ) = 



 Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.


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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Vamos usar indução sobre n para mostrar que


 Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n



n

Hi (RP ) = 



 Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.


Para cada n, a homologia de RP n em dimensões maiores que n é zero.


Pela conexidade de RP n temos que H0 (RP n ) = Z.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Vamos usar indução sobre n para mostrar que


 Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n



n

Hi (RP ) = 



 Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.


Para cada n, a homologia de RP n em dimensões maiores que n é zero.


Pela conexidade de RP n temos que H0 (RP n ) = Z.

Para n = 1, temos que RP 1 tem a mesma homologia de S 1 , ou seja,

Z para i = 0, 1
(
1 1
Hi (RP ) = Hi (S ) =
0 para i > 1.

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Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n .

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n . Como RP n é obtido colando uma n-célula
em RP n−1 e, pela Proposição 2, temos

→ H1 (S n−1 ) → H1 (RP n−1 ) → H1 (RP n ) −→ H0 (S n−1 ) → H0 (RP n−1 ) ⊕ Z → H0 (RP n ) → 0.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n . Como RP n é obtido colando uma n-célula
em RP n−1 e, pela Proposição 2, temos

→ H1 (S n−1 ) → H1 (RP n−1 ) → H1 (RP n ) −→ H0 (S n−1 ) → H0 (RP n−1 ) ⊕ Z → H0 (RP n ) → 0.

Como estamos assumindo n > 2, temos que H1 (S n−1 ) = 0, então

h ∆ g f φ
0 → Z2 −→ H1 (RP n ) −→ Z −→ Z ⊕ Z −→ Z −→ 0.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n . Como RP n é obtido colando uma n-célula
em RP n−1 e, pela Proposição 2, temos

→ H1 (S n−1 ) → H1 (RP n−1 ) → H1 (RP n ) −→ H0 (S n−1 ) → H0 (RP n−1 ) ⊕ Z → H0 (RP n ) → 0.

Como estamos assumindo n > 2, temos que H1 (S n−1 ) = 0, então

h ∆ g f φ
0 → Z2 −→ H1 (RP n ) −→ Z −→ Z ⊕ Z −→ Z −→ 0.

Note que como g : Z → Z ⊕ Z e sendo ker(g ) subespaço de Z, então as possibilidades para


ker(g ) são: ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, ker(g ) = Z e ker(g ) = {0}.

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Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

Desta forma, Zk  Im(g ) ⊆ Z ⊕ Z, porém, Z ⊕ Z não possui elementos de


ordem finita.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

Desta forma, Zk  Im(g ) ⊆ Z ⊕ Z, porém, Z ⊕ Z não possui elementos de


ordem finita.
Se ker(g ) = Z, então ker(f ) = Im(g ) = {0}.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

Desta forma, Zk  Im(g ) ⊆ Z ⊕ Z, porém, Z ⊕ Z não possui elementos de


ordem finita.
Se ker(g ) = Z, então ker(f ) = Im(g ) = {0}. Veja ainda que Im(f ) =
ker(φ) = Z. Assim, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que Z ⊕ Z 
Im(f ) = Z, ou seja, Z ⊕ Z  Z, absurdo.

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Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

Desta forma, Zk  Im(g ) ⊆ Z ⊕ Z, porém, Z ⊕ Z não possui elementos de


ordem finita.
Se ker(g ) = Z, então ker(f ) = Im(g ) = {0}. Veja ainda que Im(f ) =
ker(φ) = Z. Assim, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que Z ⊕ Z 
Im(f ) = Z, ou seja, Z ⊕ Z  Z, absurdo. Portanto, ker(g ) = {0}, ou seja, g
é injetiva.

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Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

Desta forma, Zk  Im(g ) ⊆ Z ⊕ Z, porém, Z ⊕ Z não possui elementos de


ordem finita.
Se ker(g ) = Z, então ker(f ) = Im(g ) = {0}. Veja ainda que Im(f ) =
ker(φ) = Z. Assim, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que Z ⊕ Z 
Im(f ) = Z, ou seja, Z ⊕ Z  Z, absurdo. Portanto, ker(g ) = {0}, ou seja, g
é injetiva.
Sabendo que ker(g ) = {0}, como a sequência é exata, Im(∆) = ker(g ) =
{0}, ou seja, ker(∆) = H1 (RP 2 ), e como Im(h ) = ker(∆) = H1 (RP 2 ),
então h é sobrejetiva.

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Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que

Z Z
Im(g )  = = Zk .
ker(g ) kZ

Desta forma, Zk  Im(g ) ⊆ Z ⊕ Z, porém, Z ⊕ Z não possui elementos de


ordem finita.
Se ker(g ) = Z, então ker(f ) = Im(g ) = {0}. Veja ainda que Im(f ) =
ker(φ) = Z. Assim, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que Z ⊕ Z 
Im(f ) = Z, ou seja, Z ⊕ Z  Z, absurdo. Portanto, ker(g ) = {0}, ou seja, g
é injetiva.
Sabendo que ker(g ) = {0}, como a sequência é exata, Im(∆) = ker(g ) =
{0}, ou seja, ker(∆) = H1 (RP 2 ), e como Im(h ) = ker(∆) = H1 (RP 2 ),
então h é sobrejetiva.Além disso, note que ker(h ) = {0}, isto é, h é injetiva
e, portanto, h é isomorfismo. Assim, obtemos H1 (RP n ) = Z2 .

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Prova
Agora, para 1 < i < n − 1, temos

→ Hi (S n−1 ) → Hi (RP n−1 ) → Hi (RP n ) −→ Hi −1 (S n−1 ) →

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Prova
Agora, para 1 < i < n − 1, temos

→ Hi (S n−1 ) → Hi (RP n−1 ) → Hi (RP n ) −→ Hi −1 (S n−1 ) →

e como Hi (S n−1 ) = Hi −1 (S n−1 ) = 0, segue que

h ∆
0 → Hi (RP n−1 ) −→ Hi (RP n ) −→ 0.

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Prova
Agora, para 1 < i < n − 1, temos

→ Hi (S n−1 ) → Hi (RP n−1 ) → Hi (RP n ) −→ Hi −1 (S n−1 ) →

e como Hi (S n−1 ) = Hi −1 (S n−1 ) = 0, segue que

h ∆
0 → Hi (RP n−1 ) −→ Hi (RP n ) −→ 0.

Veja que ker(h ) = {0} e Im(h ) = ker(∆) = Hi (RP n ), ou seja, h é isomor-


fismo. Logo, Hi (RP n−1 )  Hi (RP n ), isto é, Hi (RP n ) = Z2 se i for ı́mpar e
Hi (RP n ) = 0 se i for par.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Por fim, temos a sequência

0 → Hn (RP n ) −→ Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ) → Hn−1 (RP n ) → 0.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Por fim, temos a sequência

0 → Hn (RP n ) −→ Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ) → Hn−1 (RP n ) → 0.

Se n é ı́mpar, então n − 1 é par, e por hipótese de indução vamos ter


Hn−1 (RP n−1 ) = 0, logo


0 → Hn (RP n ) −→ Z → 0 → Hn−1 (RP n ) → 0,

e concluı́mos que Hn (RP n ) = Z e Hn−1 (RP n ) = 0.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Por fim, temos a sequência

0 → Hn (RP n ) −→ Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ) → Hn−1 (RP n ) → 0.

Se n é ı́mpar, então n − 1 é par, e por hipótese de indução vamos ter


Hn−1 (RP n−1 ) = 0, logo


0 → Hn (RP n ) −→ Z → 0 → Hn−1 (RP n ) → 0,

e concluı́mos que Hn (RP n ) = Z e Hn−1 (RP n ) = 0.


Se n é par, então n − 1 é ı́mpar. Pela hipótese de indução vamos ter
Hn−1 (RP n−1 ) = Z, e temos

∆ g h φ
0 → Hn (RP n ) −→ Z −→ Z −→ Hn−1 (RP n ) −→ 0.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva.

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Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.

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O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Observe que ker(∆) = {0} e Im(∆) = ker(g ) = {0}, então Hn (RP n ) = 0.

Ênio Carlos da Silva Leite Pôr do sol topológico


Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Observe que ker(∆) = {0} e Im(∆) = ker(g ) = {0}, então Hn (RP n ) = 0.
Agora, sendo ker(h ) = Im(g ) = 2Z, pelo Teorema do Isomorfismo segue
que

Z Z Z
Hn−1 (RP n )  = = = Z2 .
ker(h ) Im(g ) 2Z

Ênio Carlos da Silva Leite Pôr do sol topológico


Definições básicas
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n

Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Observe que ker(∆) = {0} e Im(∆) = ker(g ) = {0}, então Hn (RP n ) = 0.
Agora, sendo ker(h ) = Im(g ) = 2Z, pelo Teorema do Isomorfismo segue
que

Z Z Z
Hn−1 (RP n )  = = = Z2 .
ker(h ) Im(g ) 2Z

Portanto, concluı́mos que




 Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n



n

Hi (RP ) = 



 Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.


Ênio Carlos da Silva Leite Pôr do sol topológico

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