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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

ABRA-SE O MAR

ÊXODO 14.15,19-26.
Hoje, em nossa aula, estudaremos um dos
milagres que marcaram a história do povo
judeu – A travessia do Mar Vermelho.
Depois das pragas enviadas ao Egito, esse
foi o último ato do Senhor contra os
egípcios, marcando assim, em definitivo, a
libertação de seu povo. Nesta lição,
abordaremos o êxodo dos hebreus, a rota
escolhida e, por fim,
o grandioso milagre da travessia
O Egito encontrava-se, agora,
economicamente arrasado devido às
pragas; no entanto, a última praga foi que
feriu profundamente as famílias egípcias.
Assim sendo, foi necessária a terrível
praga da morte dos primogênitos para que
Faraó voltasse à razão e permitisse que os
israelitas se retirassem.
Os egípcios receberam a justa retribuição
por haverem matado milhares de meninos
do povo hebreu, por haverem oprimido
cruelmente os escravos israelitas e pela
obstinação cega de seu rei (Êx 1.14,22;
5.7-9). Faraó estava agora quebrado. Todo
o Egito também. Ele permitiu que os
israelitas saíssem sem impor-lhes nenhuma
condição.
Mais ainda, reconheceu ao Senhor,
pedindo a Arão e a Moisés que o
abençoassem. Assim diz o texto de Êxodo
12.31,32
Os egípcios entregaram suas jóias, ouro e
prata aos hebreus, quando estes lhes
pediram, pois sentiam que estavam sob
sentença de morte (Êx 12.33-36).
Rogaram-lhes que se retirassem
rapidamente. Os longos anos de trabalho
sem remuneração dos hebreus foram
compensados em parte pelos tesouros que
os egípcios lhes entregaram.
Desta maneira partiram os israelitas em
completa liberdade como se fosse um
exército de conquistadores com seus
despojos e não como escravos que fugiam
do cativeiro (Gn 15.14; Êx 3.21; 7.4;
12.51). Saiu do Egito uma multidão de
seiscentos mil homens com suas famílias
(aproximadamente mais de 2 milhões de
pessoa; Êx 12.37).
o texto de Êxodo 12.38 afirma que saiu do
Egito, mais precisamente de Ramessés,
uma “mistura de gente”. Assim, nem
todos os que saíram eram israelitas, pois
outras pessoas, provavelmente egípcios e
seus súditos, se uniram a Israel,
profundamente impressionados com o
poder do Senhor demonstrado nas pragas
sobre o Egito e
na bênção dos hebreus. 
O fato de que se unissem à multidão
israelita alguns estrangeiros suscitou
inconformidade ou, pelo menos,
murmuração (Nm 11.4). Todavia, o êxodo
dos Hebreus do Egito foi o acontecimento
mais significativo na história da nação.
Tão grande era a importância deste
sucesso, que o Senhor em todo o Antigo
Testamento é
"o que nos fez subir. . . 
da terra do Egito"

(Js 24.17; Am 2.10-3.1; Mq 6.4;


Sl 81.10).
Agora, já livres da servidão egípcia, os
hebreus marchariam rumo à terra
prometida, isto é, Canaã. Mas, que rota
deveriam seguir para chegarem ao destino
desejado? Existiam, neste tempo, três
possíveis rotas para eles chegarem à terra
prometida.
A primeira rota era uma rota, ao norte, ao
longo da costa do mar mediterrâneo,
seguindo pela estrada comercial conhecida
como “o caminho dos Filisteus”. Este era
o caminho mais curto para se chegar a
Canaã (Êx 13.17). 
A segunda rota era uma rota central de
caravanas pelo deserto de Sur. A terceira
rota era uma rota, ao sul, que envolvia uma
grande extensão de água salgada
conhecido, hoje, como Mar Vermelho (Êx
13.18,20; 14.2). Estas eram as principais
rotas, porém existia, ainda, outra rota da
região do Mar Vermelho usada por
caravanas desta área que se unia com a
rota chamada “Estrada do Rei”
Ora, sabemos que o próprio Deus se
constituiu em guia de seu povo
manifestando-se em uma coluna de nuvem
e de fogo (Êx 13.21,22; Dt 1.33).
Então, surge uma inevitável pergunta: Por
que Deus não conduziu Israel pela rota
curta ao longo da linha costeira do mar
Mediterrâneo?
Porque, nessa rota, havia fortes guarnições
egípcias e na Palestina o esperavam os
belicosos filisteus. Se os israelitas
seguissem por ali, teriam de lutar
imediatamente. Como escravos recém-
libertos, os hebreus não estavam
preparados para lutar nem para entrar na
terra prometida.
Necessitavam ser organizados e
disciplinados na escola do deserto, receber
o pacto da lei e o desenho do tabernáculo.
Além do mais, o Senhor os levou ao sul,
para o mar Vermelho para levar Faraó à
sua derrota final e desse modo destruir a
ameaça egípcia e libertar para sempre os
israelitas do Egito
(Êx 14.9,18,25-30).
Segundo a Bíblia de Estudo da Mulher, a
jornada até o monte Sinai (Horebe) levou
dois meses. O Acampamento no Sinai
durou mais ou menos dez meses, até o
recebimento da revelação de Deus
(A Lei). A peregrinação no deserto durou
40 anos, até a entrada em Canaã.
O Mar Vermelho tem um comprimento de
aproximadamente 1900 a 2000 Km, por
uma largura máxima de 300 Km e uma
profundidade máxima de 2500 metros na
fossa central, com uma profundidade
média de 500m. Foi neste mar que se deu
um dos maiores milagres do Antigo
Testamento: 
A Travessia do Mar Vermelho!
historicamente, não é possível identificar
exatamente o percurso feito pelos hebreus
durante sua saída do Egito. Entretanto, em
Êxodo 14.2, antes de atravessar o mar, o
texto narra que eles se acamparam em Pi-
Hairote, entre Migdol e o mar, diante de
Baal-Zefom. 
Êxodo 14.21,22: “Então Moisés estendeu
a mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar-
se o mar por um forte vento oriental toda
aquela noite, e fez do mar terra seca. As
águas foram divididas, e os filhos de
Israel entraram pelo meio do mar em
seco, e as águas lhes foram qual muro à
sua direita e à sua esquerda”. 
Embora o Senhor tenha usado seu servo e um
forte vento como instrumento para abrir o mar,
o poder era dele. Somente por um milagre pôde
o vento ter soprado em duas direções ao
mesmo tempo, amontoando a água a um lado e
a outro do caminho aberto pelo leito do mar
(Êx 14.22). Os israelitas atravessaram pelo
leito seco e o exército inimigo foi afogado (Êx
14.26-30).
Glórias ao Senhor!!
Depois do espetacular livramento, os
hebreus cantaram louvores ao Senhor pelo
triunfo. A primeira parte do cântico de
Moisés (Êx 15.1-12) trata da vitória sobre
os egípcios, e a segunda parte (Êx 15.13-
18) profetiza a conquista de Canaã. Foi
composto para reconhecer a bondade e o
inigualado poder do Senhor mediante os
quais salvou a seu povo.
A travessia do Mar Vermelho prefigura a
derrota do último e mais formidável
inimigo do povo de Deus, pois o cântico
de Moisés e do Cordeiro será cantado
novamente pelos redimidos no céu (Ap
15.3, 4).
Também se observa que o livramento final
do povo de Deus, descrito no Apocalipse,
será efetuado pelos mesmos meios que
Deus empregou no êxodo: juízos sobre
seus inimigos e redenção pelo sangue do
Cordeiro.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que “operando o
Senhor quem impedirá?” (Is 43.13). Não
existe impossível para o nosso Deus, pois
ele abre caminho aonde menos
imaginamos. Como disse Moisés em seu
cântico: “O Senhor é Homem de Guerra; o
Senhor é o seu nome” (Êx 15.3).
Tanto os egípcios como os hebreus viram
de perto o poder do Senhor! Portanto,
persevere em seguir ao Senhor e não tema
os obstáculos à sua frente, pois “para Deus
nada é impossível” (Lc 1.35). Estando com
Ele, haveremos de atravessar todo
obstáculo, até mesmo o mar!
“... O meu socorro vem do
SENHOR que fez os céus e
a terra....”

- Sl 121.2

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