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Lições das Escrituras — Salmos 1 a 41

Tema: O salmista canta louvores a Yehowah

“Louvores.” Este é o significado do nome hebraico do livro de


Salmos, e quão apropriado é! O inteiro livro é, na verdade, um só
longo brado de louvor a Deus. Os Salmos falam das qualidades e
dos atos poderosos de Yehowah. Contêm profecias e também nos
transmitem os sentimentos dos escritores inspirados, ao suportarem
perseguição, traição, desânimo e até mesmo o peso duma má
consciência. Muitos cristãos que sofrem provações similares têm
derivado força das palavras dos Salmos.

O livro dos Salmos se divide em cinco partes. Por enquanto, vamos


considerar a primeira destas, Salmos 1 a 41.

Submeter-se aos Propósitos de Deus: Queira Ler Salmos 1 a 14.


Este grupo de salmos apresenta alguns dos principais temas do livro
dos Salmos: a importância da Lei, profecias sobre o vindouro Rei
Messiânico, e orações por ajuda diante de pressões severas. Além
disso, aprendemos que, apesar da preponderância temporária do
iníquo, os justos serão abençoados.

♦ 2:1— Qual era a “coisa vã“ que as nações continuavam a


“murmurar”?

As nações continuavam a “murmurar” (ou, “meditar a respeito”) da


perpetuação de sua própria soberania, em vez de aceitarem o
Ungido de Yehowah. Tais palavras se aplicaram no primeiro século
da EC, quando as autoridades romanas e judaicas se uniram para
matar o Rei ungido de Yehowah, Jesus Cristo. (Atos 4:26-28)
Contudo, o cumprimento maior tem sido nos últimos dias em que
vivemos, quando todas as nações rejeitam o Rei entronizado de
Deus e tentam promover a sua própria soberania.

♦ 2:12 — Por que a ordem: “Beijai ao filho”?

Nos tempos bíblicos, beijar era uma expressão de amizade, e era


usada para dar boas-vindas aos convidados que a pessoa recebia em
sua casa. Neste versículo, Yehowah ordena que as nações beijem,
ou deem boas-vindas, a Seu Filho na qualidade de Seu Rei ungido.
— Salmo 2:2, 6-8.

♦ 9:12 — Por que Yehowah ‘busca derramamento de sangue’?

Como juiz atuante, Yehowah procura os que têm culpa pelo


derramamento do sangue de seu povo inocente. (Gênesis 9:5, 6;
Lucas 11:49, 50) Ele também pune os culpados. Mas, suas punições
não são indiscriminadas. O salmista Davi nos assegura: “Decerto
não se esquecerá do clamor dos atribulados.” — Compare com 2
Pedro 2:9.

♦ 11:3 — Que “alicerces” são derrubados?

Os alicerces são justiça, lei e ordem — os alicerces sobre os quais


repousa a sociedade. Quando há uma ruptura na ordem social, sem
possibilidade de se conseguir justiça, o que deve fazer a pessoa
temente a Deus? Confiar em Deus. Ele está em seu trono celestial,
vê tudo que acontece, e não nos abandonará.

Lição para nós: O Salmo 4:5 insta os tementes a Deus a ‘oferecer


os sacrifícios da justiça’. Nos dias de Davi, os israelitas tinham de
oferecer sacrifícios no altar de Yehowah. Mas, eles tinham de ter
também a motivação correta e estar genuinamente arrependidos.
(Isaías 1:11-17) Quando os cristãos oferecem seus sacrifícios
espirituais, também devem ter motivação correta e estar vivendo à
altura das elevadas normas de Yehowah. — Hebreus 13:4, 5, 15, 16;
1 Pedro 2:1, 5.

O Deus Inigualável: Leia Salmos 15 a 24. Este grupo de salmos


contém muitas expressões de louvor a Yehowah. Este é Protetor de
seu povo (18), Criador e Legislador (19), Salvador (20), Protetor de
seu Rei escolhido (21), o Grande Pastor (23), e o Glorioso Rei (24).

♦ 16:10 — Quem é “aquele que te é leal” mencionado aqui?

Alguns eruditos bíblicos aplicam este versículo aos fiéis em geral,


citando em apoio o fato de que em alguns manuscritos hebraicos a
palavra para “aquele que te é leal” está no plural. Contudo, quando
este versículo é citado no Novo Testamento, a palavra está no
singular, indicando apenas um “leal”. Quem é ele? Em primeiro
plano, provavelmente o próprio Davi. Profeticamente, porém, tanto
Pedro como Paulo aplicam este versículo a Jesus. — Atos 2:25-32;
13:35-37.

♦ 21:3 — O que é a “coroa de ouro refinado”?

Talvez fosse uma coroa literal, como aquela removida do ídolo


Malcão. (Veja 2 Samuel 12:29, 30.) Ou talvez a coroa seja apenas
figurativa, símbolo de que a vitória de Davi acrescentou um brilho
especial ao seu glorioso reinado. Profeticamente, porém, este salmo
aponta para a entrega da coroa do reinado, feita por Yehowah a
Jesus em sua entronização como Rei Teocrático. A “coroa de ouro
refinado” indica que seu governo é de suprema qualidade.

♦ 22:1— Havia Deus abandonado Davi?

Não, mas quando Davi sofria intensa pressão de seus inimigos,


parecia ser assim. Contudo, a reação humana de Davi diante desses
terríveis apuros não refletia falta de fé, visto que em seguida ele
orou confiantemente por livramento. (Versículos 16-19) É
interessante que Jesus citou deste salmo, momentos antes de morrer
na estaca de tortura. Por perguntar “por que” Jesus deixou
transparecer a extrema pressão que sofria, e ao mesmo tempo
proclamava sua inocência quanto às acusações falsas que levaram à
sua execução.

Lição Para Nós: O apóstolo Paulo citou o Salmo 22:22 e o aplicou


à dianteira que Jesus Cristo toma em declarar o nome de Yehowah
entre seus irmãos espirituais. (Hebreus 2:11, 12) O Salmo 22:27
aponta para o tempo em que “todas as famílias das nações” juntar-
se-ão ao povo de Yehowah em louvá-Lo. Hoje, uma vasta multidão
internacional adora a Deus junto com os irmãos de Jesus.
(Apocalipse 7:9) Devemos apegar-nos a este arranjo divinamente
organizado.
O Grande Poder de Deus: Leia Salmos 25 a 34. Nos Salmos 25 e
26, Davi declara seu desejo de levar uma vida íntegra. Assim,
seguem-se expressões de corajosa confiança em Deus e, no Salmo
33, uma magnífica descrição do poder de Yehowah.

♦ 28:8 — Quem é o “ungido” de Yehowah?

Neste versículo, o “ungido” é o povo escolhido de Yehowah,


conforme indica a linha paralela “Yehowah é uma força para seu
povo”. Estas palavras têm sentido profético similar às de
Habacuque 3:13. Apontam para a salvação do restante de israelitas
espirituais do Israel de Deus, ungidos para o sacerdócio, por
Yehowah, na batalha do Armagedom.

♦ 29:5, 6 — Em que sentido a voz de Yehowah destroça os cedros?

Neste salmo, o poder de Yehowah é vividamente representado por


assemelhar a sua voz a uma trovoada. A tempestade se desloca do
Líbano, no norte, para as regiões desérticas sulinas, inspirando
temor ao passar. (Versículo 9b) Os seus ventos agitam os cedros do
Líbano, fazendo-os ‘saltitar como o bezerro’, e os seus raios
derrubam algumas árvores, ‘destroçando-as’. Similarmente, os
ventos tempestuosos ‘fazem contorcer-se o ermo’ (versículo 8 ),
revolvendo furiosamente as areias do deserto, de modo que pareçam
contorcer-se em agonia.

♦ 33:6 — O que é ‘o espírito da boca de Yehowah’?

O espírito, ou fôlego, aqui mencionado refere-se ao Espírito Santo


de Yehowah. Assim como as palavras e o fôlego saem
simultaneamente de nossa boca, também a palavra ou a ordem de
Yehowah é aqui conjugada com o seu fôlego, ou espírito. Deus usou
seu Espírito Santo ao criar o sol, a lua e as estrelas, isto é, todo o
exército figurativo dos céus materiais. — Veja Gênesis 1:1, 2.

Lição Para Nós: No Salmo 26:5 Davi disse que odiava a


congregação dos malfeitores. Similarmente, os cristãos verdadeiros
evitam associar-se com malfeitores. (1 Coríntios 15:33) Assim
como Davi mostrou grande interesse pela casa de Deus, estes
cristãos verdadeiros prezam associar-se uns com os outros entre o
povo de Yehowah. — Salmo 26:6-8; 122:1.

Bendito Seja Jeová: Leia Salmos 35 a 41. Neste grupo, destacam-se


o Salmo 36, que identifica a Yehowah como Fonte da vida, e o
Salmo 37, que garante que as pessoas dóceis por fim serão
recompensadas. Especialmente notável também é o Salmo 40, que
contém expressões proféticas sobre Jesus Cristo.

♦ 35:19 — Por que haviam de ‘piscar o olho’ os inimigos de Davi?

O texto hebraico literalmente os chama de “meus inimigos [em]


falsidade”. Isto é, o ódio deles vem de motivações impuras. Davi
nada fizera para merecer a inimizade deles, e orou para que não
tivessem a oportunidade de se regozijarem ou exultarem às suas
custas. (Versículo 19a ) Daí, pediu que seus inimigos maliciosos
não tivessem razão para ‘piscar o olho’, pois tal piscar literal seria
evidência de que se estariam vangloriando do sucesso de suas
tramas malignas. (Provérbios 10:10; 16:29, 30) Jesus citou este
versículo e o aplicou aos que o odiavam. — João 15:24, 25.

♦ 36:3 — Será que esses iníquos alguma vez tiveram perspicácia?

A dedução é que houve mudança na conduta da pessoa, e que ela


não mais era o que antes dizia ser. Talvez no passado tivesse
mostrado sabedoria e feito coisas boas. Mas, deixou de agir assim,
tornando-se apóstata. O Rei Saul foi um dos que abandonaram o
proceder sábio, passando a odiar Davi. (1 Samuel, capítulo 18)
Alguns eruditos acham que Davi fez essa menção no Salmo 36
tendo Saul em mente.

♦ 40:6 — O que significam as palavras ‘abriste-me meus ouvidos’?

Isto poderia significar que Yehowah fez com que os ouvidos de


Davi se afinassem com as Suas instruções, ou até mesmo que
Yehowah criou os ouvidos com os quais Davi pudesse ouvir Seus
mandamentos. É de interesse que na Septuaginta estas palavras
foram assim traduzidas: “Preparaste-me um corpo.” Qualquer que
seja a fonte dessa tradução, ela contém a mesma idéia básica do
hebraico. Isto é, enfatiza a necessidade de obediência. (Veja 1
Samuel 15:22; Oséias 6:6.) Paulo aplicou este versículo a Jesus
Cristo. (Hebreus 10:5-10) Visto que Paulo usou a tradução da
Septuaginta, a expressão “preparaste-me um corpo” é agora parte de
“toda a Escritura. . . inspirada por Deus”. — 2 Timóteo 3:16.

Lição Para Nós: O Salmo 37 contém muitas lições para nós, que
vivemos no meio duma geração iníqua. Embora os malfeitores
prosperem, não devemos ser invejosos e tentar imitá-los. Em vez
disso, devemos ‘ficar quietos diante de Yehowah’, sem procurar
faltas, mas, ao contrário, calmamente confiar que ele aja em nosso
favor no Seu devido tempo. — Salmo 37:5, 7.

Sim, os Salmos apresentam muitas palavras inspiradoras e


consoladoras. Estes primeiros 41 salmos mostram repetidas vezes
que, não importa quão difíceis sejam as nossas circunstâncias,
Yehowah não nos abandonará. Certamente, depois de lê-los,
devemos sentir-nos movidos a ecoar as palavras que concluem o
Salmo 41: “Bendito seja Yehowah, o Deus de Israel, de tempo
indefinido a tempo indefinido. Amém e amém.”
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Lições das Escrituras — Salmos 73 a 106


(Part. 3)
Tema: “Bendize a Yehowah” — por quê?

Quem de nós pode ser ingrato quando pensamos em tudo o que


Deus tem feito, está fazendo e ainda fará por nós? De fato, nosso
coração nos deve induzir a bendizer nosso Deus. Que temos amplo
motivo de bendizer a Yehowah é bem enfatizado nos Livros Três e
Quatro dos Salmos. Ao passo que consideramos os Salmos 73 a
106, pergunte-se: ‘Que motivos tenho eu pessoalmente para
bendizer a Yehowah’?

Não Inveje os Iníquos: Queira ler os Salmos 73 a 77. Estes são


atribuídos a Asafe, evidentemente incluindo os filhos dele. Asafe
confessa que invejava os iníquos — até cair em si. (Salmo 73) Daí
se lamenta a destruição de Jerusalém. (Salmo 74) A seguir,
encontram-se expressões de gratidão ao “atemorizante” Deus,
seguidas por uma oração ao “grande Deus”, para que se lembre do
seu povo aflito. — Salmos 75-77.

♦ 73:24 — A que “glória” levou Yehowah o salmista?

Até o salmista chegar a reconhecer que ‘chegar-se a Deus era bom


para ele’, ele havia achado que os iníquos estavam em melhor
situação do que os justos. (Salmo 73:2-12, 28) Permitir que o
“conselho” o guiasse resultou em ele receber “glória”, quer dizer,
favor perante Yehowah, uma relação bendita com Ele.

♦ 76:6 — Como foi que “o condutor de carro” e “o cavalo”


“adormeceram”?

Os israelitas foram ensinados a confiar em Yehowah, em vez de em


cavalos e carros. (Salmo 20:7; Provérbios 21:31) Não tinham
nenhum motivo de temer os cavalos e os carros com foices, de seus
inimigos, porque Yehowah podia tornar seus adversários
impotentes, fazendo-os ‘adormecer’. Aqui, isto se refere ao “sono
de duração indefinida” — à própria morte. (Jeremias 51:39) Isto
devia ser hoje um aviso para os líderes do mundo, que confiam nas
suas armas. — Salmo 76:12.

Lição para nós: O Salmo 75 contém um aviso contra o orgulho, ao


dizer: “Não exalteis alto o vosso chifre.” (Versículo 5 ) O chifre era
símbolo de força, de poder. (Deuteronômio 33:17) Exaltar o chifre
significava comportar-se com altivez. O salmista adverte aqui, os
iníquos a não assumirem ares de arrogância por causa de sua
aparente posição segura no poder, porque ‘os chifres dos iníquos
serão cortados’ por Yehowah. (Salmo 75:10) Saber isso encoraja os
servos de Deus a permanecerem fiéis a ele, apesar da aparente
prosperidade dos iníquos. — Veja o Salmo 144:11-15a.

Obedeça ao Altíssimo: Leia os Salmos 78 a 83. Os salmos de Asafe


prosseguem. Recapitulam as lições da história de Israel. (Salmo 78)
Depois se lamenta a desolação do templo, seguindo-se uma oração
pela restauração de Israel. (Salmos 79, 80) Após um cântico que
reflete sobre a libertação provida por Deus e exorta seu povo a
obedecer-lhe, há rogos a Yehowah, para executar julgamento contra
juízes corruptos e sobre os inimigos de Israel. — Salmo 81-83.

♦ Como é que Deus “julga no meio dos deuses”?

Evidentemente, os “deuses” eram os juízes de Israel. Eram


chamados de deuses, porque eram poderosos na sua capacidade
judicativa. Yehowah, o Supremo Juiz, tinha o direito divino de
entrar no meio de tais juízes para repreendê-los por deixarem de
julgar segundo as leis dele. — Isaías 33:22; Salmo 82:2-4.

♦ 83:9-15 — Era o salmista motivado pela vingança?

De modo algum. Ele orava para que Deus executasse julgamento


contra os que ‘odiavam intensamente’ a Yehowah. (Versículo 2)
Outras nações ficariam assim sabendo que o Deus, cujo nome é
Yehowah, é de fato “o Altíssimo sobre toda a terra”. (Versículo 18 )
Esta manifestação de poder resultaria na magnificação do nome de
Deus, Yehowah, em toda a terra.

Lição para nós: Que Yehowah recompensa ricamente os que lhe


obedecem é indicado pela referência à “gordura do trigo”. (Salmo
81:16) A palavra “gordura” é aqui usada figurativamente para
indicar o melhor. (Veja Salmo 63:5.) Se os israelitas tivessem
‘escutado a voz de Yehowah’, ele os teria abençoado com “a
gordura do trigo” — o melhor, as coisas mais seletas. (Salmo 81:11;
Deuteronômio 32:13, 14) De modo similar, se ‘escutarmos a voz de
Yehowah’, ele nos abençoará ricamente. — Provérbios 10:22.

Chegar-se a Deus: Leia os Salmos 84 a 89. Os salmistas expressam


anelo pela casa de Deus. (Salmo 84) A seguir, os exilados
retornados pedem que a ira de Deus seja retirada. (Salmo 85) Davi
ora, pedindo orientação e proteção, confiante em que Yehowah lhe
responderá. (Salmo 86) À melodia sobre os ‘nascidos em Sião’
segue-se o rogo de um aflito. (Salmos 87, 88) Depois vem um
salmo que destaca a benevolência de Yehowah, conforme revelada
no pacto davídico. — Salmo 89.
♦ 84:3 — Por que se mencionam pássaros?

O salmista, levita descendente de Corá, anelava estar no “grandioso


tabernáculo” de Yehowah. (Versículos 1, 2) Mas havia dezenas de
milhares de levitas. Apenas uma vez cada meio ano se designaria
uma divisão de levitas para servir uma semana no tabernáculo. Em
contraste, até mesmo os passarinhos tinham um lar mais permanente
no santuário, por construírem ninhos ali. Quão feliz se sentiria o
salmista se pudesse louvar a Yehowah por similarmente morar de
modo permanente na casa de Yehowah!

♦ 89:49 — O que eram esses “atos de benevolência”?

A expressão “atos de benevolência” refere-se ao pacto do Reino,


com todas as suas particularidades. Em tempos de dificuldade, era
apropriado que os israelitas trouxessem essas promessas à atenção
de Yehowah, não por duvidarem do pacto, mas no sentido de
apelarem para Deus à base dele.

Lição para nós: O Salmo 85 enfatiza o que nos devia fazer anelar o
novo sistema mundial de Deus. Faz-se apenas uma breve menção de
bênçãos materiais. (Versículo 12) A ênfase principal é dada às
bênçãos espirituais: benevolência, veracidade, justiça e paz.
(Versículos 10-13) Yehowah não apela para anseios materialistas,
mas mostra que as bênçãos espirituais do novo sistema devem ser
para nós a mais potente força motivadora.

Yehowah Tornou-se Rei: Leia os Salmos 90 a 100. Moisés


contrasta a eternidade de Deus com a vida curta do homem, e depois
destaca que Yehowah é nossa fonte de segurança. (Salmos 90, 91)
Exaltam-se as qualidades superiores de Yehowah, e os salmos
sucessivos destacam o poder, a benevolência e a justiça de Deus,
bem como o tema do Reino de Deus. — Salmos 92-100.

♦ 90:10 — Não viveu Moisés muito mais do que 80 anos?

Moisés, que viveu 120 anos, não era típico das pessoas em geral.
Dentre a geração sem fé, que saiu do Egito, os registrados “da idade
de vinte anos para cima” haviam de morrer dentro de 40 anos, bem
dentro do que Moisés declarou. (Números 14:29-34) O comentário
de que, na época em que Moisés morreu, “seu olho não se havia
turvado e seu vigor vital não lhe havia fugido”, indica que ele tinha
o poder sustentador de Deus. — Deuteronômio 34:7.

♦ 95:3 — Em que sentido é Yehowah “Rei sobre todos os outros


deuses”?

Yehowah, como Soberano Universal, é supremo e é Rei sobre todas


as outras deidades no sentido de que é muito superior a elas.
Simplesmente não há comparação entre Deus e quaisquer anjos ou
algo mais que alguns talvez adorem, inclusive inexistentes deuses
falsos.

Lição para nós: O Salmo 91 destaca outro motivo de bendizermos a


Yehowah: o “lugar secreto do Altíssimo”. (Versículo 1) Trata-se do
lugar de segurança espiritual, de proteção contra o dano espiritual,
para os que cumprem os requisitos especificados neste salmo. É
“secreto” no sentido de que é desconhecido às pessoas do mundo, às
quais falta visão espiritual. Ser este o lugar secreto “do Altíssimo”
indica que encontraremos segurança ali apenas se defendermos o
lado de Yehowah na questão da soberania universal.

Louvai a Jah: Leia os Salmos 101 a 106. Davi descreve ali sua
maneira de administrar assuntos de estado. (Salmo 101) Um aflito
ora a Yehowah para “construir Sião”. (Salmo 102) Exortações para
se ‘bendizer a Yehowah’ seguem nos salmos que trazem à atenção a
misericórdia, a grandiosidade e as obras criativas de Deus. Aqui se
encontra também a primeira de mais de 20 ocorrências, nos Salmos,
da expressão: “Louvai a Jah!” (Salmos 103, 104) Por fim, dois
salmos históricos bendizem a Yehowah por seus atos a favor de seu
povo. — Salmos 105, 106.

♦ 102:25 — Quem ‘lançou os alicerces da terra’?

O salmista estava falando sobre Yehowah, mas o apóstolo Paulo


aplicou estas palavras a Yeshua Messiah (Jesus Cristo). (Hebreus
1:10, 11) Acontece que essas palavras também se aplicam a Yeshua
(Jesus), porque ele atuou como Agente de Yehowah na criação do
universo. (Colossenses 1:15, 16) De modo que se pode dizer
também de Yeshua (Jesus) que ele ‘lançou os alicerces da terra’.

♦ 103:14 — A que se refere a “formação”?

A palavra traduzida aqui por “formação” relaciona-se com o verbo


“formar” usado em Gênesis 2:7, e com o substantivo “oleiro” usado
com referência a alguém que modela argila. (Isaías 29:16; Jeremias
18:2-6) De modo que o salmista nos lembra que Yehowah, o
Grande Oleiro, lida conosco com ternura, sabendo que somos tão
frágeis como vasos de barro. — Veja 2 Coríntios 4:7

♦ 104:4 — Como é que Yehowah “faz os seus anjos espíritos”?

Visto que os anjos já são criaturas espirituais, não pode referir-se a


seus corpos espirituais. A palavra “espírito”, porém, pode também
significar “vento” ou “força ativa”. Assim, Deus pode usar seus
anjos como forças poderosas para executar a sua vontade. Eles
podem também ser usados como agentes executores — como “fogo
devorador”. É tranquilizador para os cristãos saber que sua obra de
pregação é apoiada por tais poderosas criaturas angélicas. — Veja
Apocalipse 14:6, 7.

Lição para nós: O Salmo 106 nos ajuda a reconhecer que os


rebeldes Corá, Datã e Abirão invejavam a posição de Moisés como
administrador da nação de Deus. (Salmo 106:16; Números 16:2-11)
No fim, a rebelião foi esmagada, quando “um fogo foi arder” entre
os rebeldes. (Salmo 106:18) Aqui certamente são evidenciados os
perigos do orgulho e da inveja. Falar contra os servos designados de
Yehowah, hoje, pode igualmente resultar no desagrado dele. —
Hebreus 13:17; Judas 4, 8, 11.

Deveras, Yehowah nos tem dado muitas coisas pelas quais devemos
ser gratos. Quando tomamos em consideração todas as bênçãos que
ele derramou sobre nós, devemos fazer aquilo a que o salmista nos
exorta: “Bendize a Yehowah, ó minha alma”. — Salmo 103: 1.
BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB
SALMO 1 - 41
Tema: O salmista canta louvores a Yehowah

“Louvores.” Este é o significado do nome hebraico do livro de


Salmos, e quão apropriado é! O inteiro livro é, na verdade, um só
longo brado de louvor a Deus. Os Salmos falam das qualidades e
dos atos poderosos de Yehowah. Contêm profecias e também nos
transmitem os sentimentos dos escritores inspirados, ao suportarem
perseguição, traição, desânimo e até mesmo o peso duma má
consciência. Muitos cristãos que sofrem provações similares têm
derivado força das palavras dos Salmos.

O livro dos Salmos se divide em cinco partes. Por enquanto, vamos


considerar a primeira destas, Salmos 1 a 41.

Submeter-se aos Propósitos de Deus: Queira Ler Salmos 1 a 14.


Este grupo de salmos apresenta alguns dos principais temas do livro
dos Salmos: a importância da Lei, profecias sobre o vindouro Rei
Messiânico, e orações por ajuda diante de pressões severas. Além
disso, aprendemos que, apesar da preponderância temporária do
iníquo, os justos serão abençoados.

♦ 2:1— Qual era a “coisa vã“ que as nações continuavam a


“murmurar”?

As nações continuavam a “murmurar” (ou, “meditar a respeito”) da


perpetuação de sua própria soberania, em vez de aceitarem o
Ungido de Yehowah. Tais palavras se aplicaram no primeiro século
da EC, quando as autoridades romanas e judaicas se uniram para
matar o Rei ungido de Yehowah, Jesus Cristo. (Atos 4:26-28)
Contudo, o cumprimento maior tem sido nos últimos dias em que
vivemos, quando todas as nações rejeitam o Rei entronizado de
Deus e tentam promover a sua própria soberania.

♦ 2:12 — Por que a ordem: “Beijai ao filho”?

Nos tempos bíblicos, beijar era uma expressão de amizade, e era


usada para dar boas-vindas aos convidados que a pessoa recebia em
sua casa. Neste versículo, Yehowah ordena que as nações beijem,
ou deem boas-vindas, a Seu Filho na qualidade de Seu Rei ungido.
— Salmo 2:2, 6-8.

♦ 9:12 — Por que Yehowah ‘busca derramamento de sangue’?

Como juiz atuante, Yehowah procura os que têm culpa pelo


derramamento do sangue de seu povo inocente. (Gênesis 9:5, 6;
Lucas 11:49, 50) Ele também pune os culpados. Mas, suas punições
não são indiscriminadas. O salmista Davi nos assegura: “Decerto
não se esquecerá do clamor dos atribulados.” — Compare com 2
Pedro 2:9.

♦ 11:3 — Que “alicerces” são derrubados?

Os alicerces são justiça, lei e ordem — os alicerces sobre os quais


repousa a sociedade. Quando há uma ruptura na ordem social, sem
possibilidade de se conseguir justiça, o que deve fazer a pessoa
temente a Deus? Confiar em Deus. Ele está em seu trono celestial,
vê tudo que acontece, e não nos abandonará.

Lição para nós: O Salmo 4:5 insta os tementes a Deus a ‘oferecer


os sacrifícios da justiça’. Nos dias de Davi, os israelitas tinham de
oferecer sacrifícios no altar de Yehowah. Mas, eles tinham de ter
também a motivação correta e estar genuinamente arrependidos.
(Isaías 1:11-17) Quando os cristãos oferecem seus sacrifícios
espirituais, também devem ter motivação correta e estar vivendo à
altura das elevadas normas de Yehowah. — Hebreus 13:4, 5, 15, 16;
1 Pedro 2:1, 5.

O Deus Inigualável: Leia Salmos 15 a 24. Este grupo de salmos


contém muitas expressões de louvor a Yehowah. Este é Protetor de
seu povo (18), Criador e Legislador (19), Salvador (20), Protetor de
seu Rei escolhido (21), o Grande Pastor (23), e o Glorioso Rei (24).

♦ 16:10 — Quem é “aquele que te é leal” mencionado aqui?

Alguns eruditos bíblicos aplicam este versículo aos fiéis em geral,


citando em apoio o fato de que em alguns manuscritos hebraicos a
palavra para “aquele que te é leal” está no plural. Contudo, quando
este versículo é citado no Novo Testamento, a palavra está no
singular, indicando apenas um “leal”. Quem é ele? Em primeiro
plano, provavelmente o próprio Davi. Profeticamente, porém, tanto
Pedro como Paulo aplicam este versículo a Jesus. — Atos 2:25-32;
13:35-37.

♦ 21:3 — O que é a “coroa de ouro refinado”?

Talvez fosse uma coroa literal, como aquela removida do ídolo


Malcão. (Veja 2 Samuel 12:29, 30.) Ou talvez a coroa seja apenas
figurativa, símbolo de que a vitória de Davi acrescentou um brilho
especial ao seu glorioso reinado. Profeticamente, porém, este salmo
aponta para a entrega da coroa do reinado, feita por Yehowah a
Jesus em sua entronização como Rei Teocrático. A “coroa de ouro
refinado” indica que seu governo é de suprema qualidade.

♦ 22:1— Havia Deus abandonado Davi?

Não, mas quando Davi sofria intensa pressão de seus inimigos,


parecia ser assim. Contudo, a reação humana de Davi diante desses
terríveis apuros não refletia falta de fé, visto que em seguida ele
orou confiantemente por livramento. (Versículos 16-19) É
interessante que Jesus citou deste salmo, momentos antes de morrer
na estaca de tortura. Por perguntar “por que” Jesus deixou
transparecer a extrema pressão que sofria, e ao mesmo tempo
proclamava sua inocência quanto às acusações falsas que levaram à
sua execução.

Lição Para Nós: O apóstolo Paulo citou o Salmo 22:22 e o aplicou


à dianteira que Jesus Cristo toma em declarar o nome de Yehowah
entre seus irmãos espirituais. (Hebreus 2:11, 12) O Salmo 22:27
aponta para o tempo em que “todas as famílias das nações” juntar-
se-ão ao povo de Yehowah em louvá-Lo. Hoje, uma vasta multidão
internacional adora a Deus junto com os irmãos de Jesus.
(Apocalipse 7:9) Devemos apegar-nos a este arranjo divinamente
organizado.
O Grande Poder de Deus: Leia Salmos 25 a 34. Nos Salmos 25 e
26, Davi declara seu desejo de levar uma vida íntegra. Assim,
seguem-se expressões de corajosa confiança em Deus e, no Salmo
33, uma magnífica descrição do poder de Yehowah.

♦ 28:8 — Quem é o “ungido” de Yehowah?

Neste versículo, o “ungido” é o povo escolhido de Yehowah,


conforme indica a linha paralela “Yehowah é uma força para seu
povo”. Estas palavras têm sentido profético similar às de
Habacuque 3:13. Apontam para a salvação do restante de israelitas
espirituais do Israel de Deus, ungidos para o sacerdócio, por
Yehowah, na batalha do Armagedom.

♦ 29:5, 6 — Em que sentido a voz de Yehowah destroça os cedros?

Neste salmo, o poder de Yehowah é vividamente representado por


assemelhar a sua voz a uma trovoada. A tempestade se desloca do
Líbano, no norte, para as regiões desérticas sulinas, inspirando
temor ao passar. (Versículo 9b) Os seus ventos agitam os cedros do
Líbano, fazendo-os ‘saltitar como o bezerro’, e os seus raios
derrubam algumas árvores, ‘destroçando-as’. Similarmente, os
ventos tempestuosos ‘fazem contorcer-se o ermo’ (versículo 8 ),
revolvendo furiosamente as areias do deserto, de modo que pareçam
contorcer-se em agonia.

♦ 33:6 — O que é ‘o espírito da boca de Yehowah’?

O espírito, ou fôlego, aqui mencionado refere-se ao Espírito Santo


de Yehowah. Assim como as palavras e o fôlego saem
simultaneamente de nossa boca, também a palavra ou a ordem de
Yehowah é aqui conjugada com o seu fôlego, ou espírito. Deus usou
seu Espírito Santo ao criar o sol, a lua e as estrelas, isto é, todo o
exército figurativo dos céus materiais. — Veja Gênesis 1:1, 2.

Lição Para Nós: No Salmo 26:5 Davi disse que odiava a


congregação dos malfeitores. Similarmente, os cristãos verdadeiros
evitam associar-se com malfeitores. (1 Coríntios 15:33) Assim
como Davi mostrou grande interesse pela casa de Deus, estes
cristãos verdadeiros prezam associar-se uns com os outros entre o
povo de Yehowah. — Salmo 26:6-8; 122:1.

Bendito Seja Jeová: Leia Salmos 35 a 41. Neste grupo, destacam-se


o Salmo 36, que identifica a Yehowah como Fonte da vida, e o
Salmo 37, que garante que as pessoas dóceis por fim serão
recompensadas. Especialmente notável também é o Salmo 40, que
contém expressões proféticas sobre Jesus Cristo.

♦ 35:19 — Por que haviam de ‘piscar o olho’ os inimigos de Davi?

O texto hebraico literalmente os chama de “meus inimigos [em]


falsidade”. Isto é, o ódio deles vem de motivações impuras. Davi
nada fizera para merecer a inimizade deles, e orou para que não
tivessem a oportunidade de se regozijarem ou exultarem às suas
custas. (Versículo 19a ) Daí, pediu que seus inimigos maliciosos
não tivessem razão para ‘piscar o olho’, pois tal piscar literal seria
evidência de que se estariam vangloriando do sucesso de suas
tramas malignas. (Provérbios 10:10; 16:29, 30) Jesus citou este
versículo e o aplicou aos que o odiavam. — João 15:24, 25.

♦ 36:3 — Será que esses iníquos alguma vez tiveram perspicácia?

A dedução é que houve mudança na conduta da pessoa, e que ela


não mais era o que antes dizia ser. Talvez no passado tivesse
mostrado sabedoria e feito coisas boas. Mas, deixou de agir assim,
tornando-se apóstata. O Rei Saul foi um dos que abandonaram o
proceder sábio, passando a odiar Davi. (1 Samuel, capítulo 18)
Alguns eruditos acham que Davi fez essa menção no Salmo 36
tendo Saul em mente.

♦ 40:6 — O que significam as palavras ‘abriste-me meus ouvidos’?

Isto poderia significar que Yehowah fez com que os ouvidos de


Davi se afinassem com as Suas instruções, ou até mesmo que
Yehowah criou os ouvidos com os quais Davi pudesse ouvir Seus
mandamentos. É de interesse que na Septuaginta estas palavras
foram assim traduzidas: “Preparaste-me um corpo.” Qualquer que
seja a fonte dessa tradução, ela contém a mesma idéia básica do
hebraico. Isto é, enfatiza a necessidade de obediência. (Veja 1
Samuel 15:22; Oséias 6:6.) Paulo aplicou este versículo a Jesus
Cristo. (Hebreus 10:5-10) Visto que Paulo usou a tradução da
Septuaginta, a expressão “preparaste-me um corpo” é agora parte de
“toda a Escritura. . . inspirada por Deus”. — 2 Timóteo 3:16.

Lição Para Nós: O Salmo 37 contém muitas lições para nós, que
vivemos no meio duma geração iníqua. Embora os malfeitores
prosperem, não devemos ser invejosos e tentar imitá-los. Em vez
disso, devemos ‘ficar quietos diante de Yehowah’, sem procurar
faltas, mas, ao contrário, calmamente confiar que ele aja em nosso
favor no Seu devido tempo. — Salmo 37:5, 7.

Sim, os Salmos apresentam muitas palavras inspiradoras e


consoladoras. Estes primeiros 41 salmos mostram repetidas vezes
que, não importa quão difíceis sejam as nossas circunstâncias,
Yehowah não nos abandonará. Certamente, depois de lê-los,
devemos sentir-nos movidos a ecoar as palavras que concluem o
Salmo 41: “Bendito seja Yehowah, o Deus de Israel, de tempo
indefinido a tempo indefinido. Amém e amém.”
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Lições das Escrituras — Salmos 42 a 72


(Part. 2)
Espere em Yehowah: Os servos de Deus podem enfrentar provas da
fé com perseverança porque Deus é seu Refúgio e seu Libertador.
Quão bem isso é demonstrado no Livro Segundo dos Salmos! Sim,
os Salmos 42 a 72 provam que podemos perseverar se junto com
oração esperarmos que Yehowah aja a nosso favor.

Espera por Deus: Queira ler os Salmos 42 a 45. Um levita exilado


está triste por não poder ir ao santuário de Yehowah, mas fica
contente de ‘esperar por Deus’, para que ele aja qual Libertador seu.
(Salmos 42, 43) A seguir vem o rogo a favor duma nação que corre
perigo, talvez fazendo alusão à invasão assíria em Judá, nos dias do
Rei Ezequias. (Salmo 44) Depois, o cântico de um casamento real
aponta para o Messias, Jesus Cristo. — Salmo 45.
♦ 42:1 — De que modo era o salmista igual à ‘cerva que anseia
água’?

Por algum motivo, este levita estava em exílio. Tão grande era a
falta que ele sentia da adoração no santuário de Yehowah, que se
sentia como uma cerva, ou veada, caçada e sedenta, que anseia água
numa região árida e seca. Ele estava ‘sedento’, isto é, ansiava por
Jeová e pelo privilégio de adorar a Deus no Seu santuário. —
Versículo 2 .

♦ 45:1 — Que “assunto bom” animou o coração do salmista?

Uma parte deste salmo foi aplicada a Jesus Cristo. (Salmo 45:6, 7;
Hebreus 1:8, 9) Assim, o coração do salmista foi animado por um
evento futuro — o estabelecimento do Reino messiânico. Os
cristãos também se sentem induzidos a proclamar este “assunto
bom”.

Lição Para Nós: A experiência do salmista em exílio deve induzir-


nos a mostrar profundo apreço pela associação que usufruímos
agora com o povo de Deus. Se o confinamento, devido a
perseguição, impedir-nos temporariamente de estar junto com eles,
poderemos meditar nas alegrias que tivemos no serviço sagrado no
passado, e deveremos orar pedindo perseverança, ao passo que
‘esperamos por Deus’ para restaurar-nos à associação ativa com
seus adoradores. — Salmo 42:4, 5, 11; 43:3-5.

Nosso Refúgio Misericordioso: Leia Salmos 46 a 51. Yehowah,


nosso Refúgio, fará cessar as guerras. (Salmo 46) Ele é “Rei sobre
toda a terra”, e este Protetor invencível é nosso Deus para sempre.
(Salmos 47, 48) Os oprimidos precisam esperar em Yehowah, mas
todos os que ‘oferecem agradecimento como seu sacrifício’ irão
“ver a salvação por Deus”. (Salmos 49, 50) Se errarmos, mas
estivermos arrependidos assim como Davi estava quanto ao seu
pecado com Bate-Seba, Deus nos livrará da culpa de sangue, pois
‘um coração quebrantado e esmagado ele não desprezará’. — Salmo
51.
♦ 46:2 — Como poderia a terra ‘passar por uma mudança’?

Mesmo que as montanhas desaparecessem no mar numa sublevação


natural da crosta terrestre, os que confiam em Deus não teriam
motivos de temer. Não importa o que aconteça, podem ter confiança
inabalável em Yehowah qual Refúgio seu.

♦ 51:5 — A que pecado se referia Davi?

Ele não queria dizer que as relações sexuais conjugais, a concepção


e o nascimento eram pecaminosos; tampouco se referia a qualquer
pecado específico de sua mãe. Antes, reconhecia sua própria
natureza pecaminosa como descendente de Adão. (Jó 14:4;
Romanos 5:12) Yehowah teve misericórdia com Davi, não só por
causa do pacto do Reino messiânico, mas também por causa do seu
arrependimento. — 2 Samuel 7:12-16.

Lição Para Nós: O salmo 46 se ajustaria ao tempo em que


Jerusalém foi ameaçada pelos assírios. Sabendo que ‘Deus é
refúgio, uma ajuda encontrada prontamente durante aflições’, o Rei
Ezequias orou a Yehowah, e a cidade foi milagrosamente livrada. (2
Reis, capítulo 19) Quando sofremos aflição, também devemos fazer
de Deus nosso Refúgio. Como? Por confiarmos nele, aderindo à sua
Palavra.

Livramento Garantido: Leia Salmos 52 a 57. Deus desarraigará a


pessoa má “da terra dos viventes” e “dispersará os ossos” de
qualquer um que se oponha ao Seu povo. (Salmos 52, 53) Davi,
quando perseguido por Saul, confiava no livramento divino, e,
como vítima de traição, ele lançou seu fardo sobre Yehowah.
(Salmos 54, 55) O salmista estava contente em esperar que Deus
pusesse fim às adversidades. — Salmos 56, 57.

♦ 52:8 — De que modo é o justo igual a uma oliveira?

A oliveira pode simbolizar produtividade, beleza e dignidade.


(Jeremias 11:16; Oséias 14:6) Neste salmo, o maquinador iníquo
que terá um calamitoso fim é contrastado com o justo que é
protegido e prospera assim como uma viçosa oliveira.
♦ 54:1 — Por que disse Davi, “salva-me pelo teu nome”?

O nome divino não possui poderes místicos, mas pode representar o


próprio Deus. Assim, mediante esse rogo, Davi reconhecia que
Yehowah é capaz de salvar Seu povo. (Êxodo 6:1-8) Embora os
zifitas tivessem revelado ao Rei Saul o paradeiro de Davi, uma
invasão dos filisteus em Israel interrompeu a perseguição de Saul
contra Davi. (1 Samuel 23:13-29; Salmo 54, cabeçalho) Desse
modo Yehowah deveras salvou a Davi.

Lição Para Nós: Os inimigos de Davi haviam escavado um fojo


diante dele. (Salmo 57:6) Tal cova para apanhar um humano
denotaria circunstâncias perigosas ou intrigas que poriam em perigo
os servos de Yehowah. Mas, os opositores do povo de Deus podem
ser apanhados em suas próprias artimanhas. Portanto, se confiarmos
em Yehowah e tomarmos cuidado, nosso livramento é garantido. —
Provérbios 11:21; 26:27.

Esperar em Silêncio: Leia Salmos 58 a 64. Preocupado com a


injustiça, Davi orou pedindo retribuição divina contra os iníquos.
(Salmos 58, 59) Quando ameaçado de derrota, clamou por socorro e
tinha certeza de que Deus esmagaria os adversários. (Salmo 60)
Yehowah já havia sido refúgio para Davi; assim, esperaria em
silêncio a salvação. (Salmos 61, 62) Obrigado a ir para o ermo,
talvez quando Absalão se rebelou, Davi encontrou júbilo ‘na
sombra das asas de Deus’. (Salmo 63) O salmista também orou em
busca de proteção contra os que “praticam o que é prejudicial”, e
confiava em que o justo encontraria refúgio em Yehowah. — Salmo
64.

♦ 58:3-5 — De que modo são os iníquos iguais a uma serpente?

As mentiras e calúnias do iníquo podem destruir a reputação da


vítima, assim como a peçonha duma serpente pode ser mortífera.
(Salmo 140:3; Romanos 3:13; Tiago 3:8) Ademais, os iníquos são
“surdos como a naja que tapa o ouvido”, pois se recusam a ouvir e
aceitar orientação.
♦ 63:3 — De que modo é a benevolência de Deus “melhor do que a
vida”?

A vida sem Deus carece de verdadeiro propósito. Mas, o amor leal


de Yehowah expresso para com Davi deu verdadeiro significado à
sua vida. A intimidade com Deus sempre torna a vida significativa
para seus servos aprovados, garante-lhes ajuda e orientação divinas,
e habilita-os a olhar adiante, para uma eternidade de vida feliz.

Lição Para Nós: Davi estava contente de ‘esperar em silêncio’ que


Deus agisse a seu favor. (Salmo 62:1-7) Tendo-se sujeitado à
vontade de Yehowah, sentia-se seguro e tinha tranquila confiança
em Deus. Se tivermos tal confiança em Yehowah, “a paz de Deus”
guardará nossos corações e nossas faculdades mentais, enquanto
aguardamos o livramento divino dos inimigos e das tribulações. —
Filipenses 4:6, 7; Salmo 33:20.

Louvar Nosso Libertador: Leia Salmos 65 a 72. Yehowah é


louvado como a Fonte de colheitas abundantes, chuvas copiosas,
pastagens luxuriantes e rebanhos numerosos. (Salmo 65) Devia-se
entoar melodias “à glória do seu nome”. (Salmo 66) Ele devia ser
enaltecido, e é louvado como “Deus de atos salvadores”. (Salmos
67, 68) Os sofrimentos de Jesus são preditos, e Yehowah é exaltado
como ‘Aquele que nos põe a salvo’, por cuja ajuda o salmista
esperará. (Salmos 69-71) Tal confiança será recompensada, pois se
garante para toda a terra prosperidade e livramento da opressão
durante o reinado abençoado do Messias. — Salmo 72.

♦ 68:11 — Quem constitui o “grande exército” de mulheres?

Depois de Yehowah usar os homens de batalha de Israel para


derrotar um inimigo, as mulheres israelitas proclamavam as boas
novas de vitória com música, canto e dança. (1 Samuel 18:6, 7;
compare com Êxodo 15:20, 21.) Em obediência à “declaração” ou
ordem de Deus, os homens de Israel haviam combatido e derrotado
as nações inimigas da Terra Prometida. Isto forneceu às mulheres
israelitas boas novas para proclamarem em celebrações de vitória.
Hoje, as mulheres que servem como ministras desempenham um
papel notável como proclamadoras do Reino Messiânico,
anunciando as boas novas relacionadas com a “declaração” de
Yehowah, que inclui avisar as nações de que em breve estas serão
subjugadas pelo Rei messiânico, Jesus Cristo.

♦ 69:23 — Por que se pede a Deus para que faça vacilar os quadris
do inimigo?

Quando os fortes músculos dos quadris estão enrijecidos, podem ter


muita força. Mas, há perda de força quando os quadris tremem ou
vacilam, talvez devido ao medo. Neste apelo de livramento, Davi
pediu a Deus para que despojasse seus inimigos de suas forças mal
aplicadas.

♦ 72:16 — O que significa essa produtividade?

‘Fruto como no Líbano’ pode denotar cereais que crescem tão


bastos e altos, a ponto de se parecerem com os bosques luxuriantes
e altos do Líbano. Talvez vicejassem em terraços até no topo de
montes, sendo que as hastes grossas, que sustentavam pesadas
espigas de cereal, podiam ser comparadas aos altos e maciços
cedros do Líbano. Isto indica colheitas extraordinariamente
abundantes durante o reinado do Messias. E o fato de que “os da
cidade florirão como a vegetação” indica que os súditos terrestres
de Jesus serão realmente numerosos.

Lição Para Nós: O salmista orou: “Por me teres feito ver muitas
aflições e calamidades, [ó Yehowah,] revive-me novamente.”
(Salmo 71:20) Embora Deus não cause tais dificuldades, ele permite
que sejamos provados e forneçamos uma resposta ao seu
Escarnecedor, o Diabo. (Tiago 1:13; Provérbios 27:11) Yehowah
nunca nos deixa ser tentados além do que podemos aguentar, e ele
pode ajudar-nos a conservar forte fé ao passarmos por provações. (1
Coríntios 10:13; 1 Pedro 1:6, 7) Certamente, o Grande Libertador
merece louvores por tal resultado.

É preciso ter fé para esperar que Deus aja a nosso favor. Talvez
tenhamos de esperar em silêncio por não podermos fazer nada para
modificar uma situação difícil. Contudo, se estivermos contentes de
esperar em Yehowah, conseguiremos perseverar assim como o
salmista.
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Lições das Escrituras — Salmos 73 a 106


(Part. 3)
Tema: “Bendize a Yehowah” — por quê?

Quem de nós pode ser ingrato quando pensamos em tudo o que


Deus tem feito, está fazendo e ainda fará por nós? De fato, nosso
coração nos deve induzir a bendizer nosso Deus. Que temos amplo
motivo de bendizer a Yehowah é bem enfatizado nos Livros Três e
Quatro dos Salmos. Ao passo que consideramos os Salmos 73 a
106, pergunte-se: ‘Que motivos tenho eu pessoalmente para
bendizer a Yehowah’?

Não Inveje os Iníquos: Queira ler os Salmos 73 a 77. Estes são


atribuídos a Asafe, evidentemente incluindo os filhos dele. Asafe
confessa que invejava os iníquos — até cair em si. (Salmo 73) Daí
se lamenta a destruição de Jerusalém. (Salmo 74) A seguir,
encontram-se expressões de gratidão ao “atemorizante” Deus,
seguidas por uma oração ao “grande Deus”, para que se lembre do
seu povo aflito. — Salmos 75-77.

♦ 73:24 — A que “glória” levou Yehowah o salmista?

Até o salmista chegar a reconhecer que ‘chegar-se a Deus era bom


para ele’, ele havia achado que os iníquos estavam em melhor
situação do que os justos. (Salmo 73:2-12, 28) Permitir que o
“conselho” o guiasse resultou em ele receber “glória”, quer dizer,
favor perante Yehowah, uma relação bendita com Ele.
♦ 76:6 — Como foi que “o condutor de carro” e “o cavalo”
“adormeceram”?

Os israelitas foram ensinados a confiar em Yehowah, em vez de em


cavalos e carros. (Salmo 20:7; Provérbios 21:31) Não tinham
nenhum motivo de temer os cavalos e os carros com foices, de seus
inimigos, porque Yehowah podia tornar seus adversários
impotentes, fazendo-os ‘adormecer’. Aqui, isto se refere ao “sono
de duração indefinida” — à própria morte. (Jeremias 51:39) Isto
devia ser hoje um aviso para os líderes do mundo, que confiam nas
suas armas. — Salmo 76:12.

Lição para nós: O Salmo 75 contém um aviso contra o orgulho, ao


dizer: “Não exalteis alto o vosso chifre.” (Versículo 5 ) O chifre era
símbolo de força, de poder. (Deuteronômio 33:17) Exaltar o chifre
significava comportar-se com altivez. O salmista adverte aqui, os
iníquos a não assumirem ares de arrogância por causa de sua
aparente posição segura no poder, porque ‘os chifres dos iníquos
serão cortados’ por Yehowah. (Salmo 75:10) Saber isso encoraja os
servos de Deus a permanecerem fiéis a ele, apesar da aparente
prosperidade dos iníquos. — Veja o Salmo 144:11-15a.

Obedeça ao Altíssimo: Leia os Salmos 78 a 83. Os salmos de Asafe


prosseguem. Recapitulam as lições da história de Israel. (Salmo 78)
Depois se lamenta a desolação do templo, seguindo-se uma oração
pela restauração de Israel. (Salmos 79, 80) Após um cântico que
reflete sobre a libertação provida por Deus e exorta seu povo a
obedecer-lhe, há rogos a Yehowah, para executar julgamento contra
juízes corruptos e sobre os inimigos de Israel. — Salmo 81-83.

♦ Como é que Deus “julga no meio dos deuses”?

Evidentemente, os “deuses” eram os juízes de Israel. Eram


chamados de deuses, porque eram poderosos na sua capacidade
judicativa. Yehowah, o Supremo Juiz, tinha o direito divino de
entrar no meio de tais juízes para repreendê-los por deixarem de
julgar segundo as leis dele. — Isaías 33:22; Salmo 82:2-4.

♦ 83:9-15 — Era o salmista motivado pela vingança?


De modo algum. Ele orava para que Deus executasse julgamento
contra os que ‘odiavam intensamente’ a Yehowah. (Versículo 2)
Outras nações ficariam assim sabendo que o Deus, cujo nome é
Yehowah, é de fato “o Altíssimo sobre toda a terra”. (Versículo 18 )
Esta manifestação de poder resultaria na magnificação do nome de
Deus, Yehowah, em toda a terra.

Lição para nós: Que Yehowah recompensa ricamente os que lhe


obedecem é indicado pela referência à “gordura do trigo”. (Salmo
81:16) A palavra “gordura” é aqui usada figurativamente para
indicar o melhor. (Veja Salmo 63:5.) Se os israelitas tivessem
‘escutado a voz de Yehowah’, ele os teria abençoado com “a
gordura do trigo” — o melhor, as coisas mais seletas. (Salmo 81:11;
Deuteronômio 32:13, 14) De modo similar, se ‘escutarmos a voz de
Yehowah’, ele nos abençoará ricamente. — Provérbios 10:22.

Chegar-se a Deus: Leia os Salmos 84 a 89. Os salmistas expressam


anelo pela casa de Deus. (Salmo 84) A seguir, os exilados
retornados pedem que a ira de Deus seja retirada. (Salmo 85) Davi
ora, pedindo orientação e proteção, confiante em que Yehowah lhe
responderá. (Salmo 86) À melodia sobre os ‘nascidos em Sião’
segue-se o rogo de um aflito. (Salmos 87, 88) Depois vem um
salmo que destaca a benevolência de Yehowah, conforme revelada
no pacto davídico. — Salmo 89.

♦ 84:3 — Por que se mencionam pássaros?

O salmista, levita descendente de Corá, anelava estar no “grandioso


tabernáculo” de Yehowah. (Versículos 1, 2) Mas havia dezenas de
milhares de levitas. Apenas uma vez cada meio ano se designaria
uma divisão de levitas para servir uma semana no tabernáculo. Em
contraste, até mesmo os passarinhos tinham um lar mais permanente
no santuário, por construírem ninhos ali. Quão feliz se sentiria o
salmista se pudesse louvar a Yehowah por similarmente morar de
modo permanente na casa de Yehowah!

♦ 89:49 — O que eram esses “atos de benevolência”?


A expressão “atos de benevolência” refere-se ao pacto do Reino,
com todas as suas particularidades. Em tempos de dificuldade, era
apropriado que os israelitas trouxessem essas promessas à atenção
de Yehowah, não por duvidarem do pacto, mas no sentido de
apelarem para Deus à base dele.

Lição para nós: O Salmo 85 enfatiza o que nos devia fazer anelar o
novo sistema mundial de Deus. Faz-se apenas uma breve menção de
bênçãos materiais. (Versículo 12) A ênfase principal é dada às
bênçãos espirituais: benevolência, veracidade, justiça e paz.
(Versículos 10-13) Yehowah não apela para anseios materialistas,
mas mostra que as bênçãos espirituais do novo sistema devem ser
para nós a mais potente força motivadora.

Yehowah Tornou-se Rei: Leia os Salmos 90 a 100. Moisés


contrasta a eternidade de Deus com a vida curta do homem, e depois
destaca que Yehowah é nossa fonte de segurança. (Salmos 90, 91)
Exaltam-se as qualidades superiores de Yehowah, e os salmos
sucessivos destacam o poder, a benevolência e a justiça de Deus,
bem como o tema do Reino de Deus. — Salmos 92-100.

♦ 90:10 — Não viveu Moisés muito mais do que 80 anos?

Moisés, que viveu 120 anos, não era típico das pessoas em geral.
Dentre a geração sem fé, que saiu do Egito, os registrados “da idade
de vinte anos para cima” haviam de morrer dentro de 40 anos, bem
dentro do que Moisés declarou. (Números 14:29-34) O comentário
de que, na época em que Moisés morreu, “seu olho não se havia
turvado e seu vigor vital não lhe havia fugido”, indica que ele tinha
o poder sustentador de Deus. — Deuteronômio 34:7.

♦ 95:3 — Em que sentido é Yehowah “Rei sobre todos os outros


deuses”?

Yehowah, como Soberano Universal, é supremo e é Rei sobre todas


as outras deidades no sentido de que é muito superior a elas.
Simplesmente não há comparação entre Deus e quaisquer anjos ou
algo mais que alguns talvez adorem, inclusive inexistentes deuses
falsos.
Lição para nós: O Salmo 91 destaca outro motivo de bendizermos a
Yehowah: o “lugar secreto do Altíssimo”. (Versículo 1) Trata-se do
lugar de segurança espiritual, de proteção contra o dano espiritual,
para os que cumprem os requisitos especificados neste salmo. É
“secreto” no sentido de que é desconhecido às pessoas do mundo, às
quais falta visão espiritual. Ser este o lugar secreto “do Altíssimo”
indica que encontraremos segurança ali apenas se defendermos o
lado de Yehowah na questão da soberania universal.

Louvai a Jah: Leia os Salmos 101 a 106. Davi descreve ali sua
maneira de administrar assuntos de estado. (Salmo 101) Um aflito
ora a Yehowah para “construir Sião”. (Salmo 102) Exortações para
se ‘bendizer a Yehowah’ seguem nos salmos que trazem à atenção a
misericórdia, a grandiosidade e as obras criativas de Deus. Aqui se
encontra também a primeira de mais de 20 ocorrências, nos Salmos,
da expressão: “Louvai a Jah!” (Salmos 103, 104) Por fim, dois
salmos históricos bendizem a Yehowah por seus atos a favor de seu
povo. — Salmos 105, 106.

♦ 102:25 — Quem ‘lançou os alicerces da terra’?

O salmista estava falando sobre Yehowah, mas o apóstolo Paulo


aplicou estas palavras a Yeshua Messiah (Jesus Cristo). (Hebreus
1:10, 11) Acontece que essas palavras também se aplicam a Yeshua
(Jesus), porque ele atuou como Agente de Yehowah na criação do
universo. (Colossenses 1:15, 16) De modo que se pode dizer
também de Yeshua (Jesus) que ele ‘lançou os alicerces da terra’.

♦ 103:14 — A que se refere a “formação”?

A palavra traduzida aqui por “formação” relaciona-se com o verbo


“formar” usado em Gênesis 2:7, e com o substantivo “oleiro” usado
com referência a alguém que modela argila. (Isaías 29:16; Jeremias
18:2-6) De modo que o salmista nos lembra que Yehowah, o
Grande Oleiro, lida conosco com ternura, sabendo que somos tão
frágeis como vasos de barro. — Veja 2 Coríntios 4:7

♦ 104:4 — Como é que Yehowah “faz os seus anjos espíritos”?


Visto que os anjos já são criaturas espirituais, não pode referir-se a
seus corpos espirituais. A palavra “espírito”, porém, pode também
significar “vento” ou “força ativa”. Assim, Deus pode usar seus
anjos como forças poderosas para executar a sua vontade. Eles
podem também ser usados como agentes executores — como “fogo
devorador”. É tranquilizador para os cristãos saber que sua obra de
pregação é apoiada por tais poderosas criaturas angélicas. — Veja
Apocalipse 14:6, 7.

Lição para nós: O Salmo 106 nos ajuda a reconhecer que os


rebeldes Corá, Datã e Abirão invejavam a posição de Moisés como
administrador da nação de Deus. (Salmo 106:16; Números 16:2-11)
No fim, a rebelião foi esmagada, quando “um fogo foi arder” entre
os rebeldes. (Salmo 106:18) Aqui certamente são evidenciados os
perigos do orgulho e da inveja. Falar contra os servos designados de
Yehowah, hoje, pode igualmente resultar no desagrado dele. —
Hebreus 13:17; Judas 4, 8, 11.

Deveras, Yehowah nos tem dado muitas coisas pelas quais devemos
ser gratos. Quando tomamos em consideração todas as bênçãos que
ele derramou sobre nós, devemos fazer aquilo a que o salmista nos
exorta: “Bendize a Yehowah, ó minha alma”. — Salmo 103: 1.
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Lições das Escrituras: Zacarias 1:1–


14:21
Deus levanta o ânimo de seu povo

Em fins de 538 AEC, ou no começo de 537 AEC, o rei persa Ciro


decretou que os judeus deviam retornar de Babilônia a Jerusalém
para ‘reconstruir a casa de Yehowah’. (Esdras 1:3) Mas, por volta
de 520 AEC, o templo ainda não havia sido reconstruído. Assim,
Deus suscitou o profeta Zacarias para trabalhar junto com Ageu em
levantar o ânimo do povo.

As palavras inspiradas de Zacarias revigoraram os judeus fiéis, pois


mostraram que Yehowah os apoiava e abençoaria seu trabalho. Este
livro bíblico também nos entusiasma porque contém profecias
messiânicas, bem como outras profecias que se cumprem em nossos
tempos. Além disso, nos provê lições valiosas.

Deus Abençoa Seu Povo

Yehowah se preocupa com seu povo. Depois que os judeus


admitem que a disciplina que Deus lhes aplicou foi justa, Zacarias
tem três visões que mostram o Seu contínuo interesse neles. Na
primeira, ele vê cavalos com cavaleiros angélicos. Um anjo se sente
aflito porque as nações que causaram a calamidade dos judeus ‘têm
sossego’. Na segunda, Deus determina arremessar para baixo os
“quatro chifres” — as potências governamentais que dispersaram o
seu povo. E a terceira visão descreve vividamente o amor e o
desvelo protetor de Yehowah para com Jerusalém. — 1:1–2:13.

Ninguém será capaz de impedir os servos fiéis de Deus. Na quarta


visão, Satanás, o principal opositor do povo de Deus, é
categoricamente repreendido. (Compare com Apocalipse 12:10.) Na
quinta, Zacarias toma conhecimento de que o povo de Deus fará a
Sua vontade apesar de obstáculos montanhescos. Como? “‘Não por
força militar, nem por poder, mas por meu espírito’, disse Yehowah
dos exércitos.” — 3:1–4:14.

Os servos de Deus ‘odeiam o que é mau’. (Salmo 97:10, 11) Na


sexta visão, Deus pronuncia uma maldição contra os transgressores
que até agora não foram punidos. E na sétima, uma representação da
iniquidade é levada à “terra de Sinear”, sede da falsa religião
babilônica. É onde ela merece estar! O mal não tem lugar entre o
povo de Deus, que odeia o que é mau. A seguir, Zacarias vê quatro
carros puxados a cavalo — forças espirituais angélicas
comissionadas a proteger os servos de Deus na terra. — 5:1–6:8.

Vislumbres Proféticos

O cumprimento da palavra profética de Yehowah é emocionante e


fortalece a fé. Quão veraz isso é no caso dos vislumbres proféticos
de Zacarias para os nossos dias! Com prata e ouro contribuídos
pelos judeus exilados, ele deve fazer uma grandiosa coroa para o
sumo sacerdote, Josué. Ademais, “virão os que estão longe [em
Babilônia] e realmente construirão o templo de Yehowah”, assim
como muitos deixaram Babilônia, a Grande, para ajudar na
construção espiritual do templo de Deus hoje. A correção de idéias
errôneas sobre o jejum levou a uma descrição da vindoura condição
jubilosa de Jerusalém. Foi predito que ‘dez homens dentre todas as
nações’ se juntariam aos judeus espirituais na adoração verdadeira.
(Gálatas 6:16; Apocalipse 7:4-10) “Brada em triunfo, ó filha de
Jerusalém”, diz Yehowah. O seu rei vem montado num jumento e
‘falará de paz às nações’. — 6:9–9:11.

Deus e os Pastores

Os superintenderes têm pesada responsabilidade e devem servir


com zelo. Depois de prometer salvar seu povo, Yehowah expressa
sua ira contra os pastores infiéis. “Três pastores” corrompem o
rebanho a tal ponto que Deus rompe o pacto com o seu povo.
Jerusalém se tornará uma “pedra pesada”. Quem quer que a ataque
‘se arranhará severamente’. Mas “os xeques de Judá” — os que
supervisionam o povo escolhido de Deus — precisam ser como
“tocha acesa”, notavelmente zelosos. — 9:12–12:14.

Deus odeia simulações. Na congregação de Deus, quem quer que


persista em ‘falar falsidade’ será ‘traspassado’, isto é, rejeitado
como apóstata. “Duas partes” na terra serão decepadas, ao passo que
a terceira parte será refinada por fogo. Num paralelo com isso, a
grande maioria dos que afirmam ser cristãos — os da cristandade —
tem sido decepada por Deus. Nesses últimos dias, apenas uma
pequena minoria de cristãos fiéis tem invocado o nome de Yehowah
e se submetido ao Seu processo de refinamento. — 13:1-9.

O povo de Deus pode confiar na Sua proteção. Quando os


inimigos tentarem destruir os adoradores verdadeiros, Deus
protegerá seu povo e aniquilará a multidão dos de Satanás. Em
resultado de o monte das Oliveiras ser fendido, surge um vale
simbólico no qual os ungidos experimentam a proteção sob o Reino
universal de Deus e do governo messiânico de seu Filho. Haverá luz
para os servos fiéis de Deus e escuridão para as nações. A
humanidade precisa escolher: adorar a Yehowah junto com o seu
povo ou então sofrer destruição eterna. — 14:1-21.

Textos Bíblicos Examinados

• 1:3 — Embora os judeus tivessem retornado de Babilônia em 537


AEC, eles foram também instados a retornar a Deus em obediência
e adoração de toda a alma. Dariam evidência visível desse retorno
por se dedicarem à reconstrução até que o templo ficasse pronto.

• 2:1-5 — Provavelmente, aquele moço estava medindo Jerusalém


para construir uma muralha protetora ao seu redor. Mas, o anjo
indicou que o crescimento da cidade não devia ser limitado por uma
muralha. Humano algum poderia impedir o contínuo crescimento de
Jerusalém. Yehowah seria a sua proteção, assim como ele hoje
protege o restante do Israel de Deus que fará parte da celestial Nova
Jerusalém. — Apocalipse 21:2.

• 6:11-15 — A coroação do Sumo Sacerdote Josué não fez dele um


sacerdote-rei, pois ele não era da linhagem régia de Davi. Em vez
disso, fez de Josué uma figura profética do Messias, em quem a
profecia sobre o “Renovo” seria plenamente cumprida. (Zacarias
3:8; Jeremias 23:5) Josué ajudou a acabar a reconstrução do templo
de Jerusalém. O Sacerdote-Rei celestial, Jesus Cristo, leva a término
a obra relacionada com o templo espiritual.

• 11:4-11 — Pessoas semelhantes a ovelhas eram “o rebanho


destinado à matança”, pois os pastores governamentais os
exploravam. Com um bordão chamado “Afabilidade” e outro
“União”, Zacarias agiu como pastor, usando um bordão para guiar o
rebanho e uma vara para afugentar animais selvagens. (Salmo 23:4)
Ele prefigurou a Jesus, que foi enviado para ser o pastor espiritual,
mas foi rejeitado pelos judeus. Quando Zacarias quebrou o bordão
Afabilidade, Deus parou de lidar afavelmente com os judeus,
rompendo o seu pacto com eles. E, ao Zacarias quebrar o bordão
União, o cancelamento por Deus do pacto da Lei com Israel deixou
os judeus sem vínculo de união teocrática. A sua desunião religiosa
resultou ser desastrosa, com a destruição de Jerusalém pelos
romanos, em 70 EC.
• 12:11 — “O lamento de Hadadrimom” talvez se refira ao pranto
por causa da morte do rei Josias, de Judá. Hadadrimom
evidentemente era um local no vale de Megido, onde ele foi morto
em batalha contra o faraó Neco. A morte de Josias foi lamentada,
Jeremias salmodiava e os cantores se referiam ao rei em endechas.
— 2 Crônicas 35:20-25.
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Lições das Escrituras: Ageu 1:1—2:23


O livro de Ageu nos leva a 520 AEC, 17 anos depois que um
restante judaico retornou a Jerusalém para reconstruir o templo de
Yehowah. (Ageu 1:1) Era tempo para todos fixarem seu coração na
obra de Deus. Todavia, Yehowah viu ser necessário enviar o profeta
Ageu para lembrar Seu povo de sua obrigação. Há lições nisso para
nós?

Dê Prioridade à Obra de Deus

Jamais coloque interesses materiais a frente de deveres


espirituais. Os judeus que voltaram à sua terra natal tinham razão
para se preocupar com incertezas econômicas, vizinhos hostis, e
assim por diante. Mas, estas não eram as causas de sua negligência,
em vista de suas faustuosas condições de vida. Apenas após terem
sido despertados por Ageu é que eles começaram a trabalhar no
templo. Igualmente hoje, temos de ‘fixar o nosso coração nos
nossos caminhos’ e estar certos de que apoiamos o trabalho de Deus
na medida mais plena possível. — Ageu 1:2-15.

Yehowah abençoa os empenhos dos que fazem o seu trabalho de


todo o coração. Deus abençoaria o trabalho de Zorobabel e de
outros judeus em completar o templo, e a sua glória ultrapassaria a
da casa anterior. Com uma “grande multidão” aceitando a
mensagem do Reino de Deus hoje, “as coisas desejáveis de todas as
nações” estão afluindo ao templo espiritual de Yehowah, e ele está
‘enchendo a sua casa de glória’. — Ageu 2:1-9; Apocalipse 7:9.
Exige-se Serviço de Todo o Coração

A nossa adoração tem valor apenas se somos limpos, se as nossas


motivações são puras e se servimos a Deus de coração pleno.
Negligenciar a casa de Deus tornou impuros os judeus, mas ele os
abençoaria assim que a obra do templo começasse. Assim, se
havemos de usufruir a bênção de Deus, temos de corrigir o que quer
que necessite de atenção e pôr nosso coração no Seu trabalho.
(Compare com Números 19:11-13.) À medida que esperamos por
Deus, para que abale os céus e a terra, derrubando reinos, sigamos o
antitípico Zorobabel, Jesus Cristo, e participemos de todo o coração
na obra de Deus. — Ageu 2:10-23.

Textos Bíblicos Examinados

• Ageu 1:6 — Visto que os judeus negligenciavam o templo de


Yehowah, este não os abençoava. Assim, semeavam muito mas
colhiam pouco, e faltava-lhes suficiente alimento e bebida para
suprir as suas necessidades. A roupa era ou insuficiente ou de baixa
qualidade para mantê-los aquecidos, e os assalariados pareciam
colocar dinheiro numa bolsa furada. Dessemelhante daqueles
judeus, jamais negligenciemos os interesses divinos. — Provérbios
10:22; Neemias 10:39.

• Ageu 2:9 — Ao passo que o templo “anterior”, construído por


Salomão, permaneceu por 420 anos, a “última casa” foi usada por
584 anos (515 AEC-70 EC). Assim, o segundo templo durou mais
tempo. Um número maior de adoradores afluíam a ele, como em
Pentecostes de 33 EC, quando acorreram a ele judeus e prosélitos de
fora da Judéia. Ademais, o Messias, Jesus Cristo, ensinou na
“última casa”. Tais fatores deram a ela maior glória religiosa.
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Lições das Escrituras: Sofonias 1:1–3:20


Busque a Deus e sirva-o de todo o coração

Uns 50 anos antes de os babilônios devastarem a apóstata Judá,


Yehowah declarou através de seu profeta Sofonias: “Sem falta
acabarei com tudo na superfície do solo.” (1:1, 2) Mas Deus
também mostrou ao seu povo o caminho à segurança. (2:3; 3:9)
Sobre isso, o livro de Sofonias contém lições valiosas para todos os
que agora encaram “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-
poderoso”. — Apocalipse 16:14.

O Dia de Yehowah Está Próximo

Com o dia de Yehowah tão próximo, qualquer pessoa que se afastou


de Deus deve rapidamente retornar a ele. Entre os que Deus
‘acabará’ se encontram “os que retrocedem de seguir a Yehowah”.
Eles se desviaram e não mais se preocupam com a vontade de Deus.
Que situação perigosa! Deve ser imediatamente corrigida. —
Sofonias 1:3-11.

A riqueza material não proverá segurança no dia de Deus. Alguns


dos que afirmam servir a Deus se ocupam em empenhos materiais,
acomodando-se numa situação confortável. Mas, como se iludem!
As suas coisas materiais não oferecerão segurança ‘nesse dia’. —
Sofonias 1:12-18.

A Salvação É Possível

Para ser escondido no dia de Yehowah, é preciso mais do que


conhecimento superficial das Escrituras. Os “mansos” que ‘têm
praticado a Sua própria decisão judicial’ são admoestados a ‘buscar
a Yehowah, buscar a justiça, buscar a mansidão’. Apenas aqueles
que ‘perseverarem até o fim’ serão salvos. — Sofonias 2:1-3;
Mateus 24:13.

As nações que hoje oprimem o povo de Yehowah serão destruídas.


Terão a mesma experiência de Moabe, Amom, Assíria, e outras
nações ao redor de Judá. Babilônia, a Grande, também está fadada à
destruição. (Apocalipse 18:4-8) Quanto isso nos incentiva a levar
vigorosamente avante a declaração do julgamento de Deus! —
Sofonias 2:4-15.

Um Povo Restaurado
Yehowah está agora preparando seu povo para a sobrevivência. Já
abandonou você idéias babilônicas e começou a falar a “língua
pura” da preciosa verdade bíblica? Tem você ‘invocado o nome de
Yehowah’ por servi-Lo? Está ‘trazendo uma dádiva’, isto é, ‘o fruto
de lábios que fazem declaração pública do Seu nome’? Para
sobreviver, é preciso servir “ombro a ombro” com o povo de Deus.
— Sofonias 3:1-10; Romanos 10:13-15; Hebreus 13:15.

Para a salvação, precisamos buscar a Deus e manter elevado o


seu santo nome. A altivez, a injustiça e mentiras não têm lugar
entre o povo de Deus. (Efésios 4:25-32) Apenas ‘humildes e de
condição humilde’ serão salvos quando Ele santificar o seu nome.
— Sofonias 3:11-20.

TEXTOS EXAMINADOS

• Sofonias 1:5 — Malcão, possivelmente o mesmo que Milcom, ou


Moloque, era o principal deus falso dos amonitas. (1 Reis 11:5, 7) A
adoração de Moloque incluía o repugnante sacrifício de crianças e
era condenada pela Lei. — Levítico 20:2-5; Atos 7:42, 43.

• Sofonias 2:14 — Como predito, os pilares tombados da desolada


Nínive e seus capitéis se tornaram lugares para aves e animais
selvagens. Aves e provavelmente o vento ‘cantavam’ nas janelas
desertas. Vãos de porta e até mesmo interiores palacianos foram
devastados.

• Sofonias 3:9 — Uma língua humana em comum não garante


união, como indicam as guerras travadas entre povos da mesma
língua. A “língua pura” é a verdade bíblica, o “modelo de palavras
salutares”. (2 Timóteo 1:13) Ela transcende o orgulho, glorifica a
Deus e unifica todos os que a falam.
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Será possível a salvação quando Deus tomar vingança

“Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá.” (Salmo 37:10) Que estas
palavras se cumprirão é vigorosamente indicado no livro escrito por Naum. Este homem
corajoso terminou o registro de suas profecias no reino de Judá durante a última parte
do sétimo século AEC.
Primeiro, considere a profecia de Deus declarada por Naum. Que lições contém?

A Vingança de Deus É Certa

Yehowah exige devoção exclusiva. (Êxodo 20:5) Num pronunciamento contra a capital
da Assíria, Nínive, Naum mostra que a vingança de Deus será executada contra os
inimigos que não Lhe prestam essa devoção. Ora, diante Dele os montes tremem, os
morros se derretem e a terra é sublevada! Quem pode suportar o calor de sua ira? —
1:1-6.

Podemos confiar em Yehowah como refúgio. Sim, Deus protege os que se refugiam
nele. Com o extermínio de seus inimigos, a aflição não se levantará pela segunda vez.
Há boas novas de paz para Judá, pois a adoração verdadeira não será impedida. — 1:7–
2:2.

Os injustos não serão bem-sucedidos. O que aconteceu com Nínive torna isso evidente.
O tratamento cruel que dispensava aos cativos fez dela “a cidade de derramamento de
sangue”. Como se fosse uma guarida de leões, essa cidade grandemente fortificada
parecia segura atrás de suas espessas muralhas. Mas, por decreto de Deus, Nínive
sofreria o mesmo destino que ela infligira à antiga Nô-Amom, ou Tebas, à beira do rio
Nilo. Por causa de seus pecados, a capital da Assíria seria desolada. Esta profecia se
cumpriu quando as forças conjuntas do rei babilônio Nabopolassar e Ciaxares, o medo,
capturaram Nínive em 632 AEC. — 2:3–3:19.
GGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG

NAUM 1:1-3:19
Será possível a salvação quando Deus tomar vingança

“Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá.” (Salmo 37:10) Que estas
palavras se cumprirão é vigorosamente indicado no livro escrito por Naum. Este homem
corajoso terminou o registro de suas profecias no reino de Judá durante a última parte
do sétimo século AEC.

Primeiro, considere a profecia de Deus declarada por Naum. Que lições contém?

A Vingança de Deus É Certa

Yehowah exige devoção exclusiva. (Êxodo 20:5) Num pronunciamento contra a capital
da Assíria, Nínive, Naum mostra que a vingança de Deus será executada contra os
inimigos que não Lhe prestam essa devoção. Ora, diante Dele os montes tremem, os
morros se derretem e a terra é sublevada! Quem pode suportar o calor de sua ira? —
1:1-6.

Podemos confiar em Yehowah como refúgio. Sim, Deus protege os que se refugiam
nele. Com o extermínio de seus inimigos, a aflição não se levantará pela segunda vez.
Há boas novas de paz para Judá, pois a adoração verdadeira não será impedida. — 1:7–
2:2.
Os injustos não serão bem-sucedidos. O que aconteceu com Nínive torna isso evidente.
O tratamento cruel que dispensava aos cativos fez dela “a cidade de derramamento de
sangue”. Como se fosse uma guarida de leões, essa cidade grandemente fortificada
parecia segura atrás de suas espessas muralhas. Mas, por decreto de Deus, Nínive
sofreria o mesmo destino que ela infligira à antiga Nô-Amom, ou Tebas, à beira do rio
Nilo. Por causa de seus pecados, a capital da Assíria seria desolada. Esta profecia se
cumpriu quando as forças conjuntas do rei babilônio Nabopolassar e Ciaxares, o medo,
capturaram Nínive em 632 AEC. — 2:3–3:19.

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Lições das Escrituras: Amós 1:1–9:15

A extinção de uma nação

“Apronta-te para te encontrares com o teu Deus”, diz “Yehowah,


Deus dos exércitos”, à nação de Israel. (Amós 4:12, 13) A razão?
Cegados pela prosperidade, os israelitas haviam esquecido a Lei de
Deus e eram culpados de poluir a Sua terra sagrada com idolatria,
imoralidade, derramamento de sangue e violência.

Como profeta de Yehowah, Amós é suscitado para transmitir uma


mensagem de aviso não apenas para a sua própria nação de Judá,
mas, em especial, para o reino setentrional de Israel. Ele condena
Israel por seu estilo de vida comodista e prediz a sua consequente
extinção às mãos de nações inimigas. O livro de Amós, escrito em
algum tempo entre 829 AEC e 804 AEC, provê vislumbres da
habilidade de Deus de prever vindouros desastres e apresenta
alguns avisos oportunos.

Destruição Ardente dos Inimigos de Deus


Ninguém pode escapar dos julgamentos de Deus. Quão veraz isso
foi no caso das nações de Damasco (Síria), Gaza (Filístia), Tiro,
Edom, Amom, Moabe e Judá! Yehowah ‘não voltará atrás’ a sua
mão contra eles por suas transgressões. Não obstante, a sua
predita calamidade apenas serviu para enfatizar o julgamento que
Israel sofreria por deixar de manter a sua relação pactuada com
Deus e guardar as suas leis. — Amós 1:1–2:16.

Acate o aviso de Deus. “Somente a vós vos conheci dentre todas as


famílias do solo”, diz Deus a Israel. (Amós 3:2) Contudo, o seu
proceder pecaminoso mostrou desprezo para com o nome e a
soberania de Deus. Muitos estavam decididos a ficar ricos, vivendo
em luxo ocioso com ‘uma casa de inverno em adição à uma casa de
verão’, à custa de seus próprios irmãos. (Amós 3:15) Com pesos
enganosos, fraudavam egoistamente os pobres. Terem
abandonado a adoração verdadeira significava que a punição de
Deus era merecida. Todavia, ‘Yehowah não faria coisa alguma sem
antes o revelar a seus servos’. Assim, Amós prediz os julgamentos
de Yehowah os adverte: “Apronta-te para te encontrares com o
teu Deus.” — Amós 3:1–4:13.

Yehowah É Salvação

Deus será misericordioso com os que se arrependem. “Buscai-me e


continuai vivendo”, apela Yehowah a Israel. (Amós 5:4) “Odiai o
que é mau e amai o que é bom.” (Amós 5:15) Mas, tais palavras
são desconsideradas. Apóstatas preferiam subir a Betel e a Gilgal,
centros de adoração de ídolos, para oferecer sacrifícios a deuses
falsos. (Amós 5:26; 1 Reis 12:28-30) Em leitos de marfim
ornamentados, vaidosos malfeitores engolem sofregamente vinhos
selecionados e se regalam com o melhor dos alimentos e óleos.
(Amós 5:11; 6:4-6) “O dia de Yehowah” se aproxima, e, “pela sua
própria alma”, Deus jurou a destruição de Israel. (Amós 5:18; 6:8)
Deus suscitará uma nação para oprimir Israel e levá-lo ao exílio. —
Amós 5:1–6:14.

Tema a Deus, não aos opositores. A destruição de Israel poderia


ser realizada por um enxame de gafanhotos ou por um fogo
devorador. Amós apelou a Deus em favor de Israel e “Yehowah
deplorou” Seu julgamento, de modo que não foi executado dessa
maneira. Contudo, como um construtor que verifica a verticalidade
de uma parede com um prumo, Deus ‘não mais desculpará’ Israel.
(Amós 7:1-8) A nação precisa ser desolada. Exasperado pela
mensagem do profeta, Amazias, um sacerdote da adoração de
bezerro, acusa falsamente a Amós de traição e manda-lhe ‘fugir
para a terra de Judá e não mais profetizar’ em Betel. (Amós 7:12,
13) Será que Amós se acovarda? Não! Destemidamente prediz a
morte de Amazias e calamidade para a sua família. Assim como as
frutas são recolhidas na época própria para a colheita, é tempo de
Deus acertar as contas com Israel. Não haverá escapatória. —
Amós 7:1–8:14.

Há esperança para os que confiam em Yehowah. “Não aniquilarei


completamente a casa de Jacó”, diz Yehowah. Ainda há esperança
para alguns dos descendentes de Jacó, mas não para os pecadores.
A sua destruição é certa. Não obstante, Deus ‘recolherá os cativos’
de Israel. — Amós 9:1-15.

Lições para hoje: Os que se fizerem inimigos de Deus serão


julgados dignos de morte. Contudo, quem quer que acate a
mensagem de aviso divino para se arrepender receberá a
misericórdia de Yehowah e continuará vivo. Se temermos a Deus,
não permitiremos que opositores nos impeçam de fazer a Sua
vontade.
TEXTOS BÍBLICOS EXAMINADOS

• 1:5 — As cidades antigas tinham altas muralhas e enormes


portões. Para trancar tais portões, colocavam-se neles, pelo lado
de dentro, longas barras de ferro ou de bronze. ‘Quebrar a tranca
de Damasco’ significava que a capital síria cairia diante dos assírios.
Seria como se os portões da cidade não pudessem ser trancados
por terem sido quebradas as suas barras. — 2 Reis 16:8, 9.

• 4:1— As mulheres que amavam o luxo e moravam em Samaria


foram chamadas de “vacas de Basã”. As ricas pastagens de Basã
contribuíam para a produção de excelentes raças de animais.
(Deuteronômio 32:14; Ezequiel 39:18) Essas egoístas “vacas de
Basã” evidentemente impeliam seus “amos”, ou maridos, a
extorquir dinheiro dos pobres a fim de encher suas próprias “casas
de marfim”. (Amós 3:15) Tais ações, porém, resultaram em
retribuição divina.

• 4:6 — A expressão “limpeza de dentes” é explicada pela frase


paralela “carência de pão”. Assim, parece referir-se a uma época
de fome, quando os dentes estariam limpos por não haver nada
para comer. Evidentemente, Deus expressou a sua desaprovação
com relação ao reino de dez tribos por causar uma fome no país,
como advertira muito antes. (Deuteronômio 28:48) Contudo, nem
esta nem outras expressões de julgamento divino tocaram o
coração deste povo violador de pacto. — Amós 4:6, 8-11.

• 5:2 — Quando Amós enunciou a sua profecia, nem o povo e


tampouco a terra de Israel haviam sido subjugados e violentados
por uma potência estrangeira. Assim, eles foram personificados
como virgem. Mas, dentro de poucos anos, a virgem Israel cairia
diante dos assírios e ‘iria para o exílio além de Damasco’. (Amós
5:27) Amós tem tanta certeza de que Israel será destruída por
causa de sua infidelidade que ele descreve isso como já tendo
ocorrido.

• 7:1— ‘A grama cortada do rei’ mui provavelmente se referia ao


imposto ou tributo cobrado pelo rei para prover alimento para
seus animais e sua cavalaria. O imposto do rei devia ser pago
primeiro, depois do que o povo podia obter a “grama”, ou
vegetação, para seu próprio consumo. Mas, antes que pudessem
fazer isso, vieram os gafanhotos e devoraram esse plantio
posterior.

• 8:2 — As frutas de verão eram colhidas mais para o fim da época


de colheita. O fim do ano agrícola, portanto, simbolizava que Israel
chegara ao seu fim. “Não mais os desculparei”, declarou Jeová. A
nação merecia a execução de Seu julgamento.

• 9:7 — Por causa de seus ancestrais fiéis, Yehowah escolhera os


israelitas, libertara seus antepassados da servidão egípcia e os
trouxera a Canaã. Mas não tinham motivo para se orgulhar disso,
pois a sua iniquidade os colocara na mesma situação que os
cusitas. (Compare com Romanos 2:25.) Igualmente, terem sido
libertados do Egito não era uma garantia maior de continuada
aprovação divina do que o fato de os filisteus e os sírios viver em
regiões diferentes das que ocupavam antes. Descenderem dos fiéis
patriarcas não salvaria os israelitas. Uma posição aprovada perante
Deus depende da sujeição à Sua vontade. — Amós 9:8-10; Atos
10:34, 35.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Lições das Escrituras: Joel 1:1–3:21
Lições das Escrituras: Joel 1:1–3:21
Invoque o nome de Deus e salve-se!
“Se A praga fugir ao controle, ela se espalhará pela África Oriental e pelo Oriente Próximo. Isto
poderia ser um desastre.” Assim disse um funcionário da Organização das Nações Unidas Para
a Alimentação e a Agricultura a respeito do inseto voraz que atualmente invade aos bilhões o
noroeste da África — o gafanhoto.

Por volta do ano 820 AEC, Joel, profeta de Deus, falou sobre uma praga similar. Em termos
vívidos, inigualáveis quanto a precisão e realismo, ele descreveu como a nação de Judá seria
devastada por um violento ataque de insetos. Entretanto, esta praga prefigurava algo muito
mais significativo do que uma ameaça ecológica. Anunciava o “dia de Deus”! Nossa geração se
confronta com este “atemorizante dia” e toda a sua fúria destrutiva. Há esperança de
salvação? E que lições podemos aprender do livro profético de Joel?

Terrível Invasão de Insetos.

O arrependimento é necessário para a salvação no atemorizante dia de Deus. Através dos


olhos de Joel, vemos uma calamidade, ao passo que aquela terra está sendo despojada da
vegetação por enxames de lagartas, gafanhotos, larvas de gafanhotos e baratas. Sacerdotes,
anciãos e outros habitantes de Judá são exortados a se arrepender ‘e a clamar a Deus por
socorro’. Depósitos são desolados e celeiros são derrubados, ao passo que ficam privados dos
produtos do campo. Os animais domésticos vagueiam em confusão, procurando em vão algum
pasto. Que dia de assolação da parte do Todo-poderoso! — 1:1-20.

A proximidade do dia de Deus devia induzir-nos a nos empenhar em atos santos e em ações
piedosas. (2 Pedro 3:10-12) Joel habilita-nos a considerar este dia como um de escuridão, de
nuvens e de densas trevas. Os gafanhotos são um terrível prenúncio deste dia. Depois deles, a
paisagem edênica de Judá torna-se um ermo desolado. O próprio ruído dos gafanhotos
também é agourento, porque é semelhante ao de carros e ao dum fogo chamejante que
devora o restolho. Ao passo que os gafanhotos avançam “como um povo forte, posto em
ordem de batalha”, eles sobem em muralhas, invadem cidades e penetram em casas. Até
mesmo o sol e a lua ficam escuros durante o “atemorizante dia de Deus”. — 2:1-11.

O Meio de Salvação. Para termos a salvação, temos de reconhecer que ‘Deus é Deus e não há
outro’. “Retornai a mim de todo o vosso coração”, aconselha Deus. Idosos e jovens são
exortados a se reunir em assembléia solene para implorar o favor divino. Deus mostrará
compaixão, compensará a devastação causada pelos insetos e abençoará seu povo com
abundância. Aqueles que reconhecerem a posição de Deus como o único Deus verdadeiro e
Fonte de salvação não se envergonharão. — 2:12-27.
Nossa salvação também depende de invocarmos o nome de Deus com fé. Antes de chegar “o
grande e atemorizante dia de Deus”, Ele ‘derramará seu espírito sobre toda sorte de carne’.
Jovens e idosos, homens e mulheres, farão uma obra de profetizar. Assim, muitos ficarão
sabendo que “aquele que invocar o nome de Deus salvar-se-á”. — 2:28-32.

Julgamento das Nações. Deus salvará seu povo fiel quando executar o julgamento nas nações.
(Veja Ezequiel 38:18-23; Apocalipse 16:14-16.) Tiro, Sídon e a Filístia têm de pagar por terem
maltratado o povo de Deus e o terem vendido em escravidão. Deus trará de volta os cativos de
Judá e de Jerusalém, e desafia seus adversários, dizendo: “Santificai a guerra!” Mas, eles não
estão à altura de Deus, o qual executa neles o julgamento na simbólica “baixada de Jeosafá”.
Embora tremam céu e terra, Deus será um refúgio para o seu povo. Os fiéis sobreviverão ao
julgamento executado nas nações e usufruirão a vida em condições paradísicas. — 3:1-21.

Lições a lembrar: Requer-se o arrependimento antecipado, se a pessoa há de ser salva durante


o atemorizante dia de Deus. A proximidade daquele dia devia induzir-nos a nos empenharmos
em atos santos e ações piedosas. Naturalmente, nossa salvação depende de reconhecermos
que somente Deus é Deus. E se invocarmos seu nome com fé, ele nos salvará quando executar
o julgamento nas nações.

A profecia de Joel nos dá ainda mais em que refletir. Ora, “o grande e atemorizante dia de
Deus” é iminente! A humanidade tem de ser avisada. Os cristãos genuínos, iguais aos
gafanhotos na profecia de Joel, devastam a cristandade por implacavelmente expor a condição
espiritualmente estéril dela. Isto suscita a fúria e a oposição dos líderes dela, mas quaisquer
obstáculos que procuram colocar como muralha no caminho dos gafanhotos simbólicos
mostram-se ineficazes. Deus tem derramado seu Espírito sobre o seu povo, equipando-o para
anunciar os Seus julgamentos. Portanto, no pouco tempo que resta antes do atemorizante dia
de Deus, participemos plenamente em ajudar outros a ‘invocar o nome de Jeová para se
salvarem’.

TEXTOS BÍBLICOS EXAMINADOS

• 1:2 — Joel dirigiu-se aos “anciãos” que haviam desencaminhado a nação. Visto que os
“habitantes da terra” haviam seguido esta falsa liderança, também eram responsáveis aos
olhos de Deus. Atualmente, os líderes religiosos da cristandade similarmente têm
desencaminhado seus rebanhos. Os verdadeiros cristãos, iguais a Joel, têm dirigido suas
mensagens a esta classe clerical. Todavia, é preciso que se declare a Palavra de Deus ao povo
em geral, porque este também terá de prestar contas a Deus. — Isaías 9:15-17; Romanos
14:12.

• 2:1-10, 28 — Os israelitas foram avisados de que, se desobedecessem a Deus, os gafanhotos


e outras criaturas devorariam as suas safras. (Deuteronômio 28:38-45) Visto que as Escrituras
não registram nenhum ataque por insetos contra Canaã nas proporções mencionadas por Joel,
a praga descrita por ele evidentemente era simbólica. Pelo que parece, a profecia começou a
cumprir-se em Pentecostes de 33 EC, quando Deus começou a ‘derramar o seu Espírito’ sobre
os seguidores de Jesus, os quais atormentaram os adeptos das religiões falsas com a sua
mensagem dada por Deus. (Atos 2:1, 14-21; 5:27-29) Os cristão verdadeiros realizam agora
uma obra de evangelização devastadoramente similar.

• 2:12, 13 — Nos tempos antigos, rasgar alguém sua vestimenta era uma expressão externa de
pesar. (Gênesis 37:29, 30; 44:13) Mas esta podia ser tanto insincera, como hipócrita. Joel
tornou claro que expressões externas de tristeza não bastavam. As pessoas precisavam ‘rasgar
o coração’ por mostrar um arrependimento de coração.

• 2:31, 32 — Deus proveu aos fiéis um meio de escape da destruição no tempo de Joel. Agora,
nestes “últimos dias”, Deus torna a salvação possível por meio única e exclusivamente de Jesus
Cristo. (2 Timóteo 3:1; Romanos 5:8, 12; 6:23) Todavia, os humanos pecadores têm de invocar
o nome de Deus para obter a salvação eterna. Isto significa conhecer o Nome Divino, respeitá-
lo de modo pleno e confiar totalmente Naquele que o leva. Aqueles que assim invocarem o
nome de Deus com fé ‘salvar-se-ão’ quando Ele executar seu julgamento nas nações durante o
seu “grande e atemorizante dia”. — Sofonias 2:2, 3; 3:12; Romanos 10:11-13.

• 3:2, 14 — O lugar simbólico para a execução do julgamento divino no “dia de Deus” é


chamado de “baixada da decisão”. Também é chamado de “baixada de Jeosafá”. Isto é
apropriado, visto que o nome Jeosafá significa “Deus É Juiz”. Durante o reinado do Rei Jeosafá,
Deus livrou Judá e Jerusalém das forças de Moabe, Amom e da região montanhosa de Seir,
fazendo que estas ficassem confusas e se matassem mutuamente. (2 Crônicas 20:1-30) Nos
nossos dias, a “baixada de Jeosafá” serve qual simbólico lagar de vinha, no qual as nações são
esmagadas como se fossem uvas, por terem maltratado o povo de Deus.

• 3:6 — Tiro, Sídon e a Filístia eram culpadas de vender pessoas de Judá e de Jerusalém em
escravidão aos gregos. É possível que alguns judeus capturados por outras nações caíssem nas
mãos de traficantes tírios, sidônios e filisteus de escravos. Pior ainda, talvez essas nações
escravizassem judeus que buscavam refúgio contra os seus inimigos. Qualquer que fosse o
caso, Deus chamou às contas esses traficantes de vidas humanas por maltratarem o povo dele.
Isto indica o que aguarda as nações que hoje perseguem os servos de Deus.

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Lições das Escrituras: Oseias 1:1–14:9.


Yehowah, nosso Deus, é misericordioso

Yehowah é “um Deus de atos de perdão, clemente e misericordioso,


vagaroso em irar-se e abundante em benevolência”. (Neemias 9:17)
Ele se apega às suas normas justas, mas convida transgressores a se
arrepender e a usufruir uma boa relação com ele. Quão bem isso foi
ilustrado pelo que Deus disse aos desobedientes israelitas por meio
de seu profeta Oséias!

O livro bíblico que leva o nome de Oséias foi completado por esse
profeta no distrito de Samaria, após o seu longo serviço de uns 59
anos (de cerca de 804 AEC até depois de 745 AEC). Oséias
profetizou no reino de dez tribos de Israel nos dias do rei Jeroboão
II e dos governantes de Judá, Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. (Oséias
1:1) Visto que Israel desprezou chamadas ao arrependimento, a
nação caiu diante dos assírios, e a sua capital, Samaria, foi destruída
em 740 AEC. Embora a profecia de Oséias fosse dirigida a pessoas
de séculos passados, ela contém lições para nós a respeito da
misericórdia de nosso Deus, Yehowah.

O Proceder Desobediente de Israel. Yehowah concede misericórdia


à base do arrependimento sincero do pecador. (Salmo 51:17;
Provérbios 28:13) A disposição de Deus de mostrar misericórdia
para com Israel foi ilustrada pelos tratos de Oséias com sua esposa,
Gômer. Conforme ordenado, ele tomou “uma esposa de
fornicação”. Após produzir um filho para Oséias, Gômer
evidentemente produziu dois filhos em adultério. Todavia, o profeta
misericordiosamente aceitou de volta a sua esposa. Similarmente,
Israel era como uma esposa infiel a Yehowah, erroneamente
atribuindo bênçãos ao falso deus Baal. Mas, Yehowah estava
disposto a mostrar-lhe misericórdia, caso se arrependesse de seu
adultério espiritual. — 1:1–3:5.

Os pecadores que desejam a misericórdia divina precisam desviar-


se de seu proceder pecaminoso e harmonizar-se com o
conhecimento sobre Deus. (Salmo 119:59, 66, 67) Yehowah tinha
uma justa causa judicial contra os habitantes de Israel porque a
verdade, a benevolência e o conhecimento sobre Deus estavam em
falta no país. Visto que haviam rejeitado o conhecimento, Deus os
rejeitaria. Os idólatras Israel e Judá teriam de prestar contas. Mas,
fora predito que eles buscariam a Deus quando estivessem “em
sério aperto”. — 4:1–5:15.

Ceifaram um Tufão. Obras próprias de arrependimento são


essenciais para que os transgressores tenham a misericórdia de
Deus. (Atos 26:20) “Retornemos a Yehowah”, suplicou Oséias.
Mas, a benevolência de Israel (chamado de Efraim à base de sua
tribo principal) e Judá era “como o orvalho que logo desaparece”. O
povo havia infringido o pacto de Deus e não havia produzido frutos
próprios do arrependimento. “Igual a uma pomba simplória sem
coração”, procuraram a ajuda do Egito e da Assíria. Mas, essas
medidas políticas não lhes beneficiariam mais do que “um arco
frouxo”, incapaz de atirar flechas num alvo. — 6:1–7:16.

Para colher o que é bom, os que buscam a misericórdia de Deus


precisam semear o que é bom. (Gálatas 6:7, 8) Visto que os
israelitas deitaram fora o que era bom, colheram o que era mau.
‘Semeavam vento e ceifariam um tufão.’ Deus ‘voltaria a atenção
para os seus pecados’, e eles ceifariam, não a sua misericórdia, mas
sim o seu julgamento adverso. Tornar-se-iam “fugitivos entre as
nações”, a conquista por parte da Assíria provavelmente
contribuindo para essa situação. — 8:1–9:17; Deuteronômio 28:64,
65; 2 Reis 15:29; 17:1-6, 22, 23; 18:9-12; 1 Crônicas 5:26.

Seremos beneficiados pela misericórdia de Deus apenas se


continuarmos a ter apreço pelas coisas sagradas. (Hebreus 12:14-16)
Os israelitas não tinham tal apreço. Em vez de semearem em justiça
e colherem segundo a benevolência, eles lavravam a iniquidade e
ceifaram a injustiça. Deus chamou Israel para fora do Egito como
um filho, mas o Seu amor foi retribuído com engano. “Deves voltar
ao teu Deus, guardando a benevolência e a justiça”, aconselhou
Yehowah. Mas, Efraim envolveu-se em crassa transgressão e
merecia reprovação em vez de misericórdia. — 10:1–12:14.

Retornar a Deus. Mesmo os que erram seriamente podem retornar a


Yehowah e achar misericórdia. (Salmo 145:8, 9) Oséias fala outra
vez do terno cuidado de Deus para com os israelitas. Embora a
nação se voltasse contra Yehowah, ele prometeu restauração,
dizendo: ‘Do Seol os remirei; da morte os recuperarei.’ Samaria
(Israel) teria de pagar um preço pela rebeldia. Mas, instou-se com os
israelitas a retornar a Deus com palavras salutares, ‘os novilhos dos
lábios’. A profecia conclui com a idéia confortadora de que os
sábios e os justos que andam nos caminhos retos de Yehowah
usufruirão Sua misericórdia e Seu amor. — 13:1–14:9.
Lições a lembrar: Yehowah concede misericórdia à base do
arrependimento sincero do transgressor. Mas, os pecadores que
desejam a sua misericórdia precisam harmonizar-se com o
conhecimento sobre Deus e produzir obras próprias de
arrependimento. Devem semear o que é bom e precisam continuar a
mostrar apreço por coisas sagradas. E pode-se derivar consolo de
saber que mesmo os que erram seriamente podem retornar ao
Altíssimo com esperança, pois Yehowah, nosso Deus, é
misericordioso.

TEXTOS BÍBLICOS EXAMINADOS

○ 2:21-23 — Jezreel significa “Deus semeará”. Yehowah reuniria


um fiel restante e os lançaria como semente em Judá, onde haveria
cereal, vinho doce e azeite. Em favor do necessitado restante, essas
boas coisas pediriam à terra que liberasse minerais às hastes de
cereais, às videiras e às oliveiras. A terra solicitaria chuva aos céus,
e estes por sua vez pediriam a Deus que produzisse nuvens que
proveriam essa necessária chuva.

○ 5:1— Os sacerdotes e os reis apóstatas de Israel se tornaram uma


armadilha e uma rede para o povo, por incitá-lo a praticar a
adoração falsa. Provavelmente, o monte Tabor (a oeste do Jordão) e
Mispá (uma cidade a leste desse rio) eram centros de adoração falsa.
Em todo o Israel, o povo praticava idolatria devido ao mau exemplo
de seus líderes, que teriam um julgamento adverso da parte de Deus.

○ 7:4-8 — Os israelitas adúlteros foram comparados a um forno de


padeiro, ou fornalha, aparentemente por causa dos maus desejos que
ardiam dentro deles. Por se misturar com as nações, adotando seus
modos e por buscar alianças com elas, Efraim (Israel) era também
semelhante a um bolo redondo assado apenas num lado.

○ 9:10 — Os israelitas ‘dedicaram-se à coisa vergonhosa’ ao se


ligarem a Baal de Peor nas planícies de Moabe. (Números 25:1-5)
Oséias usou um verbo hebraico que significa “apartar-se para;
manter-se separado para”. Os israelitas eram dedicados a Deus, mas
se separaram para ligar-se a Baal de Peor. Esse incidente talvez
fosse mencionado porque a adoração de Baal era um dos principais
pecados do reino das dez tribos. (Oséias 2:8, 13) Acatemos esse
aviso e jamais rompamos a nossa relação com Yehowah. — 1
Coríntios 10:8, 11.

○ 10:5 — Bete-Áven (que significa “Casa do Que É Prejudicial”)


foi usada em sentido depreciativo para Betel, que significa “Casa de
Deus”. Betel fora uma Casa de Deus, mas tornou-se casa do que é
prejudicial por causa da adoração de bezerro que se praticava ali. (1
Reis 12:28-30) Quando o ídolo-bezerro fosse levado ao exílio, o
povo temeria por ele. Esse ídolo sem vida não poderia proteger a si
mesmo, muito menos aos que o adoravam. — Salmo 115:4-8.

○ 13:14 — Yehowah não pouparia os desobedientes israelitas por


resgatá-los naquele tempo do poder do Seol ou recobrá-los da
morte. Não mostraria compaixão, pois eles não mereciam
misericórdia. Mas, o apóstolo Paulo mostrou que Deus por fim
tragaria a morte para sempre e anularia a sua vitória. Deus
demonstrou sua capacidade para fazer isso por ressuscitar a Jesus
Cristo da morte e do Seol, fornecendo assim uma garantia de que
pessoas na memória de Deus serão ressuscitadas por seu Filho sob o
Reino de Deus. — João 5:28, 29.
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PROVERBIOS 1:1-31:31
Deus dá esperança em meio ao pesar

Yehowah é “o Deus que dá esperança”, mesmo em meio ao pesar.


(Romanos 15:13) Este ponto fica claro no livro de Lamentações,
escrito pelo profeta de Yehowah, Jeremias, em 607 AEC. Mas,
destaquemos algumas das lições que ele contém.

A Aflição de Jerusalém

O pecado não produz alegria. Veja! A pecadora Jerusalém, outrora


fervilhante capital de Judá, jaz solitária. A própria Judá parece uma
princesa em prantos, enviuvada, pois foi devastada. “Amantes”
como o Egito não a salvaram da conquista babilônica em 607 AEC.
O povo não mais aflui a Sião para as festividades. Os seus filhos
estão cativos, e os inimigos riem de seu colapso. Estrangeiros
impuros dessagraram o templo, e seu povo teve de dar objetos de
valor em troca de alimento. Tudo isso por causa do pecado! — 1:1-
11.

Yehowah pune os transgressores com justiça. Admite-se isto à


medida que a própria Jerusalém fala. Ela pergunta se existe algum
pesar que se iguale à dor que Deus a fez sentir. Ele enviou fogo que
desolou o templo. Os pecados da cidade viraram jugo, e o sangue
fluiu como suco ao Deus pisar o “lagar” dela. Sião estendeu mãos
em pesar e súplica, mas não achou consolador, e Jeová agiu com
justiça ao punir a rebelde Jerusalém. Que os exultantes inimigos
dela sejam tratados por ele com igual severidade! — 1:12-22.

“A Ira de Yehowah”

Os em cargo de responsabilidade têm culpa caso não condenem o


pecado. Deus lançou Jerusalém “do céu para a terra”, permitindo a
destruição dela e de Seu “escabelo”, o templo. (Salmo 132:7) Deste
modo ele “profanou o reino” de Judá. Como se fosse mera tenda, o
templo foi destruído por inimigos cujos brados triunfantes eram
iguais a gritos festivos. Crianças morrendo imploravam alimento a
suas mães. Mas, a quem principalmente cabia a culpa? A falsos
profetas que fizeram pronunciamentos desencaminhadores em vez
de condenar o pecado de Jerusalém. (Jeremias 14:13) Era
apropriado orar, pois muitos morreram nesse ‘dia da ira de
Yehowah’. — 2:1-22.

A Misericórdia de Deus Perdura

Devemos pacientemente esperar em Deus. Jeremias destacou isso


ao falar em nome do povo aflito. Deus dificultou a sua oração, e ele
virou assunto da canção escarnecedora de seus inimigos. A sua
esperança, ou o que “podia esperar da parte de Yehowah”, parecia
ter perecido. Contudo, teria uma “atitude de espera”, porque
“Yehowah é bom para com o que espera nele”. — 3:1-27.

O verdadeiro arrependimento resulta em misericórdia divina.


Convencido disso, Jeremias instou: “Retornemos deveras
diretamente a Yehowah.” Como que com uma massa de nuvem de
ira, Deus impediu a aproximação em oração, devido aos pecados do
povo. Mas, Jeremias orou: “Chamei o teu nome, ó Yehowah. . . .
Não ocultes teu ouvido do alívio para mim.” Naturalmente,
inimigos não arrependidos serão aniquilados. — 3:28-66.

O pecado deliberado pode trazer destruição sobre nós. Por causa


do pecado de Judá, os “filhos preciosos de Sião” eram tidos como
inúteis vasos de barro quebrados. No cerco, os que morreram a
espada estavam em melhores condições do que outros que morriam
lentamente de fome. Deus havia, sem dúvida, ‘derramado a sua ira
ardente’. Profetas e sacerdotes ‘poluídos’ vagueavam às cegas, e o
rei Zedequias, — “o ungido de Jeová” — fora capturado. Agora
Deus voltaria a sua atenção para o pecaminoso Edom. — 4:1-22.

Apenas Deus dá esperança em meio ao pesar. Jeremias sabia disso,


pois implorou: “Lembra-te, ó Yehowah, do que nos aconteceu.”
‘Estrangeiros ocupam as nossas casas. Sofremos as consequências
do erro de nossos antepassados, e meros rapazes carregam lenha em
serviço forçado.’ Não obstante, Jeremias espera misericórdia,
orando: “Traze-nos de volta, ó Yehowah, a ti mesmo, e nós
prontamente voltaremos.” — 5:1-22.

Portanto, reflita nas seguintes lições contidas em Lamentações: O


pecado não produz alegria, Deus pune pecadores com justiça, e os
em cargo de responsabilidade têm culpa caso não condenem a
transgressão. Devemos esperar pacientemente em Deus, confiantes
de que a misericórdia divina resulta do verdadeiro arrependimento,
ao passo que o pecado deliberado pode causar a nossa destruição.
Esse livro inspirado também nos convence de que somente
Yehowah dá verdadeira esperança em meio ao pesar.

TEXTOS BÍBLICOS EXAMINADOS

□ 1:15 — “Yehowah pisou o próprio lagar de vinho pertencente à


virgem filha de Judá” no sentido de que ele havia decretado e
permitido o que aconteceu. “A virgem filha de Judá” era Jerusalém,
que se pensava ser como uma mulher inviolável. Quando os
babilônios destruíram essa capital de Judá, em 607 AEC, houve
grande derramamento de sangue, comparável ao suco resultante do
esmagamento de uvas num lagar. Yehowah cuidará de que a
cristandade, a antitípica Jerusalém, seja similarmente esmagada.

□ 2:6 — A “barraca” de Deus era o templo em Jerusalém. Quando


esse santuário foi devastado pelos babilônios, ele permitiu que fosse
‘tratado com violência’, como simples cabana num jardim. Tal
abrigo temporário contra o sol quente foi derrubado.

□ 3:16 — Uma das calamidades que Yehowah permitiu que


sobreviesse à infiel Jerusalém como consequência da queda da
cidade diante dos babilônios é assim descrita: “Com cascalho ele
faz que se quebrem os meus dentes.” Aparentemente, quando a
caminho do exílio, os israelitas eram obrigados a cozer pão em
buracos cavados no chão. Assim, o pão vinha a conter areia, e quem
o comia podia quebrar os dentes.

□ 4:3 — Contrasta-se aqui a crueldade de mães para com seus filhos


com o cuidado maternal dos chacais. Embora estes possam ser
considerados animais ferozes, mesmo eles ‘oferecem o úbere e
amamentam as suas crias’. Devido à grande falta de alimentos na
Jerusalém sitiada, mulheres judias famintas tornaram-se cruéis no
sentido de não terem leite para dar a seus filhos, e realmente
comerem seus próprios filhos para sobreviver. (Lamentações 2:20)
Assim, as mulheres também se tornaram como avestruzes, que
põem ovos e os abandonam.

□ 5:7 — Os judeus dos dias de Jeremias tiveram de carregar os


erros de seus antepassados, mas, isto não significa que Yehowah
pune diretamente os filhos pelos pecados dos pais. Na verdade, as
consequências funestas da transgressão são sentidas por gerações
futuras. (Jeremias 31:29, 30) Portanto, faremos bem em ter presente
que precisamos pessoalmente prestar contas a Deus. — Romanos
14:12.

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Lições das Escrituras: Habacuque 1:1–
3:19

HABACUQUE aprendeu que Yehowah, no Seu devido tempo, agiria contra os cruéis
opressores. Mas, ‘pela sua fidelidade, o justo continuará a viver’. (2:4) Mas, que outras
lições podemos aprender dessa profecia?

Salvação Para os que Têm Fé

Yehowah escuta os apelos de seus servos. Habacuque pergunta: “Até quando, ó


Yehowah, terei de clamar por ajuda e tu não ouvirás?” Sim, não há justiça, e os justos
vivem rodeados de iníquos. Mas Deus deveras escuta, e, como agente punidor,
‘suscitará os caldeus’. Todavia, como pode ele usar uma potência guerreira? O profeta
espera a resposta de Deus, prevendo uma repreensão. — 1:1–2:1.

Apenas os justos e os fiéis continuarão vivos. Yehowah garante isso a Habacuque.


Embora talvez pareça haver demora, no tempo devido de Deus a visão profética
‘cumprir-se-á sem falta’. O pretensioso inimigo que saqueia nações não atingirá o seu
alvo. Deveras, os caldeus não ficarão impunes. — 2:2-5.

Ai dos Iníquos!

Evite o ganho injusto, a violência e a idolatria. Por quê? Porque a desgraça é certa para
quem multiplica o que não é seu, que aufere lucros vis e constrói uma cidade por meio
de derramamento de sangue, violentamente obrigando outros a beber o cálice da derrota
vergonhosa e confiando em ídolos sem vida. Deus tornará nulo o trabalho de pessoas
assim. Far-se-á com que toda a terra conheça a glória de Yehowah, diante de quem
todos devem manter-se em silêncio reverente. — 2:6-20.

Espere pacientemente em Yehowah pela salvação. Em oração, Habacuque relembra


manifestações passadas do poder de Deus. Entre outras coisas, Yehowah marchou
através da terra, trilhando com ira as nações. Ele também saiu em favor da salvação de
seu povo. Atônito, Habacuque decide “aguardar tranquilamente o dia da aflição”.
Independente dos maus tempos que teriam de ser suportados, ele exultará em Yehowah
e jubilará no Deus de sua salvação. — 3:1-19.

TEXTOS BÍBLICOS EXAMINADOS

• 1:2-4 — A fé de Habacuque em Yehowah como um Deus que não tolera o mal levou-
o a perguntar por que prevalecia a iniqüidade. Estava disposto a ajustar o seu modo de
pensar. (2:1) Quando nos perguntamos por que se toleram certas coisas, a nossa
confiança na justiça de Yehowah igualmente deve ajudar-nos a manter o equilíbrio e
esperar nele. — Salmo 42:5, 11.
• 2:5 — Fala-se dos babilônios como homem coletivo que usava a sua máquina de
guerra para conquistar nações. Como o Seol e a morte, sempre prontos para receber
mais vítimas, ele desejava multiplicar as suas conquistas militares. (Compare com
Provérbios 30:15, 16.) Como que influenciado por beber demais, ele inebriou-se com as
vitórias. Mas, as suas guerras de conquista findaram quando Babilônia caiu, em 539
AEC.

• 3:13 — O poder salvador de Deus foi muitas vezes sentido pelo seu povo escolhido e
ungido, a nação de Israel. (Salmo 28:8, 9) Com o tempo, essa nação produziu o
Messias, o “descendente” da “mulher” celestial de Deus. (Gênesis 3:15) Yehowah
também salvará os membros desse “descendente”, o restante dos discípulos de Jesus
ungidos pelo Espírito, do ataque de Satanás e das nações. — Apocalipse 12:17.

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PROVERBIOS 1:1 - 31:31


Tema: Tenha temor a Deus e será feliz!

“O temor de Yehowah é o início da sabedoria.” (9:10) Quão bem


isto é demonstrado em Provérbios! Este livro bíblico, completado
por volta de 716 AEC, ajuda-nos a demonstrar sabedoria, aplicando
corretamente o conhecimento. Acate estas declarações sábias e será
feliz.

Escute a Sabedoria: Queira ler Provérbios 1:1-2:22. “O temor de


Yehowah” é a própria essência do conhecimento. Se aceitarmos a
disciplina, não nos juntaremos aos pecadores em transgressões. Aos
que temem a Deus, ele dá sabedoria que os protege contra os
transgressores.

♦ 1:7 — O que é “o temor de Yehowah”?

É espanto reverente, profunda reverência e pavor sadio de


desagradá-lo, porque reconhecemos sua benevolência e bondade.
“Temor de Yehowah” significa reconhecer que ele é o Juiz
Supremo e o Todo-poderoso, que tem o direito e o poder de aplicar
punição ou morte aos que lhe desobedecem. Significa também
servir fielmente a Deus, confiando plenamente nele, e odiando o
que é mau aos olhos dele. — Salmo 2:11; 115:11; Provérbios 8:13.

♦ 2:7 — O que é integridade?

Os termos hebraicos relacionados com integridade têm o sentido


básico de “inteiro” ou “completo”. Frequentemente se referem
àquilo que é sadio e reto em sentido moral. “Os que andam em
integridade” são inabaláveis na devoção a Yehowah. Para tais
“retos” ele é “escudo” protetor, porque demonstram verdadeira
sabedoria e se harmonizam com as normas justas dele.

Lição para nós: Se temermos a Yehowah, aceitaremos a disciplina


que ele provê por meio da sua Palavra e dos que tem a liderança do
Seu povo. Deixarmos de fazer isso nos classificaria com os “tolos”,
os pecadores ímpios. Portanto, aceitemos a sua amorosa disciplina.
— Provérbios 1:7; Hebreus 12:6.

Preze a Sabedoria: Queira ler Provérbios 3:1-4:27. Para ter boa


perspicácia, ‘confie em Yehowah de todo o seu coração’. A
felicidade é usufruída por aqueles que estimam muitíssimo a
sabedoria. Sua vereda é como a luz cada vez mais clara, mas eles
precisam resguardar o coração.

♦ 4:18 — Como é que ‘a vereda dos justos’ se torna cada vez mais
clara?

A luz do sol clareia desde o alvorecer até “o dia estar firmemente


estabelecido”. De maneira similar, a luz espiritual, com o passar do
tempo, fica cada vez mais clara para os do povo de Deus. Ao passo
que nos aproximamos dos eventos, nosso entendimento da
realização dos propósitos de Yehowah se torna mais claro. As
profecias divinas se abrem para nós, conforme o Espírito Santo de
Deus lança luz sobre elas, e segundo se cumprem nos
acontecimentos mundiais ou nas experiências dos do povo de
Yehowah. É assim que sua ‘vereda clareia mais e mais’.

Lição para nós: Demonstrarmos verdadeira sabedoria e acatarmos


as ordens divinas nos resguardará de seguirmos um proceder tolo
que possa levar a uma morte prematura. Por exemplo, os que
desconsideram as ordens de Yehowah contra a imoralidade sexual
podem contrair doenças sexualmente transmissíveis, que poderiam
resultar em morte prematura. Portanto, atuemos em harmonia com
os requisitos de Deus, pois assim a sabedoria será uma “árvore de
vida” no nosso caso. — Provérbios 3:18.

Modos de Mostrar Sabedoria: Queira ler Provérbios 5:1-9:18.


Evitar a imoralidade e ‘alegrar-se com a esposa da mocidade’ é uma
demonstração de sabedoria. Citam-se sete coisas detestáveis para
Yehowah, e dão-se avisos contra as seduções duma meretriz. A
sabedoria é personificada como “mestre-de-obras” de Deus. E “o
temor de Yehowah é o início da sabedoria”.

♦ 6:1-5 — É este conselho contrário ao espírito de generosidade?

Este provérbio não desestimula a generosidade, embora aconselhe


contra envolver-se nos negócios dos outros, especialmente de
estranhos. Os israelitas deviam ajudar seu irmão que ‘ficou pobre’.
(Levítico 25:35-38) Mas, alguns se envolveram em negócios
especulativos e obtiveram apoio financeiro por convencer outros a
‘ser fiadores’ deles, prometendo pagar seus credores, se fosse
necessário. Quando alguém se metia em tal situação difícil, talvez
por jactância, o conselho sábio era livrar-se dela sem demora. —
Provérbios 11:15.

♦ 8:22-31 — Trata-se apenas duma descrição da sabedoria?

Não, porque a sabedoria sempre existiu como atributo do Deus


eterno. (Jó 12:13) Aqui, porém, se diz que a sabedoria fora
‘produzida’ e ‘estava ao lado [de Yehowah] como mestre-de-obras’
durante a criação da terra. Identificar-se a sabedoria personificada
como o Filho de Deus enquadra-se no fato de que “cuidadosamente
ocultos nele se acham todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento”. — Colossenses 1:15, 16; 2:3.

Lição para nós: Por mencionar ela seus “sacrifícios de participação


em comum” e os seus “votos”, a mulher imoral de Provérbios,
capítulo 7, talvez quisesse indicar que não lhe faltava
espiritualidade. Os sacrifícios de participação em comum
consistiam em carne, farinha, azeite e vinho. (Levítico 19:5, 6;
22:21; Números 15:8-10) De modo que ela estava indicando que
havia bastante para comer e beber na sua casa, e que o “moço falto
de coração” se divertiria ali. Isto é típico da maneira em que a
pessoa de motivação errada é levada à imoralidade. Quão
importante é acatar este aviso e evitar tal pecado contra Deus! —
Gênesis 39:7-12.

Contrastes Para Reflexão: Queira ler Provérbios 10:1-15:33. Os


provérbios de Salomão começam na maior parte com aforismos
contrastantes. Destaca-se “o temor de Yehowah”. — 10:27; 14:26,
27; 15:16, 33.

♦ 10:25 — Por que se faz referência a um “tufão”?

Por não terem por base princípios justos, os iníquos são como
edifícios instáveis que desmoronam num tufão. Mas os justos são
estáveis, porque seu raciocínio se baseia solidamente em princípios
piedosos. Iguais a uma edificação com bom alicerce, não
desmoronam sob pressão. — Mateus 7:24-27.

♦ 11:22 — Como pode uma mulher ser igual a uma argola para as
narinas no focinho dum porco?

Uma argola de ouro para as narinas inserida num lado do nariz ou


na separação entre as narinas sugeria que a portadora era pessoa de
certa cultura. Mas os israelitas consideravam os porcos como
impuros e repugnantes. De modo que uma mulher bonita, mas
insensata, é igual a uma imprópria argola de ouro para as narinas no
focinho dum porco.

♦ 14:14 — Em que sentido está satisfeito aquele que renega a fé?

“O renegado no coração” está satisfeito com o modo de vida


materialista. (Salmo 144:11-15a) Não se importa de fazer o que é
direito aos olhos de Deus, e nem pensa em ter de prestar contas a
Ele. (1 Pedro 4:3-5) Mas “o homem bom” rejeita as práticas dos
renegados e está satisfeito “com os resultados das suas ações”.
Mantém os interesses espirituais em primeiro lugar, adere às normas
de Deus, tem a suprema alegria de servir a Ele e está satisfeito com
as bênçãos divinas. — Salmo 144:15b.

♦ 15:23 — Como podemos ‘ter alegria na resposta da nossa boca’?

Isto pode acontecer quando nosso conselho é acatado e produz bons


resultados. Mas, para poder ajudar alguém, precisamos escutar com
cuidado, avaliar os fatores que contribuem para o problema dele, e
basear nosso conselho na Bíblia. Tal “palavra no tempo certo, oh!
quão boa ela é”!

Lição para nós: O “tolo” prontamente responde irado a um insulto


ou a uma “desonra”, “no mesmo dia”. Mas “o argucioso” — o
prudente — ora pedindo o Espírito de Deus, para usar de
autodomínio e para seguir a palavra dele. (Provérbios 12:16)
Procedendo assim podemos evitar maior contenda, que poderia
resultar em dano emocional ou físico para nós ou para outros.
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

Lições das Escrituras — Provérbios 1:1-


31:31 (Part. 2)

Provérbios com Paralelos: Queira ler Provérbios 16:1-24:34.


Essas declarações sábias de Salomão, na maior parte, fornecem
orientação por meio de idéias paralelas. Novamente se enfatiza o
“temor de Yehowah”. — 16:6; 19:23; 22:4; 23:17; 24:21.

♦ 17:19 — O que há de errado com uma entrada alta?

Aqueles que não faziam baixas as portas da sua casa ou do seu pátio
arriscavam-se a ter homens a cavalo entrar montados e levar seus
bens. Este provérbio também poderia ser uma alusão à boca, como
entrada feita alta por conversa arrogante e jactância. Tal conversa
fomenta desavenças e finalmente leva ao desastre.

♦ 19:17 — Por que é a ajuda dada ao de condição humilde como


emprestar a Deus?

Os de condição humilde pertencem a Deus, e aquilo que fazemos


para eles é contado como feito a Ele. (Provérbios 14:31) Se o amor
e a generosidade nos induzem a mostrar favor ao de condição
humilde ou a darmos presentes ao pobre, não esperando nada em
troca, Yehowah considera tais dádivas como empréstimos feitos a
Ele, que retribuirá com favor e bênçãos. — Lucas 14:12-14.

♦ 20:1 — Em que sentido é o vinho “zombador”?

O vinho pode fazer com que aquele que se excede nele aja de modo
ridículo e turbulento. Visto que beber muito produz tais maus
efeitos, os cristãos precisam evitar isso. — 1 Timóteo 3:2, 3, 8; 1
Coríntios 6:9, 10; Provérbios 23:20, 21.

♦ 23:27 — Em que sentido é uma prostituta uma “cova” e um


“poço”?

Assim como animais eram apanhados em ‘covas fundas’ escavadas


por caçadores, assim os que frequentam uma prostituta ficam presos
na imoralidade. “A mulher estrangeira” indica uma meretriz, sem
dúvida porque a maioria das prostitutas em Israel eram estrangeiras.
Tirar água dum “poço estreito” envolve dificuldades, porque os
jarros de barro se quebram facilmente nos lados do poço. De
maneira similar, os que se envolvem com meretrizes talvez sofram
calamidades emocionais e físicas. — Provérbios 7:21-27.

Lição para nós: “A testemunha mentirosa” mostra desrespeito a


Deus e, sob a Lei, podia ser morta. Assim poderia ‘perecer’ às mãos
de homens ou de Yehowah. (Provérbios 21:28; Deuteronômio 5:20;
19:16-21; veja Atos 5:1-11.) Mas ‘o homem que escutava’ com
atenção falava somente quando tinha certeza do que ouviu. Seu
testemunho permanecia “para sempre”, não sendo posteriormente
rejeitado como falso. Além disso, não era executado como
testemunha falsa. Aqueles, entre as testemunhas de Deus, como a
grande nuvem de testemunhas em Hebreus 12, que são chamadas
para dar testemunho em audiências judicativas devem ter escutado
com cuidado, para poder prover informações exatas, porque o
testemunho inexato ou falso pode ser espiritualmente prejudicial.

Comparações Úteis: Queira ler Provérbios 25:1-29:27. Os


provérbios de Salomão, transcritos pelos homens do Rei Ezequias,
ensinam na maior parte por meio de comparações. Entre outras
coisas, incentiva-se à dependência de Deus.

♦ 26:6 — Por que se faz uma comparação com a ‘mutilação dos


pés’?

Alguém que mutilasse os pés se aleijaria, assim como aquele que


empregasse um “estúpido” faria violência aleijadora aos seus
próprios interesses. O projeto confiado a um estúpido fracassará.
Quão sábio, portanto, é ‘examinar homens quanto à aptidão’ antes
de recomendá-los para responsabilidades na congregação! — 1
Timóteo 3:10.

♦ 27:17 — Como se “aguça” a face?

Assim como se pode usar um pedaço de ferro para aguçar uma


lâmina do mesmo metal, alguém pode conseguir aguçar o estado
intelectual e espiritual de outro. Quando desapontamentos e o
contato com pessoas desagradáveis nos deprimem, o olhar
compassivo dum concrente e um encorajamento bíblico podem ser
muito edificantes. Nosso semblante triste muda para melhor, e
ficamos animados com nova esperança para uma renovada ação.
— Provérbios 13:12.

♦ 28:5 — O que está incluído no “tudo”?

Aqueles que praticam o que é mau estão espiritualmente cegos.


(Provérbios 4:14-17; 2 Coríntios 4:4) Não ‘entendem o juízo’, nem
o que é direito segundo as normas de Deus. De modo que não
podem julgar corretamente os assuntos e fazer as decisões certas.
Mas os que “procuram a Yehowah” em oração e pelo estudo da
sua Palavra ‘entendem tudo’ o que é necessário para servi-lo de
modo aceitável. — Efésios 5:15-17.

♦ 29:8 — Como é que os fanfarrões “incendeiam a vila”?

Os fanfarrões que desrespeitam a autoridade falam com


impertinência. Assim lançam lenha no fogo duma disputa e abanam
tanto as chamas, que os moradores duma vila inteira ficam
inflamados. Mas os sábios “fazem recuar a ira”, falando com
brandura e sensatez, apagando as chamas do furor e promovendo a
paz. — Provérbios 15:1.

Lição para nós: Se formos orgulhosos, a altivez resultará em


sermos humilhados. (Provérbios 29:23) O altivo é provavelmente
presunçoso, e isto pode levar à desonra, ao tropeço e a uma
derrocada. (Provérbios 11:2; 16:18; 18:12) Deus poderá cuidar de
que o orgulhoso seja humilhado, rebaixado de algum modo, talvez a
ponto de ser destruído. Tal homem almeja a glória, mas as pessoas
acham seus modos abomináveis. Entretanto, “quem é humilde de
espírito segurará [por fim] a glória”.

Mensagens Ponderosas: Queira ler Provérbios 30:1-31:31. A


“mensagem ponderosa” de Agur reconhece que “toda declaração de
Deus é refinada”. Citam-se também coisas maravilhosas demais
para compreender, e assim por diante. (30:1-33) “A mensagem
ponderosa” que Lemuel recebeu da sua mãe adverte que tomar
bebidas inebriantes pode perverter o juízo, exorta a que se julgue
com justiça e descreve a boa esposa. — 31:1-31.

♦ 30:15, 16 — Qual é o ponto em questão nestes exemplos?

Eles ilustram a insaciabilidade da ganância. As sanguessugas se


empanturram de sangue, assim como os gananciosos sempre
demandam mais dinheiro ou mais poder. Do mesmo modo, o Seol
nunca se sacia, mas permanece aberto para receber mais vítimas da
morte. A madre estéril ‘clama’ por filhos. (Gênesis 30:1) A terra
atingida pela seca absorve a água da chuva e logo fica novamente
seca. E o fogo que consumiu aquilo que se lançou nele produz
chamas que consomem outros combustíveis ao alcance. Assim são
os gananciosos. Mas os guiados pela sabedoria divina não são
infindavelmente instigados por tal egoísmo.

♦ 31:6, 7 — Por que dar vinho aos “amargurados de alma”?

A bebida inebriante e o vinho são sedativos. De modo que seriam


dados “àquele que está para perecer” ou morrer, ou “aos
amargurados de alma”, para ficarem menos cônscios da sua dor e
das dificuldades. O antigo costume de dar a criminosos vinho
drogado, com o fim de amenizar a dor da execução, talvez explique
por que os soldados romanos o ofereceram a Jesus Cristo, quando
foi pregado numa estaca. Ele recusou tal vinho porque queria estar
de plena posse das suas faculdades naquela ocasião provadora e
assim manter a integridade a Deus. — Marcos 15:22-24.

♦ 31:15 — Quem são essas “moças”?

Isto se refere a criadas domésticas. Elas não tinham motivos de


queixa por falta de alimento ou de tarefas. A esposa diligente dava
alimento aos da sua casa e também cuidava de que essas moças
tivessem algo para comer e deveres a cumprir.

Lição para nós: Por sermos imperfeitos, às vezes talvez ‘nos


elevemos’ no empenho de enaltecer a nós mesmos. Caso façamos
isso ou falemos irados, devemos ‘pôr a mão à boca’, refreando-nos
de palavras adicionais que provocariam ainda mais aquele a quem
ofendemos. Assim como se tem de bater o leite para fazer manteiga
e usualmente se tem de apertar o nariz para fazê-lo sangrar, a
altercação ocorre quando as pessoas dão rédeas soltas à ira.
(Provérbios 30:32, 33) Em tais casos, quão sábio é ficar calado e
impedir maiores problemas!

Quanto proveito podemos tirar do livro de Provérbios! Prezemos


estas declarações sábias que promovem o temor reverente de Deus.
Sua aplicação certamente nos fará felizes.
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Lições das Escrituras — Esdras 1:1-
10:44

Tema: Yehowah cumpre suas promessas para com o Seu povo!

Libertação! Restauração! Quão animadoras e felizes devem ter sido


tais notícias para os judeus exilados em Babilônia! Fiel à promessa
de Deus, e após 70 anos de cativeiro, restabelecia-se os judeus na
sua terra natal. (Jeremias 25:12; Isaías 44:28-45:7) Além do mais,
os itens confiscados do templo de Yehowah estavam sendo
devolvidos ao seu lugar devido. Que alegria!

O livro bíblico de Esdras começa com estes eventos emocionantes.


Escrito em Jerusalém pelo copista Esdras por volta de 460 AEC, ele
cobre uns 70 anos, a partir do livramento dos judeus até o término
da construção do segundo templo e a purificação do sacerdócio
(537-c. 467 AEC). Realça-se como Deus cumpre as suas promessas.
O livro contém também lições valiosas para os atuais cristãos.

Exilados São Libertados: Queira ler Esdras 1:1-3:6. Tendo Deus lhe
despertado o espírito, o rei persa Ciro faz uma proclamação: O
templo em Jerusalém será reconstruído, e a adoração de Yehowah
há de ser restaurada ali! Todo israelita poderá participar no
empreendimento. Os que puderem, estão livres para voltar à sua
pátria para a tarefa de reconstrução. Aos outros se insta que
contribuam liberalmente para o projeto. Os utensílios do templo
original, levados à Babilônia por Nabucodonosor, devem ser
devolvidos. Liderados por Zorobabel, quase 50.000 pessoas
empreendem a viagem de uns 1.600 quilômetros de volta a
Jerusalém. Reconstroem o altar sagrado e oferecem sacrifícios a
Deus. A seguir, no outono setentrional de 537 AEC, celebram a
Festividade das Barracas. Os preditos 70 anos de desolação
terminam exatamente na época marcada! — Jeremias 25:11;
29:10.

♦ 1:3-6 — Eram infiéis os israelitas que permaneceram em


Babilônia?

Não necessariamente, ainda que o materialismo e a falta de apreço


pudessem ter sido fatores em alguns casos. O decreto de Ciro não
exigia que todos retornassem, era facultativo. Circunstâncias tais
como idade avançada, doença ou obrigações familiares talvez
impedissem alguns de fazer a viagem. Mas, deviam apoiar os que
pudessem retornar.

♦ 1:8 — Quem era Sesbazar?

Mui provavelmente, era o nome oficial dado a Zorobabel na corte


caldéia. (Compare com Daniel 1:7.) O que se diz que foi feito por
Sesbazar é em outra parte creditado a Zorobabel. (Esdras 5:16;
Zacarias 4:9) A ambos se dá o título de “governador”. (Esdras 5:14;
Ageu 2:21) E em Esdras 2:2 e 3:1, 2, diz-se que é Zorobabel quem
liderava os exilados que retornavam; portanto, apropriadamente, o
nome Sesbazar não é mencionado.

♦ 2:61-63 — O que eram o Urim e o Tumim?


Supõe-se que tenham sido sortes sagradas usadas quando uma
pergunta exigia uma resposta de Jeová. Segundo a tradição
judaica, eles desapareceram quando o templo foi destruído em 607
AEC. Isto é apoiado pelo fato de que certos que afirmavam ser
descendentes sacerdotais foram excluídos do sacerdócio e de
comer das coisas santíssimas “até que um sacerdote se pusesse de
pé com Urim e Tumim”. Mas não há registro sobre o seu uso nessa
ocasião ou depois.

Lição Para Nós: Uma situação similar à dos exilados judaicos existe
hoje entre os verdadeiros cristãos. Nem todos têm condições de
empreender o ministério de evangelização tempo integral, ou de
mudar-se para servir onde a necessidade de cristãos e pregadores
é maior. Não obstante, fazem tudo ao seu alcance para promover
os interesses da adoração cristã por fazerem contribuições
voluntárias e darem encorajamento aos que podem ter uma
atividade maior.

A Restauração Sofre Oposição: Leia 3:7-4:24. Com grande


exultação, os judeus que retornaram lançam o alicerce da casa de
Yehowah. Mas, por anos a fio, os adversários tentam desencorajar
os construtores do templo. Finalmente, tendo convencido o rei de
que uma “cidade rebelde e má” estava sendo reconstruída, esses
inimigos pararam as obras apoiados num decreto real. A proibição
continuou “até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia”.

♦ 3:12 — Por que choraram estes homens?

Estes homens bem idosos se lembravam de quão magnífico era o


templo de Salomão, projetado por Deus. O que agora viam — um
simples fundamento — nada era em comparação. Provavelmente
sentiam-se desalentados, duvidando que seus esforços
recuperassem a glória anterior. — Ageu 2:2, 3.

♦ 4:1-3 — Por que se rejeitou a oferta de ajuda?

Estes não-judeus, trazidos ali pelo rei da Assíria para repovoar a


terra, não eram adoradores verdadeiros de Deus. (2 Reis 17:33, 41)
Aceitar a ajuda deles seria transigência quanto à adoração
verdadeira, e Deus advertira especificamente seu povo contra
quaisquer desses movimentos interconfissionais. (Êxodo 20:5;
34:12) Ademais, o relato chama a estes não-judeus de
“adversários”.

Lição Para Nós: Ao enfrentarmos hostilidade no serviço a Deus,


devemos imitar aqueles judeus repatriados que imediatamente se
juntaram para adoração como “um só homem”. A confiança em
Deus e a primazia que deram à Sua adoração os fortaleceu para
cumprirem a tarefa designada. — Esdras 3:1-12.

Termina a Construção do Templo: Leia 5:1-6:22. Incentivada pelos


profetas Ageu e Zacarias, a construção prossegue com zelo
renovado. Incapazes de detê-la, os adversários de novo se
queixam. O Rei Dario investiga e encontra o decreto original de
Ciro. Ordena-se aos opositores não só que ‘parem e desistam’ mas
que ajudem materialmente! Sob contínuo incentivo dos profetas
de Yehowah o templo é terminado em 515 AEC e inaugurado.
Alegremente é dedicado a Deus, cujas promessas se cumpriram!

♦ 5:5 — Por que falharam os opositores em parar a construção?

Os servos fiéis de Deus estavam sob Seu cuidado vigilante. (2


Crônicas 16:9) Fortalecidos pelo Espírito de Deus, os anciãos não se
deixaram intimidar. Eles recorreram ao há muito esquecido
decreto de Ciro. Visto que a lei persa era inalterável, os adversários
temiam opor-se a um decreto real. (Daniel 6:8, 15) A direção de
Yehowah era evidente, e o trabalho continuou.

♦ 6:21 — Quem se separara “da impureza das nações”?

Talvez tenham sido prosélitos que retornaram com os judeus,


samaritanos que então habitavam o país, ou mesmo judeus que
retornaram mas que antes haviam sido corrompidos por
influências pagãs. (Veja Esdras 9:1.) O progresso da adoração pura
de Deus em Jerusalém aparentemente os induziu a fazer as
necessárias mudanças na vida.

Lição Para Nós: Os anciãos cristãos atuais, pastores, também


devem buscar a direção de Deus. Ele dá a necessária perspicácia
quando nos deparamos com opositores. — Salmo 32:8.

Esdras Retorna: Leia 7:7-8:36. O tempo passa. Em 468 AEC, o Rei


Artaxerxes concede a Esdras “tudo o que solicitou”, tornando
possível que este vá prestar ajuda, em Jerusalém. A ordem do rei
anima a todos os judeus dispostos a também voltar, e ele doa prata
e ouro para suprir todas as necessidades da casa de Yehowah.
Esdras recebe poderes para designar magistrados e juízes, que
farão aplicar a lei tanto de Deus como do rei. Confiando na
proteção de Deus, Esdras reanima-se e inicia a perigosa viagem.
Não solicita escolta armada, temendo que isto fosse encarado
como falta de fé na capacidade protetora de Yehowah. Com a
proteção de Deus, os judeus chegam sãos e salvos.

♦ 7:1, 7, 11 — Quem era este Artaxerxes?


Era o rei persa Artaxerxes I (Longímano). No vigésimo ano do seu
reinado, ele deu a Neemias permissão para voltar a Jerusalém e
reconstruir suas muralhas e portões. (Neemias 2:1-8) Historiadores
antigos, em geral, atribuem a este Artaxerxes uma disposição
basicamente benigna e generosa. Devido ao seu grande donativo,
ele foi incluído em Esdras 6:14 como alguém cujas ordens
contribuíram para o término da construção do templo, embora
esta tivesse sido concluída uns 47 anos antes. Não é o mesmo
Artaxerxes que suspendeu a reconstrução. (Esdras 4:7-23) Este foi
Gaumata, que governou apenas oito meses, em 522 AEC.
“Artaxerxes” aparentemente era um nome ou título ligado à
realeza.

Lição Para Nós: Esdras deu bom exemplo para os hodiernos servos
de Deus. Copista habilidoso que estudava diligentemente a Palavra
de Deus, dava todo o crédito ao Altíssimo e se preocupava mais
com a glória de Yehowah do que com a sua segurança pessoal. —
Esdras 7:27, 28;8:21-23.

A Nação É Purificada: Leia 9:1-10:44. Esdras logo descobre que


muitos ‘não se haviam separado dos povos das terras no que se
refere às suas coisas detestáveis’. Os judeus, incluindo sacerdotes e
levitas, ligaram-se por casamento aos cananeus pagãos. Esdras fica
perplexo. Apresenta o assunto a Deus em oração, confessando
contristadamente os erros da nação. Sob sua liderança, o povo se
arrepende e decide dispensar as esposas estrangeiras. Em uns três
meses a impureza é eliminada.

♦ 9:2 — Por que eram pecaminosos tais casamentos mistos?

Eles representavam uma ameaça para a restauração da adoração


pura. (Deuteronômio 7:3, 4) Aquelas mulheres eram descrentes,
adoradoras de ídolos. Tais casamentos poderiam por fim resultar
numa assimilação com relação às nações pagãs vizinhas, e a
adoração pura poderia sumir da terra.

♦10:3, 44 — Por que também as crianças foram mandadas


embora?

As criancinhas em geral precisam de suas mães. Ademais, por


causa da influência das crianças, as esposas dispensadas talvez
voltassem com o tempo. A adoração pura de Yehowah tinha de ter
precedência.

Lição Para Nós: Como os fiéis judeus nos tempos de Esdras, as


cristão verdadeiros hodiernos apegam-se às normas de Deus
quanto ao casamento. Compreendem que devem casar-se
“somente no Senhor”. — 1 Coríntios 7:39.

Yehowah cumpriu a sua promessa de restaurar a adoração pura na


antiga Jerusalém. Da mesma forma, ele cumprirá sua promessa de
fazer com que a sua adoração pura seja praticada em toda a terra.
(Habacuque 2:14) Estará você entre seus adoradores quando o
grande Cumpridor de Promessas implantar a paz e a felicidade
nesta terra? — Salmo 37:10, 11: Apocalipse 21:3, 4.
NNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN

Lições das Escrituras — Eclesiastes 1:1-


12:14
Tema: Tenha temor do verdadeiro Deus e guarda os seus mandamentos!

Nos dias atuais, temer e obedecer a Deus é, quando muito, considerado imprático. Mas,
o livro de Eclesiastes (hebraico: Qohéleth, congregante), escrito uns 3.000 anos atrás
pelo Rei Salomão (1:1), descreve a futilidade dos empreendimentos humanos que não
levam em conta o propósito de Deus.

O que torna tão fascinante este livro é o largo alcance de assuntos abordados pelo
escritor — sabedoria e governo humanos, riqueza material e prazeres, religião
formalística, e assim por diante. Todas estas coisas são vaidade, pois não são
duradouras. Por outro lado, meditar sobre elas leva a mente perceptiva a uma só
conclusão: “Teme o verdadeiro Deus e guarda os seus mandamentos. Pois esta é toda a
obrigação do homem.” — Eclesiastes 12:13.

Tudo É Vaidade: Queira ler os capítulos 1 e 2. Comparados com os infindáveis ciclos


da natureza, todo empenho humano é fugaz e temporário (1:4-7). Até mesmo as grandes
consecuções do congregante forçosamente passariam para outra pessoa, talvez menos
digna (2:18, 19). “Vaidade” em hebraico significa “vapor” ou “fôlego”.

♦ 1:9 — Em que sentido “não há nada de novo debaixo do sol”?

Nos ciclos naturais da vida cotidiana sobre os quais o sol brilha nada existe de
totalmente novo. Até mesmo as “novas” invenções são na maior parte aplicações de
princípios que Yehowah já aplicara na criação. Mas, “debaixo do sol” Deus fez surgir
novos acontecimentos espirituais que afetam a humanidade.

♦ 2:2 — É errado divertir-se?

Não, não é. Rir, ou divertir-se, pode ajudar a temporariamente afastar a mente da pessoa
de seus problemas, mas estes não desaparecem. Assim, tentar encontrar verdadeira
felicidade por participar de diversões é “insânia”; não faz sentido. Similarmente, a
“alegria” não resolve os problemas da vida. Diversões e prazeres são deste modo
contrastados com a felicidade resultante de se ter as bênçãos de Deus sobre o trabalho.
— 2:24.

Lição Para Nós: Devemos escutar o conselho de Salomão e não fazer da busca de
ganhos materiais e emocionantes novas experiências o único objetivo da vida. Em vez
disso, devemos ser ‘bons diante de Yehowah’ por obedecer-lhe. Assim, teremos a Sua
bênção em forma de “sabedoria, e conhecimento, e alegria”. — 2:26.
Para Tudo Há um Tempo: Leia os capítulos 3 e 4. Salomão não estava promovendo
uma visão fatalista da vida (3:1-9). Antes, ele destacava que o homem simplesmente
não pode alterar o que Deus pôs em ação (3:14). Neste respeito, os humanos não estão
em melhores condições do que os animais (3:19-21). Assim, uma atitude cooperadora
(4:9-12) é muito mais recompensadora do que um espírito competitivo (4:4).

♦ 3:11 — Em que sentido fez Deus tudo “bonito no seu tempo”?

A palavra “bonito” tem também o sentido de “bom, próprio, apropriado”. No devido


tempo, o lugar certo em que cada obra de Deus se encaixa no Seu propósito será
revelado. Deus fez muitas coisas ‘bonitas’ para a humanidade. Por exemplo, ele deu aos
humanos um início perfeito no Éden. Ele predisse a vinda de um Descendente
resgatador quando o homem incorreu no pecado. No tempo devido, Deus enviou o
Descendente. E, ‘o mais bonito’ de tudo, Yehowah fez do Descendente o Rei de Seu
Reino.

♦ 4:6 — Estava Salomão defendendo uma vida fácil?

Não. Mas Salomão observou que o trabalho árduo e a proficiência voltados ao lucro
muitas vezes levam à competição e à rivalidade (4:4). Por sua vez, isto pode resultar em
problemas e até mesmo em morte prematura. (1 Timóteo 6:9, 10) Assim, qual é o
conceito equilibrado? Estar contente com um ganho menor, acompanhado de paz, em
vez de dobrar o lucro, acompanhado de labuta e intriga.

Lição Para Nós: Agora é o tempo de buscar primeiro o Reino de Deus em vez de
ambiciosos interesses pessoais (3:1). Devemos trabalhar em cooperação com
concristãos em vez de isoladamente (4:9-12). Assim, podemos receber a necessária
ajuda e encorajamento apesar de durezas e oposição.

A Verdadeira Adoração Satisfaz: Leia os capítulos 5 e 6. Visto que Yehowah é Todo-


poderoso, devemos encarar a nossa relação com ele seriamente, sem agir tolamente e
esperar que ele aceite o nosso “sacrifício” (5:1, 2). A pessoa que teme a Deus deriva
satisfação de usar a sua riqueza material, mas quem simplesmente a acumula não deriva
alegria. — Compare 5:18-20 com 6:2, 3.

♦ 5:2 — Como se aplica esse conselho?

Devemos abrir o nosso coração a Deus, mas devemos guardar-nos de palavras


impulsivas, impensadas, devido à Sua grandiosidade e majestade. (Salmo 62:8) Em vez
de vaguear, devemos usar expressões simples, de coração. (Mateus 6:7) Com apenas
cinco curtas palavras hebraicas Moisés suplicou em favor de Miriã e recebeu resposta
favorável. — Números 12:13.

♦ 6:9 — O que são as “perambulações da alma”?

“Alma” aqui tem o sentido de “desejo de alma”. Assim, esta expressão se refere à
infindável busca de satisfazer desejos que não podem ser satisfeitos. Isto se contrasta
com a “vista dos olhos”, isto é, o encarar a realidade. Por conseguinte, sabendo que
apenas o Reino de Deus pode trazer verdadeira mudança, devemos estar contentes e não
permitir que desejos irrealísticos ou inalcançáveis nos privem da paz.

Lição Para Nós: No nosso local de adoração, devemos conduzir-nos com a devida
dignidade, e devemos estar atentos (5:1). Devemos também ser rápidos quanto a
cumprir as nossas obrigações diante de Deus. Se somos casados, isto inclui cumprirmos
o nosso voto marital. — 5:4.

Palavras de Sabedoria: Leia os capítulos 7 e 8. O congregante considera o efeito da


morte, que induz à reflexão, (7:1-4) e o valor da sabedoria (7:11, 12, 16-19); ele
também alerta contra a mulher má (7:26). Dá-se conselhos sobre assuntos tais como agir
sabiamente para com governantes (8:2-4) e não se acalorar diante de injustiças. — 8:11-
14.

♦ 7:28 — Será que essas palavras degradam a mulher?

Parece que o reinante padrão moral era muito baixo. Assim, Salomão falava sobre a
raridade de haver homens ou mulheres justos naquela época. Dentre mil pessoas, era
difícil encontrar um homem justo, e era ainda mais difícil encontrar uma mulher justa. A
Bíblia, contudo, fala sobre a “mulher de bem” e a “esposa capaz”. (Rute 3:11;
Provérbios 31:10) Este versículo também pode ser profético, pois jamais houve uma
mulher que prestasse a Yehowah obediência perfeita, embora houvesse um homem
assim — Jesus Cristo.

♦ 8:8 — Sobre o que falava aqui o congregante?

Ele falava a respeito da morte. Ninguém pode, para postergar o dia da morte, evitar que
a força de vida abandone as suas células. Na guerra contra o nosso inimigo comum, a
morte, ninguém pode conseguir dispensa ou enviar um substituto. (Salmo 49:7-9) Até
mesmo os iníquos com os seus ardis sinuosos não escaparão da morte.

Lição Para Nós: Embora as riquezas materiais se tenham tornado o objetivo da vida de
muitos, apenas a sabedoria piedosa pode levar à vida eterna. (7:12; Lucas 12:15) Ansiar
os ‘velhos bons tempos não melhorará as coisas para nós (7:10). Ao contrário, as coisas
‘resultarão em bem’ para nós apenas se continuarmos a temer a Deus. — 8:5, 12.

Contingências da Vida: Leia os capítulos 9 e 10. A vida é preciosa, e Deus quer que a
usufruamos (9:4, 7). Visto que não temos controle sobre o desfecho da vida (9:11, 12), é
melhor darmos ouvidos à sabedoria piedosa, ainda que a maioria das pessoas não a
apreciem (9:17). Devido às incertezas da vida, devemos guardar o nosso coração (10:2),
exercer cuidado em tudo o que fizermos, e agir com sabedoria prática. — 10:8-10.

♦ 9:1 — Em que sentido estão as obras dos justos nas mãos de Deus?

Embora a calamidade assole também ao sábio e ao justo, isto acontece apenas por
permissão de Deus, e ele jamais os abandonará. Pela “mão” ou poder aplicado de Deus,
os justos podem, quer ser livrados de uma provação, quer ser fortalecidos para suportá-
la. (1 Coríntios 10:13) Lembrar-se deste fato pode ser consolador para o servo de Deus
ao sobrevirem dificuldades.

♦ 10:2 — Em que sentido está o coração à direita?


A “direita” muitas vezes denota uma posição de favor. (Mateus 25:33) Assim, o fato de
que o coração do sábio está “à sua direita” indica que este o motiva a seguir um
proceder bom e favorável. Mas, o indivíduo estúpido carece de boa motivação e age tola
e inadequadamente. Estar o seu coração à sua “esquerda” indica que ele é motivado a
seguir um caminho errado.

Lição Para Nós: Visto que a morte repentina pode sobrevir a qualquer um de nós
(9:12), devemos estar usando a nossa vida no serviço de Yehowah, caso o falecimento
termine com tudo (9:10). Devemos também nos tornar hábeis no nosso serviço, porque
a incompetência, até mesmo em coisas simples como cavar um buraco ou rachar lenha,
pode causar dano para nós e para outros. — 10:8, 9.

A Juventude e o Objetivo da Vida: Leia os capítulos 11 e 12. Todos nós devemos


praticar a generosidade e tomar ação decidida (11:1-6). Os jovens que usam bem o seu
tempo e a sua energia em servir ao Criador não terão do que se lamentar mais tarde na
vida (11:9, 10). Ao contrário, terão a satisfação de estar agradando a Deus antes que
percam a sua saúde e o seu vigor. — 12:1-7.

♦ 11:1 — O que significa ‘enviar o pão’ dessa maneira?

O pão é o alimento básico da vida. Enviá-lo sobre as “águas” significa desfazer-se de


algo valioso. Todavia, ‘você o achará de novo’, pois duma maneira inesperada a pessoa
generosa será recompensada. — Lucas 6:38.

♦ 12:12 — Por que tal atitude negativa para com livros?

Comparados com a Palavra de Yehowah, os ‘infindáveis’ livros do mundo contêm mero


raciocínio humano. Grande parte deste raciocínio reflete a mente de Satanás. (2
Coríntios 4:4) Concordemente, “muita devoção” a tais matérias seculares produz pouca
coisa de valor duradouro.

Lição Para Nós: Como Salomão, devemos meditar sobre o que a Palavra de Deus diz a
respeito da vida. Assim, a nossa determinação de temer e obedecer a Deus será
fortalecida. Saber que Yehowah está profundamente interessado em nós (12:13, 14) nos
achega mais a ele.

Portanto, ‘temamos o verdadeiro Deus e guardemos os seus mandamentos’. Esta é a


nossa obrigação e nos trará felicidade duradoura.
ÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇ

Lições das Escrituras — O Cântico de


Salomão 1:1-8:14
Tema: O verdadeiro amor triunfa!

Há um amor que nunca falha. Ele é constante, perseverante, triunfante. Tal amor
inabalável existe entre Jesus Cristo e sua “noiva”, ou congregação gerada pelo espírito.
(Apocalipse 21:2, 9; Efésios 5:21-33) E quão belamente este amor é retratado no
Cântico de Salomão!

Composto há uns 3.000 anos pelo sábio Rei Salomão de Israel, este “cântico
superlativo” (1:1) fala sobre o amor entre um pastor e uma camponesa da aldeia de
Suném (Sulém). O rei, com toda a sua riqueza e todo o seu esplendor não conseguiu
cativar o amor da sulamita, porque ela era leal ao seu amado pastor.

Quando se lê este livro poético como devido cuidado e apreço, ele provê aos servos
solteiros e casados de Yehowah muita matéria para reflexão a respeito da pureza, da
ternura, da lealdade e do amor duradouro que devem ser marcos de destaque do
casamento cristão. De fato, todos nós podemos tirar proveito deste cântico sobre o
triunfo do verdadeiro amor.

A Sulamita no Acampamento de Salomão: Queira ler O Cântico de Salomão 1:1-14.


Nas tendas reais, a sulamita falava como se o seu amado pastor estivesse presente.
Salomão elogiou a beleza dela e prometeu adorná-la com objetos de ouro e de prata.
Mas a donzela resistiu às propostas dele e deixou-o saber que ela tinha verdadeiro amor
apenas pelo pastor.

♦ 1:2, 3 — Por que eram apropriadas estas comparações com vinho e óleo?

O vinho alegra o coração e revigora a alma deprimida. (Salmo 104:15; Provérbios 31:6)
Derramava-se óleo sobre convidados favoritos, por causa das qualidades suavizantes do
óleo. (Salmo 23:5; Lucas 7:38) De modo que a aflita sulamita se sentia revigorada e
consolada por se lembrar das “expressões de afeto” e do “nome” do pastor. De maneira
similar, os do restante dos seguidores de Cristo ficam animados por meditarem sobre o
amor e o reconforto de seu Pastor, Jesus Cristo, embora ainda estejam no mundo e
separados dele.

Lição Para Nós: Salomão teria adornado a sulamita com “argolinhas de ouro” e
“botõezinhos de prata”, mas ela resistiu a essas tentações materiais e afirmou seu
inabalável amor ao pastor. (1:11-14) Refletir sobre a atitude dela pode reforçar a
determinação dos que fazem parte do Israel de Deus, ou “noiva” de Cristo, de desprezar
o sedutivo materialismo do mundo e de permanecer fiéis ao seu Noivo celestial. Se as
nossas esperanças forem terrestres e pensarmos em nos casar, então que o exemplo
desta donzela nos induza a fazer dos interesses espirituais, e não dos materiais, a nossa
preocupação principal.

Saudades Mútuas: Queira ler 1:15-3:5. O pastor entrou no acampamento real e


expressou seu amor pela modesta sulamita, que o estimava mais do que a todos os
outros. Quando separados, a donzela lembrava-se dos tempos alegres que passou com o
seu amado e rogava para que se apressasse de vir para o seu lado. A noite, anelava-o.

♦ 2:1-3 — Que significa esta linguagem figurada?

A sulamita chamava a si mesma de “apenas um açafrão da planície costeira”, porque era


uma moça humilde, modesta, que se considerava apenas como uma entre muitas flores
comuns. O pastor, porém, dava-se conta de que ela era “lírio entre as plantas
espinhosas”, porque ela era bonita, hábil, e fiel a Yehowah. Para a donzela, o pastor era
“como a macieira entre as árvores da floresta”, porque ele era um jovem com
inclinações espirituais, que estava similarmente devotado a Deus, tendo características e
aptidões muito desejáveis. O cristão ou a cristã solteiros, que procuram um cônjuge,
devem buscar apenas alguém que é concrente fiel, com qualidades similares às da
sulamita ou do seu amado pastor.

♦ 3:5 — Por que se associou este juramento com tais animais?

As gazelas e as corças são animais mansos, graciosos e belos, que também são velozes e
não pisam em falso. Em suma, portanto, a donzela comprometia as “filhas de
Jerusalém” por meio dum juramento por tudo o que é gracioso e belo. Referindo-se a
tais criaturas, ela obrigava essas mulheres a se refrearem de suscitar nela amor por outro
homem, que não fosse seu amado pastor.

Lição Para Nós: A donzela pôs as “filhas de Jerusalém”, ou as mulheres da corte, que
serviam o rei, sob o juramento de ‘não despertar nela amor, até que este estivesse
disposto’. (2:7; 3:5) Isto indica que não é possível sentir amor romântico simplesmente
por qualquer pessoa. A própria donzela não se sentia atraída a Salomão. Quão sábio é,
portanto, que o cristão ou a cristã solteiros que pensam em casar-se só cogitem um
adorador ou uma adoradora elegíveis, e fiéis, de Yehowah, que possa realmente ser
amado ou amada! — 1 Coríntios 7:39.

A Donzela em Jerusalém: Queira ler 3:6-6:3. Salomão voltou a Jerusalém em


esplendor. O pastor entrou ali em contato com a donzela e fortaleceu-a com expressões
de afeto. Num sonho, ela atendeu tardiamente a batida do seu amado, e foi maltratada
por vigias, quando o procurava desesperadamente. Perguntada sobre o que destacava
seu querido, ela deu às “filhas de Jerusalém” uma apaixonada descrição dele.

♦ 5:12 — Em que sentido eram os olhos do pastor ‘como pombas banhando-se em


leite’?

Anteriormente, os olhos da sulamita tinham sido comparados aos duma pomba por
serem ternos, meigos. (1:15; 4:1) Neste respeito, o pastor, chamara a própria donzela de
“pomba” sua. (5:2) Aqui, a jovem apaixonada comparava os olhos do pastor a pombas
azul-cinzentas banhando-se em poças de leite. (5:8, 12) Esta comparação provavelmente
refere-se também à íris escura do pastor, cercada pelo branco brilhante dos olhos dele.

Lição Para Nós: A sulamita era como “um jardim trancado”. (4:12) Os jardins, no
antigo Israel, muitas vezes eram como um parque, um verdadeiro paraíso, com uma boa
fonte de água e uma variedade de hortaliças, flores e árvores. Usualmente eram
cercados por uma sebe ou um muro, e a única entrada era através dum portão trancado.
(Isaías 5:5) Para o pastor, a pureza moral e a beleza da sulamita eram como um jardim
de rara beleza, excelentes frutos, fragrâncias deleitosas e agradável amenidade. Os
afetos dela não estavam à disposição de qualquer homem, porque ela era casta, como
“um jardim trancado” para intrusos indesejáveis, e aberto apenas para o seu legítimo
dono. A sulamita, com a retidão moral e a lealdade, deu assim um belo exemplo para as
moças solteiras hoje em dia.

A Chama de Jah: Queira ler 6:4-8:14. Salomão louvou a beleza da donzela, mas ela o
rejeitou e declarou sua devoção ao pastor. Não conseguindo granjear o amor dela,
Salomão deixou-a voltar para casa. Com o seu “querido” ao lado, ela voltou a Suném
como moça amadurecida, de estabilidade comprovada. O amor entre ela e o pastor era
tão forte como a morte, e suas labaredas como “a chama de Jah”.

♦ 6:4 — O que era a “Cidade Agradável”?

Esta expressão pode ser vertida por “Tirza”, que significa “Agradabilidade, Deleite”.
Tirza era uma cidade de afamada beleza, que se tornara a primeira capital do reino
setentrional de Israel. — 1 Reis 14:17; 16:5, 6, 8, 15.

♦ 7:4 — Em que sentido era o pescoço da donzela “como torre de marfim”?

Pelo visto, tinha a maciez do marfim e a esbelteza duma torre. Anteriormente, o pescoço
dela fora comparado à “torre de Davi”, talvez a torre da Casa do Rei, ao lado do muro
oriental de Jerusalém. Nela ‘se penduravam mil escudos redondos dos poderosos’,
sugerindo que o pescoço majestoso da sulamita estava enfeitado com um colar de
ornamentos ou jóias redondos. — 4:4; Neemias 3:25-27.

♦ 8:6, 7 — Em que sentido é o amor “tão forte como a morte”?

A morte reivindica infalivelmente a vida dos humanos pecadores, e o verdadeiro amor é


tão forte assim. Tal amor, na sua insistência na devoção exclusiva, é tão irredutível
como o Seol (o domínio da sepultura) em exigir os cadáveres dos falecidos. Visto que
Deus deu aos humanos a faculdade de amar, esta qualidade emana dele e é
apropriadamente apelidada de “chama de Jah”. Nem mesmo o rico Rei Salomão
conseguiu comprar tal amor.

Lição Para Nós: A experiência da sulamita com o Rei Salomão foi uma prova
esquadrinhadora pela qual ela passou com bom êxito. Ela não era instável no amor e na
virtude, como uma porta que facilmente gira nos gonzos e que precisa ser bloqueada
com uma tábua de cedro, para impedir que se abra a alguém indesejável ou
inconveniente. Não, a donzela triunfou sobre os induzimentos do rei, erguendo-se qual
muralha contra todos os atrativos materiais deste mundo. As moças e mulheres cristãs,
hoje em dia, com confiança em Deus e relembrando o belo exemplo da sulamita, podem
similarmente provar a sua condição de pessoas arraigadas em princípios virtuosos para o
louvor de Yehowah. — 8:8-10.

Certamente, este “cântico superlativo”, que tem por tema o amor, aumenta nosso apreço
pelo vínculo existente entre Jesus e os escolhidos para serem sua “noiva” celestial. No
entanto, todos os jovens e todas as moças, bem como maridos e esposas, devotados a
Deus, podem tirar proveito de procurar imitar a integridade da sulamita e do pastor em
face de provações e tentações. E esta esplêndida parte da Palavra de Deus deve induzir a
todos nós a permanecer sempre leais a Yehowah, a Fonte do triunfante amor.

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