Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O espaço projetivo RP n
Grupos de homologia do espaço projetivo RP n
por
Maio de 2022
Sumário
1 Definições básicas
Sumário
1 Definições básicas
2 O espaço projetivo RP n
Sumário
1 Definições básicas
2 O espaço projetivo RP n
Definição
Um p-simplexo s do Rn é o fecho convexo de uma coleção de (p + 1) pon-
tos {x0 , x1 , . . . , xp } no Rn , onde cada x1 −x0 , . . . , xp −x0 formam um conjunto
linearmente indepedndente. Os elementos x0 , x1 , . . . , xp são chamados
vértices de s.
Definição
Um p-simplexo s do Rn é o fecho convexo de uma coleção de (p + 1) pon-
tos {x0 , x1 , . . . , xp } no Rn , onde cada x1 −x0 , . . . , xp −x0 formam um conjunto
linearmente indepedndente. Os elementos x0 , x1 , . . . , xp são chamados
vértices de s.
Exemplo
Os 0-simplexos são os pontos do Rn , os 1-simplexos são segmentos de
reta do Rn , os 2-simplexos são triângulos do Rn com sua fronteira e seu
interior e os 3-simplexos são tetraedros do Rn com sua fronteira e seu
interior.
Definição
Seja s um simplexo ordenado com vértices x0 , x1 , . . . , xp . Definamos σp como sendo o
p
X
conjunto de todos os pontos (t0 , t1 , . . . , tp ) ∈ Rp +1 com ti = 1 e ti ≥ 0 para todo i =
i =0
0, . . . , p.
Definição
Seja s um simplexo ordenado com vértices x0 , x1 , . . . , xp . Definamos σp como sendo o
p
X
conjunto de todos os pontos (t0 , t1 , . . . , tp ) ∈ Rp +1 com ti = 1 e ti ≥ 0 para todo i =
i =0
0, . . . , p.
Exemplo
O 0-simplexo σ0 n é o conjunto X formado pelo o elemento 1 ∈ R, 1-simplexo
σ1 é o conjunto (t0 , t1 ) ∈ R2 | ti = 1, ti ≥ 0 , e o 2-simplexo σ2 é o conjunto
n X o
(t0 , t1 , t2 ) ∈ R3 | ti = 1, ti ≥ 0 .
Definição
Se X é um espaço topológico, um p-simplexo singular em X é uma aplicação contı́nua
ϕ : σp → X . Denotemos Cn (X ) o conjunto dos p-simplexos singulares de X .
Definição
Se X é um espaço topológico, um p-simplexo singular em X é uma aplicação contı́nua
ϕ : σp → X . Denotemos Cn (X ) o conjunto dos p-simplexos singulares de X .
Exemplo
Os 0-simplexos singulares podem ser identificados como pontos de X , os 1-ximplexos sin-
gulares podem ser identificados como caminhos de X e os 2-simplexos singulares podem
ser identificados como na figuura a seguir.
Definição
Se X é um espaço topológico. Definamos Sn (X ) como sendo o grupo
abeliano livre cuja base é o conjunto de todos os n-simplexos singulares
de X .
Definição
Se ϕ é um p-simplexo singular em X (ϕ : σp → X ) e i é um inteiro com
0 ≤ i ≤ p, definimos a i-ésima face de ϕ por ∂i (ϕ), um (p − 1)-simplexo
singular em X , por
∂i (ϕ)(t0 , . . . , tp −1 ) = ϕ(t0 , . . . , ti −1 , 0, ti , . . . , tp −1 ).
Definição
Se ϕ é um p-simplexo singular em X (ϕ : σp → X ) e i é um inteiro com
0 ≤ i ≤ p, definimos a i-ésima face de ϕ por ∂i (ϕ), um (p − 1)-simplexo
singular em X , por
∂i (ϕ)(t0 , . . . , tp −1 ) = ϕ(t0 , . . . , ti −1 , 0, ti , . . . , tp −1 ).
Exemplo
No caso a seguir, ilustramos o caso p = 2 e i = 2.
Definição
O operador bordo ∂ : Sp (X ) → Sp −1 (X ) é definido por
X
∂ = ∂0 − ∂1 + ∂2 − · · · + (−1)n ∂n = (−1)i ∂i .
Definição
O operador bordo ∂ : Sp (X ) → Sp −1 (X ) é definido por
X
∂ = ∂0 − ∂1 + ∂2 − · · · + (−1)n ∂n = (−1)i ∂i .
Proposição
A composição ∂p −1 ◦ ∂p em
∂p ∂p −1
· · · → Sp (X ) −→ Sp −1 (X ) −→ Sp −2 → · · ·
Definição
Um elemento c ∈ Sp (X ) é um p-ciclo se ∂p (c ) = 0 e um elemento
d ∈ Sp (X ) é um p-bordo se existe e ∈ Sp +1 (X ) tal que d = ∂p +1 (e ).
Assim,
Zp (X ) = Ker(∂p ) = {c ∈ Sp (X )| c é um p-ciclo}
e
Bp (X ) = Im(∂p +1 ) = {d ∈ Sp (X )| d é um p-bordo}.
Definição
Um elemento c ∈ Sp (X ) é um p-ciclo se ∂p (c ) = 0 e um elemento
d ∈ Sp (X ) é um p-bordo se existe e ∈ Sp +1 (X ) tal que d = ∂p +1 (e ).
Assim,
Zp (X ) = Ker(∂p ) = {c ∈ Sp (X )| c é um p-ciclo}
e
Bp (X ) = Im(∂p +1 ) = {d ∈ Sp (X )| d é um p-bordo}.
Definição
Seja X um espaço topológico. Considere Sp (X ), ∂p : Sp → Sp −1 , Zp (X ) e
Bp (X ). O p-ésimo grupo de homologia singular de X , é
Ker(∂p ) Zp (X )
Hp (X ) = = .
Im(∂p +1 ) Bp (X )
Proposição
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então
H0 (X ) Z.
Proposição
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então
H0 (X ) Z.
Exemplo
Se X = S 1 , então
Z para p = 0, 1
(
Hp (S 1 ) =
0 para p > 1.
Definição
Suponhamos que A , X e Y são espaços com A ⊆ X e X ∩ Y = ∅. Seja
f : A → Y uma função contı́nua. Consideremos X ∪ Y como um espaço
topológico no qual X e Y são ambos abertos e fechados, carregando suas
topologias originais. Seja ∼ a menor relação de equivalência sobre X ∪ Y
tal que x ∼ f (x ) para todo x ∈ A . O espaço X ∪ Y / ∼ é o espaço obtido
colando X a Y via f : A → Y .
Definição
Suponhamos que A , X e Y são espaços com A ⊆ X e X ∩ Y = ∅. Seja
f : A → Y uma função contı́nua. Consideremos X ∪ Y como um espaço
topológico no qual X e Y são ambos abertos e fechados, carregando suas
topologias originais. Seja ∼ a menor relação de equivalência sobre X ∪ Y
tal que x ∼ f (x ) para todo x ∈ A . O espaço X ∪ Y / ∼ é o espaço obtido
colando X a Y via f : A → Y .
Definição
Suponhamos que A , X e Y são espaços com A ⊆ X e X ∩ Y = ∅. Seja
f : A → Y uma função contı́nua. Consideremos X ∪ Y como um espaço
topológico no qual X e Y são ambos abertos e fechados, carregando suas
topologias originais. Seja ∼ a menor relação de equivalência sobre X ∪ Y
tal que x ∼ f (x ) para todo x ∈ A . O espaço X ∪ Y / ∼ é o espaço obtido
colando X a Y via f : A → Y .
Proposição 1
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então
H0 (X ) Z.
Proposição 1
Se X é um espaço topológico não vazio conexo por caminhos, então
H0 (X ) Z.
Proposição 2
Se f : S n−1 → Y é contı́nua, com Y Hausdorff, então existe uma
sequência exata
f∗ i∗ ∆
· · · → Hn (S n−1 ) → Hn (Y ) → Hn (Yf ) → Hn−1 (S n−1 ) → · · ·
· · · → H0 (S n−1 ) → H0 (Y ) ⊕ Z → H0 (Yf ).
Prova
Vamos usar indução sobre n para mostrar que
Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n
n
Hi (RP ) =
Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.
Prova
Vamos usar indução sobre n para mostrar que
Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n
n
Hi (RP ) =
Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.
Prova
Vamos usar indução sobre n para mostrar que
Z para i = 0
Z2 para i ı́mpar, 0 < i < n
n
Hi (RP ) =
Z para i ı́mpar, i = n
0 caso contrário.
Z para i = 0, 1
(
1 1
Hi (RP ) = Hi (S ) =
0 para i > 1.
Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n .
Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n . Como RP n é obtido colando uma n-célula
em RP n−1 e, pela Proposição 2, temos
∆
→ H1 (S n−1 ) → H1 (RP n−1 ) → H1 (RP n ) −→ H0 (S n−1 ) → H0 (RP n−1 ) ⊕ Z → H0 (RP n ) → 0.
Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n . Como RP n é obtido colando uma n-célula
em RP n−1 e, pela Proposição 2, temos
∆
→ H1 (S n−1 ) → H1 (RP n−1 ) → H1 (RP n ) −→ H0 (S n−1 ) → H0 (RP n−1 ) ⊕ Z → H0 (RP n ) → 0.
h ∆ g f φ
0 → Z2 −→ H1 (RP n ) −→ Z −→ Z ⊕ Z −→ Z −→ 0.
Prova
Suponha que os resultados são válidos para RP n−1 , e vamos mostrar que
também são válidos para RP n . Como RP n é obtido colando uma n-célula
em RP n−1 e, pela Proposição 2, temos
∆
→ H1 (S n−1 ) → H1 (RP n−1 ) → H1 (RP n ) −→ H0 (S n−1 ) → H0 (RP n−1 ) ⊕ Z → H0 (RP n ) → 0.
h ∆ g f φ
0 → Z2 −→ H1 (RP n ) −→ Z −→ Z ⊕ Z −→ Z −→ 0.
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Se ker(g ) = k Z, k > 1 inteiro, pelo Teorema do Isomorfismo, segue que
Z Z
Im(g ) = = Zk .
ker(g ) kZ
Prova
Agora, para 1 < i < n − 1, temos
∆
→ Hi (S n−1 ) → Hi (RP n−1 ) → Hi (RP n ) −→ Hi −1 (S n−1 ) →
Prova
Agora, para 1 < i < n − 1, temos
∆
→ Hi (S n−1 ) → Hi (RP n−1 ) → Hi (RP n ) −→ Hi −1 (S n−1 ) →
h ∆
0 → Hi (RP n−1 ) −→ Hi (RP n ) −→ 0.
Prova
Agora, para 1 < i < n − 1, temos
∆
→ Hi (S n−1 ) → Hi (RP n−1 ) → Hi (RP n ) −→ Hi −1 (S n−1 ) →
h ∆
0 → Hi (RP n−1 ) −→ Hi (RP n ) −→ 0.
Prova
Por fim, temos a sequência
∆
0 → Hn (RP n ) −→ Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ) → Hn−1 (RP n ) → 0.
Prova
Por fim, temos a sequência
∆
0 → Hn (RP n ) −→ Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ) → Hn−1 (RP n ) → 0.
∆
0 → Hn (RP n ) −→ Z → 0 → Hn−1 (RP n ) → 0,
Prova
Por fim, temos a sequência
∆
0 → Hn (RP n ) −→ Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ) → Hn−1 (RP n ) → 0.
∆
0 → Hn (RP n ) −→ Z → 0 → Hn−1 (RP n ) → 0,
∆ g h φ
0 → Hn (RP n ) −→ Z −→ Z −→ Hn−1 (RP n ) −→ 0.
Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva.
Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Observe que ker(∆) = {0} e Im(∆) = ker(g ) = {0}, então Hn (RP n ) = 0.
Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Observe que ker(∆) = {0} e Im(∆) = ker(g ) = {0}, então Hn (RP n ) = 0.
Agora, sendo ker(h ) = Im(g ) = 2Z, pelo Teorema do Isomorfismo segue
que
Z Z Z
Hn−1 (RP n ) = = = Z2 .
ker(h ) Im(g ) 2Z
Prova
Note que Im(h ) = ker(φ) = Hn−1 (RP n ), então h é sobrejetiva. Pelo
feito anteriormente, vemos que g é injetiva e, além disso, temos que g :
Hn−1 (S n−1 ) → Hn−1 (RP n−1 ), ou seja, g : Z → 2Z, uma vez que S n−1
envolve duas vezes RP n−1 , então g é um isomorfismo e Im(g ) = 2Z.
Observe que ker(∆) = {0} e Im(∆) = ker(g ) = {0}, então Hn (RP n ) = 0.
Agora, sendo ker(h ) = Im(g ) = 2Z, pelo Teorema do Isomorfismo segue
que
Z Z Z
Hn−1 (RP n ) = = = Z2 .
ker(h ) Im(g ) 2Z